O SÁBIO DA ANTIGUIDADE E AMIGO DOS HOMENS
Há cerca de vinte e quatro séculos decorria em Atenas um processo político ainda hoje considerado um dos acontecimentos mais notáveis da história mundial. Um velho apagado e afável, que nunca ocupara uma posição social ou política importante, que nunca saíra da sua cidade natal, salvo durante o seu serviço militar, foi condenado a beber uma taça de veneno. O seu nome era Sócrates.
No tempo de Péricles todos conheciam aquele homem de manto já no fio que, de manhã à noite, descalço, passeava pelas ruas e praças, entrava nos estabelecimentos de banhos e nas salas de ginástica e entabulava conversa com toda a espécie de gente.
No princípio de tais conversas parecia sempre não procurar mais do que uma simples cavaqueira. Falava dos assuntos mais banais possível: do tempo, das colheitas,, dos preços de mercado, etc, etc.... Mas quando se despedia, o interlocutor compreendia que este homem estranho tivera algo para lhe dizer.
Este estranho filósofo, que atenuava a sua fealdade física com uns olhos cheios de bondade e inteligência, tinha uma qualidade superior: sabia fazer reflectir.
Sócrates escolhera como norma de conduta a divisa délfica: «Conhece-te a ti próprio». Todos os dias se exercitava no conhecimento de si próprio e tentava ensinar aos outros esta arte difícil, para que eles se tornassem melhores.
Era com esta finalidade que Sócrates procurava conversar com os seus concidadãos.. Queria mostrar aos homens que cada um tem no mundo uma tarefa a cumprir e que a tarefa mais elevada é a procura da verdade, da justiça e da bondade.
Sócrates queria ensinar-lhes a escutara voz da consciência, esse daimonion que nos adverte quando queremos fazer mal.. Quem se habituou a obedecer a essa voz procede sempre bem e torna-se num homem bom Era isso que Sócrates queria dizer quando disse estas palavras:«Quem sabe o que é o bem também faz o que é o bem.»
E quem sabe o que é o bem?
È aquele que de tal modo se acostumou a deixar falar a voz da consciência que não pode deixar de lhe obedecer.
Sócrates nasceu em 469 antes de Cristo. O seu pai era canteiro e ele próprio exerceu esse ofício durante algum tempo. Mas depressa o abandonou para se dedicar a uma tarefa algo mais difícil: conduzir os homens o mais longe possível no caminho da perfeição.
Sócrates foi um sincero amigo dos homens partilhando com eles das suas infelicidades e das suas alegrias..
Mas ... e a perfeição dos homens, em que ponto está?...
João Brito Sousa
Há cerca de vinte e quatro séculos decorria em Atenas um processo político ainda hoje considerado um dos acontecimentos mais notáveis da história mundial. Um velho apagado e afável, que nunca ocupara uma posição social ou política importante, que nunca saíra da sua cidade natal, salvo durante o seu serviço militar, foi condenado a beber uma taça de veneno. O seu nome era Sócrates.
No tempo de Péricles todos conheciam aquele homem de manto já no fio que, de manhã à noite, descalço, passeava pelas ruas e praças, entrava nos estabelecimentos de banhos e nas salas de ginástica e entabulava conversa com toda a espécie de gente.
No princípio de tais conversas parecia sempre não procurar mais do que uma simples cavaqueira. Falava dos assuntos mais banais possível: do tempo, das colheitas,, dos preços de mercado, etc, etc.... Mas quando se despedia, o interlocutor compreendia que este homem estranho tivera algo para lhe dizer.
Este estranho filósofo, que atenuava a sua fealdade física com uns olhos cheios de bondade e inteligência, tinha uma qualidade superior: sabia fazer reflectir.
Sócrates escolhera como norma de conduta a divisa délfica: «Conhece-te a ti próprio». Todos os dias se exercitava no conhecimento de si próprio e tentava ensinar aos outros esta arte difícil, para que eles se tornassem melhores.
Era com esta finalidade que Sócrates procurava conversar com os seus concidadãos.. Queria mostrar aos homens que cada um tem no mundo uma tarefa a cumprir e que a tarefa mais elevada é a procura da verdade, da justiça e da bondade.
Sócrates queria ensinar-lhes a escutara voz da consciência, esse daimonion que nos adverte quando queremos fazer mal.. Quem se habituou a obedecer a essa voz procede sempre bem e torna-se num homem bom Era isso que Sócrates queria dizer quando disse estas palavras:«Quem sabe o que é o bem também faz o que é o bem.»
E quem sabe o que é o bem?
È aquele que de tal modo se acostumou a deixar falar a voz da consciência que não pode deixar de lhe obedecer.
Sócrates nasceu em 469 antes de Cristo. O seu pai era canteiro e ele próprio exerceu esse ofício durante algum tempo. Mas depressa o abandonou para se dedicar a uma tarefa algo mais difícil: conduzir os homens o mais longe possível no caminho da perfeição.
Sócrates foi um sincero amigo dos homens partilhando com eles das suas infelicidades e das suas alegrias..
Mas ... e a perfeição dos homens, em que ponto está?...
João Brito Sousa
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