(arco da vila adentro)
Aqui no Porto, onde resido, são zero horas da manhã.
Todavia, onde eu gostava de estar hoje era na casa da minha tia MARIA DO CARMO, à laia de fim de semana, nos Braciais, aí paredes meias com a cidade de Faro dos meus encantos.
Foi Faro que efectivamente me ensinou a respeitar as instituições e as pessoas, e eu penso que aprendi. Estou grato a Faro e aos professores que me ensinaram o que era a vida e como me encaixar nela.
Se eu estivesse nos Braciais, levantar-me-ia, igualmente cedo como o faço agora, faria a minha hora matinal de marcha nos caminhos já alcatroados das hortas, ladeados de arvoredo, retornava a casa, tomaria banho e esperava pelas nove horas para tomar o pequeno almoço com a minha tia e o marido, o incansável tio Zé Maria.
Gente boa e de uma extraordinária dedicação a este sobrinho João Manuel.
Aprés, lá para as dez, iria até Faro à procura deles, dos amigos que aí mantenho, dessa malta que se manteve fiel à cidade. Já sei que na Gardy estará muito provavelmente o Engº Bernardo Estanco dos Santos e logo mais a seguir encontraria o gerente bancário Luís Cunha e o Prof. Franklim Marques, aquele de quem eu já disse, numa crónica que escrevi, considerar o melhor homem do mundo. E mantenho
O Bernardo andou comigo na Primária em MAR e GUERRA com a D.. Helena, a professora, que era a esposa do senhor Lamy, que tinha uma casa de bicicletas na rua Filipe Alistão, em frente ao Colégio dos rapazes. Portanto o Bernardo é da casa, e com ele há sempre assunto. É uma das quatro ou cinco pessoas que eu conheço que mais gente conhece no mundo. Os outros são o Zé Elias Moreno do Chelote e que estudou aí connosco na Escola Comercial e Industrial, o Nestlé, e um rapaz do Liceu do meu tempo e de lá da minha terra de nome Custódio Justino Nobre Correia. Conhecer pessoas é o forte deles. Sempre tiveram esta intuição que eu gostava de ter mas não tenho. Porque eu gosto das pessoas; perco-me com os amigos.
Depois dessa conversada com o Bernardo e o Franklim e o Luís Cunha, esse rapaz moreno que deve continuar a vestir-se e a pentear-se impecavelmente como nos tempos de aluno da Escola Comercial (era ele e o Zeca Bastos) um ou outro mais que aparecesse, o Jorge Cachaço, por exemplo, iria até à aldeia almoçar com os tios.
Voltaria à cidade para tomar café no Aliança, talvez encontrasse lá o Engº Adolfo Pinto Contreiras dos Gorjões, aluno do Liceu do meu tempo e extraordinário jogador de futebol, que nesta disciplina era possuidor de grande talento, força, visão de jogo, poder de finta e simulação, remate, tudo o Adolfo tinha, mas, sobretudo, era possuidor de um extraordinário espírito competitivo, respeito pela competição e vontade indomável de vencer.
Todavia, onde eu gostava de estar hoje era na casa da minha tia MARIA DO CARMO, à laia de fim de semana, nos Braciais, aí paredes meias com a cidade de Faro dos meus encantos.
Foi Faro que efectivamente me ensinou a respeitar as instituições e as pessoas, e eu penso que aprendi. Estou grato a Faro e aos professores que me ensinaram o que era a vida e como me encaixar nela.
Se eu estivesse nos Braciais, levantar-me-ia, igualmente cedo como o faço agora, faria a minha hora matinal de marcha nos caminhos já alcatroados das hortas, ladeados de arvoredo, retornava a casa, tomaria banho e esperava pelas nove horas para tomar o pequeno almoço com a minha tia e o marido, o incansável tio Zé Maria.
Gente boa e de uma extraordinária dedicação a este sobrinho João Manuel.
Aprés, lá para as dez, iria até Faro à procura deles, dos amigos que aí mantenho, dessa malta que se manteve fiel à cidade. Já sei que na Gardy estará muito provavelmente o Engº Bernardo Estanco dos Santos e logo mais a seguir encontraria o gerente bancário Luís Cunha e o Prof. Franklim Marques, aquele de quem eu já disse, numa crónica que escrevi, considerar o melhor homem do mundo. E mantenho
O Bernardo andou comigo na Primária em MAR e GUERRA com a D.. Helena, a professora, que era a esposa do senhor Lamy, que tinha uma casa de bicicletas na rua Filipe Alistão, em frente ao Colégio dos rapazes. Portanto o Bernardo é da casa, e com ele há sempre assunto. É uma das quatro ou cinco pessoas que eu conheço que mais gente conhece no mundo. Os outros são o Zé Elias Moreno do Chelote e que estudou aí connosco na Escola Comercial e Industrial, o Nestlé, e um rapaz do Liceu do meu tempo e de lá da minha terra de nome Custódio Justino Nobre Correia. Conhecer pessoas é o forte deles. Sempre tiveram esta intuição que eu gostava de ter mas não tenho. Porque eu gosto das pessoas; perco-me com os amigos.
Depois dessa conversada com o Bernardo e o Franklim e o Luís Cunha, esse rapaz moreno que deve continuar a vestir-se e a pentear-se impecavelmente como nos tempos de aluno da Escola Comercial (era ele e o Zeca Bastos) um ou outro mais que aparecesse, o Jorge Cachaço, por exemplo, iria até à aldeia almoçar com os tios.
Voltaria à cidade para tomar café no Aliança, talvez encontrasse lá o Engº Adolfo Pinto Contreiras dos Gorjões, aluno do Liceu do meu tempo e extraordinário jogador de futebol, que nesta disciplina era possuidor de grande talento, força, visão de jogo, poder de finta e simulação, remate, tudo o Adolfo tinha, mas, sobretudo, era possuidor de um extraordinário espírito competitivo, respeito pela competição e vontade indomável de vencer.
O Adolfo certamente me saberia dar notícias do estado de saúde do Zé Maria Oliveira, pois foram contemporâneos e o Zé, ao que me constou tem estado com um problema grave de saúde.
Mas, Zé, ouve uma coisa, tu não podes ir ainda, ouviste, temos muitas serenatas para fazer, naquele estilo que o Norberto Cunha contou no “Costeleta” ..
Bon soir mon cher Adolfo, au revoir. E ia sozinho encher-me da minha cidade. Iria ate ao largo da Sé, entrando pelo Arco da Vila, onde deixava a bicicleta a motor, o meu meio de transporte dos anos sessenta, recordaria o facto com emoção, diria até, era aqui que ela ficava... uma lágrima talvez, rua do Município acima e eis o Largo. Um minuto, ou dois, ou três ou os que fossem precisos para contemplar o velho largo da Sé Mas não era tudo. O meu destino era a Escola do Magistério Primário de Faro, que frequentei em 61/63, no tempo do Director Escolar, o grande amigo e professor Luís Isidoro.
É aqui que vai começar a minha próxima crónica de domingo.
Até lá, votos de bom fim de semana do.
João Brito Sousa
Bon soir mon cher Adolfo, au revoir. E ia sozinho encher-me da minha cidade. Iria ate ao largo da Sé, entrando pelo Arco da Vila, onde deixava a bicicleta a motor, o meu meio de transporte dos anos sessenta, recordaria o facto com emoção, diria até, era aqui que ela ficava... uma lágrima talvez, rua do Município acima e eis o Largo. Um minuto, ou dois, ou três ou os que fossem precisos para contemplar o velho largo da Sé Mas não era tudo. O meu destino era a Escola do Magistério Primário de Faro, que frequentei em 61/63, no tempo do Director Escolar, o grande amigo e professor Luís Isidoro.
É aqui que vai começar a minha próxima crónica de domingo.
Até lá, votos de bom fim de semana do.
João Brito Sousa
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