sábado, 29 de novembro de 2008

IMPRENSA /JN


PRETO NO BRANCO
Por Paulo Ferreira J/N


Bons espíritos aguardavam que da ronda negocial de ontem entre federações e Ministério da Educação brotasse um acordo, ou uma espécie de acordo, que pelo menos ajudasse a serenar os ânimos das partes em litígio. Os bons espíritos enganaram-se: das reuniões apenas brotou a agudização do conflito em torno do modo de avaliação dos professores. Como, de resto, seria de esperar. O problema central é há muito tempo evidente: só a "cabeça" da ministra satisfará por completo o íntimo desejo não dos professores, mas dos seus supostos representantes. Tudo o resto é poeira.

Havia dúvidas sobre isto? Mário Nogueira esclareceu-as ontem, à saída do encontro com Maria de Lurdes Rodrigues, quando pediu abertamente a demissão da ministra e, de seguida, apelou de peito cheio aos professores "com 'P' grande" para aderirem em massa à greve geral agendada para a próxima quarta-feira.

O que quer Mário Nogueira dizer? Duas coisas. Um: os professores com "p" pequeno que não aderirem à greve são criaturas inferiores que devem ser apontadas a dedo e estigmatizadas nas escolas em que leccionam (este muito torcido conceito da democracia mostra bem o estado a que este conflito chegou). Dois: o líder da Fenprof percebeu que a divergência está, agora, no "ponto de rebuçado". Quer dizer: os níveis de adesão à próxima greve são fundamentais para se perceber para que lado partirá a corda, de tão esticada que está. Se os professores ficarem em casa aos magotes, Mário Nogueira não se calará com o pedido de demissão da ministra. Se, porventura, a adesão for escassa (e o conceito de escassa é importante, uma vez que as expectativas estão muito altas), Mário Nogueira será obrigado a puxar pela cabeça para inventar novas formas de luta, porque esse seria um sinal de capitulação dos docentes.

Nada destes jogos deve, contudo, fazer esquecer o essencial. As etapas do tradicional processo de decisão foram todas queimadas durante as últimas semanas. Por isso, é tempo de o Governo seguir em frente e pôr em marcha a avaliação dos professores, fazendo publicar o respectivo decreto-regulamentar. Os docentes usarão, em resposta e até ao limite, se assim o entenderem, todos os recursos de protesto - e são muitos - que a democracia põe ao seu dispor. E, como são crescidinhos, arcarão com os custos de não cumprirem a lei. O que não pode acontecer, em nome dos interesses dos alunos e dos pais dos alunos, partes igualmente e interessadas neste processo, é prolongar mais este percurso pejado de avanços e recuos.

Já chega de reclamar mais e mais diálogo. Esse tique "guterrista" dá um certo jeito à Esquerda avessa à tomada de decisões e à Oposição ao Governo. Mas tem o seu limite. No caso, o limite já foi há muito ultrapassado. O país precisa de seguir em frent

O MEU COMENTÁRIO

As armas dos jornalistas são demasiado frágeis. Dizem coisas para gastar papel.. a Ministra da Educação e os professores são como no futebol há os treinador e os jogadores. Com uma diferença abissal ; é que no futebol o treinador acarinha e é solidário com os jogadores. No caso dos professores andam de costas viradas. É uma atitude que não possui pingo de educação E estragam tudo...

João brito Sousa

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

IMPRENSA/JN


NORTE UNIDO NA DEFESA DA GESTÃO AUTÓNOMA DO "Sá Carneiro"
por
CARLA SOARES/ jn

Os principais autarcas do Norte uniram-se, esta quarta-feira, na defesa de uma gestão autónoma para o aeroporto Francisco Sá Carneiro. Aveiro solidarizou-se e o Conselho Regional, com 86 municípios, vai escrever a José Sócrates.

Guimarães foi palco de um almoço entre Rui Rio, presidente da Junta Metropolitana do Porto (JMP), os presidentes de câmara de outras capitais de distrito e o responsável máximo pelo conselho consultivo criado no âmbito da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), Francisco Araújo, que defendeu a gestão autónoma.

Neste órgão, que vai marcar uma reunião extraordinária para Janeiro, estão representados todos os municípios nortenhos, universidades, associações patronais e sindicais, entre outras.

O movimento em defesa da gestão descentralizada, face à privatização da ANA, estende-se a Aveiro, cujo presidente da Câmara não pôde estar presente mas enviou uma carta a apoiar a iniciativa. O mesmo fez o de Braga.

No encontro, participaram oito autarcas: Porto, Guimarães, Famalicão, Vila Real, Barcelos, Bragança, Viana e Arcos de Valdevez, cujo presidente da Câmara, Francisco Araújo, é, simultaneamente, o líder do Conselho Regional do Norte. Uma das competências desta estrutura, que tem 103 membros e cujo vice-presidente é o socialista Joaquim Barreto, de Cabeceiras de Basto, é, precisamente, a de dar parecer sobre projectos de interesse para a região.

Para Janeiro, em princípio dia 15, será convocada a reunião do Conselho Regional, com vista a ser remetida uma posição conjunta ao primeiro-ministro, explicou Francisco Araújo. "A minha posição é claramente de apoio à posição defendida pela JMP, de que a gestão do aeroporto deve contribuir como factor de desenvolvimento da região e ficar com uma gestão autónoma", adiantou.

De outro modo, advertiu, não será "bom nem para o Norte, nem para o país". Quanto à posição "que vier a ser tomada no Conselho Regional", esta "será endereçada ao primeiro-ministro". Rio disse esperar que haja unanimidade, justificando a convocação do conselho com a necessidade de "alargar" o apoio à posição já remetida ao Governo, pela JMP, onde "há unanimidade", e associações empresariais (AEP, ACP, AIMinho e AIDA).

Além disso, nota que "Portugal não se pode dar ao luxo de desprezar uma infra-estrutura" como a do aeroporto do Porto e que ela deve "servir a economia regional", que tem "os piores indicadores". Defensor Moura, de Viana, reforçou ser necessário que a região passe a ser "contribuinte e não um peso para o país".

MEU COMENTÁRIO

Não acredito nesta maneira "embrulhada de trabalhar" e nem me parece que as moscas mudem....

Publicação de
JBS

IIMPRENSA/ JN


CRÓNICAS AO ESPELHO
Por António Lobo Antunes


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Estou a escrever com a esferográfica do hotel, na única mesa do quarto, diante do espelho: levanto os olhos e o que pensam ser a minha cara ali. Como na porta existe um sinal de proibição de fumar acendo um cigarro. Conheço centenas de quartos de hotel em não sei quantos países, e no entanto a sensação de ficar sempre no mesmo. Provavelmente é o mesmo, que vai mudando de cidade a perseguir-me. Em todos escrevi, aproveitando uma horinha à tarde, dez minutos à noite a fim de não perder a mão. No televisor ligado, sem som
(tiro sempre o som àquilo)

um concurso idiota que ajuda a compreender que não me enganei: em todos os televisores de todos os hotéis da minha vida concursos idiotas, um apresentador ridículo, uma assistente que merecia melhor sorte, por exemplo estar aqui comigo. E daí não: ao fim de meia hora já não conseguia aturá-la, apesar do penteado, apesar do vestido, apesar das pernas. Mulheres que me fazem lembrar o aviso nos rótulos dos xaropes: agite antes de usar. Voltei ao hotel agora, a seguir aos autógrafos, é muito tarde, estou cansado. As pessoas que me lêem comovem-me: fiz um livro diferente para cada uma delas, com palavras diferentes, do mesmo jeito que um alfaiate trabalha por medida, porque a vida de cada um é única, nunca existiu ninguém antes. As experiências podem ser parecidas, a maneira de vivê-las diversa: somos mundos sem fim. Guardo olhos, sorrisos, vozes, dedos que apertaram os meus, uma comunhão indizível. São eu e eu sou elas, falando para elas, por elas. Tanto sofrimento também, algumas alegrias, um imenso, impartilhável silêncio que deseja, com toda a força da alma, ser escutado. Durante os autógrafos oiço muito mais do que digo, escuto expressões, olhares, gestos, o som de um sorriso. Isto no Porto, sexta e sábado, com gaivotas pequeninas
(nunca tinha visto gaivotas pequeninas)

nos penedos da foz, dúzias de gaivotas pequeninas nos penedos da Foz, a aprenderem a ser, na manhã de um azul tão português e imenso mar à nossa frente, sob toneladas de sol, a pura alegria de estar vivo. Ganas de ir à Boa Nova na esperança de encontrar António Nobre, que me retratou inteiro nos seus versos. E as gaivotas pequeninas para aqui e para ali, confundidas com o cinzento das rochas. Estou a meter estas palavras no papel, sem crítica, não pretendo ter graça, não pretendo ser profundo, não pretendo impressionar ninguém: recuperei a infância sou um miúdo espantado. E, tal como quando era miúdo, não morrerei nunca, qualquer fada obscura parece condenar-me à felicidade, um dia dura que tempos, peguem-me ao colo. Uma ocasião, com cinco ou seis anos, Mozart deu um concerto para a corte francesa. Mal começaram os aplausos foi a correr para os joelhos da rainha Maria Antonieta e pediu
– Goste de mim

Será a sede de amor uma doença grave? Ponho os nomes das pessoas nos livros, ponho o meu, palavras entre os dois nomes e ficamos unidos. É bom conhecer quem me lê, afinal existem leitores, os livros não saem sozinhos das livrarias, sinto-me grato. As gaivotas pequeninas sempre em bando, junto umas das outras, com medo. O Zé Francisco ao meu lado
– Já tinha visto gaivotas pequeninas?

e nunca tinha visto gaivotas pequeninas, há imensas coisas que nunca vi. Também ando a aprender a ser. Escrevi sobre esta praia em junho, perdão, em maio, perdão, em maio ou junho não recordo ao certo. Se calhar esta crónica vai ficar uma chumbada, são desenhos sem interesse na margem do papel. Que importa? Sou feito destas minúsculas coisas igualmente, destas patetices que me desfiguram o perfil, desta pobreza de emoções:
– Já tinha visto gaivotas pequeninas?

e a cara diante do espelho opaca. Deito fora estas folhecas? Mando-as para a revista assim? Abro a janela toda e um bêbado lá em baixo na avenida, em lentidões orgulhosas, equilibrando o corpo que lhe foge numa atenção preocupada. De vez em quando pára a insultar sombras, ameaçando-as com a manga solene, janelas cegas, quase nenhuma luz nos prédios fronteiros: a minha cara continuará no espelho à espera que eu volte? Espreito e lá está ela de facto
– Quem és tu?
não, antes
– Quem és tu por baixo dessa cara?

que parece avaliar-te, medir-te. O bêbado lá ao fundo, longe, suponho que zangado ainda. Apetecia-me passear na Ribeira agora, apetecia-me uma trouxa de ovos, apetecia-me o teu corpo, apetecia-me que o vento me despenteasse, apetecia-me benzer-me ao passar pelo oratório da minha avó. Apetecia-me conversar com Santo Agostinho acerca do Tempo, apetecia-me reler Ovídio. Mas vou levantar-me daqui porque acabei, estender-me na cama, esvaziar-me, não pensar em nada. Ou seja: pensar nas gaivotas pequeninas, pensar no mar. Qual das ondas sou eu? Desfaço-me sem ruído, desapareço. Ficam os meus livros na areia. Talvez alguém descubra, daqui a imensos séculos, os meus livros na areia. Não são livros, aliás: são apenas as marcas dos passos de um homem.

publicação de

JBS

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

OPINIÃO/IMPRENSA JN


O POVO NÃO GOSTA DE GUERRAS CIVIS
JN/ Rafael Branco


1 - Maria de Lurdes Rodrigues e Mário Nogueira fazem lembrar dois generais romanos, César e Pompeu. Ambos lutando pelo estatuto de Primeiro Homem de Roma. Ambos obcecados pelo poder e pela sua "dignitas". Ao ponto de se envolverem numa guerra civil que quase destruiu a sua civilização.

2 - A dúvida, por enquanto, é saber quem, nesta comédia moderna, encarna César [o vencedor] e quem encarna Pompeu [o derrotado]. Sendo que o actual campo de batalha, em vez de Roma, é a escola pública.

3 - Ministra e sindicalista foram, nos últimos dias, cavando trincheiras, reunindo centuriões, aumentando o tom da retórica, diminuindo a margem de recuo, liquidando a possibilidade de negociação racional. Estão num beco sem saída e nem percebem que é o mesmo beco. Como se escreveu mil vezes, nenhum conseguirá recuar sem perder a face. Sem perder a "dignitas". Não tarda e será até inconsequente tentar perceber se algum tem mais razão do que o outro.

4 -No caso de Roma, acabou por vencer César. Não era melhor nem pior que Pompeu, nem como general, nem como político, nem como intelectual. Mas, como se sabe, a história é escrita pelos vencedores, e portanto foi César que passou para a galeria dos heróis e para o panteão dos deuses. Mas essa é apenas uma forma de interpretar a História. Outra é lembrar que a guerra deixou ressentimentos tão profundos que o vencedor pouco lhe sobreviveu. O "primus" acabou assassinado pelos seus "pares" quando ainda apenas tinha começado a usufruir do seu novo estatuto.

5 - Maria de Lurdes Rodrigues e Mário Nogueira são duas personalidades relevantes da política portuguesa. Com virtudes, mas também com defeitos: a primeira porque vai transformando a sua obstinação num fim em si mesmo; o segundo porque persiste em confundir o interesse da corporação com o interesse do país. Um e outro estão cada vez mais parecidos, uma vez que ameaçam sobrepor a sua "dignitas" ao interesse colectivo. Quando e se um deles acabar por finalmente sobrepor-se ao outro, já não terá louros para colher. O povo não gosta de guerras civis. São demasiado destrutivas e deixam feridas incuráveis.

6 - Disse Manuel Alegre no final desta semana que os generais precisam de saber fazer a guerra, mas também de saber fazer a paz. Percebeu que a ministra abriu algumas portas e pedia-lhe que não as voltasse a fechar, enquanto apelava aos sindicatos que aproveitassem a porta entreaberta para negociar. Veremos se o fim-de-semana serviu para acalmar espíritos bélicos ou se as legiões voltarão à formação de batalha.

P.S. Há uma escola em Beiriz, na Póvoa de Varzim, onde o processo de avaliação decorre dentro dos prazos, sem manifestações nem protestos. "Em vez de meterem a cabeça na areia", os órgãos da escola empenharam-se em encontrar soluções menos burocráticas. Depois das primeiras notícias, o Conselho Executivo opta agora pelo silêncio. Porque de outras escolas e de outros professores o que chegam não são elogios, são acusações de "fura-greves". Conclui-se que a alguns professores faria bem regressar à condição de aluno. Para frequentarem a cadeira de "Formação Cívica"…

O MEU COMENTÁRIO /OPINIÃO (por pontos)

1 – Este é o jornalismo que temos.. Uma classe profissional está no terreno a defender os seus interesses dentro das normas vigentes (os professores) e perante isto, o jornalista, que deveria dar uma opinião válida sobre o assunto, vem falar - me da história de Roma, vejam bem. O que este jornalista revela é que da matéria entende zero e com esta posição esquece-se que está a ofender os professores que teve e que tentaram ensinar-lhe o que é a justiça mas que ele não aprendeu nada. Mas o jornal não terá aí um director que tome conta disto?...

2 – Tanto insulto meu Deus ....

OUTROS.. Não consigo ler tantas inexactidões, mas arrisco a considerar o texto uma anormalidade.


Publicação de
JBS

domingo, 23 de novembro de 2008

A CRISE E O OBAMA


A CRISE ECONÓMICA MUNDIAL

por DCS

Foi uma semana rica de eventos onde a pouca vergonha vem a' tona como se fosse azeite derramado em vazo de agua.

A crise não e' só economico/ financeira, ela e' também moral.A crise financeira que esta para durar veio provar a' sociedade que estamos muito longe da tã propalada "democracia". Alguns regimes serão ate' inqualificáveis. No mundo ocidental em que vivemos e' mais uma "plutocracia'....O poder dos ricos ou dos muito ricos.Se fossem ricos por trabalho serio e produtivo, grande mal não viria a' terra mas, infelizmente o que tem vingado e' a especulação, a fuga ao fisco, a lavagem de dinheiro conseguido sabe Deus como.

Não vale a pena dizer que a preocupação social foi relegada para segundo, terceiro lugar ou mesmo esquecida.

Cada vez mais as fatias dos mercados são dominadas pelos grandes grupos económicos reunidos em poderosas organizações que ninguém elege ou controla....O mercado só' se regula a ele próprio se respeitarem as regras do jogo...isso não aconteceu .Estamos assim perante uma crise moral.

Esta crise moral e' ao mesmo tempo a causa e o efeito do descalabro político.Simplificando a coisa o sistema funciona da seguinte maneira:- os ricos financiam as campanhas e os partidos, elegem quem lhes convém prometendo ao eleitorado o que este quer ouvir.....uma vez no poder os eleitos têm que favorecer quem os ajudou...tão simples quanto isto....do descalabro político desagua-se no descalabro económico........ P/S esta semana deslocaram-se a Washington os "CEO"s da GM,FORD e CRYSLER nos seus jactos privados mendigando dinheiro ao Senado para as suas empresas....em dificuldades financeiras....isto para mim e' um insulto a quem trabalha.

O EFEITO OBAMA
Marco Aurélio Nogueira

A eleição de Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos já foi submetida a todo tipo de avaliação. Porém, como todo fato histórico, continua a desafiar os analistas.Foi, sem dúvida, o principal acontecimento de um ano sacudido mais pela crise financeira internacional do que por fatos políticos particularmente expressivos. Terá força para repor a política no centro da vida e das atenções, ao menos nos EUA? Muito se falou da dimensão simbólica da vitória de Obama.

Um negro, que veio de baixo, um político formado por Harvard, estranho às aristocracias políticas norte-americanas, não poderia mesmo deixar de produzir impacto, despertar emoções, dar esperança a milhões de pessoas que se sentem derrotadas e humilhadas, que ainda se lembram do apartheid racial que devassou a convivência e a dignidade humana dentro e fora da nação tida como “pátria da Liberdade”. Mas Obama também incendiou os jovens e conseguiu assimilar o eleitorado feminino que torcia por Hillary Clinton. Estabeleceu empatia com todos os setores da sociedade americana. Foi emocionante ver as multidões que o saudaram em Chicago e comemoraram sua vitória em várias partes do mundo.

Num momento de refluxo no envolvimento com a política, a centelha de mobilização que acompanhou Obama merece, no mínimo, um acompanhamento cuidadoso.Dado o peso dos EUA, tudo o que ali acontece pode repercutir no modo como se vive no mundo. Mas não em termos imediatamente econômicos, pois parece difícil que se consiga, pelo efeito mágico de um gesto, estancar de imediato a crise financeira, modificar a predisposição consumista das massas e arrefecer o afã desenvolvimentista que grassa forte neste início de século. Consumismo desenfreado e crescimento econômico a qualquer preço são duas das principais pragas da modernidade, e a elas devemos imputar boa parte das mazelas com que convivemos.

Trocar consumo e desenvolvimento por investimentos sociais, por democracia, igualdade, respeito ao meio ambiente e desaquecimento não é, seguramente, operação simples. Requererá décadas de empenho político, criatividade e reeducação.Obama não tem como nos fornecer isso, mas pode agir como catalisador. Pode, por exemplo, repor na cena política uma agenda progressista, voltada mais para a população do que para a economia, ainda que sem abandonar a convicção de que é preciso ajudar os mercados a sair da lambança em que se meteram. Voltar-se para a população significa fazer o governo funcionar para promover as pessoas, provê-las de serviços e suportes que as façam crescer e viver com dignidade. Obama pode ajudar a que se passe a ver o bom governo como aquele que colabora para que se tenha boa vida, não tanto boa economia.

Pode ser uma diferença sutil, mas não deixa de ser decisiva. Dar-se-ia o mesmo na frente administrativa. Uma guinada progressista de Obama jogaria por terra o palavrório insosso do “choque de gestão” e do Estado mínimo.Muitos manifestaram preocupação com o protecionismo do Partido Democrata e do próprio Obama, que desde a campanha sempre se manifestou favorável aos interesses de seu país. Os que não gostaram disso pareciam querer que o novo presidente governasse para o mundo e para os países mais pobres.

O protecionismo democrata é tradicional. Sempre existiu e sempre existirá, especialmente em momentos de crise aguda, como o atual.Uma eventual agenda progressista de Obama não abandonará o protecionismo, e não fará isso por vários motivos. Mas poderá contribuir para que se criem novos canais de negociação, novos relacionamentos comerciais e novas modalidades de cooperação e ajuda internacional. Se for assim, será um passo de gigante.Não houve quem não lembrasse que uma coisa é o discurso de campanha, outra coisa é a prática efetiva do governo.

Trata-se de uma lembrança oportuna, ainda que óbvia e elementar. Todo governante eleito vive tal situação, mesmo aqueles que prometem pouco e se apresentam como técnicos ou “gerenciais”. Campanha e governo implicam lógicas distintas, condutas e discursos específicos. O importante é compreender como o candidato se prolonga no governante. Política e governo são sempre um ator e certas circunstâncias. Faz-se o que se pode, não o que se deseja fazer. Mas sempre dá para ligar o desejável e o possível, graduá-los e equilibrá-los, de modo a que a prática dura e fria do governo contenha uma dose de fantasia e facilite às pessoas a continuidade de uma esperança.

Obama enfrentará dificuldades enormes para transformar em fatos muitos de seus compromissos de campanha. Mas poderá fazer com que seus recuos e fracassos se convertam em fatores de mobilização para novas tentativas futuras.Obama tem tais condições porque representa um sopro de renovação e vem embalado pelo entusiasmo das multidões. Sua legitimidade mistura respeito racional-legal e adesão ao carisma do líder. Representa o negro pobre e o branco liberal, o branco atingido pela crise e o negro progressista, a classe média que empobreceu e as elites democráticas, os jovens, os mais velhos e as mulheres de todas as etnias.

Torcer por seu sucesso, e admitir que ele possa ocorrer, não autoriza ninguém a se pôr diante dele com a ingênua expectativa de que tudo agora será diferente. Obama não trará o céu à terra, até mesmo porque não se comprometeu com isso. Não é anticapitalista nem reformista convicto, menos ainda um socialista moderado. É somente um político jovem, talentoso, pragmático e determinado, em cujas veias parece correr o sangue secular do que há de melhor na sociedade americana.

Mais que um sonho, ele expressa o fim de um pesadelo, a era Bush. Pode não ser suficiente, mas é, sem dúvida, muita coisa. Marco Aurélio Nogueira, professor de Teoria

PUBLICAÇÃO DE
JBS

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

BANCO PORTUGUÊS DE NEGÓCIOS


DIAS LOUREIRO QUIS AUDITORIA AO BPN
do Jornal de Notícias

O Banco de Portugal ignorou um pedido de Dias Loureiro para auditar o modelo de gestão do Banco Português de Negócios em 2001. Ex-ministro de Cavaco Silva insiste em prestar esclarecimentos no Parlamento.

Dias Loureiro tomou a iniciativa de solicitar uma auditoria ao Banco de Portugal (BP) por existirem dúvidas quando ao modelo de gestão do Banco Português de Negócios (BPN). O pedido foi ignorado em 2001 pelos responsáveis do banco central liderado por Vítor Constâncio, mas Dias Loureiro continua determinado em contibuir para esclarecer o que se passou, apesar de não prestar declarações à Comunicação Social.

Segundo o "Jornal de Notícias" apurou, a solicitação terá sido expressa em Abril de 2001 ao vice- -presidente do BP com o pelouro da supervisão, António Marta. Isto é: ano e meio após assumir funções de administrador da Sociedade Lusa de Negócios, Dias Loureiro já tinha dúvidas sobre a gestão interna do BPN. Em Março de 2002, deixou de exercer funções executivas e vendeu as suas acções. A auditoria nunca chegou a realizar-se e o pedido de Dias Loureiro para ser ouvido na Assembleia continua a ter como objectivo esclarecer os negócios em que esteve envolvido e demarcar-se do modelo de gestão.

Deslocou-se por três vezes a Porto Rico para tratar da compra de uma empresa e verificar o seu funcionamento. Oliveira e Costa, presidente do banco, acompanhou-o depois na visita à unidade de produção. Na terceira viagem, resolveu um diferendo entre sócios.

Tratou ainda da compra de uma empresa de águas e esgotos em Marrocos, envolveu-se na criação de uma empresa parceira da Autoeuropa e negociou a entrada da Caixa Galicia no BPN

MEU COMENTÁRIO/OPINIÃO

Quantos casos BN não haverá na política portuguesa por ganância e desumanidade dos nossos dirigentes políticos.

A nossa sociedade é baseada naquela cena em que a mulher pergunta ao marido: Olha lá, quanto é que recebes de volta de IRS este ano? Olha que fulano já disse que vai receber tanto

Somos mais vigaristas que dignos. Rouba-se por todo o lado e a justiça não actua, protege os grandes.

Veja-se o ordenado do GOVERNADOR DO BANCO DE PORTUGAL que ganha duas ou três vezes mais que o seu homólogo alemão ou americano.

Aqui há dias um senhor DOUTOR JUÍZ , referiu a expressão, Juizes do Norte. Mas agora há JUÍZES DO NORTE e do SUL .. e donde mais....

Francamente PORTUGAL...

JBS.

domingo, 16 de novembro de 2008

IMPRENSA/JN


EDUCAÇÃO, JARDIM E PSD
por LEITE PEREIRA

No Ensino, continuam os problemas. Além da contestação dos professores, agora temos os tomates e os ovos que os alunos vão lançando. Ninguém de bom senso apoiará um protesto assim. Mas há todo um clima que favorece acções deste tipo. O que o Governo tem de fazer é criar canais de comunicação que conduzam, com a rapidez possível, à resolução dos problemas.

O Governo não pode nem deve recuar na questão da avaliação dos professores, mas pode encontrar formas de atenuar os efeitos nefastos que vão sendo apontados. O problema não pode é ser gerido na rua ou diante das câmaras de televisão. Sócrates saberá se deve, ou não, perante tantos protestos,

salvar uma ministra que até merece ser salva, porque tem a coragem de enfrentar os problemas.

Mas do que não pode ter dúvidas é de que só resolverá este assunto quando o tomar em mãos e o retirar dos holofotes a que está exposto.

2 - Na Madeira, pelo contrário, reina a felicidade. Para que os professores não protestem e as aulas não sejam perturbadas, Alberto João dá "bom" a todos os professores. O ridículo, pelos vistos, não mata mas, do que vem da Madeira devemos rir pouco. Nem tudo é teatralidade. A decisão da maioria parlamentar local de suspender o mandato ao deputado que fez a triste figura de desfraldar uma bandeira nazi na Assembleia nasce na mesma fonte onde Jardim julga estar a legitimação do seu poder. Do ponto de vista político, uma coisa e outra poderiam ter reflexos no continente se o próprio Alberto João Jardim fosse tido em alguma conta. Quero dizer: não vale a pena perguntar a Ferreira Leite se concorda com a avaliação madeirense ou se subscreveria a moção banindo um deputado. Os erros e a inteligência da líder do PSD não chegam tão longe nem descem tão baixo.

3 - Mas Manuela Ferreira Leite continua a errar mais do que seria de esperar para quem já desempenhou os cargos que ela desempenhou. Desde dizer que os polícias andam a fazer figura de palhaço porque o polícia prende e o tribunal solta; passando por considerar que o partido não passa a sua mensagem por causa da Comunicação Social, pelo que "não pode ser só a Comunicação Social a seleccionar o que se diz"; até criticar uma televisão por passar uma notícia do partido como 14.ª do alinhamento noticioso, mesmo no momento em que começava o Sporting-Benfica. São frases de um total desnorte, que se duvida até virem de onde vêm. E enquanto estes erros se acumulam e ajudam a construir uma caricatura pouco favorável, não se ouvem propostas em nenhum dos sectores críticos da vida portuguesa. Chegará o tempo, dirá a direcção do PSD. Chegará, com certeza. O pior é se já ninguém ouvir, o pior é se se tiver cimentado a convicção do vazio.


MEU COMENTÁRIO

Avaliação sim, mas objectiva que não esta que o Ministério pretende. Em linhas gerais não estou de acordo com o articulista


JBS

sábado, 15 de novembro de 2008

EXPRESSO/ PROFESSORES E MST


A DERROTA FINAL
por MST


A derrota final de Maria de Lurdes Rodrigues representará o último sopro de vida de um país eternamente adiado. Depois disso, é inútil tentar reformar o que quer que seja porque está dada a receita para o insucesso.
Seja qual for o desfecho final desta interminável batalha entre os professores e a ministra da Educação (e se algum dia houver desfecho...), parece que só restarão vencidos. Para começar, a ministra, derrotada politicamente e desacreditada perante os seus próprios pares; os professores, cuja guerra, apesar de tanta cobertura e apoio mediático, não convenceu ainda a maioria da opinião pública e, sobretudo, os pagadores de impostos para o ensino: até podem vir a ganhar circunstancialmente a batalha contra a ministra, mas o que passará para fora é que se bateram pela manutenção tal qual de uma situação que, em muitos aspectos, é insustentável; e perderão também os pais e alunos, com a sensação de que, por razões certas ou erradas, a primeira verdadeira reforma que se tentou no ensino não universitário falhou e tão cedo ninguém se atreverá a tentar outra.
Fica tudo ou quase tudo como dantes - o que quer dizer que fica pior para o futuro.Na verdade, se algum vencedor desta guerra há, até à data e no futuro previsível, é a Fenprof e, por extensão, o PCP, que dela fez o seu batalhão de elite no combate ao Governo - este ou qualquer outro, conforme é de sua tradição. Basta ter reparado no entusiasmo com que o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, viu chegar Setembro e o fim desse período morto das férias de Verão, o fervor com que prometia um ano escolar agitado de princípio a fim (e antes mesmo de saber o que faria a ministra), para adivinhar qual é o seu objectivo final: ganhar na rua o que se perdeu nas urnas, impor nas escolas o voto de vencido do parlamento. Dizem muitos professores, e eu acredito, que não são os sindicatos que extremaram a luta e conseguiram pôr os professores nas ruas, mas sim a própria ministra, a sua intransigência e incapacidade de ler o descontentamento da classe.
Talvez seja mesmo assim, já que a própria ministra parece ter sido levada ao engano, quando achou que, tendo negociado a avaliação com a Fenprof, o acordo atingido lhe garantiria agora um ano de tréguas - para depois perceber que, afinal, nem uma grande parte dos professores se reconheciam no acordo feito, nem a Fenprof, tendo-o percebido, estava disposta a honrá-lo.Facto é que, liderando a batalha ou cavalgando a onda, Mário Nogueira tem conseguido manter-se sempre no topo da agenda política, como nenhum outro dirigente sindical do PCP consegue desde há muito.
O seu estatuto é tal que já ninguém, por exemplo, ousa contestar ou ao menos verificar os dados que ele fornece para a opinião pública. Se a Fenprof anuncia que estão 120.000 manifestantes em Lisboa, nem a polícia, o governo civil, o Governo ou a imprensa se dão já ao trabalho de duvidarem: ficam 120.000 de números oficiais e esse passa a ser um facto. E se, logo a seguir, a Fenprof e Mário Nogueira vêm dizer que a ministra, em mais uma demonstração de autoritarismo e terrorismo político, proibiu os professores de se reunirem nas escolas, toda a imprensa publica essa informação como facto adquirido e o ‘Público’ sente-se obrigado a tomar posição editorial, escrevendo que isso “é feio, nada democrático e revelador de um espírito pouco honesto na forma como se pretende fazer vingar o modelo de avaliação”. (Detalhe: a notícia era falsa - simplesmente e completamente falsa.
Mas nem o ‘Público’ se sentiu motivado em pedir desculpas à ministra por a ter chamado desonesta, nem Mário Nogueira se sentiu atrapalhado por ter andado a divulgar uma mentira - pelo contrário, até conseguiu ver nisso uma confirmação de que “os professores vivem em clima de medo, gerado pelas sucessivas ameaças da ministra”).Sozinha contra toda a oposição, desamparada dentro do próprio partido - onde se começa a temer os reflexos eleitorais da sua ‘teimosia’ - a pobre Maria de Lurdes Rodrigues vê saltar punhais de todas as esquinas e só lhe resta o apoio do primeiro-ministro para não meter baixa psiquiátrica ou fugir para muito longe daqui.
O que há-de pensar um governante que vê toda a oposição criticar o seu “autismo” e “autoritarismo” na defesa de uma reforma feita “contra os professores”, mas sem que ninguém tenha a coragem de dizer que é contra a avaliação ou que, chumba esta mas propõe outra? Veja-se o caso de Manuela Ferreira Leite, que é exemplar: em Março, depois da primeira manifestação nacional dos professores, ela, na sua posição de comentadora política e «outsider» do PSD liderado por Menezes, dizia que a ministra não podia recuar de forma alguma; sete meses volvidos, já na sua qualidade de candidata a primeiro-ministro e na véspera de nova manifestação de professores, vem dizer que a ministra tem de desistir, porque há muita “crispação” entre os professores.Este é, aliás, o ponto central da polémica. Dou de barato que o processo de avaliação seja insuportavelmente burocrático, que afaste os professores do que interessa para os fazer gastar energias no supérfluo.
Mas a avaliação, em si mesma, é tudo menos uma coisa supérflua e sem importância. Cá fora, na ‘vida civil’, a avaliação é regra número 1 do contrato de trabalho: progride-se na profissão, é-se aumentado ou não, conforme os superiores hierárquicos ou o patrão avaliam o trabalho dos empregados. Sempre foi assim, nunca ninguém estranhou e ninguém quer de outra maneira. Mas no Estado as regras são diferentes: progride-se simplesmente pela passagem dos anos, seja qual for o desempenho - por isso é que se diz que ali a antiguidade é um posto.
Tanto faz que um trabalhador falte muito ou falte pouco, que produza resultados ou não, que seja criativo e empenhado ou não: basta ficar sentado, deixar passar o tempo e há-de subir sempre. Muitas vezes penso que a nossa administração pública funciona em autofagia administrativa: existe, não para prestar um serviço público, mas para servir quem a serve. A ausência de avaliação profissional, no ensino como em tudo o resto, não é apenas um prémio aos medíocres, é também um castigo e um factor de desmoralização para os bons.Por isso, em voz alta, ninguém se atreve a dizer que a avaliação proposta para os professores é uma coisa injusta e sem sentido.
Dizem que esta não serve, mas não propõem nenhuma outra - é típico do sindicalismo que temos. Alguém já ouviu a Fenprof propor outra avaliação ou outro qualquer método de premiar os melhores professores e castigar os professores dos falsos atestados médicos? Eu ouvi a alguns professores que até não alinham com a Fenprof que não se sentiam capazes de avaliar colegas.
Antes também recusaram, e julgo que com razão, a proposta da ministra para que os pais participassem também na avaliação. Então, quem a deve fazer? Manuela Ferreira Leite propôs subitamente uma “avaliação externa”. Mas quem a fará, com competência para tal? E será que os professores, que, pelos vistos, não querem uma avaliação interna, aceitariam uma externa? Imagine-se...Assim, como as coisas estão, não há saída. Acontecerá uma de duas coisas: ou a ministra começa a ceder no essencial, mantendo o acessório (como já parece estar a acontecer com o deferimento para mais tarde dos efeitos da avaliação), ou acaba por desistir e tudo volta à estaca zero.
Esse é o objectivo final das corporações que governam de facto entre nós e do sindicalismo conservador que, em associação com elas, visa tornar o país ingovernável. Todos sabemos que é assim: na educação, como na saúde, na justiça, na administração pública, no poder local, no sector empresarial ligado ao Estado. Por isso é que, independentemente do seu feitio, do seu método ou das suas razões até, a derrota final de Maria de Lurdes Rodrigues representará o último sopro de vida de um país eternamente adiado. Depois disso, é inútil tentar reformar o que quer que seja porque está dada a receita para o insucesso. Quem vier a seguir para governar o Estado escusa até de ter programa político: pode limitar-se a dizer que não vai deixar de pagar salários, pensões e subsídios, e toda a gente ficará tranquila
O MEU COMENTÁRIO
MST, como todas as pessoas que nunca foram professores, não está em condições de falar sobre a matéria dos professores. È lamentável que num artigo desta extensão, MST, não diga nada de válido, quanto a mim, claro. E competia-lhe que dissessse.Mas não disse. Mas tem a desfaçatez de vir dizer que no Estado, a gente chega, senta-se e leva a algibeira cheia de dinheiro para casa no fim do mês. Muito bem...
PS- SUGIRO NÃO COMPRAR MAIS NENHUM LIVRO DO MST, EIS A QESTÃO
JBS

A REUNIÃO DOS VINTE


REUNIÃO DOS VINTE
por DIOGO COSTA SOUSA

Vivemos numa epoca de transformação e talvez que nem nos apercebamos.Desta crise vai sair algo de bom.Tenho a certeza.Senão vejamos.A crise afectou e está afectando todos a um nivel nunca visto ou imaginado..Hoje estao reunidos em Washington vinte "marmanjos"com toda uma catreva de conselheiros ....sim vinte, não são mais sete ou oito como dantes em que uma pequena elite de ricos decidia as suas proprias politicas economicas e financeiras e,dantes reuniam-se mais confraternizando do que qualquer outra agenda.Hoje não, hoje reunem-se por causa da crise que lhes caíu em cima.

Uma crise global,afeta sociedades ditas livres e sociedades ditas socialistas mas....que disto tambem pouco teem. E vão sair politicas, ou falar de politicas que não são mais locais ou nacionais....sao globais...as economias entrelacaram-se de tal maneira que uma "constipacão" num pais pode causar uma "pneumonia" num outro diametralmente oposto geografica ou politicamente.

Mas sera' que chega discutir? Como se podera' implementar os acordos ou ideias sai'das desta reuniao?Hoje veio a saber-se que a China,sem alaridos,sem esterismo{talvez justificado},injectou 500 bilioes de dolares na sua economia....prova provada que tambem eles,com uma economia e socidade controlada ,socializada ao extremo nao foram imunes a' crise.Isto faz-me pensar que a reuniao de hoje seja o primeiro passo ou o passo seguinte em resposta a uma economia globalisada se siga um governo globalizado onde saia uma "forca" comum capaz de inplementar as medidas adoptadas.Para uma gobalização economica vingar,não chegam acordos...eles existiram com o resultado que todos conhecemos...uma gobalisação economica requer um governo global...senao sera mais um falhanco em que cada um tenta puchar a braa a' sua sardinha.......e mais, de acordo com as exigencias nacionais da caça ao voto....

UM ABRACO MEU AMIGO...

DCSOUSA


MEU COMENTÁRIO

A CHINA, ao injectar 500 biliões de dólares na sua economia, retira toda a lógica ao processo, porque a riqueza de um país mede-se pela mais valia obtida no processo produitvo. A economia aqui não gerou esses proveitos; foi subsidiada. E o salário mínimo subiu? Creio que não? Entãoaa economia chinesa é uma mentira.

Não auguro melhores dias de vida para a humanidade em geral porque os dirigentes políticos estão noutra onda. O que lamentamos.

JBS

CONCORDO COM A ANÁLISE DO JN


A EDUCAÇÃO IRRACIONAL
por paulo ferreira

A polémica que nos é servida, diariamente e em doses cavalares, sobre o estado da Educação está próxima de atingir um ponto de irracionalidade. Se é que não atingiu já.

É pena que os actores do sector porventura mais decisivo para o futuro do país não sejam capazes de manter elevado o tom de uma discussão que devia ser séria e decisiva. Sim, decisiva, porque não é possível continuar, como antigamente, a aceitar que a avaliação dos professores seja uma fantochada: o mérito deve ser premiado, por uma elementar questão de justiça.

Ocorre que o essencial do debate já há muito está ultrapassado pela vozearia e pela troca inconsequente de mimos. Exemplo último: ontem, o porta-voz oficial do PS, Vitalino Canas, acusou os responsáveis sindicais, chamando-lhes "radicais", de instrumentalizar os jovens que, um pouco por todo o país, se têm divertido a atirar ovos e tomates à ministra e aos seus secretários de Estado.

Vitalino Canas sabe que este tipo de acusação não acrescenta um átomo à discussão que realmente interessa. Mas, ainda assim, decidiu entrar num jogo perigoso que, no mínimo, o obriga a identificar os instrumentalizadores, sob pena de ficar ele com o ónus de apontar o dedo a incertos, o que não é bonito.

De resto, a única atitude correcta a ter perante a atitude dos alunos é menosprezo. Na verdade, nada de politicamente substantivo os empurra para as manifestações. Eles acham apenas piada à coisa - e mais piada ainda se puderem aparecer na televisão na qualidade de intrépidos autores de palermices, como atirar ovos ou tomates a responsáveis governamentais.

O presidente da República já percebeu que a confusão instalada aconselha prudência. Vai daí veio pedir calma e serenidade. O apelo dificilmente pegará. Porquê? Porque ou Maria de Lurdes Rodrigues recua nas suas intenções e perde toda a margem de manobra para efectuar novas reformas da Educação, ou a ministra e o Governo não recuam um milímetro - e aí terão que saber suportar os custos políticos das sucessivas investidas dos professores, dos alunos, dos sindicatos e da Oposição. Há uma terceira possibilidade: a ministra segue o exemplo de Correia de Campos, ex-ministro da Saúde, e sacrifica-se (a pedido de José Sócrates, claro) em nome da estabilidade que o sector da Educação necessita para seguir em frente.

Quem não está em condições de ceder um bocadinho que seja são os sindicatos - a corda está tão esticada que qualquer recuo os deixará com pouca capacidade para reclamarem dos professores novos esforços para novas lutas. Sendo que é disso que os sindicatos vivem, a equação não se afigura fácil.


MEU COMENTÁRIO


Concordo com o comentarista.

JBS


EMAIL RECEBIDO DE UM AMIGO


2008.11.14

Boa Noite,
Li no seu Blogue "Braços ao Alto" a explicação que apresenta para a demissão que apresenta no Blogue "oscosteletas" e não vejo justificação para tal tomada de atitude.

Mesmo que tenham feito algum evento na Escola; a sua (do Blogue) era mais uma linda homenagem ao grande José Afonso. ... e já agora aqui vai uma quadra do Zeca que guardo comigo há cerca de 45 anos!

" Já chegaram as tagarelas
dos beirais, as andorinhas
Já tinha saudades delas
e elas saudades minhas"


Cumprimentos e esperamos por si !!!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

VAMOS DEBATER?




EXPLICAÇÃO .

Caros Amigos,

Decidi demitir-me do blogue http://oscosteletas.blogspot.com/, porquanto, colocando eu no referido blogue um post a sugerir a comemoração do aniversário dos vinte anos da morte do nosso Dr. Zeca Afonso, recebi no meu mail, jbritososua@sapo.pt quatro ou cinco linhas a dizer-me que as comemorações dos vinte anos do Zeca já tinham sido comemoradas na Escola com as presenças do Norberto Cunha e do Joaquim Teixeira.

OK, mas se já comemorámos os vinte anos vamos preparar as coisas para se comemorar os vigésimos primeiro, segundo, terceiro e por aí fora. Aqui.... Zeca sempre.

Queria convidar para colaborar aqui connosco aquele costeleta de renome que me intitulou de «EGOCÊNTRICO», porque aqui autorizo-o a manter anonimato e a todos quanto o quiserem fazer

Ao Jorge Tavares que não acredito que esteja zangado comigo e que apareça. Ao Maurício Severo, se quiser fazer o favor. Ao Mário Fitas se quiser, à Lídia Machado e ao António, à Maria José Fraqueza se quiser.. .

VAMOS DISCUTIR:

1 - Vou coloca uns versos do António Machado de V .R .Santo António para primeira discussão.

Boa tarde !Estes versos são da autoria do costeleta António Machado e, referem-se ao pessoal da "pesada" que tem saído das universidades nos últimos anos.Felizmente há grandes e honrosas excepções; não podemos nem devemos medir todos pela mesma "bitola

"Está Portugal assolado
Com tal maré de "doutores"
E de tal modo atrasado !...
O pior, entre os piores.

Há tanto licenciado
Com diploma dado a murro,
Que mais sai dignificado
Esse animal que é o Burro !

A "reforma" vergonhosa
Que no ensino se fez,
Só forma gente vaidosa
Que nem sabe português !

Umas nódoas em gramática,
Certa gente da "pesada"
Não pescam de matemática,
E não sabem tabuada !

E assim por este andar,
Digam-me lá meus senhores
Onde vai isto parar
Com tal maré de "doutores " ?

Cumprimentos daLídia Machado

MEU COMENTÁRIO: Em meu entender o mal está no sistema de ensino que não ensina e permite que se chegue à licenciatura sem saber nada.

2- O NORTE E O DESEMPREGO

Prenúncio de morte
Texto de Pedro Ivo Carvalho

O Norte empreendedor, o Norte capital do trabalho, o Norte terra da iniciativa, o Norte berço da indústria está a dar lugar, progressivamente, ao Norte desempregado, ao Norte desmotivado, ao Norte sem saída.

Um estudo da Comissão de Coordenação que se debruçou sobre a evolução do desemprego na região mostra como têm sido ineficazes as tentativas dos vários agentes (locais e nacionais) para suster a escalada da última década. E a força centrífuga da tempestade é tal que os seus efeitos não olham a géneros, idades, habilitações literárias ou zonas de residência.

Vamos aos números do nosso descontentamento: no final do ano passado, o Norte era a região do país que registava a maior taxa de desemprego. No total, cerca de 186 mil pessoas não tinham ocupação permanente numa área geográfica que concentra um terço da oferta de mão-de-obra nacional.
Equivale isto a dizer que quase metade dos desempregados portugueses tem pronúncia do Norte.
Indo mais fundo na análise, deparamo-nos com realidades, no mínimo, preocupantes. Uma delas permite concluir que ter um curso superior já não significa ter um emprego. Isto porque foi entre os licenciados que, em 2007, mais se agravou a taxa de desemprego média anual.

Mais há mais: o salário dos trabalhadores do Norte é, em média, 10% mais baixo do que nas outras regiões do país; o número de trabalhadores precários aumentou (quase 12% da população empregada); mais de um terço dos trabalhadores tinha completado, no máximo, o Primeiro Ciclo do Ensino Básico, e quase três quintos da população activa não tinha cumprido a escolaridade mínima obrigatória.

A ascensão da mulher no mercado de trabalho é, porventura, a única boa notícia desta análise arrasadora. Mas mesmo as boas notícias encerram um lado perverso: se elas são em maior número no universo laboral, também são a maioria entre os desempregados.

Ora, chegados a esta espécie de ponto de não retorno, impõe perguntar: como é que se sai daqui? Não há soluções milagrosas, mas a Comissão de Coordenação fornece uma pista: a economia regional tem que ajustar-se aos novos tempos, apostando mais na base tecnológica e menos num tecido empresarial que não se renova. Que, acrescento eu, vive há muitos anos refém de uma mão-de-obra farta, pouco qualificada e mal paga.

Mas não devemos exigir apenas aos empresários argúcia e esforço. A classe política nortenha não pode olhar para estes números e assobiar para o lado. Não pode, sobretudo, continuar a alimentar o espírito umbiguista e de quinta que muitas vezes a caracteriza. Não pode continuar agarrada ao chavão "o melhor dos mundos para mim e o que sobrar para quem estiver à volta".

Porque, no país em que vivemos, na região a que gostamos de chamar nossa, as coisas estão a mudar mais depressa do que gostaríamos. E não estão a mudar para melhor.

REVOLTA QUASE A TRANSBORDAR PARA AS RUAS

PORTO

Lesados pelas cheias esperam por indemnização há dois anos. Associação vai pedir reunião com ministro

Fartos de esperar, os lesados das cheias do Douro de há dois anos admitem avançar com protestos na rua e reiteram a intenção de processar o Estado. Antes, ainda vão pedir uma reunião ao ministro da Administração Interna.

"Estão-se nas tintas para as pessoas", desabafa, revoltado, Albano Correia, que viu culturas destruídas numa quinta na Régua. É um dos 82 lesados que constam do dossiê elaborado pelo gabinete criado na altura das cheias, em Novembro de 2005, pela Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (ABZHP), em colaboração com a Câmara Nacional de Peritos Reguladores.

No total, foram contabilizados 82 lesados e 163.919,81 euros de prejuízo. "Houve mais pessoas a queixarem-se, mas isto diz respeito apenas aos casos de quem assinou os valores avaliados pelos peritos", explicou António Fonseca, presidente da ABZHP. O dossiê foi enviado ao Governo e à Comissão Europeia, numa candidatura ao Fundo de Solidariedade. Dois anos depois, ainda ninguém recebeu um cêntimo.

"Ficámos sem trabalhar cerca de três meses", lembrou António Pinto, do restaurante "Ora Viva", na Ribeira do Porto, lembrando que as inundações sucederam-se durante vários dias, o que impossibilitou qualquer tentativa de abrir portas. "Arrumávamos as coisas, mas, três ou quatro dias depois, o rio voltava a subir", contou.

"É uma sensação horrorosa, ver a água a inundar tudo sem podermos fazer nada", recordou Maria Teresa, dos "Vinhos de Quinta", na mesma zona. Tinha aberto o estabelecimento há pouco tempo e foi logo "baptizada" com cheias de dimensões consideráveis. O desânimo com a falta de apoio é tal que admite deixar o espaço na zona ribeirinha do Porto.

"Nunca recebi nada", assinalou Artur Queirós, há 51 anos na serralharia "A Conquistadora", em Miragaia. No Inverno de 2005, os três armazéns foram inundados, estragando material. A serralharia propriamente dita não foi afectada. Aliás, quando há cheias, Artur Queirós ajuda os vizinhos, guardando ali muitos artigos retirados das casas inundadas" "Também costumo dar luz", indicou.

A Manuel Andrade, com ateliê de artesanato em Miragaia, foi precisamente a vizinha de cima que lhe valeu no Inverno de 2005. Deixou-o pôr em casa dela o forno e muitas peças que foram resgatadas à água que invadiu o ateliê "Arcos de Miragaia". "Foi espectacular", reiterou Manuel Andrade, que também continua à espera da indemnização pelos prejuízos.

"Ainda não obtive qualquer resposta", contou Maria Eugénia Rocha. As inundações destruíram o cais da casa de turismo rural que possui em Alpendorada (Marco de Canaveses). Ao JN, assinalou a importância de haver monitorização do nível das águas e das albufeiras ao longo do Douro, para permitir, através de modelos, obter previsões mais rigorosas sobre possíveis cheias.

O atraso na concretização de medidas que evitem as cheias nas zonas ribeirinhas, designadamente através da construção de mais barragens (cuja carência já foi admitida por responsáveis da EDP), poderá levar a ABZHP a apresentar uma queixa contra o Estado. Uma ameaça que já foi feita no início deste ano e com a qual a associação volta a acenar. O processo avançará caso não haja resultados positivos da reunião com o ministro da Administração Interna.
"Se não houver solução, as pessoas estão disponíveis para fazer acções de protesto na rua, caso seja necessário", afirmou Fonseca. "A revolta é muito grande", sintetizou Albano Correia.

COMENTÁRIOS






Texto de
João Brito Sousa


quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ACABARAM!...


2008.11.12

ACABARAM

Muitas coisas acabam, não porque nós desejamos, mas porque marcamos o tempo para esse términos.

Caso contrário estaríamos sempre a viver de uma forma diferente, sem caminhos percorridos repetidamente, que muitos não sabem como vocabulizar, encontrando palavras que uns pronunciam como correctas e outros quando as ouvem e olhando para quem as pronuncia consideram menos adequadas.

As férias acabaram para aqueles que as tiveram, e para outros ainda se vão repetir.

Se pensarmos o que fazemos nas férias e no tempo que temos para as finalizar, decerto que escolhemos o caminho mais simples, talvez o caminho da não preocupação.

Será este o melhor caminho?

Então qual seria a alternativa?

Aproveitar o tempo para pensar em todas as coisas que por falta de oportunidade no nosso dia a dia não pensamos, não lemos, não visualizamos e não olhamos o futuro.

Como será o dia em que não podemos tomar o banho diário? Como vamos lavar os dentes? A roupa que não pode ser lavada, será descartável? E a nossa comida, será em comprimidos?

Já verificaram que falta um elemento essencial que hoje damos pouca importância :ÁGUA.

Não devemos pensar em poupar hoje para gastar amanhã. Devemos pensar como será o amanhã se houver pouca ÁGUA

Hoje, nas férias, em frente do mar, do rio, da ribeira, da piscina, da torneira, devemos reflectir o que vamos fazer nos nossos dias de rotina, com tempos fixados, para garantir que no futuro a ÁGUA vai existir para as futuras gerações.

O mar que cobre dois terços do nosso planeta deve recolher o maior respeito pela sua existência, mas os povos assim não praticam, dirigem para lá os seus esgotos, com os produtos que podem ser colocados em lugares adequados ,como os medicamentos fora de uso, os resíduos das suas indústrias e não visualizam que será a sua futura reserva de ÁGUA.

O rio, a nossa fonte diária de ÁGUA, não é olhada como uma prioridade de vida, nele são deitadas os mais variados resíduos, nem as autoridades locais os acarinham, tornando-os um caminho de limpeza e de saúde.

A piscina, lugar de divertimento, também poderá ser um lugar de poupança de água, se após a sua utilização fosse aproveitada para outras actividades.

A torneira que nos dá grande prazer quando a abrimos, é o instrumento que mais desperdiça a ÁGUA, não por sua inteira responsabilidade, mas por manifesta inacção do ser humano.
Há gestos tão simples que se podem perpetuar que passam essencialmente pela acção cívica.
Onde coloca os medicamentos fora de uso? Entrega-os na Farmácia?

Não há regras para ninguém, mas há comportamentos correctos, que todos aqueles que nos rodeiam poderão repetir no presente e no futuro e de certeza contribuirão para o futuro da ÁGUA.

Então é bom pensarmos no futuro, mesmo que não sejam nas férias, mas aproveitar o tempo, mesmo que marcado, de certeza que dará mais esperança no futuro da ÁGUA.

TEXTO ESCRITO EM TEMPO NÃO FIXADO..
Luís Francisco

terça-feira, 11 de novembro de 2008

CAPANULÁCEAS


2008.11.11

CAMPANULÁCEAS

Era Setembro, e tantas manhãs, tantas noites, tantas definições do indefinível... Esta frase, é do escritor Baptista Bastos em “A Cara da Gente” e a frase que vem a seguir também: “era uma rua perfumada com os odores provindos das campanuláceas e das rosas, dezenas e dezenas, nos jardins suspensos da Iluminante..

Campanuláceas... a palavra ficou-me e desconhecendo-a fui ao dicionário ver o que era. Afinal nada de especial, ervas, arbustos, árvores...Mas o diabo é que engracei com a palavra e trauteava-a numa canção cuja música inventei `a pressa De manhã, lá estava eu encostado á janela, trauteando, campanulácea si vá...E a minha mulher perguntava que chilreada era aquela.... É o Armando Baptista Bastos que inventou esta palavra, disse eu. É o trabalho do escritor meu velho, dizia-me a minha mulher.

O escritor inventa, perguntei?... O escritor cria, dizia-me ela. Ora bolas, e eu que estou a escrever um livro ainda não criei nada.!...

Foi nesta altura que me lembrei duma crítica literária do Luiz Pacheco ao Dinis Machado, recentemente falecido, dizendo bem, melhor, dizendo muito bem, da obra “O Que Diz Molero”., o que é raro nele. Jorge Listopad também fala bem do autor. Então é porque a obra é mesmo boa, recomenda-se, portanto.

Disseram-me hoje de manhã que Portugal é o único País do mundo que possui dois intelectuais do calibre de Agostinho da Silva e de Eduardo Lourenço, pensadores por excelência. E aceito a ideia.. Sobre o último disse Rui Vilar, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, na abertura do Congresso Internacional dedicado àquela grande figura.“Eduardo Lourenço é uma figura ímpar na cultura portuguesa. Pela densidade, originalidade, mobilidade e independência da sua obra.

Ouvi-lo ou lê-lo (e às vezes relê-lo, porque é necessário) é recebermos um tónus vivificador do espírito e supreendermo-nos pela vastidão das suas referências, que surgem com tal naturalidade como se houvesse sempre toda uma biblioteca aberta pela sua frente”

E agora uma dúvida me ocorre e pergunto-me. A economia mundial está mal porquê? Qual o contributo da cultura para resolver a crise? Houve contributo? Deverá haver mais? Consulto textos do velho António Lobo Antunes e é ele que diz, entre um economista e um padeiro prefere o padeiro. É a Literatura a desconfiar.

Volto ao autor das campanuláceas e leio “a grande literatura comporta, em si mesma, uma dose substancial de lirismo. Mesmo que o não demonstre, cada livro é uma estrofe contra a catástrofe”. Por aqui verifico que a Literatura não falhou; esteve lá. Mas pelos vistos a dose de intervenção não chegou. O trabalho do escritor é um trabalho solitário, pejado de vozes e de gritos, de gestos e de olhares e o seu destino é jogado em cada livro, diz ainda Baptista Bastos, que continua dizendo, na literatura compete-se como nas outras áreas da vida. Às vezes chega- se ao topo e a fama vem.

Mas a fama para o escritor é como a prostituta que se entrega nos braços de todos e de ninguém. Está a aproximar-se outro que vai arrebatar a flâmula, até chegar o que está para vir. Cada escritor é um pobre de Cristo que aguarda, inquieto e dedicado, o afecto confiado de quem o lê.

Mas é inútil ser o melhor!...

publicação de
JBS

domingo, 9 de novembro de 2008

PORQUE HOJE É DOMINGO



FALANDO DE FUTEBOL

Os jogos entre o FARENSE e o OLHANENSE.

Penso que os de Olhão sempre tiveram mais jeito para jogar à bola que os de Faro.
Os jogos entre as equipas de futebol do SCFarense e SCOlhanense constituíram sempre grandes espectáculos populares.

As populações das duas cidades, aplaudem, nos jogos, as respectivas equipas com entusiasmo excessivo. Ao amor ao clube, junta-se o amor à terra onde se nasce, resultando daqui uma grande paixão. E como tudo o que é feito com paixão gera excessos, esse aplauso à equipa de cada uma das terras, às vezes, provocava cenas desagradáveis.

A esta forma de aplaudir, que normalmente gera situações de euforia ou de excesso, é o que chamamos de rivalidade ou bairrismo e surge entre terras vizinhas. O bairrismo é uma característica do bairrista ou habitante do bairro, aquele que defende com entusiasmo os seus interesses, ou aquele que lhe devota afeição especial ou exagerada e tem atitudes de hostilidade ou menosprezo para com as outras cidades.

Era isto que acontecia nos jogos de futebol entre as duas equipas de Faro e Olhão.
O futebol é um jogo que tem muitos adeptos porque, todos ou quase todos nós, o praticámos em miúdos e pensamos que percebemos da poda.

Por isso e porque tínhamos as nossas referências ou os nossos ídolos, que já jogavam nas competições oficiais e a quem queríamos imitar, começamos a defender os da nossa cor, por mais isto e por mais aquilo.

E como o nosso é sempre o melhor, daqui nascem as rivalidades, em que valorizamos uns e menosprezam outros.
Não me parece uma atitude correcta.
O fundamental é respeitar a competição e cada um deve fazer isso dando de si o melhor que puder e souber.

Nos jogos entre o Farense e o Olhanense notava-se quase sempre o reflexo dessa rivalidade.
Havia pessoas que levavam pedras para o campo, ameaçavam, faziam esperas e coisas assim, à semelhança das claques de hoje dos clubes, que praticam actos de vandalismo condenáveis.

Do site http://www.maisfutebo.iol.pt/, retirei que, “A rivalidade entre Farense e Olhanense sempre existiu, inevitável entre os dois clubes mais representativos de duas cidades separadas por escassos oito quilómetros. A crise dos leões de Faro foi extremada pelos adeptos olhanenses, em 2003/04, em jogo da II divisão B. «Quando entraram em campo, atirámos papo-secos (carcaças) para eles comerem, mas não se devem ter safado porque eram duros», conta Carlos Freitas, membro da claque olhanense, que relembrou outro episódio desse jogo: «Dizia-se antes do jogo que o dinheiro da receita seria para eles pagarem o subsídio de Natal aos jogadores. Não acreditei, mas depois li declarações de dirigentes a dizer isso, o que me deixou satisfeito.»

E anda que: “O jogo do Farense, na temporada passada, frente à Safol Olhanense, popular clube de um bairro da cidade da restauração, gerou uma onda de entusiasmo que cativou cerca de duas mil pessoas na assistência. «Já posso morrer descansado, pois já vi o Farense jogar com a Safol¿ e não ganhou», gracejava no final um conhecido adepto do Olhanense, satisfeito com o 2-2.”

O futebol é arte e é nesse sentido que terá de ser visto.

Uma abertura para golo, do Rialito do Farense, ou uma antecipação do Reina, do Olhanense, saindo a jogar, com a arte que cada um desses jogadores possuía e punha ao serviço do jogo, é uma mensagem do belo que a nossa alma recebe e aplaude.

O futebol serve para isto mesmo, para nos dar alegrias. Qualquer coisa que só um remate do Parra do Olhanense, à entrada da área nos pode dar. Ou do Tarro do Farense.

Futebol é espectáculo popular, seja .para o povo..

E para a alegria do povo.

João Brito Sousa


sábado, 8 de novembro de 2008

HÁ LODO NO CAIS

CRÓNICA ENVIADA DE WASHINGTON
Há lodo no cais

É sem dúvida revoltante e paradigmático que o dinheiro dos impostos que tanto custam a pagar a tanta gente sirva agora para evitar a falência de um banco que as tropelias de um ex-responsável pelo Fisco levaram à falência

Mais tarde ou mais cedo, um BPN iria rebentar-nos nas mãos. Acabou por rebentar tarde de mais e sem nada que ver com a crise financeira mundial. O BPN não ficou falido, com 700 milhões a descoberto, devido a dificuldades da conjuntura ou até a erros de gestão. Não, o BPN faliu devido às vigarices em que se envolveu e que estavam na raiz da sua própria criação: por alguma razão o baptizaram de Banco Português de Negócios. Negócios de lavagem de dinheiro, de «off-shores», de financiamento da corrupção, enfim, de todo o cardápio de malfeitorias possíveis neste ramo de negócio.

O BPN não foi criado nem por banqueiros nem por gente com algum conhecimento ou experiência no ramo. Foi criado por gente que vive e prospera nessa zona cinzenta onde confluem a política e os negócios: um pouco de bloco central, com os ‘socialistas’ dos negócios e muito do supostamente defunto núcleo do cavaquismo dos anos 90. À frente do BPN, nos tempos do fartar-vilanagem, esteve o dr. Oliveira e Costa, sibilina figura do ‘cavaquismo de província’, que então foi secretário de Estado do Fisco e no BPN se dedicou a abrir cerca de oitenta contas em «off-shores», onde se esconde dinheiro e não se paga impostos. Por aqui se pode ver desde logo o estofo moral de alguns que às vezes nos calham em sorte na governação. É sem dúvida revoltante e paradigmático que o dinheiro dos impostos que tanto custam a pagar a tanta gente sirva agora para evitar a falência de um banco que as tropelias de um ex-responsável pelo Fisco levaram à falência.

É sempre assim: quando tudo o mais falha - a cautela, a vigilância de quem deve, a simples decência e vergonha - resta o dinheiro dos contribuintes para apagar o incêndio.Quando, há quase um ano, saltou para a praça pública a peixeirada interna do BPN, isso não surpreendeu rigorosamente ninguém, pois que, à boca cheia, já tudo e todos comentavam o que lá se passava e a impunidade de que parecia gozar o banco. Compreendo que o Estado tenha optado agora pela nacionalização como forma de defender o dinheiro dos depositantes, mas, 280.000 ou não, duvido que eles não achassem estranho que o BPN remunerasse mais o seu dinheiro que qualquer outro e que não desconfiassem de nada, nem que fosse apenas olhando para os nomes e caras daquela gente. De então para cá, tiveram tempo e informações suficientes para poderem sair e ir para paisagens mais arejadas.

Mas não o fizeram, talvez porque, como ouvi agora a alguns deles, tinham a garantia de que o Estado (isto é, os contribuintes) acorreria, como acorreu, em caso de necessidade. Aliás, soube-se há menos de um mês (já depois de ter sido chamada a polícia), que o Estado, através da Caixa Geral de Depósitos, tinha emprestado 200 milhões ao BPN e soube-se agora que lá mantém uma conta-corrente, cujo montante não nos é dado conhecer. Não sabemos assim até que medida a nacionalização não visa também proteger a falta de juízo do próprio Estado.Tenho sinceras dúvidas de que a opção de deixar o BPN ir à falência, declará-la fraudulenta com as respectivas consequências criminais e garantir aos depositantes aquilo que recentemente foi garantido para todos, não fosse a melhor decisão para os contribuintes e a mais saudável para a vida económica. Servia pelo menos como aviso para futuros candidatos à generosidade pública.

O dr. Miguel Cadilhe é o mais improvável herói desta suja história. Seguramente que sabia ao que ia e imaginava bem o que iria encontrar, quando aceitou, em Junho, a presidência do BPN. E tanto o sabia que tratou de negociar, como condição de aceitação, um sumptuoso plano de reforma, para o caso de as circunstâncias o virem a obrigar a ir-se embora antes de tempo. Mas o que viu, quando lá chegou, acabou também por forçá-lo, à cautela, a chamar a polícia, não fossem depois acusá-lo de ter omitido a gravidade da situação. Ao mesmo tempo, propôs à tutela que lhe emprestasse os 700 milhões de euros que estavam a descoberto, sem nenhumas garantias efectivas de poder pagar e apenas para garantir que o negócio continuaria, como de costume. Se bem percebi as suas intenções, a polícia trataria do passado do BPN, os contribuintes tratariam do presente e ele manteria o seu lugar para o futuro. Teixeira dos Santos recusou e fez bem. Cadilhe vingou-se, descarregando a sua ira no supervisor, o majestático dr. Constâncio - que, verdade se diga, está adormecido há séculos.Mas são coisas diversas, a falta de regulação e a falta de escrúpulos. A única coisa comum é a saturação deste bloco central dos negócios e dos cargos públicos.

Em troca de tantas benesses, cargos e atenções do poder que sempre tem recebido esta gente, o que lhes deve, afinal, o país?3 O movimento de cidadãos de Lisboa contra a ampliação do Terminal de contentores de Alcântara, de que sou um dos fundadores, anunciou no passado dia 27, em conferência de imprensa, que iria abrir uma subscrição pública contra o decreto-lei que autorizou a celebração de um contrato entre a Administração do Porto de Lisboa (APL) e a concessionária Liscont. O objectivo da petição (que atingiu o mínimo de 4000 assinaturas necessárias em 24 horas), foi entregar na Assembleia da República um pedido de ratificação parlamentar do decreto do Governo. O pedido está entregue e isso significa que os deputados vão ter de apreciar o diploma do Governo e poderão revogá-lo, se assim o ditar a sua consciência e a sua noção de interesse público. Sabedora disto, a APL tratou de, logo no dia seguinte, assinar a correr o dito contrato com a Liscont, mediante o qual esta ficou desde logo garantida com uma brutal indemnização no caso de o projecto não ir adiante.

Tudo devidamente cozinhado entre dois conhecidos escritórios de advocacia de negócios, muito socialistas.Há quem considere isto uma falta de respeito inadmissível pela Assembleia da República, por parte de um organismo público, que administra coisa pública e cuja tutela cabe ao Governo. Há quem considere também uma estranha noção do que é a vida democrática e a consideração devida pela opinião pública.. Eu não considero nada disso. Considero um escândalo, puro e simples. Um gesto que diz tudo sobre a dimensão dos interesses que estão em jogo e a influência que alguns muito poderosos têm sobre os actos da governação pública. É o Estado cativo de interesses privados. Terceiro-mundo.4 A propósito do negócio de Alcântara, o campeão nacional da asneira - o ministro das Obras Públicas, Mário Lino - resolveu meter-se ao barulho e declarar que um quilómetro e meio de extensão de contentores empilhados à beira-rio “terá um impacto visual mínimo”.

Quem possa ter dúvidas, que vá lá ver e imagine o que ali está multiplicado por três. Entre outras coisas, constatará que, ao contrário do que jura a Liscont, não é verdade que “razões técnicas” impeçam amontoar cinco contentores em cima uns dos outros: anteontem, havia lá várias pilhas de seis. Talvez Mário Lino não consiga, sinceramente, distinguir a diferença entre uma paisagem de contentores com 15 metros de altura e a de um rio ou a do ‘Queen Mary II’ acostado à Gare Marítima. Mas a Cunha Vaz e Associados e a LPM - os arguidos habituais na ‘assessoria de imagem’ dos grandes negócios - bem podiam justificar o dinheiro que cobram à Liscont e à APL mandando o ministro ficar calado. É que, de cada vez que ele leva a arma à cara, seja para defender a OTA, o TGV ou o Terminal de Alcântara, o tiro sai pela culatra.

Publicação de
João Brito Sousa

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

OBAMA


Obama eleito presidente dos EUA

O democrata Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos. A vitória foi anunciada pelas televisões norte-americanas às 4:00 horas de Portugal Continental. Barack Obama torna-se no primeiro presidente negro na história dos EUA.

Com a vitória de Barack Obama, cumpre-se o sonho de Martin Luther King e de todos os que lutaram pelos direitos civis nos Estados Unidos da América.

O senador do Ilinois chega aos 47 anos à chefia da maior economia do mundo, após uma campanha eleitoral onde era considerado o grande favorito para vencer nos Estados ganhos pelo democrata John Kerry em 2004.

A noite eleitoral começou com as primeiras projecções a darem a vitória ao candidato republicano, John McCain, no estado do Kentucky, que elege oito elementos para o Colégio Eleitoral, enquanto Barack Obama, o candidato democrata, vencia no Vermont, que elege três grandes eleitores. Mas a sorte republicana ficou-se por aí.

Daí em diante, os números da grande noite norte-americana passaram a pender rapidamente para o lado democrata. Às 4.20 horas, Obama já possuía uma vantagem de cerca de 2,6 milhões de votos expressos nas urnas e podia já contar com 297 grandes eleitores no Colégio Eleitoral, contra 139 do seu adversário.

Certa é também a maioria conquistada pelos democratas no Senado e no Congresso norte-americano.

Pouco depois de conhecidos os resultados no Ohio e na Pensilvânia, a euforia apoderou-se de milhares de apoiantes de Barack Obama, reunidos num parque em Chicago.

O número de apoiantes de Obama que se deslocou ao parque foi superior ao esperado, situação que obrigou as autoridades locais a desviarem a população para outros locais.

Estas foram as mais participadas eleições presidenciais de sempre, esperando-se que cerca de 130 milhões de norte-americanos tenham corrido às urnas.

O senador do Illinois toma posse a 20 de Janeiro como Presidente dos EUA, 145 anos depois de Abraham Lincoln abolir a escravatura.

Vitórias confirmadas por Estados:


publicação de

João Brito Sousa



terça-feira, 4 de novembro de 2008

A CARROÇA TÍPICA ALGARVIA


A CARROÇA TÍPICA ALGARVIA

A carroça típica algarvia foi fabricada nos VILARINHOS ATÉ 1970.

Eram quatro os seus fabricantes; o José MATEUS, o JOAQUIM MOLEIRO, o ANTÓNIO SANCHO e os irmãos CAIADOS.

ERA ENTÃO UMAS DAS MAIS IMPORTANTES INDÚSTRIAS e uma das mais prestigiadas do nosso Concelho.

As carroças eram vendidas para todo o Alentejo e Algarve, sendo consideradas a s melhores e as mais bonitas que se fabricavam en toda a parte..

Quando se deixou de fabricar as carroças, só a casa do Sr, José MATEUS, SOB GERÊNCIA DO SEU FILHO ARTUR MATEUS, continou a trabalhar.

Mas agora temos a fábrica de Carroçarias para os camiões, que recebe encomendas de toda a parte porque são fabricadas com grande qualidade. Ainda hoje esta casa continua em grande elaboração.

Publicação de
João Brito Sousa

sábado, 1 de novembro de 2008

IMPRENSA/DN - MST e o FCPorto

OPINIÃO



ASSUNTOS:
1 )Fcporto

Miguel Sousa Tavares cáustico sobre gratificações da SAD

Pôncio Monteiro diz que é uma situação normal numa empresa.

Crítico assumido da gestão portista nos últimos anos, Miguel Sousa Tavares não poupa a administração da SAD pelos 700 mil euros de prémios que Pinto da Costa e restantes administradores receberam pelo último título nacional, e revela ao DN sport o seu "espanto" pela tabela de gratificações revelada pelo último Relatório e Contas consolidado - que prevê um prémio (50% sobre o vencimento) para a administração mesmo no caso do FC Porto ficar em segundo ou terceiro lugar da Liga.

"É um belo exemplo para os jogadores, ver que o segundo ou o terceiro lugares dão direito a prémios chorudos para os administradores", aponta.

O jornalista e escritor portista é especialmente cáustico para com a recente Comissão de Vencimentos, responsável pela tabela de gratificações agora revelada.

"Isto só não me espanta mais porque quem está à frente da Comissão de Vencimentos é Alípio Dias, que a única coisa que faz é abanar que sim com a cabeça", critica.

Relembre-se que segundo os dados publicados neste último Relatório e Contas consolidado, referente ao exercício de 2007/08, Pinto da Costa e os administradores da SAD receberam um total de 2,2 milhões de euros de remuneração, 700 mil deles de prémio pelo tricampeonato.

Mais: a tabela de prémios estabelecida para a administração revela que uma vitória na Liga dá direito a 75% de prémio sobre o vencimento bruto, a vitória na UEFA 100%, na Liga dos Campeões 120% e mesmo o 2.º e 3.º lugares no campeonato valem 50% de gratificação.

Miguel Sousa Tavares acrescenta algumas preocupações, como o aumento do passivo (de 116,6 para 141,1 milhões de euros), "Não sei onde é que o FC Porto desbarata tanto dinheiro", diz, alertando ainda para o fim do filão das transferências milionárias que têm sustentado a SAD. "Já só há o Lucho, o Lisandro e o Bruno Alves para vender, o que devem fazer no próximo Verão.

Depois disso quero ver quem vai querer comprar o Benítez ou o Guarin", afirma, numa crítica à política de contratações, sem esquecer o aumento dos custos salariais apresentado no relatório. "Quando se anda a pagar a 50 e tal jogadores não me espanta que os salários disparem", refere, visando os vários jogadores emprestados

Já Pôncio Monteiro, membro do Conselho Consultivo da FC Porto SAD, considera normais as gratificações aos administradores. "Desde que há as SAD's que a filosofia de gestão é diferente.

Passou tudo a ser profisisonalizado e os prémios por objectivos são normais em qualquer empresa", diz. Pôncio defende ainda a gestão da SAD: "O que me preocupa enquanto sócio é que a gestão valorize o património e consiga resultados desportivos. E isso tem sido conseguido." De resto, não concorda que o FC Porto esteja mais fraco este ano. "Habituou foi a ganhar sempre e quando isso não acontece os sinos tocam a rebate".

MEU COMENTÁRIO: Esta é uma conversa para boi dormir. O Dr. MST vem levantar problemas acerca de uma questão que se calhar já tem mais de vinte anos.


O Dr. MST devia vir aqui insurgir-se contra o que disse Platini acerca do FCP, exlicar qual foi o papel do Dr ADRIANO PINTO na AFP e atmbém do Dr. GONÇALVE S PERIERA na CJ na Lig e...e..e....


O Dr. PÔNCIO MONTEIRO, PARECE-ME NÃO TER EVOLUÍDO NADA, PENSA DA MESMA MANEIRA DE HÁ 50 ANOS, LOGO...

2) RUI MOREIRA

Em entrevista dada ao jornal DESTAK, o homem, que me parece estar no lugar errado, num lugar chave para o desenvolvimento da cidade, vem reconhecer que «O problema do Porto são as oportunidades perdidas, umas veze por culpa alheia e por vezes por culpa propria».

Curioso é a afirmação que se segue do mesmo cavalheiro no «DESTAK» «O Porto não deveria querer ser a capital, devia ser um exemplo para a província e não uma segunda Lisboa»

E disse mais coisas sem sentido.

MEU COMENTÁRIO:

Mas a quem interessará os exemplos do Porto de hoje? Do passado talvez... eu acho que o Platini tem razão.

JBS