COMENTÁRIO AO COMENTÁRIO DO JAIME REIS
“Que saudades.
“Que saudades.
Nesse tempo , era o tempo em que as pessoas conviviam.
Hoje ninguem convive com ninguem.
Conviver é conhecer o outro.
Não conviver é desconhecer. Desconhecer é desconfiar.
Hoje somos um mundo de desconfiados”.
Jaime Reis
CARO JAIME REIS .
Aqui, no ADF, eu fiz um comentário ao texto do senhor Viegas Gomes, “CAFÉS E TERTÚLIAS”. Depois vem o senhor logo a seguir e deixa esse comentário que está aí em cima.
CARO JAIME REIS .
Aqui, no ADF, eu fiz um comentário ao texto do senhor Viegas Gomes, “CAFÉS E TERTÚLIAS”. Depois vem o senhor logo a seguir e deixa esse comentário que está aí em cima.
Não sei se o dito me é dirigido. Sim ou não, não interessa. O que me interessa é discutir essa do “mundo de desconfiados” que o Jaime Reis cita. Porque eu não estou de acordo.
Ter saudades desse tempo é ter saudades do passado. Claro que não é proibido ter saudades do passado.
Ter saudades desse tempo é ter saudades do passado. Claro que não é proibido ter saudades do passado.
Mas sobre essa forma de ver as coisas, Fernando Pessoa, é espectacular quando diz:- “ Vivo sempre no presente. O futuro não o conheço. O passado já não o tenho. Pesa-me um como a possibilidade de tudo, o outro como a realidade de nada. Não tenho esperanças nem saudades.
Conhecendo o que tem sido a minha vida até hoje - tantas vezes e em tanto o contrário do que eu a desejara - que posso presumir da minha vida de amanhã senão que será o que não presumo, o que não quero, o que me acontece de fora, até através da minha vontade? Nem tenho nada no meu passado que relembre com o desejo inútil de o repetir. Nunca fui senão um vestígio e um simulacro de mim.
O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.”
Diz o senhor que “Conviver é conhecer o outro. Não conviver é desconhecer. Desconhecer é desconfiar”...
Ora isto pode não ser bem assim. Conviver é ter relações cordiais com outrem, dar-se bem com os outros, compartilhar o mesmo espaço.... e não necessariamente conhecer o outro. Não conviver pode não ser o que o senhor diz, Quanto a mim, não conviver é não desfrutar do prazer de ter relações cordiais com terceiros, não se dar com eles e não partilhar do mesmo espaço com eles e por aí adiante...
Em minha opinião, o convívio das pessoas umas com as outras continua igual.. Só que acontece sob outras formas e locais. Mas não tenha dúvidas que a malta se diverte.
O modelo do convívio e os locais é que mudaram. Desculpe-me a observação e aceite os cumprimentos do
João Brito Sousa
Diz o senhor que “Conviver é conhecer o outro. Não conviver é desconhecer. Desconhecer é desconfiar”...
Ora isto pode não ser bem assim. Conviver é ter relações cordiais com outrem, dar-se bem com os outros, compartilhar o mesmo espaço.... e não necessariamente conhecer o outro. Não conviver pode não ser o que o senhor diz, Quanto a mim, não conviver é não desfrutar do prazer de ter relações cordiais com terceiros, não se dar com eles e não partilhar do mesmo espaço com eles e por aí adiante...
Em minha opinião, o convívio das pessoas umas com as outras continua igual.. Só que acontece sob outras formas e locais. Mas não tenha dúvidas que a malta se diverte.
O modelo do convívio e os locais é que mudaram. Desculpe-me a observação e aceite os cumprimentos do
João Brito Sousa
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