segunda-feira, 29 de outubro de 2007

CRÓNICAS SOBRE A 1 ª REPÚBLICA

(parlamento)
O PAÍS DAS REVOLUÇÕES


A República oscila pendularmente entre intentonas conservadoras e radicais, frustradas ou vitoriosas. Com os seus bandos civis patrulhando as ruas e dando ordens nos quartéis de cinturões de balas em volta do peito, o 5 de Outubro estabeleceu o clima para esta constante tentação de mudar o rumo da política pela força..

Os batalhões de voluntários da República, nascidos no auge da revolução com o beneplácito do poder instituído, surgem por toda a parte substituindo-se ao frrágil estado português. O pais radicaliza-se pela acção dos mais diversos grupos políticos, formados por extremista de forma mais ou menos clandestinas e procurando suplantar-se uns aos outros pela violência

Para esta gente nada representam os direitos e garantia do cidadão, como se pode concluir do aviso fixado em Coimbra logo após a primeira incursão couceirista: "agora que a Pátria está sendo invadida por inimigos, previnem-se todos os indivíduos que por conta própria ou por conta de outrem tramem contra a vida de cidadãos republicanos que, averiguada que seja a culpabilidade, ainda que somente por provas morais serão justiçados onde quer que se encontrem.”
Não espanta que muitos só concebam a via das armas. Das revoluções que se banalizam em Lisboa ao longo da década avultam, pelo derramamento de sangue, o derrube da república.
João Brito Sousa

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