sexta-feira, 31 de agosto de 2007

BOM FIM DE SEMANA

(furnas/AÇORES)


PORTO, 2007.08.31


BOM FIM DE SEMANA

Para os meus filhos em ALMADA XAXÁ E PEDRO Para a minha nora e para a minha neta MARIANA


Para a Celina e para o Aníbal, para o Zé ALEIXO Salvador esposa, Honorato Viegas e esposa, Peixinho e esposa em ALMADA,

Para o amigo Carlos BARRIGA E ESPOSA EM FERREIRAS.

Para o Luís José Isidoro em ESTOI, amigo inesquecível

Para o Engº Neto e esposa em ESTOI ainda.

Para os meus compadres, Dr. Manuel Rodrigues e Drª Fátima Rodrigues e filha, a Drª Ana Luísa Rodrigues.

Para o enorme MÁRIO MONTEIRO que agora mora em CAMPO

e para o Guilherme, Marta esposo e filho,


Para o CARLINHOS LOURO, meu primo e velho amigo.


Para os meus irmãos em NEWARK, USA

Aló Solange, katy and Jack David, Daniela, Michele e respectivos....


Aló PAUL SPATZ e filhas


Aló primos e primas na Austrália e Perpingham em França em NEWARK, aló Tony and Quitéria Ilheu aló SIlvina no Canadá


aló Custódio Clemente e Zé Mendes na AUSTRÁLIA,

Zé Lúcio, Florentino, Rosendo e Joaquim Carrega...


Victor e Célia Custódio e Leonilde Filhos e filhas.


Aló Montenegro SÃO E FILHAS ,


Tia Amélia.

Tias Alzira e Ti Manel


Eusébio e Júlia Lucília e Armando e Filhos


Silvina e Luís Alcantarilha e filhos

Mercedes e Alviro, BICAMA e BIZÉ E RESPECTIVOS

Maria do Carmo e Zé Maria e filhos (meu afilhado João Manuel) e noras netos


FLORIVAL EM França, esposa e filhas Para o CUSTOIDINHO, o filho do APOLINARIO, que diz que é teu amigo e com quem tive uma pega no restaurante o Jorge, no PATACAO.


Para: VIEGAS, DIOGO, PLÍNIO, ARNALDO SIVA, ZÉ GRAÇA, DIOGO TARRETA E REINALDO E SOLEDADE ...ainda há mais?... para todos


Aló ESTORIL Mário Fitas, Aló Porto Carlinhos Pereira, Adelino Oliveira em AZEITÃO. Romualdo Cavaco, Jorge Valente dos Santos e Zé Pinto Faria em Portimão. ADOLFO PINTO CONTREIRAS NOS GORJÕES E ZÉ MAGANÃO e SOARES em TAVIRA. Feliciano Soares e Xico LEAL em Olhão e Zé Júlio na ilha da Culatra. Estamos em: Para a malta da Escola Comercial e Industrial de FARO, os garndes amigos e colegas,
ROGÉRIO COELHO, LUÍS CUNHA, JORGE CACHAÇO E FRANKLIM MARQUES.

Para o JORGE CUSTODIO, o JORINHO que andou comigo na escola primária em Mar e Guerra, irmão da Fernanda e que agora mora em Faro.


http://bracosaoalto.blogspot.com/


http://braciais.blogs.sapo.pt/


http://bracadas.blogs.sapo.pt/


http://estudarfaro.blogspot.com/


Dêem uma vista de olhos.


UM BOM FIM DE SEMANA PARA TODA A GENTE


João Brito Sousa

REFLEXÃO FILOSÓFICA


O TEXTO SEGUINTE, INSULTAR É UMA HONRA,

é da autoria de Arthur Schopenhauer, in


'AFORISMOS PARA A SABEDORIA DE VIDA'



O TEXTO É:

“Assim como ser insultado é uma vergonha, insultar é uma honra. Por exemplo, mesmo que a verdade, o direito e a razão estejam do lado do meu adversário, não deixo de insultá-lo; desse modo, todas as suas qualidades passam a ser desconsideradas, e o direito e a honra passam a estar do meu lado.

Ele, pelo contrário, perdeu provisoriamente a sua honra - até conseguir restabelecê-la, não mediante direito e razão, mas por tiros e estocadas. Logo, a rudeza é uma qualidade que, no ponto de honra, substitui ou se sobrepõe sobre as outras. O mais rude tem sempre razão: para quê tantas palavras?

Qualquer estupidez, insolência, maldade que alguém possa ter feito, uma rudeza retira-lhes essa característica e elas são de imediato legitimadas. Se, numa discussão ou conversa, outro indivíduo mostra conhecimento mais correcto do assunto, um amor mais austero à verdade, um juízo mais saudável, mais entendimento que nós, ou se em geral exibe méritos intelectuais que nos deixam na sombra, então podemos de imediato suprimir semelhantes superioridades e a nossa própria mesquinhez por elas revelada e sermos, por nosso turno, superiores, tornando-nos ofensivos e rudes.

Pois uma rudeza derrota todo o argumento e eclipsa qualquer espírito; isso se o oponente não tomar parte nela e replicar com outra maior ainda. Não o fazendo, chegamos à vantagem no nobre desafio; desse modo, permanecemos vitoriosos e com a honra do nosso lado.

Verdade, conhecimento, entendimento, inteligência e espírito têm de ser desconsiderados e acabam por ser reprimidos pela divina rudeza. Por conseguinte: as «pessoas de honra», tão logo são confrontadas com uma opinião diferente da sua ou simplesmente com um entendimento mais arguto que pode contradizê-las, preparam-se imediatamente para montar no seu cavalo de batalha, e se, numa controvérsia, lhes faltar um contra-argumento, procurarão uma rudeza, que servirá para o mesmo fim e é mais fácil de encontrar.

Em seguida, vão-se triunfantes. Nesse caso, já se vê o quão é justo dizer, em louvor do princípio da honra, que ele enobrece o tom em sociedade.
QUEM É ARTHUR SCHOPENHAUER

Filósofo alemão. Nasceu em 22/2/1788, Danzig, atual Gdansk, pertencente à Polónia. Faleceu em 21/9/1860, Frankfurt. Conhecido como filósofo do pessimismo, suas ideias influenciam a doutrina metafísica, a Filosofia existencial e a Psicologia freudiana.
Tornou-se conhecido por sua primorosa prosa e por seu pessimismo. Embora sua filosofia seja ateísta, as religiões orientais, principalmente o antigo hinduísmo e o budismo, exerceram uma profunda influência.
O MEU COMENTÁRIO

Como no fado da Mouraria, almas crentes povo rude...

Ora, é visível que, se ser insultado é uma vergonha deveria ser igualmente vergonhosa a atitude de quem insulta...

Insulta-se a verdade, o direito e a razão?....como?. para que a honra passe para o lado de quem insulta?.. Mas a honradez ganha-se com a prática da verdade... ou já não é?..

O rude tem sempre mais razão?

Não concordo com o texto.


João Brito Sousa

POESIA


PORTO, 2007.08.30

A HABITAÇÃO DELE...

Em frente à casa onde vivo, há... em terra batida,
Um largo.... onde “residem” automóveis ali deixados
Pelos proprietários que ali os abandonaram na ida
Utilizando-os no regresso a casa por já cansados.

Mas todos estes que se deslocam e deixam o carro aí
Têm a sua habitação própria para onde vão agora.!...
Mas no Largo há uma viatura que está sempre por ali
E serve de residência a um trabalhador que lá mora

Uns têm tudo e outros ... mas isto funciona assim
E a sociedade nada faz quer a coisa seja boa ou ruim
Cada um que se desenrasque e deixe tudo até a pele..

E se desse trabalho não se vir o resultado esperado
Só temos um caminho a seguir é trabalhar dobrado
Como faz o trabalhador do carro que habita nele..

João Brito Sousa

GOSTAVA DE TER SIDO ESCRITOR


GOSTAVA DE TER SIDO ESCRITOR.


Já nos meus tempos de Escola de Magistério que era assaltado por um desejo enorme de ser escritor. Achava que deveria ser uma actividade linda, essa coisa de poder escrever coisas para que os outros lessem, ficassem bem dispostos e ganhassem gosto pela leitura.

Sempre pensei que o início da escrita deveria agarrar de imediato o leitor e por isso, deveria ter um começo que cativasse e agarrasse quem lesse o texto. Já tinha ensaiado essa técnica no exame de admissão à Escola Comercial e Industrial de Faro, cuja redacção era um tema avulso e eu comecei a escrever assim:

“Eram nove horas da manhã já eu, a minha mãe e os meus irmãos, estávamos à espera da automotora que nos devia de levar até à Praia da Rocha. Uma vez chegado o meio de transporte embarcámos nele e voltámos oito dias de pois.”..

Vou utilizar esse modelo para contar uma história

Na minha terra havia uma família a quem chamavam os SETE QUILOS. Nunca soube porquê Ainda conheci os pais, gente que trabalhavam nos campos. Tiveram uma mão cheia de filhos. O mais velho era o Florentino, trabalhador rural de profissão que nunca trabalhava `a terça feira Esse era o dia que ele tinha destinado ser de sua utilização pessoal. Nesse dia ia à cidade.

Uma ida à cidade para pessoas do campo, tem as características de grande acontecimento. As pessoas preparam-se para enfrentar outro modelo de vida, já que nas cidades, vive-se mais asseadamente, resultando isso da própria natureza dos trabalhos que aqui se fazem.

A maior parte das pessoas da cidade desconhece o que se faz no campo, talvez a alguns nunca lhe tivesse passado pela cabeça como é se obtém o leite que lhes é colocada na mesa ao pequeno almoço. E donde é que vem o fiambre e o queijo que chegam á mesa na mesma altura que o leite.?

Disso percebia o Florindo, pois toda a vida trabalhou no campo, primeiro na companhia do Pai e depois na companhia de outros trabalhadores e aprendeu tudo `a sua custa, observando e vendo como os mais velhos faziam.

O trabalho do campo não está ao alcance de qualquer um. Exige habilidade.

Naquele tempo, os trabalhadores chegavam às seis horas da manhã às hortas e, consoante a época do ano assim os trabalhos eram postos em execução...

(continua)

João Brito Sousa

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

NAQUELE TEMPO


SOU DO TEMPO DO VIEGUINHAS,

de Pechão


A MALTA DO MEU TEMPO NA ESCOLA COMERCIAL E INDUSTRIAL. DE FARO

Quando me iniciei lá na Escola Comercial e Industrial em Faro em 52, pertencia à primeira turma, o que queria dizer que pertencia à turma dos melhores alunos de acordo com o indicador “primeira turma”.

Éramos uma remessa deles e vinham moços de todos os lados. De Estoi, de S. Brás, do Patacão, de Loulé, de Tavira, da Fuzeta, de Pechão, d e Santa Catarina, de Faro, de Olhão e de mais não sei quantos lados.

O Chefe de turma era o Célio Martins Sequeira que andou por lá pouco tempo.

A sala onde tínhamos as aulas era a sala 18 no primeiro andar.

Os alunos eram: fila do lado da janela, primeira carteira para dois alunos. Do lado da parede era o José Bartílio da Palma de Olhão e do lado do corredor, ficava o Luís Manuel Rebelo Guimarães de Lisboa que era simpatizante do Belenenses e já tinha visto jogar o Matateu..

O Luís, que era pequenino, apresentava-se na sala de aula muito bem engravatado e vestido a rigor. Nunca mais soube nada dele. .O Zé Bartílio terminou a carreira profissional dele no BNU aí em Faro, onde se reformou.

Na segunda carteira ficava do lado da parede, o Reinaldo Rodrigues Neto de Estoi, grande keeper de andebol e o maior da turma para a porrada e o Herlander dos Santos Estrela de Faro, que se licenciou em Economia no Quelhas, foi Secretário de Estado das Finanças e funcionário superior da Banca tendo chegado a ser Vice- Governador Administrador do Banco de Portugal.

Na terceira carteira do lado da parede ficava o Humberto José Viegas Gomes de Olhão, hoje reformado da banca e grande jogador e treinador de basket e do lado do corredor ficava o António Inácio Gago Viegas de Pechão, a quem chamávamos o Vieguinhas... hoje grande industrial da construção civil.

Atrás destes ficava (um desconhecido) ao lado do João Baptista de Faro, que nunca mais o vi e atrás destes ficavam o Joaquim André Ferreira da Cruz de Olhão que era ao tempo o melhor aluno da turma, professor primário e hoje reformado do ensino secundário e o Manuel Cavaco Guerreiro da TÔR, homem igualmente ligado à construção civil.

Seguiam-se José Vitorino Pedro Rodrigues de Boliqueime, funcionário da banca reformado e José Mateus Ferrinho Pedro do Rio Seco, igualmente reformado da banca.

Lá para trás, havia ainda o IVO de Olhão e mais dois ou três que já não me lembro quem eram.

O José Bartílio era muito amigo do Zé Ferrinho Pedro e estudavam a História do Dr. Furtado, tipo brincadeira. Faziam esse estudo na Alameda onde atiravam piropos à burguesia. O Ferrinho era uma brincalhão de primeira e ficou célebre aquela cena na aula da doutora Florinda, quando ele foi chamado ao quadro, em Contabilidade, creio e deu uma “casa” do catano...

Depois de fazermos o curso comercial mais ou menos lado a lado, o Ferrinho entrou no mundo do trabalho e foi colocado no Banco da Agricultura no Seixal onde chegou a gerente e aí se reformou.

O Zé Bartílio fez o curso do Magistério Primário comigo mas creio que não chegou a leccionar. Fez carreira na banca, BNU, e hoje é um gajo rico na área da imobiliária.

(continua)

João Brito Sousa

A INQUIETAÇÃO MODERNA


O TEXTO QUE SE SEGUE É DE
Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'


A INQUIETAÇÃO MODERNA


“Em direcção a oeste, a movimentação moderna torna-se cada vez maior, de modo que, para os Americanos, os habitantes da Europa na sua totalidade se apresentam como seres que gostam do sossego e dele usufruem, quando estes mesmos, no entanto, voam em confusão como abelhas e vespas.


Esta movimentação torna-se tão grande que a cultura superior já não pode madurar os seus frutos; é como se as estações do ano se seguissem umas às outras demasiado depressa. Por falta de sossego, a nossa civilização vai dar a uma nova barbárie. Em nenhuma época, os activos, ou seja, os irrequietos, foram tão considerados.


Reforçar em grande medida o elemento contemplativo faz parte, por conseguinte, das necessárias correcções que se tem de efectuar no carácter da humanidade. No entanto, desde já, cada indivíduo, que seja calmo e constante de coração e de cabeça, tem o direito de crer que possui não só um bom temperamento, mas também uma virtude de utilidade geral e que, ao conservar essa atitude, até cumpre uma missão superior.”...


ALGUMAS NOTAS SOBRE NIETZSCHE


De onde vem a curiosidade que Nietzsche continua a despertar ?

Um dos aspectos a que corresponde tal interesse resulta, seguramente, do facto de Nietzsche ser, ainda hoje, uma opção contra a cultura (fundamentalmente a Ocidental), contra a ciência e o progresso.


O nosso tempo, tempo de cepticismo face aos logros da ciência e da racionalidade (actualmente temos de reconhecer que a civilização industrial, técnica e científica cria tantos problemas como os que resolve, é também tempo de desencanto generalizado, configurando, de algum modo, os sintomas não só do fim do século mas também do fim do milénio: vivemos à superfície, sem raízes nem sonhos, e, assim, a figura de Nietzsche aparece consubstanciando a mais eficaz crítica ao cristianismo e à metafísica de pendor platónico que deram lugar à decadência actual.

Nietzsche não se posiciona apenas como um crítico profundo, mas também como o portador de propostas relacionadas com a moral e com a compreensão do mundo. Assumiu uma posição crítica face ao estado actual das coisas legando-nos a possibilidade de compreender e compreender-se no mundo de forma radicalmente distinta. Em torno de quatro vectores se estabelece o essencial

O MEU COMENTÁRIO

Eu também penso que os europeus gostam do sossego e que gostam de usufruir dele. Voar como abelhas... não estou a vê-los. Encostados às boxes... sim...

Estou de acordo que o sossego é necessário, melhor, indispensável.

Ok, aceito essa correcção aqui introduzida e estou disponível para assumir essa virtude de utilidade geral em direcção à missão superior.

(texto retirado da net)


João Brito Sousa

O VELHO

Os velhotes, sentados no Pelourinho de Castelo de Vide, em dia de Ano Novo (2007)


O VELHO


Quando cheguei estava todo empertigado em frente ao computador. Deveria ter uns oitenta anos. E trás, trás... no teclado.

Estava curvado mas alimentava a máquina. Não faço ideia do que continha o texto. Mas tinha-o já muito avançado.
As pessoas hoje, procuram rejuvenescer surgindo nos locais onde se disponibilizam os meios tecnológicos necessários e mais evoluídos, para continuar a desenvolver as suas capacidades.

Escreve-se uma carta para um amigo, escreve-se sobre o tempo de ontem e de hoje, escreve-se sobre histórias de amor, escreve-se sobre tempos antigos. É uma hipótese de trabalho para quem gosta de escrever.
O trabalho sempre moralizou as tropas. O importante é estabelecer-se uma relação harmoniosa com ele. O resto é fácil. Os velhos sabem isso e adaptam-se bem às circunstâncias. A melhor maneira de se ser velho é ser sempre novos. A velhada sempre dispõe daquela mais-valia que é a experiência e que, às vezes, até faz milagres.

O velho mais porreiro que conheci foi meu avô José Apolo. Apesar de o conhecer já velhote e nunca termos tido tempo para conversar, aprendi a gostar dele indirectamente. Ouvia-lhe contar histórias e era muito respeitado lá em casa.

Do seu segundo casamento, nasceram sete raparigas e um rapaz que se chamava Florentino. Viria a falecer mais tarde bem como uma das raparigas... Diz uma das minhas tias, que o meu avô, quando ia baptizar os filhos, dizia para o senhor Prior, depois de terminados os trabalhos de baptismo: "Até daqui a nove meses senhor prior!..."

Nunca conheci as minhas avós, nem o meu avó paterno. Mas gosto dos velhos em geral. Contam histórias engraçadas.

Diz-se dos velhos que dão bons conselhos. E é verdade; são pessoas muito prudentes.

Velhada amiga, estou convosco!


João Brito Sousa

MELHOR


(O Alentejo é... MELHOR)

PORTO, 2007.08.30


MELHOR


Se encontrares alguém parado na estrada...
Talvez esteja procurando o seu caminho.
Não te interrogues e nem sequer digas nada
Deixa estar... ele resolverá o assunto sozinho!


Às vezes é preciso deixá-los a pensar e a sós
Dar tudo para quê? ... o que é que te deram a ti?
Aqueles que mais te deram foram os teus avós
Mas esses infelizmente já não se passeiam aqui.


Ò meu camarada ó meu amigo.... ó campeão
Não te deixes invadir pela incerteza da razão
A caminhada esta feita e abordá-la é pior...


Tudo se resolverá a bem... pensa bem nisto
Faz como eu, que, mesmo mal, nunca desisto
E acredito que proximamente virá algo melhor...





João Brito Sousa

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

POESIA




O TAMANHO DA VIDA

A minha dúvida é essa; a vida terá comprimento?...
Altura e peso.... E será susceptível de medição?...
Se não tiver isso ao menos tem sofrimento?...
É esta problema que trago na palma da minha mão.

Tanta gente célebre sobre isso já se interrogou.
Tantas congeminações se fizeram... interrogações...
Mas da vida nem sabes como é que ela começou...
Como é que hás-de saber agora acerca de medições.

É maior do que aquilo que possas imaginar...
(Apenas como exemplo, podes ver a força do mar)
Mas deita-te na cama, pensa e vê lá se consegues

Mas vai preparado para não desistires à primeira
Leva toda a vontade que armazenaste na vida inteira
E se chegares a alguma evidência não no-la negues.

João Brito Sousa

IR A RIBEIRA DE PENA PELOS PASSOS DE CAMILO


Os locais ligados à passagem de Camilo Castelo Branco por Ribeira de Pena, como a casa onde viveu ou a igreja onde casou, servem de guia aos turistas, através de um roteiro preparado pela autarquia local.

Para isso, coube à Câmara de Ribeira de Pena formar seis técnicos para acompanharem os turistas que pretendam percorrer o circuito turístico-cultural sobre a passagem do autor de "Amor de Perdição" pelo concelho.

O autor do roteiro, Francisco Botelho, disse à Agência Lusa que, embora a maioria dos visitantes seja do universo escolar, a autarquia quer atrair mais turistas ao concelho.

Camilo Castelo Branco nasceu em Lisboa a 16 de Março de 1825 e ficou conhecido por cerca de uma centena de obras que escreveu e pelos romances agitados, acabando por se suicidar na sua, casa em São Miguel de Ceide, a 1 de Junho de 1890.

Apesar da passagem de Camilo Castelo Branco por Ribeira de Pena ter sido curta, a verdade é que, segundo o responsável, aquele concelho marca "definitivamente" a sua obra. Francisco Botelho salientou que a novela "Maria Moisés", por exemplo, é toda ela passada em Ribeira de Pena, acreditando-se que o "Lobisomem" retrata o seu namoro com Joaquina, uma mulher da localidade de Friúme com quem casou aos 16 anos e teve uma filha.

O autor do roteiro diz que o Roteiro Camiliano pretende "essencialmente divulgar o património de Ribeira de Pena".

O roteiro inclui seis locais de Ribeira de Pena ligados ao escritor, como a casa onde viveu em Friúme; a Igreja do Salvador onde casou aos 16 anos, e onde terão sido afixados alguns dos seus versos; a Capela de Nossa Senhora da Guia, a Capela da Granja velha e a Ponte de Arame.

(texto retirado do JN/PORTO)

João Brito Sousa

FALECEU ALBERO LACERDA



FINDOU-SE "A VERTIGEM SOLAR"

do poeta Alberto de Lacerda


Alberto de Lacerda, um dos fundadores da "Távola Redonda", a marcante revista de poesia dos anos 50, morreu anteontem, na sua casa em Londres. Tinha 79 anos aquele que Eduardo Lourenço definiu como "um poeta que, como raros, bebeu até ao fundo a sua vertigem solar".

O corpo foi descoberto pelo célebre romancista inglês Ian McEwan, amigo pessoal de Lacerda que havia combinado um almoço de domingo e o procurou em casa, estranhando a sua falta de comparência.

Para Eugénio Lisboa, amigo do falecido e seu conterrâneo - ambos são naturais de Lourenço Marques, hoje Maputo -, Alberto de Lacerda "é um dos maiores poetas de língua portuguesa do séc XX.

Era alguém que tinha verdadeira paixão pela língua.

".Sobre Alberto de Lacerda, já em 1988 Eduardo Lourenço aludiria ao seu ar distante "de Pierrot lunar ou de anjo um pouco 'dandy', já de passagem para aquela espécie de pátria que só o poema lhe daria". Na altura, o ensaísta acentuou também que Lacerda, "como nenhum outro se revisitou revisitando a aventura arquetípica de Camões".

De jornalista a artista

"Ele é um dos líricos mais puros da língua portuguesa", sublinhou ontem o seu amigo Eugénio Lisboa quando tornou público o falecimento do poeta. Também se lhe referiu como "um homem de grandes convicções políticas - era de esquerda. A sua poesia, embora "contaminada" por uma grande empatia com o sofrimento humano, em nada alterava o seu lirismo".

Contudo, a poesia não foi a sua única vocação já que nos anos 80 se aventurou pelas artes plásticas, dando ênfase à técnica da colagem. Trabalhos seus chegaram mesmo a fazer parte de uma exposição específica na Sociedade de Belas Artes, em Lisboa.

Carlos Alberto Portugal Correia de Lacerda, de seu nome completo, nasceu em Moçambique em 1928 e veio para Portugal em 1946 para concluir os estudos secundários em Lisboa. Na época privou com nomes que se tornaram incontornáveis da poesia portuguesa, como David Mourão Ferreira, Ruy Cinati, Raul de Carvalho, Luís Amaro ou António Ramos Rosa.

No entanto Alberto de Lacerda viveu poucos anos na capital portuguesa. Em 1951 optou por expatriar-se fixando-se em Londres, onde trabalhou como jornalista para a BBC. Nesta conceituada emissora empenhou-se na divulgação da poesia portuguesa e em particular de autores como Camões, Pessoa ou Jorge de Sena.

Em 1955, Arthur Waley traduziu e prefaciou os seus "77 Poems", uma edição bilingue na altura calorosamente saudada pela mais ortodoxa crítica local, do "Spectator" ao "The Times Literary Supplement".


A paixão de Alberto de Lacerda pela poesia levou-o até ao Brasil e aos EUA. De acordo com o Dicionário Cronológico de Autores Portugueses foi a "a convite de instituições académicas brasileiras que fez uma demorada visita (1959-60) pelo Brasil, proferindo conferências e recitais em diversas cidades.


Mas só com a publicação de "Palácio" (1961) é que a sua poesia encontra ressonância crítica em Portugal.


A partir de 1967 começa a leccionar na Universidade de Austin (Texas), onde se mantém durante cinco anos, fazendo uma breve passagem pela Columbia University, de Nova Iorque, até se fixar, em 1972, como professor de poética, na Boston University".

Obra traduzida Da sua vasta obra - vasta mas mediaticamente silenciosa - destacam-se, além de "Palácio" e "77 sonetos", "Tauromagia", "Elegias de Londres", "Meio-dia", "Sonetos" e os dois volumes de "Oferenda" - que reúnem obra publicada entre 1955 e 1981 e alguns livros inéditos.

(texto retirado do Jornal de Notícias)


João Brito Sousa

PARABENS PORTO


OS MEUS SINCEROS PARABÉNS AO PROFESSOR FREITAS-MAGALHÃES.

Penso que é uma votação séria, pois o trabalho do prof. Freitas - Magalhães foi avaliado e distinguido por uma Instituição que supomos credenciada, o Centro Biográfico Internacional (IBC), de Cambridge, Inglaterra, segundo anunciou a Universidade Fernando Pessoa hoje citada na imprensa..

No comunicado, a Universidade refere que o trabalho desenvolvido pelo Prof. Freitas – Magalhães, foi “pioneiro” na área da psicologia do sorriso, acrescido ainda pela inovação dos seus métodos educativos


De referir que o IBC é ma instituição fundada há mais de quarenta anos e é líder mundial de publicação de biografias, tendo já editado 150 livros com dados biográficos de mais de um milhão de pessoas.


“Anualmente, milhares de biografias de personalidades do mundo académico, cadastradas no IBC, são analisadas em busca de grandes responsáveis por influenciar e incentivar os jovens e futuros líderes do Mundo", lê-se na notificação oficial do prémio, citada pela UFP.
Segundo o director-geral do IBC, Nicholas Law, "o prémio de Educador Internacional do Ano é concedido apenas a personalidades que trabalham com destaque em prol da educação no Mundo".
Freitas-Magalhães é director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção da Faculdade de Ciências da Saúde da UFP e autor de vários livros, entre os quais "A Psicologia das Emoções" e "A Psicologia do Sorriso Humano.

A cidade do Porto está de parabéns, pois vê acrescentar aos nomes dos já prestigiados Dr. Anrtónio Coutinho, investigador da Gulbenkian e considerado entre os 250 melhores cientistas dos últimos vinte anos e do Doutor António de Vasconcelos Xavier, considerado pioneiro em Química Bioinorgânica e um dos responsáveis pelo desenvolvimento desta como ciência autónoma a nível mundial, o nome do Prof. Freitas-Magalhães.

Para a cidade do Porto, velha e livre cidade no dizer de Miguel TORGA, os meus parabéns.


João Brito Sousa

terça-feira, 28 de agosto de 2007

A FRASE DE HOJE

(Francisco José Viegas)

"Hoje discorda-se muito antes de estudar, de trabalhar, de guardar silêncio. Nessa altura (antigamente) sabíamos que só se podia discutir sobre o que se tinha estudado verdadeiramente. "


Francisco Viegas


QUEM É FRANCISCO JOSÉ VIEGAS.


Nascido em Vila Nova de Foz Côa a 14 de Março de 1962. É um escritor e

jornalista. Como jornalista, trabalhou na rádio e na televisão. Colaborou em

diversas revistas e jornais e foi director das revistas Ler e Grande Reportagem e

da Gazeta dos Desportos. Na televisão, foi autor e apresentador dos programas

Escrita em Dia (SIC), Falatório (RTP2), Ler Para Crer (RTP2), Prazeres (RTP1),

Um Café no Majestic (RTP2), Primeira Página (RTP1) e Livro Aberto (RTP-N).

Apresenta actualmente na RDP/Antena 1 Escrita em Dia, mantém-se como

escritor do blogue Origem das Espécies e com colunas na Notícias Magazine

(suplemento do DN).



O MEU COMENTÁRIO.


Francisco José Viegas é um mestre na arte de lidar com a palavra. Tem um raciocínio muito rápido e está muito por dentro da Literatura portuguesa.

É um homem que sabe ser arrogante e é um excelente conversador. E é um homem de carácter.

Discordar antes de estudar o assunto não deverá ser lícito fazê-lo. A pessoa tem de saber o que diz e estar esclarecido sobre determinado assunto. Não pode falar à toa.. Para emitir uma opinião séria, primeiro deverá fazer um estudo prévio e sério

Era assim antigamente e eu estou de acordo.


João Brito Sousa

HOJE É TERÇA FEIRA



A segunda feira é pior.

Quando se está no activo, o trabalho exige de nós uma grande disponibilidade de atitude. Em princípio, estaremos obrigados a conviver com ele estabelecendo até uma relação harmoniosa e de respeito.

À terça feira estamos mais adaptados. Às vezes o domingo faz-nos mal. Descansamos um pouco a mais e depois vimo-nos gregos para retomar. A vida sem trabalho não tem sentido; é um vazio. Com ocupação consome-se melhor o tempo e estamos mais disponíveis para a vida.

A vida é ocupação, quer se trate de trabalho quer de lazer. A vida disponibiliza- nos o seu espaço livre e compete-nos a nós ocupá-lo da melhor maneira Oferecem-nos esse presente à chegada e temos que nos entender com ele.

Diz Vergílio Ferreira no “Pensar” (467) Rápidos correm os dias, os anos. Não deixes. Nem isso é verdade. Vive intensamente cada dia, cada hora, repara no seu escoar e verás como são lentos. É por isso que quando guardamos um «minuto de silêncio» pela morte de alguém aquilo nunca mais acaba.

Para uns é fácil; para outros nem por isso

Mas vamos vivendo.

Spiritwolf diz em choque frontal:

Pois... foi uma grande pantufada, mas o que lá vai, lá vai.

A vida continua, mesmo que se pense que está perdida. Até mesmo quando se perde, a vida continua no, ou nos, que cá deixamos

Aqui é que está a diferença entre a coragem e a cobardia. É com os choques frontais que a vida se esclarece

Na óptica do Spiritwolf, o tamanho da vida deriva de haver ou não continuidade. É ele que diz: “a vida continua no ou nos.... que cá deixamos”.

Vergílio Ferreira serve-se de outro critério para saber se a vida valeu a pena., ou saber o tamanho da vida. Diz o escritor: “quantas pessoas te amaram? (471). Quantas amaste? O afecto é a melhor forma de saberes o tamanho da tua vida. Ou seja , do até onde exististe. E pergunta: haverá outro balanço para saberes se ela valeu a pena?...

Estou mais de acordo com Vergílio.

Spiritwolf é de opinião de que a vida se mede pela continuidade?

Será assim?

Quem opina?

JOÃO BRITO SOUSA

HISTÓRIAS


(Raul Brandão)

Como nas farmácias antigamente, onde os velhos se juntavam para contar histórias, algumas delas bem giras, aí vai uma crónica do Raul Brandão sobre a vida nos jornais.

OS JORNAIS

Crónica de Raul Brandão.


Na redacção de A Republica, que dirigi nos primeiros meses como técnico – nunca fui político – conheci mitos tipos curiosos.

Vinha um e outro como por um portão aberto a todos os ventos. Entravam os novos políticos, os vitoriosos, que falavam ao ouvido do António José (sim! sim! sim!) e um tipo misterioso de capa à espanhola e chapéu desabado. – è o chefe da carbonária dizia-se baixinho – o António Maria da Silva, de barba rala e olho de peixe que deu à praia, mostrando desvanecido (acabava de ser nomeado director Geral dos Correios) a carteira cheia de passes de todas as linhas; O Malva má - língua e céptico, que não fazia coisa nenhuma e acabou por comer aqueles cem contos anuais de Comissário do Banco Ultramarino... Às vezes a política embrulhava-se O Afonso Costa mandava os seus bandos berrar contra os nacionalistas que se reuniam no prédio pegado, o mesmo onde já tinham reunido os franquistas. Noutras noites apareciam novas figuras.

Por lá passou Carlos da Maia, sereno e grave, de barbas negras e olhar leal e reflectido. Poucas palavras. Nem era preciso. A seu lado toda a gente se sentia ao pé de um homem: corria outro ar. Naquele arcabouço luzia a alma forte e límpida como uma espada.

Por lá passaram políticos e doidos que as redacções atraem sempre como a luz as falenas, introjões e homens sérios, alguns dos quais foram mais tarde assassinados, como Granjo e Machado dos Santos.

As oito abaterem no meu relógio e abrir-se a porta do meu gabinete, um homem que só me dava as boas noite ao entrar e ao sair e que lia insaciavelmente todos os jornais de fio a pavio, sem dizer mais palavra. Caíam as onze, pegava no chapéu e ia-se embora como tinha vindo, com toda a pontualidade.. Nunca consegui saber quem era...

(continua)

João Brito Sousa

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

UMA BOA SEMANA


PORTO, 2007.08.27


UMA BOA SEMANA


Para aqueles que me visitam e lêem... eu quero!...
(Se é que acham piada a isto que aqui escrevo e digo...)
Que tenham uma boa semana... e neste voto sincero,
Vai toda a minha amizade e qualidade de bom amigo.

AMIGO, é a palavra que eu amo; é a minha preferida.
Nada é melhor do que ter amigos e ser um bom amigo.
Isto faz sentido a tudo, ouviram?... até à própria vida
Sem amigos nada tem sabor e nem venham ter comigo....

Portanto, fiquem todos, mas todos, a saber desde já
Que é esta a minha filosofia de vida...e melhor não há
Com os amigos eu tenho toda a estrada para andar!..

Por isso, eu desejo a toda a malta que pense bem
Antes de se fazer ao caminho, só ou com alguém ...
Que assuma a sua atitude honradamente sem vacilar.

João Brito Sousa

REFLEXÃO FILOSÓFICA

(Fiódor Dostoievki)

O texto que se segue é da autoria de Fiodor Dostoievski, in "Diário de um Escritor.

O título do texto, bastante sugestivo até, é como segue: “Os Verdadeiros Burros e os Falsos Loucos “

Agora segue o texto.

“O mais esperto dos homens é aquele que, pelo menos no meu parecer, espontaneamente, uma vez por mês, no mínimo, se chama a si mesmo asno..., coisa que hoje em dia constitui uma raridade inaudita.

Outrora dizia-se do burro, pelo menos uma vez por ano, que ele o era, de facto; mas hoje... nada disso.

E a tal ponto tudo hoje está mudado que, valha-me Deus!, não há maneira certa de distinguirmos o homem de talento do imbecil. Coisa que, naturalmente, obedece a um propósito.

Acabo de me lembrar, a propósito, de uma anedota espanhola.

Coisa de dois séculos e meio passados dizia-se em Espanha, quando os Franceses construíram o primeiro manicómio: «Fecharam num lugar à parte todos os seus doidos para nos fazerem acreditar que têm juízo».

Os Espanhóis têm razão: quando fechamos os outros num manicómio, pretendemos demonstrar que estamos em nosso perfeito juízo.
«X endoideceu...; portanto nós temos o nosso juízo no seu lugar». Não; há tempos já que a conclusão não é lícita.

QUEM É FIODOR?

Fiódor Mikhailovich Dostoiévski, em russo Фёдор Миха́йлович Достое́вский, (Moscovo, 11 de Novembro de 1821São Petersburgo, 9 de Fevereiro de 1881) foi uma das maiores personalidades da literatura russa. Por vezes grafado como Fyodor Dostoievsky, é tido como o fundador do existencialismo, mais frequentemente por Notas do subterrâneo, o qual é descrito por Walter Kaufmann como "melhor proposta para existencialismo já escrita.


Seu pai era médico e sua mãe morreu quando ele era ainda muito jovem. O suposto assassinato de seu pai, o Dr. Mikhail Dostoiévski, pelos próprios servos de sua propriedade rural em Daravoi, exerce enorme influência sobre o futuro do jovem Dostoiévski e motivará o polêmico artigo de Freud: Dostoiévski e o parricídio.

Estudou contra a vontade numa escola militar de Engenharia e entregou-se febrilmente à leitura dos grandes escritores de sua época. Teve também, as suas primeiras experiências dramáticas sob influência de Schiller e Pushkin (Maria Stuart e Boris Godunov). Teve sua primeira crise de epilepsia aos dezessete anos, depois de saber que seu pai fora assassinado pelos próprios colonos, que viam nele um homem demasiadamente autoritário. Deixou o exército aos 22 anos para consagrar-se na carreira literária.

Trabalhou como desenhador técnico no Ministério da Guerra, em São Petersburgo. Fez traduções de Balzac e George Sand. Aluga, em 1844, uma casa em São Petersburgo e dedica-se à escrita de corpo e alma.

O MEU COMENTÁRIO

Não sei e o homem vai por aí, auto intitular-se de asno?!....

Nunca ouvi ninguém dizer isso. O que oiço é dizer por aí... SOU O MAIOR. Será que dizer isso, nem que seja uma vez por mês, não baixará a moral. Eu não vejo vantagens....

Concordo que seja difícil distinguir o homem de talento do homem imbecil. Mas haverá sempre uma pista.

A obra feita por cada um dirá do seu valor.

Eu considero o Homem um herói, porque se fez a si próprio, com mais ou menos roubalheira.


Agora não poderá nunca, mesmo espontaneamente de menos apto.

Eu nunca penso isso... e só fui bom aluno até à quarta classe, onde fiquei distinto. Daí para afrente foi só borrada.

Mas não me lembro de me ter auto intitulado de asno. O MAIOR .... SEMPRE.

João Brito Sousa

LITERATURA

(Raul e a malta do seu tempo)


HÁBITOS E COSTUMES
(das memórias de Raul Brandão)

Ao José Maria Oliveira.

Em casa, ouvindo Pedro Abrunhosa em “Quem me leva os meus fantasmas” e preparando um texto para colocar no blog.

Tenho à minha frente as MEMÓRIAS do Raul Brandão, que estou a ler, e retiro de lá algumas notas plenas de actualidade, apesar de terem sido escritas para aí em 1913, mais ou menos.

Acho bastante interessantes estas notas do Raul, retiradas das MEMÓRIAS, tomo III: há nelas a poesia de há cem anos... ou quase.

“A família de hoje é a família de ontem?. O dever cumpre-lo agora como o cumprias há vinte anos?...

Um professor da Universidade, meu amigo, foi a bordo, de um paquete despedir-se de um rapaz por quem se interessava e que partia para África e disse-lhe com um sorriso irónico – Enriquece, sobretudo enriquece... seja como for... contanto que não se venha a saber... Disse-o com ironia, mas todos nós sabemos o que esta ironia pesa e o que vale a experiência da vida..... –

Contanto que não se saiba.

De resto o exemplo vem de cima, vem das classes chamadas superiores, que enriqueceram sabe Deus como.

O importante é fazerem-se negócios, mais negócios, muitos negócios. Eu mesmo ouço dentro de mim a voz que me mete medo e que fala cada vez mais alto... Sinto que todos os laços que outrora me prendiam à vida se quebraram, a ponto de ficar desamparado. Em que fundamentos ou em que lei moral hei-de assentar a minha vida se, no fundo, invejo os que triunfam?...

São os políticos, que muitas vezes pregam contra o jogo no parlamento, os mesmos que vão à noite deitar os dados na roleta, contrariando aquilo que proibiram aos outros...

O filho de um republicano histórico fez uma fortuna nas colónias, de tal maneira escandalosa que não pode lá voltar mais..... Apontam-se a dedo políticos que ganharam muitas centenas de contos de reis com negócios de açúcar e de arroz.....

Fulano, outro dia Ministro e a quem o pai deixou no Ribatejo uma pequena herdade que ele tem aumentado, comprando terrenos à volta, campo hoje campo amanhã, deu há dias um jantar na sua aldeia, aos amigos.

Foi festa rija, brindes, até que chegou a vez ao caseiro, brusco e ingénuo, que, de copo em punho, disse;- Senhor, doutor, `a sua saúde! E o que lhe digo, senhor doutor, é que é pena que Vossa Senhoria, não tivesse continuado por mais algum tempo em Ministro _ porque acabava por comprar toda a freguesia!.

O MEU COMENTÁRIO

PORTUGAL SEMPRE FOI ASSIM E CONTINUA ASSIM.
E AMANHÃ COMO SERA?

João Brito Sousa

O CORETO, NO JARDIM DE FARO

(coreto de Faro)

É quase sinónimo de bandas de música e ranchos de folclore. Mas, de bandas a tocar tenho apenas uma vaga ideia de as ouvir pelas ruas de Faro, não sei se banda da tropa se dos Bombeiros. Nunca vi tocar banda alguma no Coreto.

Numa das bandas que vi por aí a passar, lembro-me sim, que, o homem da frente era o João Larguito, que jogou à bola aí no Farense e em todo o lado, jogava a central mas na banda, era o cabeça de área, chamemos- lhe assim, porque era o que ia à frente dos outros todos.

Aquilo tinha que ver.

O João carregava um bombo daqueles valentes, fardado a rigor com luvas e polainas brancas, botas bem engraxadas de preto e dois cacetes nas mãos, um em cada uma, que tinham nas pontas uma espécie de chumaços revestidos a branco, cuja função era dar umas ripadas valentes no bombo.

Enquadrada numa procissão a banda tem um lugar de destaque e os músicos puxam do seu orgulho e sentem-se donos do mundo. E o João também era assim. Homem de brio...

Nessa matéria as bandas de música são intocáveis. Brio, é o que sentem quando integrados nelas e é, parece-me, o termo mais adequado.

Por isso dá gosto ver.

Vamos lá.

À cabeça da banda vai o comandante que transmite a cadência musical que, por sua vez é acompanhada da passada de cada um dos músicos, até que o homem dos pratos, que vai atrás, quando chega o seu tempo, esmaga um contra o outro, pás...pás.

Saltam depois os clarinetes e os trombones e depois o Larguito e era giro vê-lo a jogar, um dos cacetes que tinha na mão, ao ar, onde davam três voltas e na queda, apanhava-o e zás, vá ripada no bombo grande.

Não há palavras... para descrever a beleza da harmonia dos sons num banda.Nunca vi a banda no Coreto em Faro, no Jardim, em frente ao café Aliança. Quem estava por ali era o Seita que tirava retratos a lá minute, e eu ainda tenho um foto dessas tirada com a minha tia Silvina, ao pé de um cavalo de madeira, que o Seita tinha por lá.

Este Seita, tinha um irmão o Gregório, que jogou à bola no S.C.Patacão a central, era uma máquina e sabia tudo de bola. Ele, o Julião e o Salvador aguentavam a equipa. O Gregório era um tecnicista, tinha uma colocação no terreno fabulosa e aquilo era tudo dele.

No jardim, havia ainda três ou quatro engraxadores e o quiosque do Vieguinhas, onde o filho, o Carlos Alberto aparecia por lá às tardes a ajudar o pai na venda dos jornais.

E o Verdelhão, amigo do Carlos Alberto e costoleta, também por lá aparecia.

A decisão da construção do Coreto foi dada em 13 de Julho de 1893 em sessão de Câmara, tendo, ao que parece, as obras começado no ano seguinte. Foi responsável pelo projecto a Companhia Aliança do Porto.

João Brito Sousa

domingo, 26 de agosto de 2007

HOJE É DOMINGO

(capela)


PORTO, 2007.08.26

HOJE É DOMINGO


Andei por aí, almocei fora...
E acabei de chegar agora...

E no meu escritório
Não consegui esquecer ainda o empate
Do Benfica ....

E quem olhar para mim repara nisso ..
E notório

E logo ontem que pecisavamos de ganhar
Nem que fosse com um chouriço...

Espero que os outros à noie empatem
Para me sentir bem
E para que eles não fujam na tabela

Vamos esperar para ver...
Tudo pode acontecer....


De resto .. tudo bem



João Brito Sousa

sábado, 25 de agosto de 2007

A MINHA HIPÓTESE DE ROMANCE...

(... amar uma planta também é viver a vida. Mário Monteiro)



O MEU ROMANCE, um texto onde falei da vida... ou de coisas da vida.


Numa tarde nostálgica ou de menor clarividência, iniciei aí um texto especulativo/filosófico, onde me atrevi a falar da vida ou de coisas da vida, tendo publicado um excerto no blog, no post com o título “ESBOÇO DE UM ROMANCE”

O meu querido amigo Mário Monteiro, que o leu , colocou-o no seu blog como post, E disse assim:
“Obrigado João por esta lição de vida, mesmo que não concorde contigo quando dizes que resolver mal também é uma forma de resolver os problemas, porque quando se resolve mal, o problema pode aparentemente desaparecer, porque fugimos dele, mas inevitavelmente surgem outros problemas ou então agrava-se o problema inicial.
Para mim a resolução dos problemas passa sempre, tem de passar, pelo diálogo. Quando o diálogo não existe temos um comportamento de avestruz, escondemo-nos do problema, mas ele continuo ali, bem perto de nós, apenas fechamos os olhos, ou olhamos para o lado, mas o problema continua a existir ou até mesmo a agravar-se.
Quanto ao arrependimento, também não me arrependo de nada, mas tento aprender com os erros. Não me arrependo porque não posso voltar atrás para corrigir, mas tento sempre transformar-me numa pessoa melhor para não cometer os mesmos erros e isso também é uma forma de arrependimento, porque é uma tomada de consciência.Infelizmente muitos de nós só aprendemos com a dor e o sofrimento.
Pergunto-me porquê? Se não fosse assim todos seriamos mais felizes, porque saberíamos dar a resposta certa no momento certo. Mas, como é evidente, não somos perfeitos, mas também não podemos ter medo de errar.
Quando o medo está sempre presente a vida torna-se insuportável e perdemos a capacidade de amar.
Vivemos angustiados.Viver a vida com frontalidade e autenticidade, com os sentimentos à flor da pele, mas fundamentalmente com amor. Com amor pelos outros, com amor pela Natureza, com amor por nós próprios, com amor pela vida, mas fundamentalmente com amor pelo, ou pela, companheira do nosso caminho sem unilateralismos, mas com reciprocidade.
Viver a vida é amar e ser amado, aprender a ceder sem abdicar dos princípios, é dar e receber. Em resumo é estar nas coisas de corpo inteiro e não estar constantemente a racionalizar.
Quando há amor devemos fazer das falhas um caminho para o consolidar e não o contrário. De outra forma não podemos dizer que amamos, se o dissermos estamos a trairmo-nos e a trair os outros, consciente ou inconscientemente.Sem querer acabei por extrapolar o conteúdo do teu texto, peço desculpa pelo abuso.
Um abraço”
Ao Mário Fitas, velho companheiro das lides profissionais nos TAP e alentejano de Vila Fernando, mandei-lhe as cinco páginas do texto por mail e disse-me de sua justiça. .


“AMIGO JOÃO,
não me é lícito dizer que não gostei do teu Romance! Mas?!...
Encontrei algo de melancólico na tua escrita, que não é habitual em ti.
Novidade para mim!
Vou dar - te algumas dicas sobre a “VIDA”, tentando seguir a tua cronologia.

Etimologicamente, como o sabes _melhor que eu_ é a existência; figurativamente, género de vida. Biologicamente será a qualidade que confere aos animais, plantas e organismos, propriedades que os distinguem de outros seres do Universo.

Estrutura organizada, compreendendo elevado número de moléculas complexas em espectacular variedade das inúmeras espécies dos seres vivos. Como resenha, a “VIDA” aparece como o coroamento da criação para lhe assegurar continuidade e crescimento.
Certo!

A “VIDA” é um dom precioso, mas todos os seres vivos a possuem a título precário e por natureza à morte estão sujeitos.
Viremos a página!

“Uma experiência mística é um sentimento claro de Comunhão com um espírito Superior”
(Jostein Gaarder)

Não nos é lícito apenas existir, mas é essencial que vivamos! A Vida não nos dá azo a prolongamentos, de fraca intensidade serão os balanços ou julgamentos, já que no passado não importa o que ele fez de nós, importante é o que faremos com o que ele nos fez.

Mais que a própria Vida, importante é o sentido que damos a essa mesma vida.

“O amor de Deus é tão infinito que O leva a exemplificar a Vida com o próprio Filho”.

Não há um único santo sem passado, assim como nenhum pecador sem futuro.
Como a esquerda não deve saber o que a direita dá, também nunca te recordes de um favor que faças, mas!… Se algum dia receberes um favor, nunca o esqueças.
Contraditório?!...

É indício de grande estupidez não ordenar a Vida projectando-a, porque a vivência do Homem é escolher um objectivo, e caminhar para ele com conduta e toda a elevação, eis a realidade.
Ironizemos nós!

Contrapondo Raul Brandão vejamos:

“Mãe disseste-me frequentemente que uma mãe se assemelha a Moisés. Ela morre sem ter visto a Terra Prometida. E um filho, dizeis ainda, deve continuar, acabar a obra de sua Mãe, tão repentinamente interrompida. Um filho deve procurar fazer o que sua Mãe não fez, porque ele pode pisar o solo da Terra Prometida.”

(Jean Guitton)

Se gastarmos todas as energias do viver presente, a lamentar a Vida de ontem, desperdiçaremos a Vida de amanhã lamentando o viver de hoje. Desta forma verificamos que o ser humano acaba por não saborear a vivência do presente e do futuro, por esquecer o presente a ruminar infatigavelmente no futuro. Para recuperar a saúde gasta todos os bens acumulados, quando se esqueceu de a preservar para acumular esses bens.

Quando perceberá o homem que o dinheiro não se come?! Depois de o último fio de água estar envenenado, e a última árvore não dar frutos?!...
Vale a pena reflectir:

“Acho que devemos falar em primeiro lugar da alegria da vida, da alegria de viver ou de considerarmos a vida como uma dádiva de felicidade.”

(João Brito de Sousa)


Tudo o que existe é fruto daquilo que semeamos. Porquê? Transformar para recriar aquilo que já existe?

A professora primária conjugada com a nossa mãe, são as veras fontes que nos ajudam na captação das imagens da verdade, ternura e beleza. São os pólos dominadores que nos consentem ficar toda a vida nesse maravilhoso mundo de crianças. São elas também a nascente energia que nos induzem à experiência em cada idade da Vida. A tua mãe e a tua professora foram êmbolos, que te levaram a fazer da tua vida uma Obra de Arte embora não sejas artista, e a ser escritor da tua Vida sem escreveres livros.
Sendo a Vida uma obra de arte, ela tornar-se-á no mais lindo poema, se a vivermos com toda a intensidade.

Agora, o que é complexo entre nós! Eu disse complexo? Não… talvez deficiente cruzamento de informação.
Sobre Deus.

Em pleno desacordo! Sempre houve e haverá Deuses! Não acredito em ateus, porque são “expoência” românica de serem eles os próprios Deuses.

Pouco sei de Deus, sabendo muito isso sim sobre Cristo seu Filho. Conheço os problemas teológicos sobre tudo isto. E as filosofias sobre a Fé e os Dogmas, portanto a meu ver:

Cristo é um ser justo. Só que nós mão compreendemos que o Pai Dele nos colocou no Mundo para os outros.

Cristo é doação! Mais que adorar é amar, e isso é doação completa e não esperança de prebendas.

Se amamos não devemos reclamar amor já que é doação.
Em cada Vida que nasce, vem a mensagem de que Cristo ainda acredita no Homem. È portanto ela, a Vida, um constante renascer! Jamais será tarde para tudo aquilo que a mente aspira.

A Vida foi-nos doada por nossos pais, não para nós. Mas para a transmitirmos aos nossos filhos.

Como uma gota de água que a outras se vai juntando, formando o pequeno riacho, e depois rio, entre alcantiladas ou espraiando-se nas lezírias em louca correria até ao mar, para depois no seu ciclo evolutivo, voltar a renascer. Assim a Vida também corre à procura de Alguém para voltar a renascer.
Não faço a mínima ideia se era isto que de mim esperavas!
Desculpa! Mas é aquilo que eu sinto, e que transmito com a sinceridade da nossa amizade.
Continua Leão! (que pena seres do Benfica).

Um Abraço do tamanho da Torre dos Clérigos;

Mário Fitas


O MEU COMENTÁRIO.
Nada há a dizer, a não ser o meu muito obrigado a ambos.


João Brito Sousa

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

UM BOM FIM DE SEMANA

(algarve e suas alfarrobeiras)



Para os meus filhos em ALMADA XAXÁ E PEDRO Para a minha nora e para a minha neta MARIANA


Para a Celina e para o Aníbal (imperdoável esquecimento), para o Zé ALEIXO Salvador esposa, Honorato Viegas e esposa, Peixinho e esposa em ALMADA,


Para o Luís José Isidoro em ESTOI, amigo inesquecível

Para o Engº Neto e esposa em ESTOI ainda.

Para os meus compadres, Dr. Manuel Rodrigues e Drª Fátima Rodrigues e filha, a Drª Ana Luísa Rodrigues.

Para o enorme MÁRIO MONTEIRO que agora mora em CAMPO

e para o Guilherme, Marta esposo e filho,


Para o CARLINHOS LOURO, meu primo e velho amigo.


Para os meus irmãos em NEWARK, USA

Aló Solange, katy and Jack David, Daniela, Michele e respectivos....


Aló PAUL SPATZ e filhas


Aló primos e primas na Austrália e Perpingham em França em NEWARK, aló Tony and Quitéria Ilheu aló SIlvina no Canadá


aló Custódio Clemente e Zé Mendes na AUSTRÁLIA,

Zé Lúcio, Florentino, Rosendo e Joaquim Carrega...


Victor e Célia Custódio e Leonilde Filhos e filhas.


Aló Montenegro SÃO E FILHAS ,


Tia Amélia.

Tias Alzira e Ti Manel ( como é que correu essa coisa?...)


Eusébio e Júlia Lucília e Armando e Filhos


Silvina e Luís Alcantarilha e filhos

Mercedes e Alviro, BICAMA e BIZÉ E RESPECTIVOS

Maria do Carmo e Zé Maria e filhos (meu afilhado João Manuel) e noras netos


FLORIVAL EM França, esposa e filhas Para o CUSTOIDINHO, o filho do APOLINARIO, que diz que é teu amigo e com quem tive uma pega no restaurante o Jorge, no PATACAO.


Para: VIEGAS, DIOGO, PLÍNIO, ARNALDO SIVA, ZÉ GRAÇA, DIOGO TARRETA E REINALDO E SOLEDADE ...ainda há mais?... para todos


Aló ESTORIL Mário Fitas, Aló Porto Carlinhos Pereira, Adelino Oliveira em AZEITÃO. Romualdo Cavaco, Jorge Valente dos Santos e Zé Pinto Faria em Portimão. ADOLFO PINTO CONTREIRAS NOS GORJÕES E ZÉ MAGANÃO e SOARES em TAVIRA. Feliciano Soares e Xico LEAL em Olhão e Zé Júlio na ilha da Culatra. Estamos em: Para a malta da Escola Comercial e Industrial de FARO, os garndes amigos e colegas,
ROGÉRIO COELHO, LUÍS CUNHA, JORGE CACHAÇO E FRANKLIM MARQUES.

Para o JORGE CUSTODIO, o JORINHO que andou comigo na escola primária em Mar e Guerra, irmão da Fernanda e que agora mora em Faro.


http://bracosaoalto.blogspot.com/


http://braciais.blogs.sapo.pt/


http://bracadas.blogs.sapo.pt/


http://estudarfaro.blogspot.com/


Dêem uma vista de olhos.


UM BOM FIM DE SEMANA PARA TODA A GENTE


João Brito Sousa

AO JOSÉ ALEIXO SALVADOR, velho amigo

(malta da escola)



NO CAMPO DO FARENSE, COM O ZÉ ALEIXO, PARA VER JOGAR O JÚLIO ROSA


À vontade Salvador... dizia o Júlio Rosa, back centro do Sambrazense, para o puto Salvador, num jogo treino com o Farense, há ai uns cinquenta anos.

Eu e o Zé Aleixo, fomos parceiros de carteira num ano lá na Escola Comercial e Industrial de Faro e ficámos amigos para sempre. Gostávamos de futebol, ele sportinguista e eu benfiquista, como convinha, e lá tínhamos as nossas discussões futebolísticas.

Uma vez que o Sambrazense foi treinar a Faro, fomos ver o treino e vi jogar o Júlio Rosa, que era crack na equipa de São Bras. E ali a meio campo, jogava um irmão do Zé Aleixo Salvador, igualmente de nome Salvador, que, numa entrada apertada recebeu a ajuda oral do Júlio Rosa, com este... à vontade Salvador.

Esta crónica vem a propósito do Aleixo me ter telefonado ontem à noite a perguntar por mim e pelo meu blog. Achei piada pelo facto do Zé se interessar por estas coisas e porque é um grande amigo, aí vai um post dedicado a ele e à malta do nosso tempo.

Nós, eu e o Zé Aleixo, somos do tempo daquela equipa de futebol da Escola em Faro, onde alinhavam o Malaia, Joaquim Petroleiro, Caronho e Pinto Faria, Zeca Bastos e Julião, Nuno, Xavier, Eugénio, Parra e Honorato Viegas., que ganhavam tudo e a gente ia ver jogar contra o Liceu ao campo do FARENSE..

Quem andava sempre com a gente era o Vieguinhas de Pechão, o João Coelho Pencarinha de Loulé, o Zé Cristo que veio de Silves e era muito amigo do Zé Aleixo e mais um ou outro. Era mais ou menos esta equipa que ia ver as moças ao Colégio de S. Pedro, quando andava lá a Natália de Estoi, hoje respeitabilíssima esposa do muito nosso querido amigo Dr. Leiria e era no tempo em que o João Coelho Pencarinha dizia estar apaixonado pela Maria Álvaro.

Os professores desse tempo eram o fonética a Inglês, o PiriPiri a Francês, ambos umas anedotas do catano. Anda tivemos no primeiro ano do Comércio tambem a Francês o Dr. Proença, que era muito amigo do Helder Faísca, chamava-o ao quadro e dizia-lhe: anda cá Faísca que tu tens a mania que xabes....Tivemos também a D. Florinda, que era uma jovem menina, competente em termos de conhecimentos, que nos dava Contabilidade e Cálculo Financeiro, mas que nunca amou os montanheiros, que nunca percebeu os sacrifícios que os nossos pais e nós próprios fazíamos para frequentar uma coisa que não sabíamos bem o que era, pois o nosso grau de montanheiro era muito elevado.

Não posso esquecer aquela cena no 1º no e 1ª turma do Curso Geral do Comércio, na aula de Cálculo, quando por qualquer razão pediu à turma um papel, que eu fui levar e a professora disse, sorrindo : - olha, não penses que é por causa do papel que eu te passo de ano e continuava a sorrir. Foi esta professora que disse ao montanheiro da Patã, o nosso querido Zé Martins, não te gramo nem com molho de tomate, foi ela ainda que nos examinou a mim e ao Aleixo, numa aula de Contabilidade, acerca dos lançamentos a fazer no Diário, saques e aceites.... e de outros, sempre com um sorrisinho sacana. Mas deixe lá doutora Florinda, que nós já esquecemos isso e amámo-la.
Noutras crónicas vamos falar do Vieguinhas, do Arnaldo Silva, do Zé Vitorino, do Firmino Cabrita Longo, do Xameca, aquele que chamou atletista afanado ao Firmino quando este foi correr uma prova ao Liceu e falhou...
E vocês contem também aí umas histórias. Alo Zé Bartílio, Joaquim Cruz e Ferrinho Pedro, velhos amigos.
Até lá, aí vai um abraço para todos os mencionados, em especial para o Aleixo e esposa.
João Brito Sousa

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A REVOLTA DO PORTO

(rua 31 de JANEIRO)


DE 31 DE JANEIRO de 1891


"QUALQUER REVOLUÇÃO TRAZ SEMPRE UMA MENSAGEM DE ESPERANÇA"...


A causa próxima e única da Revolução de 31 de Janeiro de 1891, foi o conflito anglo- português.

Estava-se em princípios de Janeiro de 1891 na governação de José Luciano e Castro, quando os jornais começaram a referir-se com insistência à possibilidade de um conflito com a Inglaterra, a propósito das pretensões desta nação sobre os territórios do Nyassa, onde algumas expedições portuguesas de carácter científico operavam ao tempo.

Duas horas da manhã de 31 de Janeiro.


Na cidade há um grande silêncio.


Um nevoeiro opaco cobre como um manto pesado e espesso a casaria, cujos telhados se perdem na bruma negra e húmida.

Os candeeiros da iluminação pública apenas se distinguem como pontos rubros, _ pequenos pedaços de ferro incandescente, sem difusão luminosa na atmosfera densa. As ruas mal se divisam e as linhas dos prédios mais próximos, logo se esbatem confusamente numa obscuridade quase impenetrável.

De madrugada, embora haja chovido durante quase toda a noite, está frio, um frio que penetra nos ossos.

A essa hora matinal, por aquele frio húmido, por aquele nevoeiro cerrado, tudo parece dormir repousadamente, bem aconchegado nas roupasde lã de camas quentes e suaves.


Quem passasse aquela hora pelo Campo de Santo Ovídio, ou Campo da Regeneração, não podia suspeitar que uma hora depois se faria ali um grande, um enorme movimento de tropas, de gente curiosa, a bradar em gritos estonteadores, entusiásticos e ferventes de

Viva a Republica, Abaixo a Monarquia.

A Revolução ia começar...


(texto retirado da obra de Sampaio Bruno

da Biblioteca Almeida Garrett, no Porto)



João Brito Sousa

A FRASE DE HOJE

(Cervantes)


"NÃO DESEJES E SERÁS O HOMEM MAIS RICO DO MUNDO..."
CERVANTES, MIGUEL

QUEM É CERVANTES?

Miguel de Cervantes e Saavedra (Alcalá de Henares, 29 de Setembro de 1547 - Madrid, 23 de Abril de 1616), Romancista, dramaturgo e poeta espanhol.
A mais importante obra em castelhano é Don Quixote de La Mancha.
BIOGRAFIA
Filho de um cirurgião cujo nome era Rodrigo e de Leonor de Cortinas. Em 1569 foge para Itália depois de um confuso incidente (feriu em duelo Antonio Sigura), tendo publicado já quatro poesias de valor. Sua participação na batalha de Lepanto, no ano 1571, deixa-lhe inutilizada a mão esquerda que lhe vale o apelido de o manco de Lepanto.
Em 1575, durante seu regresso de Nápoles a Espanha é apresado por corsários argelinos, então parte do Império Otomano.
Permanece em Argel até 1580, ano em que é liberado depois de pagar seu resgate.
De volta a Espanha se casa com Catalina de Salazar em 1584, vivendo algum tempo em Esquivias, povoado de La Mancha de onde era sua esposa, e se dedica ao teatro. Publica em 1585 A Galatea o seu primeiro livro de ficção, no novo estilo elegante da novela pastoral. Com a ajuda de um pequeno círculo de amigos, que incluía Luis Gálvez de Montalvo, o livro deu a conhecer Cervantes a um público sofisticado.
A partir de sviaja pela Andaluzia como comissário de provisões da Invencível Armada, estabelecendo-se em Sevilha. Posteriormente trabalha como cobrador de impostos. Encarcerado em 1597 depois da quebra do banco onde depositava a arrecadação, "engendra" Don Quixote de La Mancha, segundo o prólogo a esta obra, sem que se saiba se este termo quer dizer que começou a escrevê-lo na prisão, ou simplesmente que se lhe ocorreu a idéia ou o plano geral ali.
O MEU COMENTÁRIO
Não desejar é fundamental para que se ganhe o sentido do equilíbrio.
Querer muito é ambição. Se se for ambicioso é impossível sermos ricos nos termos da frase. Porque a ambição é uma atitude que não os é agradáve
Um homem ambicioso não pode ser solidário e não o sendo não pode sentir-se realizado.
João Brito Sousa

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

"CARRETILHAS"



CARRETILHA (do Dicionáio, consulta 1) - pequeno instrumento com roda dentada que, ao girar, corta ou pontilha a massa de pastéis, bolos, biscoitos etc... é também utilizado em trabalhos de costura para marcar fazendas. ; espécie de broca utilizada por ferreiros.; depressão circular que envolve, pelo meio, os casulos finos e ovais da seda... (nada de fogo)

CARRETILHA (consulta 2) - Peça de fogo de artifício, espécie de busca pés...
Ao LUÍS CUNHA,


A propósito do teu texto colocado no blog ”A DEFESA DE FARO” com o título “CARRETILHAS” , termo que não conhecia e até fui ver aos dicionários, direi que efectivamente só conheci dessas brincadeiras, talvez estúpidas, as bechininas e as bombas, que eram bastante perigosas, pois houve muita rapaziada que ficou com os dedos das mão em muito mau estado, por falta de habilidade no manejo das ditas.

Aconteceu-me isso a mim, dei mecha na bomba larguei-a antes de tempo, joguei-a para fogueira, a bomba não rebentou.... fui buscá-la de novo e ela... pum... mas ainda consegui largá-la a tempo.

Bombas e bechininas de S. João nunca mais... jurei a mim mesmo.


CARRETILHAS, BOMBAS E BECHININAS


Essa coisa da “carretilha” ou pistolas de fogo
Que expeliam jactos faiscantes que desenhavam
Caprichosas figuras luminosas nesse jogo
Jogado entre os carretilheiros que as largavam

Confesso não saber o que são nem as conhecer,
Só conheci as becheninas e as bombas de S. João.
Que largávamos à fogueira e desatavam a correr
E as bombas largavamo-las antes de rebentar na mão.

És tu Luís que dizes que as ditas eram empunhadas
Por manipuladores que as jogavam naquelas noitadas
Onde desenhavam caprichosas figuras luminosas...

E dizes ainda que no barrocal algarvio havia
Combates de carretilhas até quase ao romper do dia
O que tornava aquelas noites mais saborosas.

João Brito Sousa

RESISTENCIAS E MÁS VONTADES.

(biblioteca ALMEIDA GARRETT)

Tinha lido qualquer coisa em Raul Brandão, que as relações entre Lisboa e o Norte o País não eram as melhores, já desde 1911. Está nas memórias, capítulo “O QUE EU VI E OUVI”, pág 49....”Todos os dias corre notícia de contra-revolução. No Porto (15 de Março 1911) conspira-se: tem havido reuniões de oficiais e soldados. – Estamos prontos- dizem Querem separar Lisboa do Norte e fazer «daquilo uma barcelonada...»

E hoje ao deslocar-me à Biblioteca Almeida Garrett aqui no Porto, peguei numa obra do José Coelho dos Santos acerca do Palácio de Cristal e, na página 15 lá vem que (a propósito de uma viagem do rei D. Luís I à capital do Norte), “os objectivos da novel cidade do Porto era um conjunto de promessas aliciantes que, em 1865 estavam genericamente cumpridas, mesmo que para tal tivesse sido necessário lutar com enormes dificuldades e vencer inúmeras resistências e más vontades, tanto no Porto quanto no País, mas sobretudo provenientes da capital.”

E é esta a nossa cultura, que resulta, dos hábitos que pomos em prática com os nossos comportamentos.

Num certo sentido, fiquei satisfeito de saber isto porque julgava que essa suposta inimizade tinha a ver com o futebol. Mas pelos vistos a coisa vem de trás..

Desde que o programa da regionalização não foi aceite e essa posição não vingou, as pessoas aqui no Norte, no Porto nomeadamente, não aceitam esta condição de segundo plano. Mas isso é notório em quase toda a gente.

Aqui há dias fui tratar de um assunto particular aqui na Caixa de Previdência e no fim, mandei esta ao funcionário de serviço: então e o nosso clube? E ele, nós ganhamos no campo e esses mouros que não têm onde cair mortos... tal e tal...

Outra vez, foi no restaurante, às 13 horas, decorria o tele jornal e o jornalista disse: o governo não tem dinheiro para disponibilizar para o Metro do Porto. E logo um velhote de oitenta anos, meu colega de mesa: ”pois, pois, se fosse para Lisboa já havia!...

A resposta foi automática e rápida querendo isto dizer que a revolta está bem enraizada neste povo. De tal modo é assim que ex ministros, deputados em Bruxelas, empresários de alto gabarito, professores universitários de nomeada e outras personalidades tidas como importantes por aqui, esforçam-se em comentários, na imprensa falada e escrita, reivindicando melhorias sociais.

Que ao que parece tardam em chegar.

Eu gosto do pessoal daqui. Claro que é preciso respeitar os seus valores, entre os quais se situa o clube de futebol cá da terra.

Procedendo- se assim... tudo bem.

João Brito Sousa

A VANTAGEM DA FRIVOLIDADE

(Milan Kundera)


O TEXTO QUE SE SEGUE, É de Milan Kundera, in "A Imortalidade"
e é SIMPLESMENTE FANTÁSTICO....


“O respeito que a tragédia inspira é muito mais perigoso do que a despreocupação de um chilrear de criança. Qual é a eterna condição das tragédias? A existência de ideias, cujo valor é considerado mais alto do que o da vida humana. E qual é a condição das guerras? A mesma coisa.


Obrigam-te a morreres porque existe, dizem, alguma coisa que é superior à tua vida.


A guerra só pode existir no mundo da tragédia; desde o começo da sua história, o homem apenas conheceu o mundo trágico e não é capaz de sair dele. A idade da tragédia só pode ser encerrada por uma revolta da frivolidade. As pessoas já só conhecem da Nona de Beethoven os quatro compassos do hino à alegria que acompanham a publicidade dos perfumes Bella. Isso não me escandaliza.


A tragédia será banida do mundo como uma velha cabotina que, com a mão no peito, declama em voz áspera. A frivolidade é uma cura de emagrecimento radical. As coisas perderão noventa por cento do seu sentido e tornar-se-ão leves. Nessa atmosfera rarefeita, desaparecerá o fanatismo.


A guerra passará a ser impossível.

QUEM É MILAN KUNDERA?


Milan Kundera (1 de abril de 1929, em Brno, Tchecoslováquia) é um autor tcheco.
Vida

Nascido no seio da erudita família de classe-média do senhor Ludvik Kundera (1891-1971), um pupilo do compositor Leoš Janáček e um importante musicólogo e pianista, o cabeça da Academia Musical de Brno de 1948 à 1961. Kundera aprendeu a tocar piano com seu pai. Posteriormente, ele também estudou musicologia. Influências e referências musicológicas podem ser encontradas através de sua obra, a ponto de poder-se encontrar notas em pauta durante o texto.

O autor completou sua escola secundária em Brno, em 1948. Estudou literatura e estética na Faculdade de Artes da Universidade Charles mas, depois de dois períodos,
transferiu-se para o curso de cinema da Academia de Artes Performáticas de Praga onde realizou suas primeiras leituras em produção de scrpits e direção cinematográfica


OBRA

Em seu primeiro romance, "A Brincadeira", Kundera nos oferece quase uma sátira da natureza do totalitarismo do período comunista. Por força de suas críticas aos soviéticos e a invasão de seu país em 1968, Kundera foi adicionado à lista negra do partido e suas obras foram proibidas imediatamente após a invasão soviética. Em 1975, Kundera mudou-se para a França.

Na França, Kundera escreveu O Livro do Riso e do Esquecimento no ano de 1979. Constituindo-sede uma inusitada mistura de romance, contos curtos e ensaios do próprio autor, o livro ditou o tom de suas obras pós-exílio.

No ano de 1984, Kundera escreveu A Insustentável Leveza do Ser, seu trabalho mais popular. O livro é como uma grande crônica acerca da frágil natureza do destino, do amor e da liberdade humana. Mostra como uma vida é sempre um rascunho de si mesma, como nunca é vivida por inteiro e como é impossível de repetir-se. A obra, sucesso de público e crítica, ganhou sua versão cinematográfica no ano de 1988.


O diretor Phillip Kaufmann prouziu uma adaptação de moderado sucesso. Por qualquer motivo, Kundera proibiu, a partir de então, a adaptação cinematográfica de seus outros livros.
Em 1990 Kundera escreve A Imortalidade. O romance é o mais "cosmopolita" até então, sem situar o enredo dentro do universo social e político da República Tcheca como fizera até então. Possui um conteúdo explicitamente filosófico e pode-sedizer que é o início de uma segunda fase da obra do autor.

Kundera reafirma publicamente que deseja ser entendido como um romancista em termos gerais, não um escritor político. É notório que o conteúdo político foi, a partir de A Imortalidade, substituído pela temática filosófica. O estilo de Kundera, entrelaçando digressões e ensaios filosóficos é grandemente inspirado em Robert Musil, Henry Fielding e na prosa do filósofo Friedrich Nietzsche.


O MEU COMENTÁRIO.

O autor vem tentar com a sua obra demonstrar que a guerra e a tragédia são matérias a refutar, quando diz que o “homem apenas conheceu o mundo trágico e não é capaz de sair dele”...

As ideias nunca poderão ser de valor maior que a vida humana. A vida humana é o bem supremo e as ideias serão sempre o seu suporte.

É opinião do autor que a frieza de raciocínio poderá melhorar a qualidade de vida em geral e dar ao homem o rumo certo que não tem tido até aqui.

A tragédia deverá ser banida do mundo com a voz áspera. A frivolidade é uma cura de emagrecimento radical.

As coisas perderão noventa por cento do seu sentido e tornar-se-ão leves. Nessa atmosfera rarefeita, desaparecerá o fanatismo. A guerra passará a ser impossível.

OK.

João Brito Sousa