quinta-feira, 11 de outubro de 2007

UM GRANDE COSTELETA

(RAPAZIADA NUMA ESCOLA DE S.BRÁS)

APRESENTE-VOS


JOSÉ BARTÍLIO DA PALMA

É natural de Olhão, donde vinha para Faro para a Escola Comercial. Começou comigo em 52/53 na mesma turma onde estava o Cabrita de São Brás de Alportel. Fizemos o percurso académico juntos e terminámos em 62/63 o curso do MAGISTÉRIO PRIMÁRIO com a mesma nota.

O Zé foi um bom aluno e um grande poeta. A nossa conversa girava sempre à volta das matérias de estudo, história mundial, principalmente. Mais tarde, já no Magistério aprendemos a gostar de Filosofia, Psicologia, Pedagogia e outras ciências. . O Zé era um homem de paz e de consenso. Era e deve ser ainda, um homem generoso...

Do nosso grupo do Magistério fazia parte o Zé Marcelino Viegas que dizia querer ser jornalista desportivo e conseguiu sê-lo, tendo sido agora galardoado com Placa de Mèrito, juntamente com outros. O Zé Bartílio escrevia bem e era ele que seleccionava os textos que eu e o Marcelino escrevíamos para o jornal da Escola.
A melhor do Zé foi quando na aula de desenho, 2º ano, no Largo de S. FRANCISCO, com o Zambujal, deu com a régua no rabo da Encarnação voltando-se rápido. E quando a colega se voltou e perguntou: quem foi o caõ?... O Zé moita....

Mais tarde vim a saber que o Zé Bartílio abandonara o ensino, iniciando-se então na banca comercial onde se reformou, tendo trabalhado no BNU, onde fez uma boa carreira profissional. Hoje disseram-me que é industrial de compra e venda de propriedades onde é o Director Geral.

Temos tido pouco contacto mas tenho-o como um bom e grande amigo, apesar de já não nos vermos há um bom par de anos.

Uma vez, numa das aulas práticas nas escolas anexas, na escola do Largo do Carmo, nomeadamente, onde ambos tínhamos as práticas, nas aulas do Professor Amável, eu ter-me-ei dirigido ao Zé em verso – quadra – em termos pouco simpáticos ao que o Zé respondeu:

Brito Sousa amigo caro
Ruma para a delicadeza
Num deslize não reparo
Mas em muitos concerteza.

ZÉ BARTÍLIO DA PALMA, um grande costeleta e um grande amigo. Por aqui lhe envio um grande abraço e o meu número de telemóvel, que é o 96 373 64 04.

E gostava que me dissesses qualquer coisa, colaborando aqui neste espaço, mandando umas crónicas para eu publicar. O meu email é jbritosousa@sapo.pt e podes mandar por aqui.

Aí vai um abraço do

João Brito Sousa

1 comentário:

  1. Ora, aí está outro "costoleta" bem lembrado!

    O Zé Bartílio será por aí uns dois anos mais velho do que eu. Mas, não sei como ou porquê, fui apanhá-lo na famosa 2º. 4ª, quando cheguei a Faro, "bindo" de "Goubeia".

    Convivi com ele, particularmente nas viagens de Olhão para Faro, quando eu seguia de Tavira na mesma automotora.
    Convivi com ele nos corredores da Escola de Faro. Aí, num desses corredores, o Zé deu-me uma lição de História do período medieval, quando me apanhou a ler "Os Cavaleiros da Távola Redonda".
    O Zé Bartílio, no seu físico um tanto "desconchavado" de então, tinha um perfil bem característico de intelectual. E gostava e sabia daquelas coisas da História e das Literaturas! Lembro-me de discutir com ele algumas matérias antes dos exercícios e, não obstante a minha calma, sempre admirei o seu ar, um tanto fleumático, com que aguardava a hora de debitar matéria para o papel do "ponto".
    Era um tipo bem paciente, amigo de seu amigo. Houve um certo período em que acamaradei com ele e com o Zé Júlio. Este, deixava sair de vez em quando umas "calinadas" de "montanheiro" - da Luz de Tavira - e o Zé Bartílio, pacientemente dava umas lições sobre a formação das palavras, as suas raízes e significado, demonstrando a razão de ser de cada uma que o Zé Júlio "assassinava".
    Boa praça, o Zé Bartílio! Gostava de lhe dar um abraço.
    Talvez calhe, um destes dias...

    Entretanto, aqui vai um virtual.

    arnaldo silva
    felizmente reformado

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