(assembleia da república)
A primeira República ficou entalada entre o Liberalismo e o Autoritarismo, tendo a sua curta
experiência marcado profundamente a história política portuguesa do século XX.
O regime republicano confrontou-se com fortes limitações estruturais à realização do seu ideário e do seu programa e foi incapaz de estabilizar o sistema político, perante a agudização das clivagens económico-sociais, dos conflitos de interesses, das condicionantes internacionais e finalmente das alternativas autoritárias.
Em 5 de Outubro de 1910, a monarquia constitucional foi deposta em Lisboa. A revolução foi dirigida por membros republicanos das Forças Armadas e ajudada pela acção decisiva de elementos civis e militares, em especial, sargentos e cabos da Carbonária. A maior parte das unidades militares permaneceram neutrais. Portugal, tornar-se-ia assim uma das primeiras República da Europa no início do século XX..
Mais de três quartos da população portuguesa viviam em zonas rurais em 1910. As duas cidades que mereciam esse nome eram Lisboa e Porto.
Nas vésperas da revolução de 1910, os republicanos estavam já distantes da sua base inicial da pequena e média burguesia urbana: mobilizaram alguns sectores da classe operária e penetraram nos ramos baixos e médios das Forças Armadas.
A violência política foi uma constante do universo urbano durante os anos da 1ª República, com maior incidência quantitativa no início dos anos 20. Logo a partir de 1910 emergiam outros pólos de violência associados a tentativas de derrube dos governos republicanos com apoio de sectores das Forças Armadas.
Entre 1910 e 1913 alguns destes núcleos dinamizaram acções de repressão e intimidação a monárquicos e organizações católicas, acompanhando no campo da acção político a legislação que os governos provisórios iam produzindo com inegável velocidade.
O derrube da monarquia constitucional em 1910, contou com o poio decisivo de organizações secretas que dispunham de um considerável número de “artilheiros civis” que se confundiam muitas vezes com núcleos de base do Partido Republicano, caso da ”Carbonária Portuguesa” que desempenhou um papel determinante no sucesso do derrube da monarquia.
O atentado contra o Rei D. Carlos em 1908 inaugurou um ciclo de atentados e assassinatos de altos dirigente políticos, por iniciativa individual ou por associações secretas. Já durante a República sucederam-se atentados, embuscadas e execuções sumárias.
Durante a ditadura de Sidónio, formaram-se grupos de choque constituídos por monárquicos e outros elementos da direita que saqueavam escritórios, sedes de partidos, redacções de jornais e outros locais afectos aos democráticos
Entre Dezembro de 1918 e Fevereiro de 1919, verificou-se no Porto um breve domínio na cidade pelos monárquicos, no quadro de uma tentativa de restauração da monarquia que quase provocou uma guerra civil.
O regime republicano confrontou-se com fortes limitações estruturais à realização do seu ideário e do seu programa e foi incapaz de estabilizar o sistema político, perante a agudização das clivagens económico-sociais, dos conflitos de interesses, das condicionantes internacionais e finalmente das alternativas autoritárias.
Em 5 de Outubro de 1910, a monarquia constitucional foi deposta em Lisboa. A revolução foi dirigida por membros republicanos das Forças Armadas e ajudada pela acção decisiva de elementos civis e militares, em especial, sargentos e cabos da Carbonária. A maior parte das unidades militares permaneceram neutrais. Portugal, tornar-se-ia assim uma das primeiras República da Europa no início do século XX..
Mais de três quartos da população portuguesa viviam em zonas rurais em 1910. As duas cidades que mereciam esse nome eram Lisboa e Porto.
Nas vésperas da revolução de 1910, os republicanos estavam já distantes da sua base inicial da pequena e média burguesia urbana: mobilizaram alguns sectores da classe operária e penetraram nos ramos baixos e médios das Forças Armadas.
A violência política foi uma constante do universo urbano durante os anos da 1ª República, com maior incidência quantitativa no início dos anos 20. Logo a partir de 1910 emergiam outros pólos de violência associados a tentativas de derrube dos governos republicanos com apoio de sectores das Forças Armadas.
Entre 1910 e 1913 alguns destes núcleos dinamizaram acções de repressão e intimidação a monárquicos e organizações católicas, acompanhando no campo da acção político a legislação que os governos provisórios iam produzindo com inegável velocidade.
O derrube da monarquia constitucional em 1910, contou com o poio decisivo de organizações secretas que dispunham de um considerável número de “artilheiros civis” que se confundiam muitas vezes com núcleos de base do Partido Republicano, caso da ”Carbonária Portuguesa” que desempenhou um papel determinante no sucesso do derrube da monarquia.
O atentado contra o Rei D. Carlos em 1908 inaugurou um ciclo de atentados e assassinatos de altos dirigente políticos, por iniciativa individual ou por associações secretas. Já durante a República sucederam-se atentados, embuscadas e execuções sumárias.
Durante a ditadura de Sidónio, formaram-se grupos de choque constituídos por monárquicos e outros elementos da direita que saqueavam escritórios, sedes de partidos, redacções de jornais e outros locais afectos aos democráticos
Entre Dezembro de 1918 e Fevereiro de 1919, verificou-se no Porto um breve domínio na cidade pelos monárquicos, no quadro de uma tentativa de restauração da monarquia que quase provocou uma guerra civil.
JOÃO BRITO SOUSA
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