terça-feira, 31 de julho de 2007

A CIÊNCIA POLÍTICA E OS POLÍTICOS.

(Assembleia da Republica)
O que é um político? É um tipo que faz trinta por uma linha para alcançar um lugar de poder e depois faz trinta por uma linha para o conservar. É um tipo que, sabendo cem por cento de uma verdade ou de uma mentira, usa apenas a fracção que mais convém à sua estratégia. Não há nenhuma diferença entre o comportamento político (...). Defendem todos as suas percentagens da verdade e da mentira.

Fernando Marques do
Jornal de Notícias


O MEU COMENTÁRIO.

Tenho dificuldades em rever-me naquela definição de político do jornalista Fernando Marques do Jornal de Notícias, mas talvez seja verdade..

E digo isto, porque um político deveria ser um indivíduo que se devesse sentir preparado para o desempenho dessa tarefa nobre, que foi incumbido, e que é o de zelar pelos direitos dos cidadãos que representa ou que o elegeram

Ando há tantos anos para ler “A QUEDA DE UM ANJO” de Camilo Castelo Branco onde a desilusão do político Calisto Eloy é por demais evidente... assim como os homens da Primeira Republica que igualmente se desiludiram com os resultados obtidos.

A questão do mau serviço prestado pelos políticos é também evidente na Revolução Francesa,. A França, precisava à cabeça da Monarquia de um Rei; havia apenas Luís XVI. A Revolução fez-se e os resultados forma os piores.

O meu amigo Firmino Cabrita Longo, com quem falo destas coisas também não considera o raciocínio do jornalista Fernando Marques como correcto.

Será que não é?

João Brito Sousa

A UM VELHO AMIGO

(matança do porco)


PORTO, Biblioteca Almeida Garrett, 2007. 07. 31

Ao meu amigo JOSÉ da COVA lá dos BRACIAIS, nos Moinhos.

Mestre Zé da Cova era amigo lá de casa. Era ele que lá matava o porco todos os anos, próximo do Natal. Depois, por uma questão familiar é que começou a matança com o Tio Luís Alcantarilha.
Dei-me semprre muito bem com ele. Casado com a D. PIEDADE e pai da Maria João, do Filipe e do Felício.
Fizemo-nos amigos não sei como. O Zé era mais velho do que eu mas mesmo assim tínhamos uma grande empatia. O Zé da Cova era uma pessoa simpática acontecendo o mesmo com o irmão Joaquim que muito novo foi trabalhar para Marrocos. Um dia, em Faro, estivemos cinco horas à conversa acerca disso.

A irmã Senhorinha era muito amiga da minha Mãe e ainda anda por aí. O pai e a Mãe do Zé também era gente cinco estrelas, assim como o sobrinho Florival. Tudo gente boa daí a razão para um soneto ao meu amigo Zé da Cova.
PARA UM AMIGO

Conhecemo-nos há tantos anos ó velho amigo!
Tantos que já te nasceram três filhos, vê lá...
E o tempo passou e não estive tanto contigo
Como gostaria ... mas amigo como tu não há.

É a ti ó Zé da Cova da D. Piedade... que me refiro
Tu que emigraste como os outros igualmente
E é aqui nestes versos, meu velho, que te insiro
Como o homem e amigo que trago na mente.

No Inverno eras tu que lá ias matar o animal
Ia a malta toda mas tu é que tinhas o punhal
Que cravavas no peito do bicho até ao coração.

E como tudo para o porco acabava rapidamente
Depois de uns grunhidos caía suavemente
Enquanto tu davas por cumprida a missão...

João Brito Sousa

segunda-feira, 30 de julho de 2007

PARA O ADOLFO PINTO CONTREIRAS.


Esta frase, “também as lágrimas do crocodilo são sinceras para o crocodilo”, é africana e foi o Adolfo que a citou aqui no blog.

Tenho uma simpatia especial pelo Adolfo, por vários motivos.

Em primeiro lugar, porque ele faz o favor de vir ver os meus posts e dá sobre eles a sua opinião pessoal e desassombrada. Normalmente diz mal mas argumenta porquê. Tem uma postura de honradez que eu admiro muito.

Depois porque é uma pessoa estudiosa e séria nas opiniões que emite. Disse-lhe em tempos que o considerava um homem de rigor e mantenho.

E também porque foi um grande jogador de futebol..

Sobre a frase africana do crocodilo eu penso que o seu significado quererá dizer que os problemas dos humanos não terão o mesmo significado para cada um deles. O que é mau para uns não é necessariamente para os outros todos. Será que as lágrimas de um crocodilo são sinceras apenas para esse crocodilo ou serão sinceras para todos os crocodilos?. Penso que cada um terá o seu problema e resolvê-lo-à à sua maneira..

Aí vai um abraço para o Adolfo Pinto Contreiras do

João Brito Sousa

ESBOÇO DA CRIAÇÃO DE UMA TERTÚLIA.


( tertulia fadista)

Ao Zé Maria Oliveira.

O meu Amigo e homem do Patacão Custódio Justino Nobre Correia é um bom “public relations”. Sempre conheceu muita gente, desde a malta do Liceu que frequentou até à malta do campo e da cidade, de Faro, de Loulé e de todo o lado.

Desta vez, estive com ele no Fórum da cidade e na esplanada do Café Aliança em Faro. Estavam presentes cinco ou seis amigos e uma vez apareceu por lá o Zé Maria Oliveira, aluno do Liceu do meu tempo, que era um rapaz que sabia tudo, desde a Literatura à Filosofia e às Artes.

O Zé Maria Oliveira era, ele próprio, um artista fabuloso em termos de pintura, onde o seu épico com a cara do Manuel Alegre era extraordinário. Mas o Zé não era apenas pintor, era também um contista com grandes possibilidades, uma apaixonado do fado de Coimbra, um exímio tocador de guitarra, um homem da poesia, da História e conhecedor de grandes figuras da cidade, entre outras coisas...

Ouvir falar o Zé Maria de Oliveira é das coisas melhores que pode acontecer a um homem que se interesse pela cultura, porque o Zé é um rapaz extraordinário. Disse-me que me vai enviar uns contos que tem escritos e eu vou aceitar. Disse-lhe que fazia versos, sonetos, nomeadamente e é isso que vou fazer agora para ultimar esta crónica e pedir-lhe que o leia e comente.

A TEORIA DO CONHECIMENTO.

Estava, com outros, na esplanada do café Aliança ...
E chega um de barba de mais ou menos da minha idade
Que não conheci logo nem com ele tinha confiança
Mas no passado tinha feito com ele uma boa amizade.

Era o Zé Maria Oliveira do Liceu, o que pintava
E logo depressa me identifiquei e disse quem era.
Daí para a frente foi fácil falar com o Zé que começava
Já a falar da Teoria do Conhecimento como uma fera...

Velha malta, amigos desse tempo que já passou...
Do tempo do Merdock, o cão por quem a cidade chorou
Criemos uma tertúlia para nosso engrandecimento...

E aí discutamos a Arte, a Filosofia e a Literatura
E as mil maneiras de se vencer nesta vida dura...
Por exemplo, através da Teoria do Conhecimento.

OBS: Espero que escrevas aí qualquer coisa para o blogue.
Até lá, aí vai um abraço do
João Brito Sousa

A FRASE DE HOJE.

(Arnaldo Jabor)


“Porquê dar conhecimento das nossas opiniões?
Amanhã, podemos ter outras.”
Paul Léautaud França, [1872-1956], Escritor



O MEU COMENTÁRIO.

As nossas opiniões devem ser conhecidas. È importante que a cultura saiba o que os seus representantes pensam deste ou daquele assunto. Está em jogo a evolução do Homem. O Homem tem muita coisa a descobrir ainda e não pode reduzir-se à sua insignificância. O Homem terá de assumir que é o centro do Mundo. O Mundo que temos ai , bom ou mau, é o resultado do seu trabalho.

Estranho o comportamento do Paul, escritor francês (da cidade luz, suponho) que vem agora com essa tanga de que as nossas opiniões não devem ser conhecidas hoje, pelo simples facto de que amanhã poderão vir a ser outras Nada disso; as opiniões de hoje deverão ser conhecidas hoje, porque só assim se poderá constatar que amanhã as opiniões serão diferentes.

Aliás esta cena faz lembrar aquela história do cirurgião que, num dia de chuva, disse ao empregado para lhe engraxar os sapatos, não tendo este feito tal. Às tantas, o cirurgião pediu os sapatos e reparou que não estavam limpos. Face a isto perguntou:- Manuel, porque não engraxaste os meus sapatos? E o empregado disse:- não limpei os sapatos porque daqui a duas horas estariam tão sujos como agora.

Eu entendo que os sapatos são para se limpar quando estiverem sujos, independentemente de chover ou não. E as frase são para se dizer... hoje. .

João Brito Sousa

ALMOÇO DE AMIGOS

(doca de Faro)

Para o Joaquim Padeiro, velho amigo
que não o vejo há muito tempo.



EU, O VIEGAS E O ARNALDO SILVA.


Fomos os três almoçar ao restaurante da Doca
Aquele cujo boss é amigo do Joaquim Padeiro.
Comemos bem mas levámos cá uma coça,
Pagámos sim mas ficámos logo ali sem dinheiro.

Valeu sobretudo pelos “recuerdos” de outrora
E pela sã camaradagem em todos os momentos...
Éramos, afinal, três os amigos ali reunidos agora
Para conviver e recordar... nada de lamentos....

A vida continua e amanhã teremos mais almoços...
Como hoje onde se recordaram tempos de moços
Haja saúde é o que se deseja para esta juventude...

Que vem reunindo sempre, de perto ou à distância
Não lhe faltando para isso nem vontade nem ânsia
De estar presente como eu estive sempre que pude.

João Brito Sousa

domingo, 29 de julho de 2007

JÁ CÁ ESTAMOS

(praia de Faro)



REGRESSO A CASA...
Porto, 2007.07.29

Aos meus enteados MARTA E GUILHERME.


Voltei agora a casa, regressado das férias que passei na minha terra natal. Andei por lá a ver a malta e fui à praia. Estive num esboço da criação de uma pequena hipótese de tertúlia.com o Custódio Justino, o Vedes, o Adolfo Contreiras e o José Maria Oliveira. E, por falta de ferramenta, não pude escrever nos blogs, como tanto gosto...

Dedico este texto aos meus enteados não só porque não os vi anda mas também porque quero que saibam que tenho por eles enorme consideração. E gostava que postassem aqui.

A praia de Faro que frequentei praticamente todos os dias estava fenomenal e o tempo ajudou. Vim de lá encantado com as boas condições que a dita oferece. O meu modelo de estadia aí na aldeola, passava por me levantar aí pelas seis da manhã e muitas vezes ia de seguida fazer o meu footimg/marcha, de duração mais ou menos igual a uma hora.

Saía de casa do meu avô que, nas partilhas ficou para a minha tia Maria do Carmo e onde residia agora, indo em direcção ao Patacão mas virava na primeira à direita a seguir à venda do Zé Raimundo indo na direcção Norte. Às vezes encontrava o Florival que trabalhou na casa do Inácio Moreno, homem hoje bem na vida, que trabalhou e negociou e ganhou dinheiro e à porta dele, trocavam-se umas larachas.....

Este Florival sabe tudo e conta muitas histórias de antigamente. Era ele que levava o vinho para a nossa petiscada na venda do Raimundo à quinta feira, com o Vitoriano, o Adriano, o Zé Rosa, o Padeiro, eu, ele Florival, o Mateus e a Madinha, neta da Ti Justa e do Ti Barras e filha da Maria José e do Palminha, que veio da França e está lá a passar uns dias de férias.

Um da o Florival contou a história do Pouca Tripa, naqueles versos que lhe fez o Clementino Baeta e que eram assim:

Pouca racha e muita ripa,
E do dinheiro pouco ficou.
Quem te põs o Pouca Tripa
Algum defeito te achou.!...

(se for preciso conta-se a história desta quadra)

Da casa do Florival seguia em frente e, umas vezes ia até `a venda do Joaquim Custódio e vinha em direcção ao Patacão, passava a casa dos Alcarias, o João e a irmã, passava a casa do Custódio Justino e do Zé Serrenho, do Ti João do Vale e das casas que fez para as filhas, virava à esquerda passando à casa do Marinho da grua e filho do Hilário, já falecido, e subia em direcção ao moinho, depois de virar à esquerda. .

(continua)


João Brito Sousa

quinta-feira, 26 de julho de 2007

FESTA DE IDOSOS.

DANCEI COM A ZEZA DO MOINHO.


Quantas vezes eu já não me tinha perguntado pela Zeza. Será que a Zeza ainda estará viva?... Gostava que tal acontecesse. E hoje confirmei isso... Foi no baile dos idosos onde fui com as tias.

Era eu rapazote de uns sete ou oito anos já a Zeza teria aí uns vinte e sete ou vinte e oito. A Zeza era uma mulher avançada para a época, já metia um porra no seu vocabulário e tinha outras coisas. Do contacto com as minhas tias ia sabendo dela, que estava viva, que estava assim, que estava assado, mas hoje senti uma alegria enrme ao saber que a Zeza, estava aí com a malta...
Fiquei louco de alegria e dirigi-me a ela e, acenando-lhe primeitro com a mão, convidei-a a dança depois. E dançamos e ... foi uma festa.
Para a grande Zeza que vivia ali ara os lados do Moinho ao pé do Armando Marujo, do Manuel Marujo, do Florival Marujo, da Idalina Marujo, do Zé da Cova, do Amorim da máquina de desfazer milho entre outros, aqui deixo um grande abraço e que continue igual a si própria.
Viva ZEZA do Moinho.

João Brito Sousa

terça-feira, 24 de julho de 2007

UM COLEGA E AMIGO.

FAUSTO DO CARMO XAVIER, um grande costeleta.


À filha Médica e ao filho Arquitecto, que não tenho o prazer de conhecer.


Quando eu cheguei à Escola Comercial e Industrial de Faro em 52, o Xavier era um rapaz muito badalado, sobretudo pelos seus dotes futebolísticos. Nunca tive ocasião de falar com ele nesse tempo, mas agora em férias por aqui, no espaço de quinze dias falei com ele duas vezes. E que agradável surpresa; descobri que o Xavier é um homem feliz e saber isso faz-me bem ao ego.

A causa próxima da felicidade que irradia, deriva do facto da boa posição que os filhos ocupam na vida, o que lhe dá força para viver com alegria, Costuma dizer: tenho uma filha que cura doentes e um filho que faz casas para pobres. Aproveito aqui a oportunidade para dizer ao Xavier que eu próprio me sinto feliz por ele ter conseguido colocar os filhos no lugar em que estão. É bom ver os amigos bem na vida e o Xavier está bem e eu fico feliz por isso. E já agora, endereçar aos filhos do Xavier uma palavra de simpatia, pelo esforço e dedicação que colocaram no estudo das matérias enquanto alunos, o que proporcionou ao Pai Xavier o bom momento que atravessa na vida e que ele merece.

Encontrei-o hoje na esplanada de um café na Avenida do Liceu e tinha consigo um livro que abordava o tema da velhice, de como evitar chegar lá ou coisa parecida. Falámos do livro mas optámos por falar do passado em termos de recordações e a conversa recaiu no futebol onde foi grande e da alcunha de Puskas que lhe atribuíram. Foi muito interessante falar como Fausto Xavier que me pareceu um homem são em alma sã. Mas uma coisa que nem os amigos mais chegados sabem é que o Xavier é poeta. São dele estes versos.

OCASIONALMENTE


Sentado neste sofá
Com um copo de wisky na mão
Olho para trás e recordo
Os tempos que já lá vão...

Fui vizinho do Zé Maria
E também do Alex João.
E recordo jogar todo o dia
Ao berlindo e ao pião.

Só queria ser feliz
Que é o desejo de toda a gente.
Mas tenho tudo o que quis
E mais um colega Presidente.

Hoje passeio na avenida
E vejo que valeu a pena
E do trabalho que tive na vida;
Consegui felicidade plena.
OBS: Os versos do Fausto são melhores do que estes.
Apanhei isto por alto.
João Brito Sousa

sexta-feira, 20 de julho de 2007

NO ME HAY SENTIDO BIEN...

BIBLIOTECA DE FARO, 2007.07.20


NÃO ME SINTO BEM...


Não sei o que tenho... talvez ansiedade!...
Mas de quê... se não há razão para tal.
Só se for do vento que faz pela cidade
Ou do ar condicionado que me faz mal .

Já hà dois dias me deu coisa igual...
Mas agora ya me sinto bastante bien.
Realmente no lo say que fuera tal
La vida tienne destas cosas tambien.

Te prepara que un dia tudo termina ...
Sin esperares te quedas en la esquina
E todo se foi y todo está terminado.

Se estás doente, calma, la vida es asi ...
Piensa en coisas que te agradem a ti
Y vive la vida con todo o agrado.

João Brito Sousa

quarta-feira, 18 de julho de 2007

A FRASE DE HOJE

SÍTIO DA AREIA, 2007.07.18

A FRASE...


Os homens são sempre sinceros. Mudam de sinceridade nada mais.
Bernard Tristan.

MEU COMENTÁRIO.

O Dr. António Arnaud lá da Maçonaria, disse num programa de rádio que eu ouvi, que em política não se pode ser sincero mas sim insincero, o que eu concordo.

Agora, dizer que os homens mudam de sinceridade... confesso que não entendo.


João Brito Sousa

AO ZÉ GRAÇA DOS MOINHOS

SÍTIO DA AREIA, 2007.07.18

POETANDO



AO ZÉ GRAÇA.


VELHO AMIGO ZÉ GRAÇA.


Conheci os AVÓS, conheci o PAI e conheço o Zé...
Gente de trabalho que subiu a corda a pulso na vida...
Quando nos encontramos mostra­-me como um amigo é
Para, escuta e olha... abraça-me, e diz-me de seguida.


Velho amigo João ... enteado do Ti Manuel Leal
Professor de crianças e sempre.... sempre amigo da malta!
Safaste-te da agricultura; essa desgraçada que vai tão mal
Venceste na vida... o resto não interessa nem faz falta...


Campeão vencedor foste tu mais do que eu ó Zé Graça ! ...
És tu que criaste muitos postos de trabalho nesta praça...
Eu fui apenas um trabalhador dependente e nada mais.

Tu pertences aquela família respeitada e de poder
Ganho à custa do trabalho e sobretudo do muito querer
O lema de gente honrada como foram teus Avós e Pais


João Brito Sousa

ALMOÇO

FARO, 2007.07.16

RESTAURANTE RUAH....


FUI ALMOÇAR

Com o Xico Pedro Contreiras e o meu cunhado
No RUAH, que fica ao pé da loja do Xico.
E depois apareceu lá mais um punhado
De amigos que ainda não levaram sumiço....

Reinaldo Tarreta à cabeça, homem honrado...
Mais outros, como o Ervilha e o Engº JoãoRita
A festa vai continuar; o Reinaldo está reformado
E com ele não há nenhum campeão que compita...

Um amigo é como um irmão ou talvez mais...
São amizades diferentes mas ambas reais...
Por isso eu quero ter amigos de carne e osso.

Amanhã vou almoçar com as primas a Quarteira
Sardinha assada com pimentos e oregãos à maneira
Mas com o Xico Contreiras é sempre aquele almoço...

João Brito Sousa

sábado, 14 de julho de 2007

AO ALBERTINO BOTA

SÍTIO DA AREIA, 2007.07.14

Ao Albertino Bota.


POETANDO


Hoje tive a grata satisfação de estar à mesa
Com um dos Botas que só conhecia de ouvido.
E o que digo a seguir di-lo com a franqueza
Que diria um homem respeitado e esclarecido....

Não quer dizer que eu o seja mas falar do Bota
Exige grandes conhecimentos em psicologia.
Porque o Bota tem uma presença onde se nota
A simplicidade, a coerência e a sabedoria.

E é isto que evidencio num camarada...
Seja ele de posses ou não; não interessa nada
O que interessa acima de tudo é a honradez...

E pareceu-me que este Bota tem tudo isso
Em dose elevada e deixo aqui o compromisso
De o estudar melhor a próxima vez.



João Brito Sousa

UM MONTANHEIRO COM CLASSE.

SÍTIO DA AREIA, 2007.07.14
Ao Albertino Bota.


Estive a almoçar com o com a equipa dos sábados do Viegas em Pechão. Diz ele que são alguns amigos mais chegados e que estes almoços já vêm de longa data.
Éramos cinco pessoas; eu, o Viegas, um engenheiro agrícola, um espanhol aqui residente e o catedrático Albertino Bota, que me impressionou pelos seus 79 anos, tal a frescura física que envergava.

No decorrer da conversa vim a saber que o Albertino é também um costeleta, ou seja, aluno, como eu e o Viegas, da Escola do ensino Técnico profissional em Faro, sendo este aspecto um simpático elo comum.

Em tempos idos já tinha ouvido falar deste cavalheiro como filho família, já que os pais eram pessoas de muitas posses. Felizmente o amigo Albertino Bota manteve comigo e com os outros um contacto humilde e ao mesmo tempo elevado.

Gostei.

João Brito Sousa

sexta-feira, 13 de julho de 2007

OS MONTANHEIROS VENCERAM

Ao Mestre Olívio, grande pedagogo e amigo de todos os alunos montanheiros da INDÚSTRIA..

A Escola Comercial e Industrial de Faro é, para mim, um local de grande saudade. Lembro-me muitas vezes dos bons momentos que por lá passei e dos maus também, que foi quando chumbei no terceiro ano e quando apanhei uns dias de suspensão por estar a jogar à tabuinha, com a malta, nos corredores. O contínuo tirou-nos os números e lá vieram três dias suspensos e mais umas porradas em casa. Tudo OK, no problem...serei sempre um costeleta fiel.

Dos montanheiros que frequentaram a Escola do meu tempo, quero destacar aqui
o Zé Pinto Faria, montanheiro de Santa Bárbara de Nexe, que além de ter sido um excelente aluno, licenciando-se em engenharia, foi também um extraordinário desportista. No ano em que cheguei à Escola, estava ele de saída, mas ainda o vi jogar naquela equipa de futebol maravilha, orientada superiormente por esse Mestre dos Mestres que foi o Professor Américo.

Esse aspecto de grande educador e Mestre dos Mestres que foi o Professor Américo, deixo ao cuidado do António Barão, ele que conte o que lhe sucedeu na Alameda uma vez, quando num jogo de voleibol mandou umas bocas ao árbitro Eu direi apenas, que são educadores da estirpe do Professor Américo e do Mestre Olívio, que fazem as grandes instituições de ensino. E a nossa Escola, perdoem-me a imodéstia, foi uma grande e prestigiada Instituição de ensino, que teve dos seus alunos um bom desempenho.

A jogar futebol a central o Zé Pinto Farias, que tinha como quarto de defesa o Julião do Patacão, não dava hipóteses. Era um jogador cerebral que fazia da colocação em campo o seu ponto forte. O Zé era frio e inteligente e com ele não havia pontapé para a frente. A bola era cariciada e lançada jogável, desenvolvendo-se logo ali uma jogada de ataque.

Atleta dotado de uma compleição física notável, tal como o senhor seu PAI que na aldeia natal era famoso nos despiques de abarcas entre os rapazes da sua idade, dispondo de um extraordinário jogo de pernas, o filho Zé, por essa via, veio a sagrar-se CAMPEÃO NACIONAL DE JUDO.

Penso que os êxitos do Zé Pinto Faria, são êxitos da sua família e da Escola Comercial e Industrial de Faro, que em conjunto, o educaram. Nesse tempo era assim; a Escola e a Família completavam-se. Parece que já não é mais...

Foi um montanheiro que venceu... e por isso, aí vai um alabi... alabá... bum.. bá.... Escola.... Escola ... Escola.

Ser costeleta é um estado de espírito.... não é assim professor Américo?

João Brito Sousa

OBS: Peço autorização ao Zé Pinto Faria para a publicação deste texto.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

DE WASHINGTON

JUNTA DE FREGUESIA do MONTENEGRO aos 6 de Julho de 2007

RECUERDOS DE SU PATRIA.

Texto de
DigoTareta

O pouco que me lembro do Márinho Guerreirao
O Márinho Guerreirao- o mais novo dos Guerreiroes emigrou para a Austrália e...perdi a pista dele. Era um pouco mais velho do que nós, mas muito empreededor tinha nos seus verdes anos de adulto uma vacaria- o que era normalmente mais usual para um homem mais velho! Era muito meu amigo nesses tempos que antecederam a sua partida.
Nas minhas férias grandes além de armar aos passaros e cacar à fisga (funda) quem se lembra? eu tinha a incumbencia de ir à Cooperativa buscar o leite desnatado para os bezerros. (Isto e assunto para retomar quando voltar ao tema das nossas hortas e agricultura.)
E lá encontrava o Márinho! Moco com um rir franco, dado para o forte e eu adorava falar com ele. Muito apreciado pelo sexo "fraco."
Mas falando do Márinho veio-me à memória o irmao dele mais velho o Tonica! Lembram-se dele? Era comerciante de gado. Também emigrou! Veio para os Estados Unidos por mal de amores!
Faleceu há pouco tempo! Deixou um filho que eu nao conheco mas que sei que ingressou na policia. Um dia vou procura-lo. Ainda é meu primo embora afastado.
Vi o Tónica umas quantas vezes, mudou pouco com os anos, quando sobe do seu falecimento ja tinha sido enterrado de modo que falhei ao último adeus a um homem que foi meu amigo e amigo do meu pai.
E os amigos da Australia nao dizem nada? Que digam se sabem do Márinho Guerreirao.. Que nos digam o que feito do Ze Luis Baeta! Quando estive na Autralia tentei localiza-lo mas nao consegui.
Meu comentário:- o seu a seu dono! Já era tempo que o meu primo Carlos Alberto tivesse o orgulho que merece e assinar Eng. C.C D. Posso-vos a dizer que pela sua modéstia aqui na colónia há pouca gente a saber que é engenheiro.
E a Menina que continui escrevendo, que escreva,, que escreva mais, se nao fosse ela nao tinha revivido as Charolas e o Clementino Baeta.
Afinal eu creio que o Arnaldo é o Arnaldo que me lembro só que estava enganado no curso- enfim coisas do tempo que passa, e falhas da memória.
Um abraco
Diogo
MEU COMENTÁRIO.
Diogo, esqueceste-te de um grande amigo que andou conosco na escola em Mar e Guerra, que foi
o Tomé Cristina.
É importante não esquecer este grande homem.
Gostei deste teu artigo, estou de férias e em Agosto voltaremos. Vou comentar melhor este teu texto. O Zé Luís Baeta, grandeponta de lança.
Um abraço e obrigado pela tua presença aqui.
João