sexta-feira, 26 de outubro de 2007

BRACIAIS ANOS 50


O TRABALHO NAS HORTAS

Esta crónica é para o CIRILO

No trabalho das hortas, que aprendi pouca coisa, a minha especialidade era rega do milho.

Houve um tempo que eu é que fazia a rega da hortinha, uma horta da Mercedes Ladeira, que ficava lá ao pé dos Forjas, ao pé da linha do caminho de ferro.. Virava-se em frente ao armazém do Tomé Apolo, onde trabalharam o Zé Navalhas e o Clementino BAETA, passava-se em frente à horta do Ti João Patuleia e creio que do António Gaita e lá ia eu para a rega.

O meu padrasto ia lá engatar a mula no engenho para encher o tanque de água e a rega era comigo.

Levava os livros da escola da quarta classe, para estudar a História de Portugal e as Ciências Naturais, enquanto o tanque não enchia. Depois vinha a rega e lá se fazia o trabalho.

Quem me lá ia visitar de vez em quando era o meu amigo João Patuleia Filho, que um dia encontrou noutra especialidade. Diz ele que eu estava a ler aquela quadra que o Clementino Baeta, mandou à mulher da Venezuela e que dizia assim:

Se tu me visses MARIA
Só tenho a pele e o osso.
De fazer aquilo que fazia
No tempo que era moço.

Os grandes trabalhadores que por lá passaram foram o Luís Alcantarilha, grande trabalhador e matador de porcos, o Eduardinho casado com a Cecília Pereira, filha do Zé Conquilha e o Joaquim, o genro do Ze Lipardo

Na limpeza da nora passaram lá o Eusébio Ilhéu, o Zé da Cova e o Domingos Simão.

Além da rega gostava de lavrar terra, com a mula ou com os bois. Ainda fiz esses trabalhos ao lado do JOAQUIM BOIEIRO, o padrasto do Agostinho que trabalhou aí na Sacor. Fazia os regos direitinhos...

Era no tempo que andavam aí com os tractores o Zé Marques e o Joaquim Rebola, o pai da minha amiga NOÉLIA

Aló Engenheiro Neto de Estoi, como é? ..

Aí vai um abraço para toda a malta dos Braciais e do Patacão. E digam coisas....

João Brito Sousa

Sem comentários:

Enviar um comentário