O PROFESSOR NORBERTO SILVA
Da obra “HISTÓRIAS À SOLTA NAS RUAS DE FARO” do Dr. Libertário Viegas, retiro informação que, entre os Largos do Castelo e da Sé, da cidade de Faro, situa-se a Rua do Trem, no local onde existiu um depósito militar de viaturas e bagagens, que cruza com a Rua Professor Norberto Silva, um sargento que vivia na casa contígua ao cemitério da Sé e que foi um prestigiado mestre - escola.
Não se sabem datas de nascimento do professor nem se é ou não natural da cidade de Faro. O que me chamou a atenção, foi o facto de se dizer na obra do Dr. Libertário - que por sinal considero muito bem conseguida - que Norberto Silva tinha sido sargento do exército e ainda mestre escola de prestígio.
Ora, estas são duas profissões do Estado, ou seja, o senhor Silva era funcionário público duas vezes e penso que seria interessante saber como é que isso era possível.. Consultada a Constituição de 1976 verifica-se que sim, que isso é possível, uma vez que no Artigo 269. (Regime da função pública) nº 4, pode ler-se: Não é permitida a acumulação de empregos ou cargos públicos, salvo nos casos expressamente admitidos por lei.
Está tudo na Lei, portanto. A lei é que nos comanda a vida e desde que a lei especifique em que condições pode haver sobreposição na função pública, tudo ok, não tem qualquer problema..
Não consegui saber como seria distribuído o tempo de trabalho do nosso mestre, quer na escola quer na tropa.. Um reparo apenas; será que não lhe daria direito ao posto de alferes o facto de ter estudos para mestre escola.? No meu tempo não dava, o que era uma injustiça, porque o curso do Magistério eram dois anos e mais cinco do Liceu, o que dá sete, o que poderia ser tido como equivalente ao sétimo ano do Liceu, que já dava para entrar na Escola de Oficiais.
Resta-me com esta crónica, por com ela pouco ter conseguido, ao menos prestar uma homenagem a todos os mestres escolas deste País, que era uma coisa que eu já há muito tempo deveria ter feito, pelo simples facto de todos nós termos passado pela mão de um professor primário.
E é na Escola Primária que se começa a formar o carácter do País. Por isso... eis a razão da minha homenagem. a essa classe de profissionais entre os quais se encontra o professor Norberto Silva.
João Brito Sousa
Da obra “HISTÓRIAS À SOLTA NAS RUAS DE FARO” do Dr. Libertário Viegas, retiro informação que, entre os Largos do Castelo e da Sé, da cidade de Faro, situa-se a Rua do Trem, no local onde existiu um depósito militar de viaturas e bagagens, que cruza com a Rua Professor Norberto Silva, um sargento que vivia na casa contígua ao cemitério da Sé e que foi um prestigiado mestre - escola.
Não se sabem datas de nascimento do professor nem se é ou não natural da cidade de Faro. O que me chamou a atenção, foi o facto de se dizer na obra do Dr. Libertário - que por sinal considero muito bem conseguida - que Norberto Silva tinha sido sargento do exército e ainda mestre escola de prestígio.
Ora, estas são duas profissões do Estado, ou seja, o senhor Silva era funcionário público duas vezes e penso que seria interessante saber como é que isso era possível.. Consultada a Constituição de 1976 verifica-se que sim, que isso é possível, uma vez que no Artigo 269. (Regime da função pública) nº 4, pode ler-se: Não é permitida a acumulação de empregos ou cargos públicos, salvo nos casos expressamente admitidos por lei.
Está tudo na Lei, portanto. A lei é que nos comanda a vida e desde que a lei especifique em que condições pode haver sobreposição na função pública, tudo ok, não tem qualquer problema..
Não consegui saber como seria distribuído o tempo de trabalho do nosso mestre, quer na escola quer na tropa.. Um reparo apenas; será que não lhe daria direito ao posto de alferes o facto de ter estudos para mestre escola.? No meu tempo não dava, o que era uma injustiça, porque o curso do Magistério eram dois anos e mais cinco do Liceu, o que dá sete, o que poderia ser tido como equivalente ao sétimo ano do Liceu, que já dava para entrar na Escola de Oficiais.
Resta-me com esta crónica, por com ela pouco ter conseguido, ao menos prestar uma homenagem a todos os mestres escolas deste País, que era uma coisa que eu já há muito tempo deveria ter feito, pelo simples facto de todos nós termos passado pela mão de um professor primário.
E é na Escola Primária que se começa a formar o carácter do País. Por isso... eis a razão da minha homenagem. a essa classe de profissionais entre os quais se encontra o professor Norberto Silva.
João Brito Sousa
Sem comentários:
Enviar um comentário