domingo, 14 de outubro de 2007

FUTEBOL; HONRA E FASCÍNIO


FUTEBOL; HONRA E FASCÍNIO

Não me queria meter aqui no artigo sobre futebol do Adolfo Pinto Contreiras, por ele publicado no APC GORJEIOS, mas lá terá de ser.

Mantenho que o Adolfo fala do que sabe e sabe do que fala. Continuo a pensar que é o tal homem do rigor, mas que, neste artigo sobre futebol vai muito para além do exigido, seja, quer dar ao futebol uma base científica tal, que talvez o agrida, porque na minha opinião futebol é intuição e veio da rua com a bola de trapos. Nada de Heraclitos nem gregos de espécie nenhuma, sejam eles socráticos ou pré-socráticos

Futebol, é Garrincha e Pelé, Maradona e Di Stefano e a linha avançada do Boca Juniors de Buenos Aires dos anos 40, a quem chamavam “la máquina” e que era constituída por Juan Carlos Muñoz, José Manuel Moreno, Adolfo Pedernera, Ángel Labruna y Félix Loustau.

Esta é gente que vem dos subúrbios, só depois chegaram os ricos ao futebol.

A honra no futebol esteve, por exemplo, na atitude da Direcção do Benfica, através do seu Presidente Bogalho, quando despediu o melhor jogador do team, por este ter dito na cabine, que a camisola do clube só servia para limpar o rabo. Aconteceu isso ao jogador Felix, um central que valia meia equipa.

Mas hoje a honra virou roubalheira.

O fascínio do futebol estava nos pés do Rocha da Académica, nos pés do Hernani do FCPorto, nos pés do João Alves do Benfica e hoje não está nos pés de nenhum jogador em actividade, nem em Portugal nem na Europa nem no Mundo.

O futebol arte acabou; HOJE É O FUTEBOL FRUTA.

E o futebol não vale mais do que estas linhas porque nos anda a enganar. Já não gosto de ver; nem à borla.


João Brito Sousa

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