CONTINUANDO
Outra frente de combate é o combate laboral, cuja movimentação é controlada pelos anarquistas. As greves são acompanhadas de ataques à bomba, cortes de comunicações e descarrilamentos de comboios. O regime, logo em Janeiro de 1912, fecha a Associação Sindical de Lisboa, colocando mais de 600 sindicalistas nos porões dos navios de guerra. Mas é Costa, uma vez no poder, que desencadeia a mais feroz repressão contra o anarco- sindicalismo, adquirindo nesse combate os galões de «racha-
sindicalistas»
Os afonsistas montam a sua própria rede de informadores, uma polícia secreta que trabalha apenas para os democráticos mas que recebe de um «saco azul»do Governo Civil de Lisboa. Os sindicalistas apelidam-na de Formiga Branca. O chefe operacional da Formiga Branca é João Borges, ou «João das Bombas», um cadastrado que tanto frequenta gabinetes ministeriais como casas de passe. Machado dos Santos, de início próximo dos movimentos de trabalhadores, responderá com o seu próprio grupo armado, a Formiga Negra.
Enquanto primeiro ministro, Costa adopta um discurso e uma prática muito mais moderados, ficando a braços com as suas «carrapatas», os grupos de agitadores que o apoiaram e agora exigem benesses. Em 10 meses, Costa anula três tentativas de golpe de Estado com envolvimento de «carrapatas » desiludidas. Ao mesmo tempo aproveita para desarmar associações carbonária s remanescentes e desarticular as unidades militares mais radicais.
Mas o peso das quadrilhas políticas não diminui. A rua continua dominada pelos bandos armados ao serviço dos partidos, que organizam, nos bairros que controlam, caçadas aos rivais. O embaixador inglês relata a Londres em 1913 que a «populaça» rejeita todo o Governo forte, coisa que Costa ousa impor, e que por isso a rua começa a odiá-lo. Outros grupos sociais cujos privilégios são atacados pelo Governo aproveitam o momento, havendo anarquistas e padres, carbonários e monárquicos unidos contra os democráticos.
sindicalistas»
Os afonsistas montam a sua própria rede de informadores, uma polícia secreta que trabalha apenas para os democráticos mas que recebe de um «saco azul»do Governo Civil de Lisboa. Os sindicalistas apelidam-na de Formiga Branca. O chefe operacional da Formiga Branca é João Borges, ou «João das Bombas», um cadastrado que tanto frequenta gabinetes ministeriais como casas de passe. Machado dos Santos, de início próximo dos movimentos de trabalhadores, responderá com o seu próprio grupo armado, a Formiga Negra.
Enquanto primeiro ministro, Costa adopta um discurso e uma prática muito mais moderados, ficando a braços com as suas «carrapatas», os grupos de agitadores que o apoiaram e agora exigem benesses. Em 10 meses, Costa anula três tentativas de golpe de Estado com envolvimento de «carrapatas » desiludidas. Ao mesmo tempo aproveita para desarmar associações carbonária s remanescentes e desarticular as unidades militares mais radicais.
Mas o peso das quadrilhas políticas não diminui. A rua continua dominada pelos bandos armados ao serviço dos partidos, que organizam, nos bairros que controlam, caçadas aos rivais. O embaixador inglês relata a Londres em 1913 que a «populaça» rejeita todo o Governo forte, coisa que Costa ousa impor, e que por isso a rua começa a odiá-lo. Outros grupos sociais cujos privilégios são atacados pelo Governo aproveitam o momento, havendo anarquistas e padres, carbonários e monárquicos unidos contra os democráticos.
João Brito Sousa
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