Li VERGÍLIO FERREIRA com alguma dificuldade, mas de qualquer maneira retirei de ”Em Nome da Terra”, talvez a sua melhor obra, algumas notas, interessantes.
Diz o autor
“Não se pode amar quando se quer, deves saber, minha querida, a vida aprende-se devagar”...
O MEU COMENTÁRIO
Bem, não sei se será bem assim. Eu acho que se pode amar quando quisermos; se houver motivação e pessoa amada. É claro que terá de haver estes dois ingredientes.
Há aqui um problema que é saber-se qual é espécie de amor contido na expressão “não se pode amar”. Porque a estupidez do homem, quando se fala em amor, é logo de natureza sexual.. Eu não sou especialista na matéria mas o Júlio Machado Vaz é.
E ele diz: o AMOR É QUERER BEM.
Portanto, partindo desta máxima do Júlio Machado Vaz, subscrita inteiramente pelo cantor Jorge Palma, quando canta
Encosta-te a mim;
Não entendo o teu olhar...
Mas...quero-te bem
Está aqui a forma mais límpida de amar que é querer bem ao outro. E esta forma de amor podemos pô-la em prática quando a quisermos... ou seja ... sempre.
As palavras de Virgílio devem ter sido escritas na direcção do amor sexo, o que é pena que assim tenha sido, porque o desempenho sexual, é apenas a satisfação de uma necessidade fisiológica no momento em que se reuniram as condições para tal fim.
A palavra AMOR, exige de nós todos o respeito que devemos ter com qualquer outra situação normal da vida quotidiana, nem mais nem menos. Gostava que a palavra amor fosse utilizada na sua extensão máxima, seja, que contivesse todos os ingredientes necessários para se poder falar efectivamente de amor E só existe amor na palavra amor, quando ela estiver carregada daquilo que normalmente chamamos de respeito, carinho, ternura, dádiva, entrega, desinteresse material e coisas assim....
A vida aprende-se devagar?
Talvez sim.. será uma aprendizagem mais consistente.... talvez....
João Brito Sousa
Diz o autor
“Não se pode amar quando se quer, deves saber, minha querida, a vida aprende-se devagar”...
O MEU COMENTÁRIO
Bem, não sei se será bem assim. Eu acho que se pode amar quando quisermos; se houver motivação e pessoa amada. É claro que terá de haver estes dois ingredientes.
Há aqui um problema que é saber-se qual é espécie de amor contido na expressão “não se pode amar”. Porque a estupidez do homem, quando se fala em amor, é logo de natureza sexual.. Eu não sou especialista na matéria mas o Júlio Machado Vaz é.
E ele diz: o AMOR É QUERER BEM.
Portanto, partindo desta máxima do Júlio Machado Vaz, subscrita inteiramente pelo cantor Jorge Palma, quando canta
Encosta-te a mim;
Não entendo o teu olhar...
Mas...quero-te bem
Está aqui a forma mais límpida de amar que é querer bem ao outro. E esta forma de amor podemos pô-la em prática quando a quisermos... ou seja ... sempre.
As palavras de Virgílio devem ter sido escritas na direcção do amor sexo, o que é pena que assim tenha sido, porque o desempenho sexual, é apenas a satisfação de uma necessidade fisiológica no momento em que se reuniram as condições para tal fim.
A palavra AMOR, exige de nós todos o respeito que devemos ter com qualquer outra situação normal da vida quotidiana, nem mais nem menos. Gostava que a palavra amor fosse utilizada na sua extensão máxima, seja, que contivesse todos os ingredientes necessários para se poder falar efectivamente de amor E só existe amor na palavra amor, quando ela estiver carregada daquilo que normalmente chamamos de respeito, carinho, ternura, dádiva, entrega, desinteresse material e coisas assim....
A vida aprende-se devagar?
Talvez sim.. será uma aprendizagem mais consistente.... talvez....
João Brito Sousa
Amar
ResponderEliminarAmar é um verbo de difícil conjugação. Difícil, não na sua forma gramatical pois trata-se de um verbo da primeira conjugação e os primeiros são sempre os melhores - entenda-se mais fáceis - , mas difícil na sua forma de pôr em prática. E aí, Vergílio Ferreira tem toda a razão. Não se pode amar quando se quer!
Qualquer que seja a assunção em que se queira tomar aquela asserção - fazer sexo ou experimentar sentimentos - ela será sempre verdadeira. Penso que no caso ele, o escritor, utiliza amar no sentido de fazer sexo. E, neste sentido, infelizmente, todos sabemos que ele tem razão. Para o acto sexual não basta apenas a vontade, o querer. É imprescindível poder. Aqui reside a primeira dificuldade em conjugar o verbo amar.
Tomada na a sua outra vertente, amar, como experiência de sentimentos, também não acontece por obra da vontade. Não basta querer para se amar alguém. Amar é um acto tão irreflectido quanto involuntário. Amar é acontecer. Amar é a surpresa do sentimento que brota do mais íntimo daquele que ama sem que para tal tenha accionado a força da vontade. Amar é algo que nasce sem ser semeado.
Amar é...
Amar é gerar um tumulto de complicados sentimentos, de imprevisíveis consequências, que podem ir da experiência da mas alta felicidade ao mais caótico dos infortúnios. Por isso a sua outra dificuldade em conjugar tal verbo.
Mas amar é bom! Amar o amado, o próximo, o amigo.
Que a vida seja levada num permanente acto de amar!
Arnaldo silva
Felizmente reformado