ENCONTREI-ME com o Dr. JOSÉ VITORINO.
Há aí uns vinte ou trinta anos atrás, na agência da Caixa Geral de Depósitos na Calçada do Combro em Lisboa, encontrei o Dr. José Vitorino, ex Presidente da Câmara Municipal de Faro que na altura era deputado na Assembleia da República pelo PSD e, conversando com ele, acerca de política, disse-me: eu agora sou um profissional da política.
Pensei que isso quisesse dizer que um profissional da política, seria uma pessoa mais responsável que os outros ou pelo menos igual.
Os políticos têm-nos dado grandes desgostos por terem uma prática corrente muitas vezes contrária aquela que nos prometeram que iam desempenhar. É aqui que assenta como um luva a frase do Baptista- Bastos, “Não é este o país que nos prometeram...”
Está implícito aqui neste pormenor de BB o nó cego que recebemos dos políticos; prometem-nos uma coisa e põem outras em prática. O Dr. Mário Soares, político que eu não gramo nem com molho de tomate, andou anos e anos a dizer que era socialista, o que para mim, seria homem progressista na direcção da igualdade social. Um dia veio à rádio e disse que era socialista em Portugal o que equivaleria a dizer que era social democrata na Europa.
Apesar da social democracia na Europa ser de facto mais avançada que a nossa, no fundo, isto do socialismo de Mário Soares e a social democracia do Sá Carneiro, entre nós, é tudo a mesma treta. Ao saber isto fiquei ofendidíssimo com Mário Soares porque, aparentemente nos tinha enganado.
É o caso do nosso primeiro Sócrates, que, segundo se pode ler na crónica de Manuel Poppe, no JN do Porto, ....
“Entre nós - por isso a questão nos interessa -, um "socialismo circense" adoça a cavalgada neo-liberalista e cava a fossa onde se enterra um povo. Apagou-se o Estado, que cedeu, diante de interesses privados. Esfumaram-se a segurança social, o ensino, a Cultura. E o trabalho, esse sim, passou a utopia - a quimera”...
nos parece a andar a impingir um tal de Socialismo Capitalista, contrário aquilo que o nosso primeiro nos prometeu.
A apresentação de Bernardino Machado, por Raul Brandão, também vai nessa direcção, que o ministro promete tudo e falha a tudo. Ora, esta é a máxima dos políticos; nada fazerem ou fazem tudo ao contrário.
O Américo Duarte o primeiro deputado da UDP depois de 74, apareceu na imprensa e disse: isto é um ninho de lacraus. Porque terá dito isto o senhor deputado?
Creio que o Calisto Eloy da “Queda de um Anjo” do Camilo Castelo Branco também não vai gostar daquilo que vai ver no Parlamento Só hoje encontrei o livro num alfarrabista... logo que o leia dou notícias..
Mas... políticos... não sei não. Serão profissionais da inverdade profissional. O Maçon António Arnaud, disse que abandonou a política porque não conseguia funcionar dentro do clima da inverdade.
Cada vez percebo menos disto.
João Brito Sousa
Pensei que isso quisesse dizer que um profissional da política, seria uma pessoa mais responsável que os outros ou pelo menos igual.
Os políticos têm-nos dado grandes desgostos por terem uma prática corrente muitas vezes contrária aquela que nos prometeram que iam desempenhar. É aqui que assenta como um luva a frase do Baptista- Bastos, “Não é este o país que nos prometeram...”
Está implícito aqui neste pormenor de BB o nó cego que recebemos dos políticos; prometem-nos uma coisa e põem outras em prática. O Dr. Mário Soares, político que eu não gramo nem com molho de tomate, andou anos e anos a dizer que era socialista, o que para mim, seria homem progressista na direcção da igualdade social. Um dia veio à rádio e disse que era socialista em Portugal o que equivaleria a dizer que era social democrata na Europa.
Apesar da social democracia na Europa ser de facto mais avançada que a nossa, no fundo, isto do socialismo de Mário Soares e a social democracia do Sá Carneiro, entre nós, é tudo a mesma treta. Ao saber isto fiquei ofendidíssimo com Mário Soares porque, aparentemente nos tinha enganado.
É o caso do nosso primeiro Sócrates, que, segundo se pode ler na crónica de Manuel Poppe, no JN do Porto, ....
“Entre nós - por isso a questão nos interessa -, um "socialismo circense" adoça a cavalgada neo-liberalista e cava a fossa onde se enterra um povo. Apagou-se o Estado, que cedeu, diante de interesses privados. Esfumaram-se a segurança social, o ensino, a Cultura. E o trabalho, esse sim, passou a utopia - a quimera”...
nos parece a andar a impingir um tal de Socialismo Capitalista, contrário aquilo que o nosso primeiro nos prometeu.
A apresentação de Bernardino Machado, por Raul Brandão, também vai nessa direcção, que o ministro promete tudo e falha a tudo. Ora, esta é a máxima dos políticos; nada fazerem ou fazem tudo ao contrário.
O Américo Duarte o primeiro deputado da UDP depois de 74, apareceu na imprensa e disse: isto é um ninho de lacraus. Porque terá dito isto o senhor deputado?
Creio que o Calisto Eloy da “Queda de um Anjo” do Camilo Castelo Branco também não vai gostar daquilo que vai ver no Parlamento Só hoje encontrei o livro num alfarrabista... logo que o leia dou notícias..
Mas... políticos... não sei não. Serão profissionais da inverdade profissional. O Maçon António Arnaud, disse que abandonou a política porque não conseguia funcionar dentro do clima da inverdade.
Cada vez percebo menos disto.
João Brito Sousa
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