(igreja de ferreira do alentejo)
OS MEUS SÁBADOS.
Aos sábados, a minha vida circunscreve-se a coisas simples como a ida ao café das dez às onze, almoçar à uma da tarde, ir à Biblioteca cá do burgo ou a outro lado qualquer que me agrade e o tempo que fica aí nos intervalos é para ler, escrever e dormir.
Preencho bem o tempo assim e gosto daquilo que faço. Penso até que tenho carga a mais sem ter necessidade nenhuma disso. Mas sou um bocado indisciplinado querendo todavia melhorar esse aspecto.
Comecei hoje a ler o William Somerset Maugham, cujo titulo é “Antes do Amanhecer”. Fui à prateleira e retirei-o de lá, simplesmente porque estava a seguir aos livros do Vergílio Ferreira que andava a ler. A minha mulher que é fã do Maughan diz que as obras deste autor são todas boas mas umas melhores que outras.
Aqui está um ponto para meditarmos: Porque é que duas coisas feitas pela mesma pessoa são qualitativamente de valor diferente. Será que isto acontece apenas na literatura? Eu tenho ouvido dizer isso, que há coisas melhores que outras fora de literatura.
Sendo assim está justificada a razão porque é que uns dias estamos bem e outros dias estamos menos bem. O ideal é estarmos sempre bem. Tenho um amigo que está sempre bem, não só porque o seu temperamento é dessa índole mas ele diz que faz por isso. Ele diz interrogando-se: o que é que eu ganho em sentir-me infeliz? Se não ganho nada deixa-me mas é ser feliz, que isso é que é bom e foi para isso que por cá apareci. Concordo...
Mas tenho outro amigo que nem sempre está bem. Este diz que foi vigarizado. Há aí um filho da p....., diz ele, que me vigarizou. Eu já lhe disse, também a mim me deram a golpada, agora é aguentar. Mas nesta linha de raciocínio as golpadas não são todas de modelo igual. A minha foi gira e utilizei este modelo: vou-te dar a golpada a ti e no final das contas fui eu o golpeado. É aguentar... nada mais. Vê lá como foi a tua pa!...
O livro do, Maugham começa assim: ”Seguindo pelo largo caminho de relva, orlado de belos cedros... . tal e tal” Parece-me bom e até já li 15 páginas e estou a gostar.
Mas poderia não gostar.
A um SIM corresponde um NÃO. Sempre. É alei da vida.
Vou almoçar e depois vou ver o filme do PAUL AUSTER e depois o futebol da Selecção às 17 horas. Poderia ser pior. Ou talvez não.
Assim sendo, vou-me embora. E como costuma dizer o meu amigo Gregório Longo, também eu digo, ATÉ À PRIMEIRA. com um abraço do
João Brito Sousa
Aos sábados, a minha vida circunscreve-se a coisas simples como a ida ao café das dez às onze, almoçar à uma da tarde, ir à Biblioteca cá do burgo ou a outro lado qualquer que me agrade e o tempo que fica aí nos intervalos é para ler, escrever e dormir.
Preencho bem o tempo assim e gosto daquilo que faço. Penso até que tenho carga a mais sem ter necessidade nenhuma disso. Mas sou um bocado indisciplinado querendo todavia melhorar esse aspecto.
Comecei hoje a ler o William Somerset Maugham, cujo titulo é “Antes do Amanhecer”. Fui à prateleira e retirei-o de lá, simplesmente porque estava a seguir aos livros do Vergílio Ferreira que andava a ler. A minha mulher que é fã do Maughan diz que as obras deste autor são todas boas mas umas melhores que outras.
Aqui está um ponto para meditarmos: Porque é que duas coisas feitas pela mesma pessoa são qualitativamente de valor diferente. Será que isto acontece apenas na literatura? Eu tenho ouvido dizer isso, que há coisas melhores que outras fora de literatura.
Sendo assim está justificada a razão porque é que uns dias estamos bem e outros dias estamos menos bem. O ideal é estarmos sempre bem. Tenho um amigo que está sempre bem, não só porque o seu temperamento é dessa índole mas ele diz que faz por isso. Ele diz interrogando-se: o que é que eu ganho em sentir-me infeliz? Se não ganho nada deixa-me mas é ser feliz, que isso é que é bom e foi para isso que por cá apareci. Concordo...
Mas tenho outro amigo que nem sempre está bem. Este diz que foi vigarizado. Há aí um filho da p....., diz ele, que me vigarizou. Eu já lhe disse, também a mim me deram a golpada, agora é aguentar. Mas nesta linha de raciocínio as golpadas não são todas de modelo igual. A minha foi gira e utilizei este modelo: vou-te dar a golpada a ti e no final das contas fui eu o golpeado. É aguentar... nada mais. Vê lá como foi a tua pa!...
O livro do, Maugham começa assim: ”Seguindo pelo largo caminho de relva, orlado de belos cedros... . tal e tal” Parece-me bom e até já li 15 páginas e estou a gostar.
Mas poderia não gostar.
A um SIM corresponde um NÃO. Sempre. É alei da vida.
Vou almoçar e depois vou ver o filme do PAUL AUSTER e depois o futebol da Selecção às 17 horas. Poderia ser pior. Ou talvez não.
Assim sendo, vou-me embora. E como costuma dizer o meu amigo Gregório Longo, também eu digo, ATÉ À PRIMEIRA. com um abraço do
João Brito Sousa
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