sexta-feira, 26 de outubro de 2007

RIO DE FLORES


O RIO DAS FLORES

Do Miguel de Sousa Tavares


Não gosto da pessoa que é o escritor Miguel de Sousa Tavares. Concedo-lhe legitimidade para se abrigar debaixo da palavra escritor, apesar de ter nessa óptica escrito apenas duas obras, para que não se diga que estou aqui para embirrar com o autor.

Diz o Miguel em entrevista hoje ao JN/ PORTO:
"Quem me conhece sabe que deixei a minha pele toda neste livro. É o resultado de três anos de trabalho e de vida suspensa. Três anos muito duros, em especial neste último ano de escrita obstinada. Muitas vezes, a altas horas de madrugada, juro que me fui deitar pensando se conseguiria acabar o livro antes de morrer ou se conseguiria morrer antes de acabar o livro",

O livro tem quase setecentas páginas e escrevê-lo em três anos, incluindo neste período as constantes e inúmeras viagens que fez, é mais demérito do que mérito. Três anos é o que qualquer escritor leva, quase só para pensar em pôr de pé uma história. Truman Capote levou sete anos a escrever o seu “A Sangue Frio”. O ultimo de Baptista-Bastos levou igualmente sete anos a estar pronto

Deixar a pele no livro é publicidade barata. Deixar a pele porquê? Um livro também se faz com gosto. Vida suspensa?... como, se continuou a facturar na TV e no Jornal “A BOLA” onde ataca a postura do Benfica com ódio e defende serenamente o indefensável. Escritor este homem?...como?... se nas crónicas desportivas que escreve não me parece isento?....

Da entrevista ainda ao JN/ PORTO.

"Não escrevo para mim; escrevo para os outros", afirmou Sousa Tavares, confessando sentir muito orgulho - "e não vaidade" - pelo facto de ter sido várias vezes abordado na rua por pessoas que lhe diziam "Por favor, escreva mais".

Será que sim?....

"Tenho orgulho", frisou, "em saber que muita gente que nunca tinha lido um livro nos últimos 10 ou 20 anos leu um livro meu e quis ler mais". E acrescentou: "Não me interessa ser um génio incompreendido...

Do meu ponto de vista, MST não pode ser considerado, atendendo aos trabalhos que faz, simultaneamente, bom escritor e bom jornalista. A minha raiva contra ele é esta.

E porquê?

Porque, na minha opinião, MST é tendencioso e denota falta de isenção, nas crónicas desportivas que escreve?

Ou não será assim MST ?...

De qualquer maneira, não quero deixar de lhe desejar todo o sucesso na sua nova obra..

Queira aceitar os cumprimentos do


João Brito Sousa

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