sábado, 30 de junho de 2007

PARABENS AO MEU FILHO PEDRO.

Meu querido Filho e Amigo,

Os meus sinceros parabéns pelo teu aniversário, meu Filho. Tenho muito orgulho em ti., sabias. Hoje és um homem que eu aprecio muito. E para continuar nessa linha... meu Filho. Mais uma vez, parabéns pelos teus 31 anos.

Eu também já os fiz e há muitos anos. Lembro-me perfeitamente bem de ter este raciocínio: - ainda faltam outros trinta , pelo menos, para começar a ter chatices.

A verdade é que já passaram esses mais trinta e já hoje tenho sessenta e quatro. E tenho resolvido, umas vezes bem outras nem tanto, as chatices que vão surgindo.

Meu Filho, quero dizer-te que o tempo passa muito depressa e é tudo muito rápido.. mas não há nada fazer..

Aí vai um grande abraço para ti do teu Pai.

João Brito Sousa

sexta-feira, 29 de junho de 2007

SUMÁRIO

Postes em BRACOS AO ALTO,

temos.

VOTOS DE UM BOM FIM DE SEMANA,
PESSOAL DAS PONTES DE MARCHIL .... de Washington por CARLOS DIOGO
A SOLEDADE URBANO DISSE:
PORTO; cidade que já foi.
ARNALDO SILVA comenta um texto de SOLEDADE URBANO, e
FARO MINHA CIDADE; Largo de S. Sebastião.

E em,

http://braciais.blogs.sapo.pt/ temos

CRÓNICA DE WASINGTON, Na senda da
Diáspora por DIOGO TARRETA.


E em, http://bracadas.blogs.sapo.pt/ temos

AO POETA MANUEL JOSÉ E FILHOS (os Sabinos) de FARO,

A HORTA DOS BRITOS e

O MEU PRIMO SEBASTIÃO BRITO.


e ainda poderá consultar o blog

http://bracipoemas.blogspot.com/ de sonetos apenas

que me dá na gana fazer, para passar o tempo.

É tudo.
João Brito Sousa

UM BOM FIM DE SEMANA

PORTO, 2007.06.29



VOU DE FÉRIAS AMANHÃ ATÉ AO ALGARVE.

PASSO POR ALMADA PORQUE O MEU FILHO PEDRO FAZ AMANHÃ 31 ANOS DE IDADE.

VOU ABRAÇAR A MINHA FILHA ALEXANDRA E O MEU FILHO PEDRO E LEVAR UMAS PRENDINHAS PARA ELES. E VOU DAR UM BEIJINHO NA MINHA NETA MARIANA E LEVAR-LHE UMAS PRENDINHAS.

E CUMPRIMENTAR A MINHA NORA, a Drª VANDA.

E ALMOÇAR COM ELES.


POR ISSO DESEJO A TODOS UM BOM FIM DE SEMANA.

Aló USA, Newark

SOLANGE, QUITÉRIA E JOAQUIM
e respectivos e filhos e netos....

TIOS E TIAS E PRIMOS (como e que vai o Padeiro?...)

Aló CANADÁ, Prima Vina e marido e filhos,

Aló Austrália, a toda a famaília e amigos mais o JOAQUIM CARREGA,
a quem envio um abraço de pêsames pelo falecimento da sobrinha, a Natércia.

Aló FRANÇA, Tias Silvina e Mercedes, Tio Luís e Tio Alviro mais filhos
e netos e toda a malta.

Aló WASHINGTON, DIOGO e DIOGO, a good week end..

Aló Altura e PECHÃO arnaldo silva, viegas e celina

Aló CARLINHOS (VAMOS EMBORA PARA CIMA PÁ...) Aló CABRITA ... aló messines , Machado e Padre ó de Brito...

TODOS... TODOS OS BLOGISTAS DO MUNDO QUE ME VISTAM E NÃO ME VISITAM,

para todos .. todos .. todos

UM BOM FIM DE SEMANA.

João Brito Sousa

PESSOAL DAS PONTES DE MARCHIL

(camião do senhor Baptista)


CRÓNICA DE WASHINGTON

por Engº Carlos Caetano Diogo.

Devoro, com atencao, curiosidade, saudade e admiracao todos os artigos ou cronicas, publicadas.

Agora ate os meus parentes Diogo e Solenade de Sousa me surpreenderam pela sua facil prosa.Mas, vamos continuar a falar de figuras pontense.
Ja falei de dois Senhores, hoje irei falar de um Senhor e de dois Tis.

O Senhor era o Senhor Batista.
Homem educado, muito calado, dele so se ouvia o Bom dia ou boa tarde.
Como disse, era motorista do Abel Pereira da Fonseca, fazendo a viagem Faro-Luso anos e anos a fio.


Quando estive em Benavente, levou-me e trouxe-me algumas vezes, foi com ele que aprendi um atalho de entao, que era ir ate ao Porto Alto, virar a direita para Samora Correia, depois Benavente e o Senhor Batista continuava por Salvaterra de Magos, Muge, Almeirim, Santarem e entrava na E.N.1 sem ir a Vila Franca.

Hoje, fazendo o mesmo percurso esta a A13, inaugurada ha pouco tempo.
So para dizer, que fiz algumas viagens com ele, demorando 8 ou 10 horas e ele sempre calado.
Era assinante do "Republica", a meias com o Senhor Viriato, mas levava-o embrulhado noutro jornal, nao fosse o Senhor F... ve-lo.

Dos Tis falarei de dois:

O Ti Manel da Cova, agricultor, rendeiro do Mateus da Silveira (de quem havia de ser?) e matador de porcos.

Era um velhote engracado, sempre bem disposto e com a piada na boca.
Como matador de porcos, era o maior.Salvo erro havia um em Estoi, mas esse cobrava 25 tostoes e o Ti Manel so cobrava uns copinhos de aguardente.

Enviuvou cedo, e como tinha as suas necessidades fisiologicas, um dos filhos, o Martinho, ja falecido, levava-o a visitar a casa da Herminia e depois contava as proezas do velhote a malta.

O outro Ti, foi o Ti Jeronimo, de seu nome Jeronimo dos Santos, conhecido por Ti Jeronimo da Quinta, proprietario daquela onde e hoje o Monte da Ria.
Dizem que era a maior fortuna da zona, mas era homem de ajudar os necessitados.
Dizem, que emprestava dinheiro a juros, mas quando lhe pagavam em dia, no fim do pagamento dizia que so cobrava o principal.Muitos emigrantes a salto, para Franca a ele o devem.

A sua quinta terminava no Montenegro, onde e hoje a rua onde esta a Casa Amaro.

Aquilo eram umas sobreiras e areia.
Ele quase que obrigava as pessoas a comprarem assentos a um escudo o metro quadrado, pagaveis a prestacoes, dizendo que um dia valeria muito.

A primeira pessoa a comprar, quase obrigada, foi D. Maria Fernandes, ja falecida, mae do meu amigo Fernando Viegas e de duas filhas.

Ele nao se enganou, aquilo hoje vale milhoes.E o Monte da Ria?
Poderia continuar, mas por hoje chega.Nao quero ser chato e receber outra "caricia" do Arnaldo

ALGUMAS NOTAS:

O Arnaldo Silva é um amigo, um contributor, nada mais nem tem pretensões a mais nada. Para ele sim é sim; não é não. E isso é muito importante. Não te preocupes que eu cá estou. Quero é as tuas maravilhosas crónicas como a de hoje. Quando vem uma com o Ernestino?.

Fico muito satisfeito por gostares das crónicas publicadas. Eu nada altero. Já disse ao teu parente Diogo que quero histórias do Calhica e do Marinho Guerreirão e outro por aqui.

Vou até ao Algarve amanhã passar lá um mês e vou ver se consigo la fazer alguma coisa.

Até lá, um abraço do

João Brito Sousa.

A SOLEDADE URBANO DISSE:

(passendo de bicicleta)

e cá venho eu intrometer-me nas vossas conversas, mas não resisti a dizer que encontrei ontem de manhã na Estacão dos Correios, o JORGE FALALA. Para vossa informação, está muito bem, ainda mora no mesmo sitio, por trás da linha do comboio, em Marchil. Casou e divorciou, mas tem uma filha, que é menina dos olhos dele, que se formou em economia. Ele vai levando a vidinha dele.

Se quizerem, numa proxima vez que o encontre posso falar-lhe "neste levantar das memórias".

Cumprimentos -- Soledade Urbano SOLEDADE, Foi com grande satisfação que vi o nome do Jorge aqui no blog.

O JORGE FALALA, foi um amigo durante muito tempo. Não o vejo há milhares de anos e gostava tanto de o ver. Mas ele já não se lembra de mim, quiçá. Se o vires dá-lhe um abraço do

João.

AO JORGE FALALA

Lembro-me que o Pai era barbeiro e a irmã
Era a Filipa, que casou com um tipo forte,
Lá das Pontes de Marchil, gente boa e sã;
No fim de contas não tiveram muita sorte...

O acidente deu-se por causa de uma bilha de gás
Estilhaçou uma perna a um e a outro a partiu
Mas o Jorge continua a ser muito bom rapaz
Continua feliz e contente como a Soledade viu.

O Jorge parece que tinha uma casa de manutenção
De bicicletas, e muita coisa era reparada à mão.
Hoje não sei o que é que faz; a Soledade não diz..

Ao Jorge de que tenho uma enorme saudade....
Aí vai um recado para dizer que ainda tenho amizade
E só desejo ao amigo Jorge que seja muito feliz.

João Brito Sousa

PORTO, A GRANDE CIDADE

(o DOURO e as Pontes)


O programa “Prós e Contras” de segunda feira, transmitido do Palácio da Bolsa, deixou os homens da Comunicação Social baralhados.
A cidade e a região, vêm travando, através da imprensa escrita, um combate em favor da sua promoção e ao mesmo tempo em detrimento da região de Lisboa. É nessa direcção que escrevem Elisa Ferreira, Silva Peneda, Manuel Serrão e muitos, muitos outros...
Tudo de mal que se passa aqui a culpa é de Lisboa. Em tudo ou em quase tudo. Chega a ser assustador sendo a situação preocupante...Nunca ninguém disse: “não estivemos atentos às oportunidades...”, por exemplo.
Penso que no programa atrás referido, os portuenses esperavam, que fossem citados e colocados de forma bem visível os sinais de favorecimento a Lisboa por parte das entidades governamentais.
Mas isso não aconteceu; o que alguns disseram é que a culpa foi ou é, dos próprios agentes económicos da cidade ou região, que não estiveram atentos e deixaram passar as oportunidades ou que não reivindicaram atempadamente. A mesma coisa se passa com o método que utilizam actualmente; escrevem artigos duros de roer na imprensa, mas que, em termos práticos não têem dado nada.
O JN de hoje, trás dois artigos a falar do assunto citado acima, onde os jornalistas dão uma no cravo outra na ferradura..
Um diz:- O “Prós e Contras” da passada segunda-feira não foi um debate. Foi a imagem medonha do que são, hoje, o Porto e o Norte. Verdade que a moderadora permitiu que se misturassem alhos com bogalhos e não conseguiu, por um momento que fosse, tocar no essencial dos problemas que afligem a região. Sucede que, exceptuando a lucidez de Rui Moreira, nenhum dos intervenientes na sessão o soube fazer.
E o outro diz: - O”Prós e contras” emitido na última segunda-feira a partir do Salão Árabe do Palácio da Bolsa mostrou a cidade-região que temos e que se resume numa frase citada, atribuída a terceiros, por um dos intervenientes “O Porto parece uma cidade que já foi”.
Mas estas considerações, no desenrolar do artigo, parecem-me ser desmontadas pelos próprios, que, no fundo, o que eles pensam não é nada disso, mas sim, que o Porto ainda é uma Nação.
Quem vive aqui não pode contrariar os portuenses. Este pessoal é demasiado bairrista para reconhecer certas coisas... Quando se ouvem notícias na TV daquelas sem hipótese, viram acara para o lado e ... somos uma Naçon, carago....
O primeiro articulista, exceptua do marasmo geral, a lucidez de Rui Moreira. Estranho, porquanto Rui Moreira apareceu na ribalta falando de futebol, defendendo esse intocável clube que é o FCPORTO, era Pinto da Costa. Ora isto é um desastre completo.
Pôncio Monteiro, Economista reputado estando presente, deixou essa preocupante explicação da economia da região, a um homem que não costuma aparecer a debater esses assuntos. Na minha opinião, Rui Moreira, que também é homem ligado ao FCPORTO, disse apenas palavras bonitas e não as palavras certas. Faltou efectivamente naquela noite e naquele programa um Economista tipo Medina Carreira ou Silva Lopes.
Não acredito que esse Economista não exista no Porto ..uma vez que a melhor Faculdade de Economia do País está aqui sediada.
E porque é que não foi convidado um para ir ao programa.?...Inexplicavel....
João Brito Sousa

ARNALDO SILVAcomenta o texto da SOLEDADE URBANO

(festas populares)

”AS CHAROLAS”

Não tenho o prazer de conhecer a amiga Soledade. Sim! Amiga! Amiga do Brito, logo amiga dos amigos do Brito. Por isso, consciente de que se não vai “marafar”, vou aqui usurpar um tema a que aludiu na sua resenha informativa e que, tão característico aqui do nosso Algarve, vai, como a maioria das tradições populares, caindo no esquecimento. Refiro-me às aludidas CHAROLAS.
Não tenho a certeza de que a CHAROLA seja um exclusivo do Algarve. Sou natural de Tavira e, por imposição da profissão de ferroviário a que o meu pai dedicou a sua vida, fui forçado a viver em quase todas as províncias deste país e não tenho memória de ter topado com movimento “charoleiro” fora da província algarvia. Vivi as CHAROLAS dos oito aos dez anos em Tavira.
Depois de umas andanças pelo Porto, Vila do Conde e Fornos de Algodres, onde cada Natal foi vivido de variadas e diferentes formas, vim reviver as Charolas à Luz de Tavira. Aqui senti toda a pujança popular que era emprestada ao movimento da CHAROLA. O entusiasmo e o empenho que então eram postos por cada elemento do grupo redundava num grupo coral de magníficas qualidades vocais.E os poetas populares eram chamados a puxar de todo o seu poder criativo para gerar quadras referentes aos actos de cada dia da população local. Para os mais esquecidos e para os menos avançados na idade há que esclarecer que a Charola é um grupo coral que se forma por alturas da quadra natalícia com o propósito de percorrer as ruas de uma localidade, batendo a cada porta, solicitando ao proprietário a graça de os deixar cantar as Janeiras, com o fito de receber, em acção de reconhecimento, uns copitos e uns fritos característicos da época. As Janeiras eram cantadas aludindo, muito humoristicamente, aos acontecimentos mais marcantes do ano.
O tema do canto das Charolas era dedicado ao Deus Menino, ao nascimento de Cristo e aos Reis Magos. “Esta noite é de Janeiras É de grande mer’cimento Por ser a noite primeira É que Deus passou tormento” No dia de Ano Novo e no dia de Reis as várias Charolas juntavam-se numa mesma Praça e cantavam, numa espécie de concurso, que fazia o deleite dos inúmeros espectadores que ali acorriam. Um desses espectadores era eu. E gostava!E gostei! E recordo. Com a emotividade das boas recordações! Hoje, Tavira e Luz de Tavira, revivem-nas. E eu aplaudo! arnaldo silva felizmente reformado
Publicado por
João Brito Sousa

FARO; A MNHA CIDADE.

LARGO DE S. SEBASTIÃO.

O Largo desempenhou grande função social nas aldeias, vilas e cidades, pois era ali que, noutros tempos, se juntava gente aos magotes para comemorar qualquer coisa. O Largo era o centro das localidades e era através do Largo que o povo comunicava com o mundo, como diz Manuel da Fonseca em “o Fogo e as Cinzas”. Era ali que os viajantes se apeavam das diligências e contavam as novidades. Também à falta de notícias, era aí que se inventava alguma coisa que se parecesse com a verdade. Nada a destruía; tinha vindo do Largo.

Estas crónicas que escrevo e publico no blogue, para mim, constituem um elo de ligação à cidade que continuo a adorar, porque Faro é a minha cidade, a cidade que muito contribuiu para o estatuto de homem que hoje possuo.

Falar de Faro, constitui uma aproximação às origens, e na minha escrita por impulsos, apraz-me recordar locais e nomes de pessoas e contar algumas peripécias de outros tempos, que tenham acontecido comigo ou que tenha sido testemunha aí para essas bandas de S. Sebastião.

Quem entra em Faro e vem do Posto da Polícia de Viação e Trânsito em direcção ao refúgio Aboim Ascensão, à esquina da primeira rua à esquerda, que antigamente ia dar à estrada da Senhora da Saúde, ficava aí um estabelecimento comercial de comes e bebes e mercearia, salvo erro, cuja exploração pertencia a um polícia, cujo filho, o Zézinho “Polícia”, que me parece estar a residir em Coimbra e costumava andar aí com a gente. Continuando em direcção ao Refúgio, primeira à direita é o Largo de S. Sebastião, zona de residência da minha colega de Magistério, a Professora Marciana. Gente “célebre” daí do meu tempo eram os irmãos Primitivo, o Jorge e o Teófilo, o Joaquim Padeiro (um rapaz adorável) o Jorge Tavares e o Ludovico, todos lá da Escola Comercial. O Teófilo e o Ludovico eram excelentes jogadores de futebol, sendo o Ludovico até um super dotado na matéria. O Joaquim Padeiro evidenciou-se no andebol escolar, pois era detentor de um remate alto lá com o charuto.

Saindo de S. Sebastião em direcção a S. Pedro, fica à direita o Posto da GNR, onde nós, os da Escola Comercial íamos aos sábados aprender a manejar armas não sei para quê; era o serviço de Milícias. Era aí que o Quinta Nova, um rapaz lá da Escola Comercial que tinha queda para militar, dava as suas instruções técnicas. Mas não matámos ninguém. Segue-se depois à direita ainda, a cadeia antiga, onde esteve preso o Rui Rebola lá do Patacão, por ter sido apanhado pela polícia a conduzir um tractor agrícola sem carta de condução. Ainda me lembro de ir ver o Rui, aos sábados, mas não consegui entrar na cadeia, vi-o cá de fora. Ao lado da cadeia há ali uma capela onde ficam uns cadáveres à espera do enterro. Foi de lá que saíram os funerais do Xico Zambujal, grande figura de professor e de artista de Faro e de pessoal ali do Patacão, entre os quais o meu padrasto.

Como me competia, estive lá no funeral dele e o senhor padre, que acompanhou a cerimónia final, teve um discurso deste tipo: Tens muito dinheiro...olha (e com o indicador apontava para o caixão...), como que a dizer que isso não vale de nada, tens ar condicionado?... e apontava, tem isto tens aquilo e apontava sempre. Saí de lá convicto que somos mesmo pó e que não valemos nada.

Continuando, agora à esquerda, ficava aí a sapataria Limpinho, cujo “boss” era casado com a Teresinha, que tinha sido minha mestra de escola paga, na Senhora da Saúde. E seguindo, estava agora à esquerda uma casa que recebia raparigas estudantes e depois entrava-se no Largo de S. Pedro, onde está a Igreja onde eu fui baptizado pois sou natural de S. Pedro e afilhado do Padre Zé Gomes.

Faro é a minha cidade. Vamos continuar a falar dela. Farense, sempre.
João Brito de Sousa

quinta-feira, 28 de junho de 2007

AS FESTAS POPULARES

“CONJUNTO LUZ E VIDA.”
Com o Gilberto na bateria, aquilo era outra coisa. Qual conjunto dos Beatles, qual nada... O Gilberto sozinho fazia mais barulho que cem beatles juntos.
Na década de cinquenta e seguintes (não sei se hoje ainda fazem isso...) as Sociedades Recreativas dos sítios aí dos arredores de Faro, nomeadamente o Montenegro, as Pontes de Marchil e Patacão (a minha terra), faziam as festas de Verão, para arrecadar algum “capital” e receber os emigrantes que vinham à santa terrinha. As festas eram normalmente de dois dias, domingo e segunda-feira e, do programa constavam várias actividades culturais e desportivas e à noite era o baile. No Patacão, o baile, era normalmente abrilhantado, como constava do programa, pelo conjunto Luz e Vida.
Este conjunto musical era formado pelo Batão, o filho do padeiro da Senhora da Saúde, que tocava um acordeão de escala de piano, no sax ou clarinete e voz era o Marinho e na bateria o Gilberto, que também leiloava as prendas (uma garrafa de vinho ou uma prenda pequena de comida) e os ramos, um tabuleiro grande de comida que dava para dez pessoas, mais ou menos.
No leilão, o Gilberto era um espectáculo:- arrancava com um preço baixo que ia subindo à medida que a malta ia licitando e, quando aquilo estava no ponto, o Gilberto dizia, por exemplo, duzentos escudos uma, duzentos escudos duas, duzentos escudos duas e meia, duzentos escudos duas e três quartos, uma cozinha e uma casa de fora, duzentos escudos três e estava vendida a prenda.
A dinâmica do Gilberto com aquela da cozinha e da casa de fora, era o máximo. Já agora, referir que, casa de fora é uma palavra que a malta aí do campo usa, para designar aquilo que na cidade se chama sala de jantar e é uma palavra que nunca vi escrita na literatura portuguesa, nem mesmo nas obras de Mestre Aquilino Ribeiro, que é tão terra a terra. Nesse tempo tocava-se e cantava-se “Os teus olhos castanhos” do Francisco José, a “Figueira da Foz” da Maria Clara, as canções da Maria de Fátima Bravo e outras e isso ficava a cargo do Marinho. Era até às tantas...
Durante a tarde, nas festas do Patacão, havia actividades culturais populares, como a partida de panelas, a corrida de sacos, o concurso do pau encebado, provas de ciclismo que a malta gostava muito, tendo corrido no Patacão o Besourinho de Loulé, o Hermínio Correia (ganhou uma vez ) e o Inácio Ramos do Patacão, o Valério Clara, o Carrega e o Ervilha de Estói, o Jorge Corvo do Ginásio de Tavira que ganhou também uma vez, os irmãos Cotovio. Havia ainda o jogo de futebol com o Nexense de Santa Bárbara de Nexe, o grande rival.
A festa mais popular das três era a do Montenegro, mas a que eu mais gostava de ir, era à festa das Pontes de Marchil, que dispunha de uma boa organização a cargo do senhor Mateus Marinhas e do Engº Carlos Alberto Caetano Diogo e do electricista Joaquim Baptista (o filho da ti Baptista que vendia os bolos lá na festa e no baile), com fogo de artifício às duas e tal da manhã.
Como nas festa do Fagotes do Trindade Coelho, dos Meus Amores, uma vez apareceu lá também uma grande obra de pirotecnia, que era um burro a dar coices.
Festas populares, as grandes festas do povo.
João Brito Sousa

ALÓ SANTA BÁRBARA DE NEXE

OS FILHOS DA TI ERMELINDA

São três moços os filhos da Ti Ermelinda
O António, o Xico e o Zé (ou o Bidéia)
Estão jovens mas o Xico já está na terra linda
Que se não sabem onde é fazem uma ideia....

Tudo gente trabalhadora e honrada
Gente amiga e séria claro está...
O António era bom para andar à porrada.
E neste momento vive com a filha no Canadá.

Resta o Zé Barbara ou o Bideia
Que vai a Santa Bárbara volta e meia
Ver a casa onde morou com a Mãe e o Pai...

E depois volta para casa; pois na rua não fica .
È vem até Vilamoura onde tem casa de gente rica
E onde passa o tempo e donde raramente sai.

João Brito Sousa

POESIA DO Dr. UVA

Distinto professor da Escola Industrial e Comercial de FARO
e que foi grande amigo do aluno DONALDO..


JULGA TER ALMA E NÃO TEM.

Chega a ser forte tortura
O beijar hoje uma dama
Tolerar tanta pintura
Nunca pode quem não ama.

Dá-se um beijo, vai-se a tinta,
Vejam lá que graça tem?!
Como pode quem se pinta
Dizer que goza algum bem?.

E quem rape as sobrancelhas,
Ou da face a cor avive,
Para amor, é como as velhas,
Julga viver e não vive...

Cara linda, ao natural,
Essa, sim, que agrada bem.
Quem “baton” usa afinal,
Julga ter alma e não tem..


Recolhido do "Recordando o professor José de Sousa Uva
da AAATC, por.

João Brito Sousa.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

CIA; ASSIM NÃO


CIA tentou envenenar Fidel CastroA Agência Central de Informações dos Estados Unidos (CIA) usou dois dos mais procurados criminosos americanos para tentar assassinar o presidente Fidel Castro, de Cuba, nos anos 60 do século passado. Este e outros factos encontram-se descritos nas 693 páginas de documentos secretos da CIA, desclassificados ontem.
Em Agosto de 1960, a agência pretendeu usar o mafioso Johnny Roselli (controlava o negócio das máquinas de gelo em Las Vegas) na tentativa de matar Fidel.Roselli não pareceu muito entusiasmado com a ideia.
Aceitou, no entanto, apresentar os elementos da CIA que o abordaram a dois homens que faziam parte da lista dos mais procurados nos Estados Unidos. Um deles, Salvatore Giancana (conhecido como Sam Gold), sugeriu que Castro fosse assassinado misturando-lhe veneno na comida ou na bebida.
Seis pastilhas contendo um produto mortal foram, então, entregues a Juan Orta, identificado nos documentos como sendo um oficial cubano com acesso a Fidel. Após várias tentativas, Orta terá desistido de cumprir o plano e sugeriu outro candidato, que tentou pôr em prática o mesmo esquema, mas sem o conseguir. O episódio falhado do desembarque da Baía dos Porcos, em Abril de 1961, levou os EUA a abandonar o plano. Os registos desclassificados acabam por dar razão ao próprio Fidel, que, por mais de uma vez, afirmou que o Governo americano tinha tentado assassiná-lo.
Os documentos revelam a detenção numa cela especialmente construída, tendo por único mobiliário uma cama, de um desertor da KGB, Iuri Nosenko, de Agosto de 1965 a Outubro de 1967.Além disso, são descritas as perseguições a supostos dissidentes e a investigação de dois jornalistas de Washington suspeitos de difundirem informação secreta. Há também referências a experiências com drogas da alteração da mente e do comportamento em indivíduos usados como cobaias involuntárias, a espionagem de manifestantes pelos direitos civis e contra a guerra do Vietname, a abertura de correio entre os Estados Unidos e a União Soviética e a China, ou buscas a casas de antigos funcionários da CIA.
Ao tempo, era director da CIA James Schlesinger, que pediu aos seus funcionários que pormenorizassem "qualquer actividade que esteja a ocorrer, ou que tenha ocorrido, que se possa interpretar como violadora da carta legislativa da agência".
(Texto retirado do JN do PORTO)
João Brito Sousa

terça-feira, 26 de junho de 2007

A FRASE DE HOJE

"Perdido é todo o tempo que em amor não se gasta ...”

é de Torquato TASSO.

BIOGRAFIA

Torquato Tasso (1544-1595) nasceu em Sorrento e faleceu em Roma (Itália). A sua obra, calculada em dois milhares de poemas que mereceram o respeito dos eruditos e a paixão popular, dentro de fora do seu país e até aos dias de hoje, está distribuída por diversos géneros da produção poética. Realce para «Aminta» (novela pastorial, 1573) e «Jerusalém Libertada» (poema épico, 1575), este último um verdadeiro clássico da cultura europeia e universal.


MEU COMENTÁRIO:

Bonita frase que não me oferece muitos comentários .

A vida é amor ao próximo e solidariedade.
Quando chegarmos a velhos daremos mais valor a isso porque somos mais carenciados..

Amor é ternura e entendimento e todo o tempo deve ser dedicado a isso..

João Brito Sousa

A POESIA DO DR. ZÉ UVA

Porto, 2007.06.26

Poesia do Dr. Uva, professor da Escola
Comercial e Industrial de Faro e grande amigo
de todos os seus alunos, especialmente do DONALDO.

MEU AMOR

Meu amor; Ai que saudade
Dos tempos em que vivi,
De paixão, louco por ti,
Numa ânsia desmedida.
Por outro m’abandonaste
Mas concedo-te o perdão,
Torna a dar-me o coração
Se estás arrependida.

Foi numa noite. Esta ideia
Inda a conservo bem viva.
Cada dia mais se aviva
Ao pensar que me esqueceste.
Eu fiquei gelado e mudo
De tristeza e dor chorei
E nunca mais me lembrei
Do amor que me tiveste.


Retirado por
João Brito Sousa

ALÓ SANTA BÁRBARA DE NEXE.

PORTO, 2006.06.25

À MINHA PRIMA GLORINHA


De quem vos falo não é qualquer coisa;
É minha prima e muito amiga também.
É filha do meu tio Joaquim de Sousa
E da tia Gertrudes, que ambos Deus tem.

Mulher sempre acessível para mim...
Que habita lá para os lados de TAVIRA
Sou feliz por ter uma prima assim
E por saber que em jovem era muito gira.

Ó Glorinha que te orgulhas da tua origem
Tal como eu me orgulho da imagem
Que a nossa família deixa em todo o lugar....

No meu blog há sempre para ti um espaço
E de mim para ti haverá sempre um abraço
Pois somos gente honrada que sabe estar.

João Brito Sousa

ALÓ SANTA BARBARA DE NEXE

GRANDES FIGURAS NEXENSES.

O Engº JOSÉ PINTO FARIA

Ao meu tio José Bárbara, o Bidéia
O Engº Pinto Faria foi "Costeleta" como eu, foi um bom aluno e um grande desportista. Quando eu chegei a Faro à Escola Comercial em 52, já ele estava de saída. Mas falava-se muito dele como grande jogador de futebol da equipa da Escola, onde jogava a central.

Como estudante foi brilhante tendo-se licenciado em Engenharia Química pelo IST e como desportista foi campeão Nacional de JUDO.

Jogou futebol na equipa da escola Industrial e Comercial de Faro, que em 55 foi campeã do ALGARVE, onde jogavam os internacionais juniores Poeira, Parra e Nuno e ainda Malaia (gr) Zeca Bastos, Julião, Piloto, Honorato Viegas, Puskas, Caronho, Eugénio, Queixinho, Jacinto Ferreira , Orlando Bica e outros

O facto de ser campeão nacional de Judo, talvez tenha herdado a força do Pai e a faceta de a saber utilizar, pois disse-me o Adolfo Contreiras que, uma vez em jogo, ninguém o arrancava do chão, particularidade muito eficiente no Judo.

Já o Pai era a mesma coisa, homem valente, o mais valente de todos, por isso lhe chamavam o Pai da Malta. Naquele tempo, no final do baile, os homens ficavam no bar, à espera que viesse o tocador para tocar as músicas do tempo. Entretanto os homens entrelaçavam os braços uns nos outros e começava o jogo das rasteiras ao som da música.

Eram bons nessa matéria o meu tio António Bárbara, o irmão mais velho do Bidéia, e o António Lopes, mas o Pai da Malta era único. Foi um homem de trabalho que emigrou para os Estados Unidos da América onde esteve muitas vezes

Uma vez organizaram uma excursão a pé ao baile dos Gorjões. Eram sete ou oito, malta brava, cada um levava o seu cajado que penduraram no bengaleiro à chegada. Às tantas chegou a porrada, cada um foi buscar seu cajado, houve ripada de criar bicho de tal modo que esse baile ficou conhecido como o baile do cajado..

Outra vez foram ao baile de Bordeira, eram nove, entre eles o meu tio Manuel Domingos, que tinha a incumbência de apagar os candeeiros a petróleo logo `a chegada. A coisa foi preparada pelo Pai da Malta que disse para o meu tio Manuel Domingos. Olha lá Manel, tu atiras-te aos candeeiros e apagas tudo à taroucada e depois o resto é cá com a gente. Assim se fez, o meu tio apagou os candeeiros e ainda pegou num rapazote pelas pernas fazendo dele uma vara e vá ripada no pessoal...

Outra vez foram para Loulé com o Mestre Zé Padeiro e outros, estavam já um bocado tocados, passa a banda dos Bombeiros e o Mestre Zé mete-se dentro do grupo, tira o clarinete a um músico e toca ele, daí a pouco andava tudo à bordoada.

O Engº Pinto Faria vai pouco ao ALGARVE, mas quando vai é no café Cristina que o podemos encontrar.

E é uma grande figura de SANTA BÁRBARA DE NEXE, a terra do meu Pai. Apraz-me registar aqui os grandes homens dessas terras pequenas.

João Brito Sousa.

GENTE IMPORTANTE DOS BRACIAIS

A VENDA DO ZÉ RAIMUNDO.
O primeiro comerciante que eu me recordo de estar à frente da venda onde hoje é o Zé Raimundo, foi o senhor Bento Serrenho, casado com a Carminha Brito, minha parenta ainda, pois o Pai da Carminha parece-me que era irmão da minha avó, mulher do meu avô José Apolo.

Sendo assim era prima direita da minha Mãe.

O Bento vendia de tudo, tenho uma vaga ideia de lá ter ido comprar um pião. O ajudante do senhor Bento era o Luís Gatinhas, creio que era seu sobrinho e foi ali que o Luís deu os primeiros passos na sua vida profissional apesar de não ter estado aqui muito tempo pois muito masi tarde vim encontrá-lo como um muito bom mecânico na BMW.

A loja, naquele tempo, tinha duas secções, uma de mercearia e outra de tipo café, onde os homens, à noite, sobretudo, iam lá beber uns copos de aguardente. Penso que o senhor Bento não teria demorado lá no comércio durante muito tempo pois acabou de emigrar para Angola onde, juntamente com o irmão Manuel, fez fortuna na construção civil.

Creio que o senhor Bento vive ali para os lados de Quarteira, talvez que Vilamoura. O Manuel nunca mais ouvi falar dele. Havia outro irmão, o António Serrenho, que foi vendedor do Braz & Braz, uma firma muito importante nesse tempo, de tal forma que o senhor António Serrenho tinha carro da firma para andar nas vendas..

O senhor António Serrenho tinha dois filhos, o Totói que se doutorou em Londres e o Rui que se licenciou em Gestão Financeira. Já não conheci a Mãe dos rapazes; conheci sim uma madrinha deles que viveu, não sei se casada ou não com o Pia que se chamava Arminda era muito amiga das minhas tias e tinha uma filha do António que se chamava Ludovina, que ao que parece mora no Centro histórico da cidade de Faro.

E que será feito da Zeza?

Temos de ir `a procura dela agora nas férias. Disseram-me que está em muito boa forma. Já não a vejo há cinquenta anos.

João Brito Sousa.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

EU, O DIOGO TARRETA, OS GABADINHOS E OS OUTROS

(ao Diogo TARRETA)

Andámos todos junto na escola de Mar e Guerra
Eu, o Diogo Tarreta, o Zé e o Xico Gabadinho.
Naquele tempo já íam à escola todos lá da terra
O Salazar mandava e lançavam-nos ao caminho.

Ó Diogo, lembras-te dum que era o Alvino?
Nunca mais soube desse cão nem quem ele era
E dos irmãos Cotovio, o Albino e o Adelino?....
Sempre à porrada... qual dos dois maior fera..

E das moças de quem te lembras? Onde estão?
Ao menos ainda te recordas quem elas são....
Talvez as irmãs do Bernardo e as Cavalinhas..

A mais velha delas foi a minha primeira paixão
Parece que foi para Austrália quantos anos já lá vão?...
Mas quero as tuas recordações e não as minhas.

João Brito Sousa

OS BAILES DE MASTROS

(ao amigo Diogo Costa de Sousa)

Eu ia com o grande Gabriel do Tomezinho,
Aos célebres bailes de mastros a Olhão.
Era bom, naquele tempo ser jovem e sozinho
Pois tínhamos tudo o que queríamos na mão...

Esses bailes eram todos nos meses de Verão.
E eram ao ar livre por causa do calor que estava,
A menina dança... e umas dançavam outras não
Davam-nos tampa e mandavam - nos à fava..

Outras vezes não, dançávamos a noite inteira.
Mão esquerda puxando a rapariga até à nossa beira
Onde queríamos tê-las para as suas tetas sentir..

E no seu posto de vigilância as mães a observar...
O comportamento da filha e do seu simpático par
E diziam, meu Deus, nunca mais a hora de dormir..

João Brito Sousa

UMA VOZ DE WASHINGTON

Crónica de Diogo TARRETA.

Eh João!

Ai vão mais umas lembranças da mocidade! Por falar da mocidade alguns dos participantes pertenceram a M.P.

Bem mas antes quero pedir desculpa ao Arnaldo! Afinal meti foice em seara alheia- o Arnaldo não é o Arnaldo que eu conheci., que andou nos marceneiros.

E o Zé Gabadinho? Como vai ele, ele tem e-mail? Já ha mais de 40 anos que não vejo esse bom amigo! Soube que estava para os lados de Setúbal! E o Chico? Salvo erro esteve em Moçambique.

E os Bailaricos?

Que boas recordações!

Mas sabes a ida aos bailaricos era muitas vezes razão para uma corrida de ida e volta nas motorizadas pelo Barrocal quando chegávamos ao lugar, uma vez apreciada a sala, como quem diz, quem la estava- ala que se faz tarde- para a próxima sociedade recreativa e depois outra …e outra…, não sendo raro 3 ou 4 paragens por noite e nenhuma agradava quer dizer, não estava lá a desejada ou pelo menos almejada “vitima”: Parragil era uma das paragens! Mas já antes havia ficado para traz as campinas de Loulé depois, um pouco mais além era Benafim e….mais não digo! E eram Zundapes, Mondiais, Kredlers, Ilos e até Alpinos e Cuciolos! o Zé Gabadinho tinha uma Zundap, o Carlos Alberto Diogo outra Zundap Santa Maria, o João Rabão uma Seta eu uma Mondial!! e o meu irmão Reinaldo também tinha uma Mondial, belos tempos belas corridas, nem sempre com sucesso nas tentativas de conquista haviam “vitimas” que fugiam dos ataques destes cavaleiros mocárabes em busca das mouras encantadas no nosso Barrocal.

Na maior parte das vezes conhecimentos que ja iam da nossa cidade onde elas passavam a época escolar na escola, liceu e colégios, mas que as aldeias voltavam por altura das ferias grandes, e lá iam os cavaleiros e suas montadas algumas vezes com “penduras” naquela aventura para regalo da policia e guardas que nos multavam por ser ilegal duas pessoas numa motorizada com menos de 50 cm3 de cilindrada – 100 paus naquele tempo- mas la iamos sempre! O Carlos Diogo desistiu no dia em que a montada o deitou a baixo duas vezes no mesmo dia e….dois fatos ficaram inutilizados... talvez com um pouco da própria pele!!!

O meu irmão mais moço que nós, mas que também nos seguia acabou casando com a mourinha dele de Salir, creio salvo erro que foi caso único daquela época de bailaricos!

E os mastros quem se lembra? Eram nesta época . E as festas da alameda, sim, dancava-se no ringue de patinagem, será que ainda lá esta? Digam-me que sim! Foi lá que se consumou o namoro a sério com a minha mulher.

Para a semana ha mais, talvez sobre a nossa diáspora!

COMENTÁRIO.

Aí vai uma grande abraço para o DIOGO TARRETA, juntamente com os abraços dos amigos comuns Zé e Xico Gabadinho.
Sim, o ringue de patinagem ainda lá está a alameda.

João Brito Sousa.

O MEU PRIMO ROBERT BÁRBARA.

O MEU “COUSIN” ROBERT

O Robert é meu primo e praticamente só o conheci agora. Os pais dele, o tio Zé a tia Vitalina, foram para França muito jovens e há muitos anos. O primo Robert nasceu lá e é um francês puro. Moreno e de rabo de cavalo o primo Robert é o maior.
O nosso avô é o mesmo mas as avós não são as mesmas. A avô do primo Robert era a tia Ermelinda e a minha avó era Brito. Não sei se o primo Robert conheceu a avó dele mas eu não conheci a minha. Mas conheci a avó do primo Robert, a gente ia lá a casa dela, eu e o Zézinho, o filho da prima Margarida.
O nosso avô é que era o mesmo, pai dos nossos respectivos Pais. Não sei se o primo Robert conheceu o nosso avô; eu não conheci. Disse-me o Virgílio, o dono do baile que fica em frente do antigo salão de baile do Cavaco, que o meu avô foi considerado um homem rico, andava de cavalo e charrett, usava cadeanas com relógio de bolso suíço no colete. Chamavam-lhe o Soisa maluco, porque tinha desposado uma mulher 27 anos mais nova do que ele. Acabou como coveiro no cemitério de Santa Bárbara de Nexe.
O tio Zé tem três filhos, Os primos João, Zelinha e Robert. A Zelinha nasceu cá mas não a conheço. Disseram-me que é cabeleireira em Vilamoura. Já vi uma foto dela e é uma rapariga toda jeitosa. Casou com um italiano, mas o pai, o meu tio Zé ficou danado. Não gostava dos italianos porque lá no trabalho, em França, roubavam os baldes do carrego da massa que os pedreiros utilizavam, para fazerem mais metros de paredes uns que os outros. Vinha o bossa e dizia: ainda vais aí? E o meu tio ... esses italianos escondem os baldes à gente... são uns pulhas e assim não se pode trabalhar.
Gente que começou rica, viveu pobre, emigrou e veio rica e hoje está bem de vida. Eram três irmãos e chamavam-lhe os latinhas, não sei porquê .O tio Zé mora em Vilamoura e o tio António, o irmão mais velho do Zé, também. O outro irmão, o Xico, já faleceu e residia no Canadá.
Dizem as más línguas que o Xico dava cinquenta peidos num minuto. É obra. Era um grande trabalhador o meu irmão Xico, diz o António.
Foram todos criados à mingua, a pão e figo torrada e pouco mais. Viviam do rabisco. A avó do primo Robert era a maior nas apanhadas. Era no tempo do Serôdio que era o guarda das fazendas. Comia ratos e dava porrada em toda gente. Até que um dia...
Hei-de contar essas histórias.
Mas hoje é dia do primo ROBERT, o meu amigo ROBERT. Diz a mãe que ele era o melhor aluno da escola. A história da sua vida dava um romance, disse-me ele. Vou-me disponibilizar para a escrever. O que é que achas primo Robert? Vamos a isso? Diz qualquer coisa, ok.
Teu primo
João Brito Sousa

A FRASE DE HOJE

"Quanto maior é a sede, maior é o prazer em satisfazê-la..."

Alighieri, Dante

BIOGRAFFIA

Dante Degli Alighieri (Maio ou Junho de 1265 - †13 ou 14 de Setembro de 1321), mais conhecido como Dante Alighieri, é considerado pelos italianos seu maior poeta.

Foi muito mais do que apenas um literato: numa época onde apenas os escritos em latim eram valorizados, redigiu um poema, de viés épico e teológico, La Divina Commedia (A Divina Comédia), que se tornou a base da língua italiana moderna e culmina a afirmação do modo medieval de entender o mundo.

Nasceu em Florença, onde viveu a primeira parte da sua vida até ser injustamente exilado. O exílio foi ainda maior do que uma simples separação física de sua terra natal: foi abandonado por seus pares. Apesar dessa condição, seu amor incondicional e capacidade visionária transformaram- no no mais importante pensador de sua época.

Em 2007, alguns cientistas italianos da Universidade de Bologna recriaram a face de Dante. Eles acreditam que o modelo seja o mais próximo possível de sua verdadeira aparência. Um retrato dele feito por Botticelli foi usado como base, junto ao crânio.

Dante pode ser também encontrado no livro Cavaleiro da Dinamarca, onde retrata parte da sua vida.

MEU COMENTÁRIO .

É lógico qiue seja assim.

Mesmo que seja uma sede de culturra, quanto mais sabemos mais necessidade ou aptência para o conhecmento nos advém.

Em certa medida passa-se igualmente o mesmo com o dinheiro; qanto mais o temos mais vontade em possuí-lo nos ocorre.

Estou de acordo com Dante.

João Brito Sousa.

EFEMÉRIDE

Morreu, em 1948, o professor, escritor e político Bento de Jesus Caraça, fundador da Biblioteca Cosmos

QUEM FOI BENTO DE JESUS CARAÇA.

Bento de Jesus Caraça (Vila Viçosa, 18 de Abril de 1901Lisboa, 25 de Junho de 1948) foi um matemático português, resistente antifascista e militante do Partido Comunista Português.

Obtém a Licenciatura no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (actual ISEG).

Entre 1936 e 1941 funda 3 associações, a primeira foi em 1936 o Núcleo de Matemática, Física e Química juntamente com outros recém doutorados nas áreas da matemática e física. Em 1938 funda com os professores Mira Fernandes e Beirão da Veiga o Centro de Estudos de Matemáticas Aplicadas à Economia. e em 1941 cria a “Biblioteca Cosmos”, para edição de livros de divulgação científica e cultural, a qual publicou 114 livros, com uma tiragem global de 793.500 exemplares.

Em 1946 é preso pela PIDE e demitido em Outubro desse mesmo ano do lugar de professor catedrático do ISCEF.

Fundou, com outros professores, a Gazeta Matemática, em 1940 e a Biblioteca Cosmos, em 1941, de que foi único director, colaborou também nas revistas Técnica, Gazeta da Matemática, Seara Nova, Vértice e Revista de Economia.

Em 1943 torna-se presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática. Faleceu em Lisboa, no dia 25 de Junho de 1948, vítima de doença cardíaca.

O MEU COMENTÁRIO.

É com todo o gosto que quero aqui relembrar a data da morte da grande figura da cultura portuguesa que foi Bento de Jesus Caraça.

João Brito Sousa

DA IMPRENSA

Do Jornalde Notícias do Porto
artigo de António Manuel Pina.

O que verdadeiramente preocupa o país (ou, como costuma dizer-se, "Portugal profundo", ou a massa mais crítica dele), o que o país pensa, o que o país sente, está hoje nesse formidável espaço de liberdade e controvérsia que é a blogosfera.
A vantagem fundamental da blogosfera sobre os media tradicionais como fonte de informação e de auscultação do país é a da pluralidade e a da liberdade. Com todas as virtudes e, também, com todos os riscos da liberdade.
Jornais e TV têm patrões, e estes interesses. Em contrapartida, qualquer cidadão pode criar um blogue e divulgar nele o que quiser, factos (algum do melhor jornalismo de investigação que hoje se faz em Portugal tem sido publicado na blogosfera) ou opiniões.
Por isso, a blogosfera tanto pode ser lugar da verdade como da calúnia (do mesmo modo, hèlas!, que jornais e TV), e daí que ela seja também um desafio constante à maturidade crítica de cada leitor.
Até porque o que é dito num blogue pode ser (e é) controvertido em tempo real, seja nas caixas de comentários seja no blogue do lado. A comparação da agenda da blogosfera com a dos media tradicionais dá uma ideia do enorme desfasamento que hoje existe entre estes e o país. Talvez os analistas da crise da imprensa devessem debruçar-se sobre isso
MEU COMENTÁRIO.
OS MEUS PARABENS AO ANTÓNIO MANUEL PINA PELO EXCELENTE ARTIGO. SOU POR UMA BLOGOSFERA RESPONSÁVEL.
João Brito Sousa

domingo, 24 de junho de 2007

PORQUE HOJE É DOMINGO.


“a banalidade destrói. O que a anula é a sua vulgaridade porque o que é singular ou raro, concentra e não dispersa as atenções."

Vergílio Ferreira em conta-corrente II, página 180

Hoje é domingo e estou em casa a ouvir música e a escrever. Num passado recente, aos domingos ia sempre almoçar fora, numa distância mais ou menos longa, tipo 150 Kms ir e vir. Descobri que fazia isso quando era jovem; agora estou apenas mais pesado e almoço por aqui num restaurante da cidade e vou e volto a pé..

A minha vida mudou muito e em muitos aspectos. Reformei-me e ganhei tempo livre. Ganhei gosto pela leitura e pela escrita. E escrevo prosa e poesia para consumo próprio E há quem diga que escrevo bem. Mas isso não me envaidece; apenas me diz que eu tenho a possibilidade de não cair no ridículo, nas crónicas que escrevo.. Só isso e apenas isso.

Os livros agora fazem parte do meu Universo. O meu método de ler um livro, passa por pegar num lápis quando o leio, para anotar numa folha à parte, as frases que gosto. Como isso leva muito tempo, de pois da leitura de alguns, ainda não passei as frases para o computador estando as mesmas sublinhadas no próprio livro. Vou lá buscá-las quando é preciso, como foi o caso desta do Vergílio.

Não percebo muito bem o sentido da frase e perguntei à minha mulher que diz que a entende na perfeição. Diz ela, que gente vulgar não interessa nada, os outros sim. Eu repliquei, olha lá, mas o Jorge Palma diz que não é um homem vulgar.. e ela, mas isso é outro departamento.

Faço uma boa parelha com a Bete e aprecio-a muito. Também discutimos forte e feio; mas recuperamos rápido. Em termos de trabalhos na net, ela tem os seus blogs onde dá o melhor de si .na sua elaboração. Nada de vulgaridades porque a Bete é muito exigente e em tudo.

Vivo no Porto, onde tenho tentado perceber a cidade e a dinâmica do clube de futebol o que tem sido difícil. Penso que ainda estou dentro dos nove milhões de anti portistas primários.

Mas aqui no Porto, o principal problema é a ausência dos amigos. É o diabo. Para colmatar isso vou à Biblioteca Almeida Garrett. Muito boa e bem equipada, por sinal.

E tento ser feliz, fundamentalmente.

João Brito Sousa.

O TI SILVA NA ÓPTICA DO ARNALDO.

avlisi disse...

Bem arrancado, esse poema!
O Ti Silva, indubitavelmente, foi dele merecedor. Pela arguta qualidade perceptiva para o tal "brilhozinho nos olhos" e, dado o narrado, pela excelente capacidade para furar as regras da monogamia.
E é aqui que quero chegar. Monogamia. Porquê entre os humanos?Melhor, porquê entre o Homem de raça branca, uma vez que são sobejamente conhecidas as histórias dos haréns árabes e as várias mulheres dos sobas africanos.Não se encontra a explicação em factores biológicos.
Estão aí as notícias da práticas de adultério que todos os dias dão à estampa na imprensa "cor de rosa".Residirá, então, a base da prática monogâmica, na força do sentimento que levou â formação de um casal? Ou a monogamia tem que ser respeitada e acatada porque, imposição de conduta social, a sua quebra é condenada pela opinião geral de uma comunidade?Ou ter-se-á chegado à conclusão, numa sociedade caracterizada pelo domínio da propriedade individual, que seria impossível gerar leis para regular a transmissão da propriedade em caso de óbito ?Eu acredito que a força da prática da monogamia reside tão só na força dos sentimentos que levaram à formação de um casal.
Não um sentimento de posse. Não um sentimento de exclusividade. Mas um sentimento que impede, naturalmente, a manifestação de interesse por outro elemento que não seja o eleito.
Aqui, digo eu, residirá a persistente continuidade da prática monogâmica.Por muitos Ti Silvas que sempre se manifestarão ao longo dos tempos!Por muita "garanhice" que vá povoando os Ti
Silvas!
arnaldo silva
felizmente reformado

AS MULHERES DO TI SILVA

Ao Manuel Silva da Siderurgia.
(ideia retirada do APC Gorjeios com a devida vénia)

Este Manuel Silva, serviçal, sabia-a toda...
E sugeria ao Chefe que as olhasse bem!..
Se o brilho fosse especial era dia de foda
Pois era o dia dela e seria o dele também.

O Ti Silva que era especialista nesta matéria
Dizia que as mulheres não são nada tontas.
E só os gatos é que têm um desejo de miséria....
As mulheres, essas, todos os meses estão prontas.

Aos oitenta e três anos ensinou o que sabia
Resultado da vivência dum passado que trazia
Pois viveu com seis e conheceu um quarteirão....

É sempre tempo de aprender com os velhos
Prestar-lhes toda a tenção e ouvir os seus conselhos
Como estes do Ti Silva... homem garanhão.

João Brito Sousa

ALÓ GORJÕES

(Retirei do APC GORJEIOS, com a devida vénia, o seguinte texto:)

FARO, CAMPO E PRAIA NOS ANOS 40-50 HORTA DA QUINTA DE BELA MANDIL FAMÍLIA BÍVAR
"As hortas de Faro conheceram nos anos 40-50 do século passado o apogeu do seu contributo para a actividade económica da região. O cultivo de regadio nos campos planos e arenosos à volta de Faro eram agradavelmente compensadores.

As noras funcionavam de dia e noite e nas hortas com mais terrenos haviam várias espalhadas aumentando o terreno de regadio. Noutros casos, em noras de nascentes de grande caudal, adoptava-se colocar dois ou três engenhos na mesma nora, duplicando ou triplicando a água disponível e os hectares de regadio.
Interessante ver como os garotos viviam o seu dia a dia junto e acompanhando os trabalhos da horta, brincando e simultaneamente participando nesses trabalhos com tal alegria contagiante que, dava ao ambiente dos duros trabalhos de sol a sol uma harmonia saudável e fraterna entre o homem a terra e os animais.

A BANHOS NA PRAIA FAMÍLIA BÍVAR
A rentabilidade da horticultura de regadio de média-alta dimensão dava para a mesma família que a explorava passar férias a banhos na praia como qualquer médio-alto lavarador, industrial ou funcionário do Estado na altura. Aqui é interessante reparar no ambiente visual de praia, quer sejam os trajes de banho, quer sejam os trajes janotas engravatados mas adequados ao ambiente e elegância de veraneio.

MEU COMENTÁRIO:

Eu podia muito bem ser um dos garotos de que fala o muito bom texto que, com a devida vénia, retirei do APC GORJEIOS, a cujo administrador aproveito para enviar um abraço.

Sugerir-te-ia até, meu caro Adolfo, que escrevesses sobre o momento, em que o trabalho da tiragem da água das noras, que era feito pelo gado bovino ou muar, foi substituído, pelos motores Lister e Armstrong e os resultados disso.
A ida para férias a banhos desse pessoal, era para as praias de Quarteira ou do Cavalo Preto ali ao pé da Fonte Santa.
MAS A CAUSA PRÓXIMA que me trouxe aqui, era deixar umas notas sobre a família Bívar, que viveu em Faro entre 1861 e 1901. Há um Manuel Bívar Gomes da Costa Weinholtz, que terá vivido em Faro entre aquelas datas, que terá sido engenheiro agrónomo e terá orientado a construção do Jardim Manuel Bívar, o antigo Jardim do Bacalhau, situado junto à doca,. Foi ainda Reitor do Liceu e Vice Presidente da Câmara, sendo nesta qualidade responsável pela construção do Matadouro Municipal e pela criação do Museu Arqueológico.
João Brito Sousa

AO ZÉ GABADINHO E AO DIOGO TARRETA (USA)

PEDE-ME o Manel Piorna (meu colega nos TAP) o seguinte;

"João faz-me um favor. Esteve em Elvas comigo um cabo miliciano de apelido Gabadinho. Um rapaz "porreiro" lá de baixo. Vê lá se a tua malta descobre esse bicho. Foi no princípio de 1964, e é da nossa idade. Gostei da apreciação do Diogo Tarreta.

Parabéns!
Um abraço do Manel

Aí vai:

Paradeiro do bicho: Setúbal

Nome completo: José Francisco de Jesus Gabadinho
TM 96 233 20 95

ESTE Zé GABADINHO ANDOU COMIGO na ESCOLA PRIMÁRIA ATÉ ÀS SECÇÕES PREPARATÓRIAS PARA OS INSTIUTOS E É DOS NOSSOS.
AÍ VAI UM ABRAÇO PARA TI, MANEL PIORNA, DO

João Brito Sousa
OBS. Parabens ao Diogo Tarreta pelo texto que escreveu acerca das hortas que o Piorna apreciou muito.

sábado, 23 de junho de 2007

AS RÉCITAS NO PATACÃO

PORTO, 2007.06.23

A BICICLETA DO CALDEIRINHA


Na Sociedade Agricultora Recreativa do Patacão
Uma vez foi lá representado o Mestre Bernardino
(Récitas para o pessoal ir ver e pagar a quotização)
E o actor principal foi o Baeta, o Clementino.

O espectáculo começou depois da hora...
E com a sala cheia a peça abriu com a cena da escola
Onde o Mestre Virgílio moleiro era o professor agora
E o Domingos Navalhas era a mãe do aluno que deu à sola. .

Depois disto entra em cena o Clementino que declama:
“A bicicleta do Caldeirinha é da mesma marca da minha
E comprada na mesma casa”. E dizendo isto ao palco chama

O dono da bicicleta que não foi e continua a declamar:
“Fui ali à do Fontainhas e ficou logo o motor em brasa”.
E a assistência gostou e bateu palmas até não mais parar

João Brito Sousa

WINSTON CHURCHILL, por Manel Piorna

Boa ideia de trazer Sir Winston Churchill a este Blog. De facto Churchill, é um nome marcante do Millennium .
Não há dúvidas sobre a sua genialidade e coragem, defendendo sempre as suas ideias contra tudo e contra todos. Homem cuja vida _"de experiência feita"_ aliada a uma arguta forma de ver as coisas, nele se verifica não um "esperto" mas uma grande inteligência.
Militar, jornalista, escritor, herói, politico, diplomata, prémio Nobel, Sir Winston Churchill foi uma grande figura da sua época, parecendo que em determinados momentos de perigo, personificava a própria Inglaterra.
Ficou célebre o seu discurso: "Não posso prometer-vos senão sangue suor e lágrimas". A sua personalidade forte e inflexível, quando as situações não se coadunavam com as suas, levavam-no a dar a volta, para adquirir "the first place ".
Os seus discursos Parlamentares eram tão impressionantes como temíveis e as suas ironias de uma agressividade estrondosas. Parabéns! Estás no bom caminho.
Manel Piorna

POETAS E ACTORES DOS BRACIAIS

Porto, 2007.06.23

POETAS E ACTORES DOS BRACIAIS

Luís Alcantarilha Filho foi grande imitador...
José Lobacota foi um bom actor dramático
José da Cova foi tudo; actor, fadista e cantor
E o Carrega com o cajado na mão fez o mágico.

BRACIAIS, terra pequena mas honrada
Talvez aí uns cento e vinte habitantes a povoem
Tem como atractivo principal a estrada
Mas são bons e grandes actores os que lá vivem .

Um dos bons actores da terra foi o Garrocho
Outro foi o Domingos Simão que fez de coxo
Naquela peça em que acabou tudo à guerreia...

Mas o maior actor dos Braciais de todos os tempos
Compositor, encenador, actor e de mais talentos
Foi sem dúvida alguma o grande Manuel Patuleia.

João Brito Sousa

POESIA É RIMA

Porto, 2007.06.23


POESIA É RIMA

Quem faz versos por prazer e sabedoria
Tendo para o efeito conhecimentos e bagagem.
Poderá chamar a isso verdadeira POESIA
Se o que escreveu contiver alguma mensagem.

Ser-se poeta é talvez ser alguém diferente,
É ter mais visão, mais sensibilidade, mais clima.
È perceber os males do outros e os da gente.
É escrever essas ideias com métrica e rima .

Uma vez isso conseguido temos o poema
Que vai dizer a quem o lê qual é o esquema
Que essa mensagem contem e o porquê....

Mas a poesia deverá ter além de tudo isto,
A beleza e o encanto de um sermão de Cristo,
E deverá apelar à reflexão a quem a lê...


João Brito Sousa

CRÍTICA LITERÁRIA

A POESIA NA ÓPTICA de
Arnaldo Silva


Eu estou caminhando para a velhice.Ela está ali, à espreita, ao virar da esquina, sem timidez ou
temor de avançar.Nos meus hábitos de leitura ao longo desta já longa vida não se instalou o gosto pela poesia.
Provavelmente por falta de sensibilidade para a entender e viver na sua essência e plenitude.Por via disso, poesia, a interiorizei sempre como a superior arte de saber dizer as mesmas coisas que eu digo mas compondo as frases sujeitando-as a uma certa medida e a determinada posição do assento tónico - com rima.
Sempre e só a valorizei, à poesia, pelo valor da mensagem também, mas principalmente pela riqueza da sua rima. Quando ouço falar de um poema assaltam-me de imediato a memória os sonetos de Camões ou do Bocage.Defeito meu, como é óbvio.O verso métrico e o silábico são, pois, os que mais valorizo.
O verso livre já não merece tanto a minha consideração. E o verso em branco, esse, baralha-me o espírito completamente. Baralha-me quando se apelida de poema um escrito que não tem rima, apenas lhe tendo sido emprestada uma apresentação tipográfica distinta e uns dizeres que saiem da forma comum de expressar uma ideia.
Eu sei que as palavras sofrem evoluções e até algumas degenerações ao longo do tempo, valendo sempre por aquilo em que o povo, no seu legítimo direito, as transformou. E hoje poema não significa apenas uma obra em verso rimado mas também toda a coisa ou obra merecedora de ser cantada em verso.
Mas... Senhores poetas, escrevam poesia com o mérito da rima!O "Poema sem Título " apresentado não passa de uma linda carta de manifestação de amor, se apresentada em forma de prosa. É evidente que os olhos da amada serão sempre assunto digno de um poema. Aceito.
Mas acrescento, de um Poema! Onde, para além da bela forma de a eles se referir, a beleza de uma boa rima os valorize muito mais ainda.Gostos e opiniões...
arnaldo silva
felizmente reformado

BOM FIM DE SEMANA

PORTO, 2007.06.23

PARA TODOS .

Aló Almada
PARA OS MEUS FIHOS, NETA E NORA.
Alexandra, Pedro, Mariana e Vanda.
Aló Celina e Aníbal.

Aló Newark
Solange, Jack and Quitéria,
filhos e filhas

Tios, tias e primos e sobrinhos
nos USA e no CANADÁ.

Aló Austrália,
para todos os familiares e amigos

Leonilde e Custódio, Célia e Victor, Jorge e esposa.
um beijinho especial para a tia Maria do Carmo

Um grande abraço para o

JOSÉ LÚCIO,
e para os outros amigos todos.

Aló França, Praça CASSENHA
Tias Silvina e Mercedes, maridos e filhos

Aló WASHINGTON
Diogo Tarreta e Carlos Alberto Diogo, esposas e filhos.

Aló TOÍCA que mesmo desaparecido estás connosco.

Aló Chelote e Passo Branco...
Tias Alzira e Júlia, maridos, filhos, genros e netos...

Aló Altura com o ARNALDO SIVA

ALÓ PECHÃO do Antonio Viegas

AlÓ Estói
Engº Neto e esposa
Reinaldo Rodrigues Neto
Luís José Isisdoro ( ESPECIAL)
Orlando Bica e café Branquinho

aló ALJUSTREL do Luís Palma

BOM FIM DE SEMANA para todos os bloguistas

do mundo inteiro SÃO OS VOTOS DO


João Brito Sousa

UMA GRANDE MULHER DOS BRACIAIS

COM OS MEUS AGRADECIMENTOS à NOÉLIA RODRIGUES, QUE ME MANDOU ESTE COMENTÁRIO SOBRE O MEU TRABALHO.


Olá Amigo João

Hoje consultei o seu blog, sobre a nossa terra, adorei!!!
Como sabe os Braciais quase não aparecem no mapa, e o Patacão é conhecido pela bomba de gasolina. E por se localizar a estrada 125.
Se necessitar de algumas informações estou ao seu dispor, apesar de não me lembrar da maioria das pessoas que menciona.
Como repara quando por esta terra passa, a maioria das pessoas não são de cá estando-se a tornar uns subúrbios de Faro.
Um abraço
Noélia


(Quem é que sabe quem é a Noélia? Ela é de famílias honradas dos Braciais. Quem será o AVÔ ?.. )

João Brito Sousa

sexta-feira, 22 de junho de 2007

AO POETA MANUEL MADEIRA

Exmo Senhor
Manuel Madeira
Rua Cidade de Londres, Lote I – 47
8700-278 OLHÃO


Meu caro amigo,

Bom dia.
Permita-me que o trate assim porque, praticamente, assentamos praça no mesmo ano. Temos no entanto uma grande diferença; senhor é poeta e eu gostaria de ser.

Quero agradecer-lhe efusivamente,


Os seus dois belos livros de poesia
Que me fez chegar por comum amigo
E queria encontrar o senhor um dia
Para conviver um pouco consigo

Já que com o senhor poderia aprender
O que é verdadeiramente um poema
Pois o poeta é aquele que a meu ver
Põe sempre a nobreza no tema.


A minha poesia é esta que aí fica, quase diria sem pés nem cabeça. Para mim, gosto, porque acho que tem mensagem, e eu consigo ler. Mas hoje na literatura, prosa ou poesia, há uma tendência para se escrever coisas que não se percebem. A primeira vez que li Saramago em “O MEMORIAL DO CONVENTO”, não consegui chegar ao fim e a obra foi galardoada com o Prémio Nobel.

O mesmo se passa com a sua poesia; tenho dificuldade em percebê-la mas o senhor foi galardoado. Então concluí,

Que o que eu faço não é poesia
È outra coisa qualquer o que faço
Ligo os versos como queria
E ponho nisso algum desembaraço

E será que alguma coisa digo?
Que eu e os outros entendem?
Por isso dou a pensar comigo
Será poesia se compreenderem.

Aí vai o meu contacto e fará o favor de me dar o prazer de estar consigo. E apresento-lhe os meus cumprimentos.

João Brito Sousa
96 373 64 04

A POESIA DE MANUEL MADEIRA

O poeta Manuel Madeira nasceu em S. Bartolomeu de Messines, em 1924. Actualmente vive em Olhão e fez-me chegar às mãos dois livros de poesia de sua autoria.

A sua obra figura na «Antologia de Poesia Portuguesa do Pós- Guerra período de 1945/ 1965 entre outros.

Como forma de agradecimento, aí vai a transcrição de um soneto seu.


POEMA SEM TÍTULO


Toda a noite sonhei com os teus olhos
Porque eles me comovem e cativam
No silêncio das horas mais escuras
Enchendo-as de rumor e claridade

Estavam entreabertos quando os vi
Confundidos com uma nesga de luar,
Mas era o sol que neles se escondia
Para não me queimarem o sonho de sonhá-los

Porque eles sem querer enganam, e mesmo
Encobertos por nuvens lacrimosas
(a)traem os meus olhos que os devoram

para neles se fundirem, sabendo embora
que são eles que por fim me dominam
como feras indomáveis dominando o domador.

Poema retiradoo do livro “Um pouco de INFINITO em toda a parte” de Manuel Madeira

quinta-feira, 21 de junho de 2007

UM TEXTO DA SOLEDADE TARRETA

Oi ! viva ! boa tarde... sim, já tinha dado pela mudança ontem,... também já me tenho entretido pelo "BRACIAIS" está muito giro, mas ainda tenho muito para explorar... assim delicio-me melhor, porque vou fazendo entreter... e vou procurando quando tenho algum bocadinhodisponivel....

Estive à bocadinho a reler o do ciclismo, e ...não sei... mas parece-me ficou esquecido o Inácio Ramos, de Mar e Guerra que corria pelo Farense, mas só pela Camisola!!!, pois parece que ele não tinha patrocinio algum... só algum bezerro que a mãe dele vendia...parece-me que era assim !!! ainde me recordo de ir ve-lo passar nasPontes de Marchil, à frente do Pelotão ... Só para impressionar !...

Com tempo irei relendo todos os anteriores já publicados e se me lembrar de alguem mais, farei recordar... achei graça à familia da Zé do Mato...(O Toino, A Helena a Tudinha e a mãe deles a TiGuiomar, que sabia sempre de tudo e tinha sempre um conselho a dar ....(era irmã doAfonso).

Na verdade vivemos com todos que hoje nos rodeiam, mas tambémcom todas as nossas anteriores vivências ... e essas são também uma riqueza que acumulámos... Na nossa condição de mediadores entre o Campoe a Cidade, juntámos o que de bom tinham essas partes e conseguimos ter uma postura inigualável e não direi ..."uma sabedoria", porque poderá parecer exagero.

A junção dessas duas culturas fez de nós"seres únicos" ... Felizmente!!!Sim, com tempo irei contar as "propriedades curativas do Ramos" ...No post dedicado à familia, quem são as três mocinhas? - Netas,Sobrinhas? ...Só curiosidade.

Até logo.

Soledade

FARO;um pouco de História.

Como forma de agradecer publicamente ao Dr. Libertário Viegas o livro que fez o favor de me oferecer, transcrevo um pouco do seu “HISTÓRIAS À SOLTA NAS RUAS de FARO”.
Assim:

"A presença humana é muito remota nesta cidade de Faro, sendo frequente associar o aparecimento da velha Ossonoba a um entreposto que os fenícios implantaram no morro da Sé depois de, por volta do ano 1000 antes de Cristo, terem fundado Gadir e incrementado relações comerciais com os povos que vivam na região.

De qualquer modo a cidade já era importante no século VI antes de Cristo.

E por aqui passaram gentes muito díspares- cónios, fenícios, romanos, visigodos e árabes. Nós e a nossa cultura somos parte de todos eles e também dos judeus, que já cá estavam antes dos romanos e dos milhares de negros que vieram como escravos nas caravelas do Infante..

Trata-se de uma cidade que tem sido moldada ao sabor dos tempos e dos contratempos, como os sismos de 1504; 1531; 1587; 1719; 1722 e de 1755, como a invasão do conde de Essex em 1596 e o furacão de 1757, embora nada deva ter suplantado a ignorância e a ganância de alguns homens.

A malha urbana foi-se alterando e os nomes das ruas também... "

(continua)
Este assunto está também a ser tratado por mim, lentamente, em:
que convido a visitar e participar com comentários ou envio de artigos para publicação dirigidos
a

See you,
João Brito Sousa

POEMAS DO Dr. ZÉ UVA.

O FULGOR


Afirma o nosso Doutor
não virmos dos serracenos;
de onde te vem o fulgor
dos olhos negros serenos?

Pois não são de puro árabe,
profundos, apaixonados,
esses teus olhos de Cárabe
languidamente quebrados?

Tenho a certeza, amor meu,
não fazem isto por menos
dirão que de tudo eu
sei extrair uns venenos...

Não tenh´artes de demónio,
versos com fins reservados:
são quadras de Santo António
para dar aos namorados.

versos retirados de... Recordando ( edição da AAAETC) o professor José de Sousa Uva Júnior.

João Brito Sousa

REFLEXÃO FILOSÓFICA


A FRASE DE HOJE É,

“Só tem convicções aquele que não aprofundou nada ...”

Cioran, Emil


BIOGRAFIA DO AUTOR.


Émile Michel Cioran, também conhecido como Emil Cioran (8 de abril de 1911, Răşinari, Sibiu, Austria-Hungary (hoje Romênia) - 20 de junho de 1995), filósofo romeno-francês.

Um dia ao acaso li uma entrevista de alguém que a dado momento afirmava que só há duas questões fundamentais: como abordar a vida e como nos tornar suportáveis a nós próprios e aos outros. Interessei-me. O nome do entrevistado era Emile Cioran, romeno de nascimento (1911), homem do mundo, residente em Paris durante cinquenta e sete anos, até à data da sua morte (1995). (…)
Os objectivos deste livro consistem:
Primeiro, no interesse particular em contribuir, na medida do possível para a divulgação do pensamento singular de um homem, patente na radicalidade da sua vida e obra.
Mais do que esgrimir uma tese ou um conjunto de teorias sobre a obra de Emile Cioran, apresentam-se os pontos fundamentais do seu pensamento e simultaneamente sugerem-se propostas de abordagem a partir das quais se possa aceder ao núcleo dessa obra, contribuindo para responder às questões fundamentais que coloca.
Segundo: o que podemos esperar do filósofo? Certamente uma visão do mundo, uma concepção do que é o Homem, propostas de atitudes perante a vida, modos de conceber a existência, pensamentos e ideias.

Cioran é um filósofo singular no panorama contemporâneo, e o seu pensamento e vida constituem um desafio para qualquer profissional, conformado ou inconformado com as «coisas» da filosofia, da vida e da existência. (…)"
MEU COMENTÁRIO:

Não sei se o filósofo tem razão. Este tipo, Cioran, Emil de seu nome, faz-me lembrar certo naipe de pessoas que existem e andam por aí a dizer umas coisas, até com uma certa lógica e a gente interroga-se de onde é que vem tanta sabedoria.

Um dia perguntei a um desses: como é que sabes tanto?... E ele: leio e tenho uma biblioteca de três mil livros. Cheirou-me a falso... mas lá que eles dizem ... dizem.

Este Cioran, como homem do Mundo e residente em Paris, pegou no tema “como abordar a vida” ... e lá vai disto.... É que em termos de aprofundar o conhecimento, pode –se ir longe, realmente, mas estamos sempre longe do fim; o aprofundar do conhecimento é contínuo...

Não aprofundar nada.. é pior, obviamente...

Daí as convicções terem lugar no mundo do conhecimento...porque este continuará sempre o seu caminho e nunca estará totalmente conseguido...

João Brito Sousa

DE MAR E GUERRA À SENHORA DA SAÚDE.


Andei na escola primária em Mar e Guerra com a D. Helena e mais essa malta que nasceu nos idos anos quarenta. Sou da classe do Heliodoro Elias (o irmão do Zé) que era o meu parceiro, do Custódio filho do Clemente, hoje emigrado na Austrália, dos Gabadinhos , do Zé e do Xico, do João Rabão, da Maria de Jesus Lopo, da Nair, da Piedade, a mãe do cilcista Luís Vargues e do tempo de outros.

Tenho boas e más recordações da escola de Mar e Guerra. Boas, por causa das amizades que fiz entre a rapaziada e sobretudo com o dono da “venda” onde a gente ia comprar os cadernos e os lápis para a Escola, o meu amigo António Cadeiras. Más porque era um chorão dos diabos; chorava por tudo e por nada, coisa que ainda hoje vai...

Mar e Guerra , nesse tempo era um sítio como ainda é hoje. Tinha a escola, a venda do Cadeiras, o Mestre Jorge abegão, a famílias Custodinho e os Baptistas, talvez que estes fossem os mais fortes. Duma certa maneira as pessoas não viviam mal e havia até algumas fortunas, como eram considerados o Pedras, os Carminhos e o João Rabão. Era um pessoal que vivia do rendimento das hortas.
Saindo de Mar e Guerra em direcção a Faro, loog à saída e a seguir ao estabelecimento do António Cadeiras, residia o meu tio Alviro casado com a Tia Mercedes, irmã da minha Mãe e viva também o senhor José Madeira. Homem rico com rendimento das hortas, penso eu porque não sei onde as tinha.

Continuando vinha a horta dos Carminhos, do António Luís e do José Luís, este casou com a filha do Ti Alexandre Catrunfa do Patacão, o tal que prometeu o fato ao Clementino Baeta mas nunc lhe deu, e o poeta disse:

O fato que tu me ofereceste...
Quando eu fui teu empregado
Está mais novo do que este
Muito tempo tem durado..

Ainda ontem quando entrei...
..............................................
.............................................

(continua)

João Brito Sousa

POEMA AOS TARRETAS

AO JOAQUIM TARRETA

Homem magro e agricultor, que percebia,
De tudo o que era hortas, regas e gado.
Penso que era bom nos negócios que fazia
Porque os filhos também têm esse lado..

Recordar o PAI de amigos é respeitar
Imagens de saudade de tempos idos.
É um pouco da nossa vida prolongar
E reparar quantos anos temos já vividos.

Vinha dos Braciais p´ra Escola de bicicleta
E na horta já lá estava o Joaquim Tarreta
Na sua labuta como é típico do camponês.

Quero deixar aqui uma mensagem de amizade
Aos filhos Diogo, Reinaldo e Soledade
E trazer de volta a imagem do PAI a vocês três.

João Brito de Sousa

quarta-feira, 20 de junho de 2007

EFEMÉRIDES/LITERATURA

MATILDE ROSA ARAÚJO

A 20 de Junho de 1921, nasce, em Lisboa, Matilde Rosa Araújo. Licenciada em Filologia Românica, escreveu mais de trinta livros para o público infantil. Foi distinguida, em 1980, com o Grande Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura para Crianças

Correndo o risco de sermos muito sintéticos, diremos que, além de ser autora de literatura para adultos e de mais de duas dezenas de livros de contos e poesia para crianças, Matilde Rosa Araújo tem dedicado grande parte da sua vida aos problemas da criança e à defesa dos seus direitos. São de sua autoria alguns volumes sobre a importância da infância na criação literária para adultos e sobre a importância da Literatura Infanto-Juvenil na formação da criança e na educação do sentimento poético como raiz pedagógica de valia.

Foi professora do Ensino Técnico Profissional em Lisboa e noutras cidades do País, assim como professora do primeiro Curso de Literatura para a Infância, que teve lugar na Escola do Magistério Primário de Lisboa. Como professora do Ensino Técnico Profissional, efectivou na cidade do Porto.

São de sua autoria alguns volumes sobre a importância da infância na criação literária para adultos e sobre a importância da Literatura Infanto-Juvenil na formação da criança e na educação do sentimento poético como raiz pedagógica de valia.

Recebeu os seguintes prémios no domínio de Literatura para a Infância: Grande Prémio de Literatura para Criança da Fundação Calouste Gulbenkian ex-aequo com Ricardo Alberty, em 1980; Prémio atribuído pela primeira vez, para o melhor livro estrangeiro (novela O Palhaço Verde), pela associação Paulista de Críticos de Arte de São Paulo, Brasil, em 1991; Prémio para o melhor livro para a Infância publicado no biénio 1994-1995, pelo livro de poemas Fadas Verdes, atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian, em 1996.

POEMA DE MATILDE ROSA ARAÚJO

Meu cão:
seus olhos castanhos,
tamanhos
de compreensão.

Meu cão:
seus olhos castanhos,
tamanhos de mansidão.

Seu nome é Pastor:
seus olhos castanhos,
tamanho de amor.
Meu cão...

( Textos retirados da net)
João Brito Sousa

POEMAS DO Dr. UVA DA ESCOLA COMERCIAL

A ESCOLHA.


Teus olhos tudo meerecem
Mas louca, não merecias
Que os meus olhos te escolhessem
Dentre os milhões de Marias.

Mas os teus olhos não viam
Entre, tantos, tantos, tantos,
Que os meus por mim te diziam:
-"Tu és a dos meus encantos"

E só mais tarde, criança,
Coravas quando me vias;
eu nunca perdi a esprança:
Todos os dias são dias...

Um dia deste-me um beijo
Secaram logo meus prantos.
Há dias que não te vejo
Mas há também dias santos!


(versos retirados do RECORDANDO, da AAAETC)

João Brito Sousa

A FRASE DE HOJE

“Só existe um êxito: a capacidade de levar a vida que se quer...”
Morley, Cristopher


MEU COMENTÁRIO.


Sei que Morley é um escritor norte americano e mais nada. De qualquer maneira gosto da frase dele.

O trabalho de conduzir as coisas para o campo do êxito, sobretudo desenvolver a capacidade de se levar a vida que se quer é um trabalho que exige uma boa organização mental e uma boa capacidade de decisão.

Uma vez colocada a máquina em andamento, se não é aquela a linha que deveríamos seguir, vamos por maus caminhos; e nós queremos ir pelos bons caminhos. É difícil.

Mas sou de opinião que se consegue.

João Brito Sousa

PARABENS BAPTISTA BASTOS

RETIREI, COM A DEVIDA VÉNIA, ESTE NACO PROSA EXCEPCIONAL, DO DIÁRIO DE NOTÍCIAS.
(ler Baptista-Bastos é dar prazer ao prazer de ler).

AS SIMPLES COISAS DA MEMÓRIA
de Baptista-Bastos escritor e jornalista b.bastos@netcabo.pt

A Loja das Meias era o espaço dos ricos e a montra dos pobres. Vai fechar no final de Agosto. O Rossio está lentamente a desaparecer, tal como o conhecemos.
E o halo romântico que conferia à praça o encanto contagiante de ser um lugar de encontro tornou-se pálido e difuso. N'O Cavalo Espantado, belo romance de Alves Redol, o Rossio é-nos narrado como uma espécie de território de liberdade, para os judeus fugidos do nazismo. E os miúdos dos bairros, atraídos pelos esplendores do proibido, por ali passeavam os seus assombros, observando as pernas e os decotes dessas mulheres que vinham de longe, desenvoltas e soberbas, a fumar e a conversar na esplanada da Suíça.
Do outro lado, no Nicola, velhos republicanos murmuravam terríveis maldições a Salazar. Chamavam ao local a Fronteira do Cuspo, alusão sarcástica a quem conspirava, apenas de frase feita. Lembro-me de ali ver o jornalista Carlos Ferrão, o lendário capitão Vilhena, o comandante Augusto Aragão, o tenente-coronel Ribeiro da Fonseca, outros, que desenhavam o perfil de uma oposição formal, dispersa, absurda e confusa.
Porém, gostava de os ver: sentia, na sua presença, a contida força da antiga honra.Nos 1.º de Maio e nos 5 de Outubro, o Rossio instituía a hipótese momentânea de que a liberdade não era uma ruína sem solução. Dava-se, a essas datas, o sinal de um protesto inconformado, na ideia de que, convergindo para ali os melhores de nós, o ar ficava mais limpo e as tardes mais formosas.
A polícia cercava os protestatários, e as fugas e os morras ao fascismo eram sublinhados com espancamentos e prisões. Regressávamos a casa com nódoas negras, tingidos pela tinta azul dos canhões-tanques, mas sentíamo-nos nítidos, inteiros e definitivos.Na esquina onde, há mais de cem anos, houve nome de Loja das Meias, conversou Fialho d'Almeida com a sua matula. A literatura cultivou, no Rossio, os seus afectos: cafés lendários deram guarida a poetas, jornalistas, pintores, prosadores neo e surrealistas.
Nunca entrei na Loja das Meias: os preços ultrapassavam, de longe, as módicas possibilidades do chefe nominal, que sou, de uma família numerosa e irremediavelmente empobrecida. Porém, contemplava as montras, e espreitava as suas empregadas, belas raparigas decididas, multicores e joviais.
A morte daquela loja é sinónimo da lenta e dolorosa degradação da Baixa, à qual Maria José Nogueira Pinto queria obstar, com um plano de revitalização que li e me pareceu forte de convicções e humaníssimo de arrojo.Não é, somente, um estabelecimento que desaparece. É um nome que vai ser apagado da toponímia da memória lisboeta.
Considero esta crónica maravavilha.
João Brito Sousa

terça-feira, 19 de junho de 2007

VOLTEI À ESCOLA

VOLTEI À ESCOLA é título do livro do Dr. Daniel Sampaio, muito giro por sinal. Foi o que me aconteceu hoje; voltei à Escola e fui bem sucedido, pois ofereceram-me um livro de Poesia do Dr. Uva com comentários de Cavaco Silva, Casimiro de Brito e de Mário Zambujal., três grandes personalidades da cultura portuguesa. Vou participar também.

Para se preparar o aluno para a aprendizagem, o Dr. Uva entendia que a base era o caderno diário em dia. E sendo assim, a atitude era honesta, porquanto os alunos já sabiam qual era o desafio: ter o caderno asseado, em dia e saber a matéria. Com isto o aluno tinha doze.

Havia alguns alunos que exploravam este aspecto do caderno em dia. O Alex, por exemplo, oferecia-se para ser chamado na primeira aula de cada período quando não havia ainda muita matéria para o caderno e tinha onze. O Firmino Cabrita Longo das Fontainhas fazia o mesmo. Quando não havia candidato a oferecer-se é que era o diabo.
Há algum voluntário?.... perguntava o professor. E como não havia, o mestre atirava a caderneta ao ar e dizia o nome do desgraçado que tinha saído na rifa, numa simulação perfeita...E o “sortudo” era sempre o Pato Donaldo, que, como todos nós estava quase sempre mal preparado.

Portanto, o método de ensino de Mestre José Uva assentava na atenção às aulas e na preparação do caderno, que deu os seus frutos, com repercussões até na Universidade onde alguns dos seus alunos utilizaram os conhecimentos aprendidos com Mestre Uva.

Mestre Uva o inesquecível MESTRE.

João Brito Sousa

REFLEXÃO FILOSÓFICA


O texto que se segue “O Sexo Como Factor de Génio” é de Henry Miller, in "O Mundo do Sexo"

O facto de o sexo desempenhar um maior ou menor papel na vida de alguém parece relativamente irrelevante. Algumas das maiores realizações de que temos notícia foram empreendidas por indivíduos cuja vida sexual foi reduzida ou nula. Em contrapartida, sabemos pela biografia de certos artistas - figuras de primeira grandeza - que as suas obras imponentes nunca teriam sido realizadas se eles não tivessem vivido mergulhados em sexo. No caso de alguns poucos, os períodos de criatividade excepcional coincidiram com períodos de extrema licença sexual. Nem a abstinência nem a licença explicam seja o que for.

No campo do sexo como noutros campos, costumamos referir-nos a uma norma - mas a norma indica apenas o que é estatisticamente verdade para a grande massa dos homens e das mulheres. Aquilo que pode ser normal, razoável, salutar, para a grande maioria, não nos fornece um critério de comportamento no caso do indivíduo excepcional. O homem de génio, quer pela sua obra, quer pelo seu exemplo pessoal, parece estar sempre a proclamar a verdade segundo a qual cada um é a sua própria lei, e o caminho para a realização passa pelo reconhecimento e pela compreensão do facto de que todos somos únicos.



BIOGRAFIA

Henry Valentine Miller, que nasceu em Nova Iorque em 26 de Dezembro de 1891 e faleceu na Califórnia em 7 de Junho de 1980, talvez tenha maldito a pouca sorte de lhe terem dado o nome de um santo mártir, cuja origem é obscura (entre a tradição cristã e os primeiros tempos romanos). Esse nome, porém, acertou na sua vida como uma seta de carne e fogo, e tê-lo-á porventura acossado e torturado sob a forma de farpões que o acusaram de obsceno, pornográfico, libertino, guru do sexo, entre outros fustigos redutores, desde a publicação do seu primeiro romance, Trópico de Câncer, em 1934. Filho de pais alemães preconceituosos, Miller cedo demonstrou querer viver a sua vida sem professar ideias natas – carimbos sociais e políticos –, enveredando avidamente pela leitura dos mais variados autores e géneros, e contrariando, por exemplo, outras acusações de sexismo e anti-semitismo. É neste sentido legente que surge, em 1952, Os Livros da minha Vida: «Quais os assuntos que me levaram a procurar os autores de que gosto, que me permitiram ser influenciado, que modelaram o meu estilo, o meu carácter, a minha abordagem da vida?», pergunta o próprio Miller. A leitura desta obra, com verdadeiro coração vivo de livro, poderá sugerir uma resposta, e é certo que esta corre o perigo de facilmente se confundir com uma lista exaustiva de obras e autores, a qual, aliás, não passa de uma enumeração pessoal e de valor subjectivo. Não obstante esse risco, e mesmo as passagens (auto)biográficas, narcísicas, que poderão servir para avivar o lume das acusações costumeiras, Miller pega na seta do seu padroeiro e atira-a para a urgência da vida, para o mistério maravilhoso que encerra e abre ao universo, urgência essa cujo apetite é alimentado por uma leitura atenta e penetrante, viva. Afinal, «a arte nada ensina, apenas o significado da vida», tinha já escrito este homem que não desejava convencer ninguém, e sim escrever de forma livre e jubilosa, como os autores e as obras que admirava.

MEU COMENTÁRIO.

O sexo é um comportamento biológico que deveria ser considerado pelas pessoas como um comportamento natural, porque advém da própria natureza humana.

Não conheço nem aprofundei ainda as razões ou causas que levaram o homem a este alarido todo quando se fala em sexo.
È um comportamento desajustado o que acontece mas na realidade a euforia está presente quando se fala de sexo; já não sei se é a mesma quando se pratica.

Percebo que o desempenho de um bom acto sexual possa permitir a quem o praticou um entusiasmo além do normal. Se deu para os grandes artistas o exaltarem nas suas obras é possível, mas não entendo bem com que argumentos.

O acto sexual deverá ser praticado dentro de um âmbito normal de comportamentos. Não deverá haver lugar a excessos. O excesso no acto sexual é uma atitude que roça a doença.

Como não sou especialista por aqui me fico.

João Brito Sousa

POESIA

OS PASSARINHOS...CANTAM


É madrugada ainda...
e os passarinhos cantam
e procuram
encantar vidas desencontradas,
malfadadas
e perdidas
por razões nunca entendidas...

Se tiveres sorte
encontrarás a morte
e não queiras voltar.

Cremado ou para a terra
podes ter a certeza
que acabou a guerra.

E nunca estarás só
haverá muitos mais
na saída do cais.

Esqueecste-te de tudo...
ainda bem.

João Brito Sousa