terça-feira, 28 de dezembro de 2010

GRANDES INVESTIMENTOS

RETIRADO DO REGIÃO SUL


2011: Grandes investimentos ?!...
Em 2010 um dos maiores projectos de investimento para o Algarve, ganhou luz verde com a Câmara de Loulé ao assinar o
protocolo com os representantes da cadeia sueca IKEA, após ter sido aprovada a elaboração do Plano de Urbanização para a
zona de Caliços, viabilizando este investimento.
O secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, deixou implícito no dia da
assinatura deste protocolo, em 2 de Dezembro, que a concorrente Auchan não deveria avançar com o seu projecto denominado
«Allegro Algarve», previsto para a Zona Industrial de Loulé.
Mas, o Região Sul não ficou convencido e foi averiguar se esta declaração de Fernando Serrasqueiro estaria bem fundamentada.
E, o que de facto se apurou é outra realidade. Não só o projecto concorrente da Immochan / Enolainvest se mantém vivo, como
há também alguma evolução, tendo-se conseguido comprovar que o processo de investimento - que se suporta maioritarimente
em capitais de empresários algarvios - terá sido iniciado em Outubro de 2005, primeiramente através de reuniões com a autarquia
de Loulé para aferir da sua viabilidade e depois com a CCDR do Algarve (em Maio de 2007) para obtenção dos respectivos
pareceres, iniciando também as negociações com a Immochan, concluídas em Dezembro de 2007.
A Enolainvest vinha a público anunciar a intenção de investir 400 milhões de euros num cluster comercial, junto ao nó Loulé-
Centro da Via do Infante, cujo projecto estaria a avançar. Em 2008 era prevista a integração das siglas Immochan e Ikea, neste
mega investimento, mas a situação alterava-se. Em 2009 uma nova empresa (IMO 224, constituída em Novembro de 2008) cujos
accionistas são advogados do escritório PLMJ (Dr. Júdice), iniciava a compra de terrenos na zona próxima do local onde o
Hospital Central do Algarve estava projectado e pouco tempo depois surgia a assinatura na autarquia de Loulé com os
representantes do Ikea. As razões que possam justificar toda esta celeridade, não foram explicadas até hoje!...
Ambos são projectos importantes para o desenvolvimento da região Algarve
Vale a pena recordar que os dois projectos de investimento são importantes, e se desde 2007 que as empresas Enolainvest -
Promoção e Construção, SA e Planco Distribuição SGPS, SA (Grupo Auchan - Immochan) manifestaram junto da autarquia
louletana a sua intenção de investir 400 milhões de euros, num projecto que irá garantir cerca de 4000 postos de trabalho directos
e cerca de 3000 indirectos”, tudo leva a crer que em 2011 este projecto possa finalmente obter também luz verde.
É de salientar que ao longo de 2009 e 2010, a IMMOCHAN e a ENOLAINVEST desenvolveram e continuam a desenvolver,
acções junto das entidades competentes, com vista à aprovação do seu dossier. Assim, não corresponde à verdade que a
Immochan tenha desistido do projecto, como o secretário de Estado avançou em 2 de Dezembro.
Ao Região Sul foi garantido por elementos ligados à Enolainveste que nos últimos dias entrou documentação complementar na
Câmara Municipal de Loulé, nas várias entidades nacionais e regionais, assim como nos vários ministérios que emitem pareceres
sobre este género de investimentos - uma área de construção entre 150.000 e 200.000 metros quadrados, com enquadramento
na zona do futuro Aeródromo de Loulé e muito próximo da Zona Industrial e Comercial de Loulé.
Nesta perspectiva, é muito provável que em 2011 este investimento seja também aprovado nesta zona central da região algarvia.
Apenas um aspecto merece ser considerado - o da concorrência - única regra provavelmente tida em conta para travar um dos
projectos, curiosamente o mais antigo.
JMM / RS
JBS

sábado, 25 de dezembro de 2010

POESIA DO HONORATO

Olha Brito ADOREI

- Conheces aquela historia da profesora que após a sua festa de despedida pediu a palavra muito comovida quis agradecer os elogios, dizendo ...só me ocorre um ADJECTIVO---ADOREI.
Agora voltando ao Natal, vou escrever duas quadras:
A noite de Natal na tua aldeia!
Pensa nela um momento,um só momento...
Pensa na luz difusa da candeia...
Escuta,fora,passear o vento...
Pode o vento passar _ que não faz mal :
dentro de casa tudo em paz descansa!
Esta é a Noite de Natal!Natal
Hoje, nos corações, nasce a esperança!
Recebe um abraço amigo e os votos de Feliz Natal e melhor Ano Novo com boa saúde.Sempre ao teu dispor.
Honorato Viegas
COMENTÁRIO.
Bonita poesia a do Hnorato Viegas. Tem sentimento, tem ternura e saudade. É uma poesia carinhosa. Mito bem.
JBS

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

ISTO SIM... É BONITO

DO MANO

O Rogério deseja-vos:
Uma Boa Consoada com a Família;
Um Santo Natal;
uma Boa Passagem de Ano;
Um Bom Ano 2011 e
Com muita saúde
Um abraço
Rogério

Obrigado. Agradeço retribuo.

Ab.
JBS

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

BONITO.... BONITO... NÃO É ...




O DINHEIRO, SEMPRE O DINHEIRO


A descoberta foi feita pela Inspecção-Geral de Finanças numa auditoria já enviada à Procuradoria-Geral da República.

O Presidente do Conselho de Administração dos CTT, Estanislau Mata da Costa - que se demitiu no final do mês passado, sem ter terminado o mandato - recebeu, durante cerca de dois anos, dois vencimentos em simultâneo: um pelo cargo nesta empresa, de cerca de 15 mil euros, e outro correspondente às suas anteriores funções na PT, de 23 mil euros. E isto apesar de ter suspendido o vínculo laboral com a PT.

A descoberta foi feita pela Inspecção-Geral de Finanças (IGF), na sequência de uma auditoria realizada após denúncias da comissão de trabalhadores dos CTT sobre actos de alegada má gestão na empresa. Segundo soube o SOL, o Conselho de Administração da empresa terá recebido o relatório preliminar desta auditoria no dia 29. A demissão de Mata da Costa foi anunciada no dia seguinte e justificada pelo próprio com «razões exclusivamente do foro pessoal e familiar».

A IGF classifica esta acumulação de vencimentos por parte de Mata da Costa - num valor mensal de cerca de 40 mil euros (ao todo, um milhão e 575,6 mil euros recebidos entre Junho de 2005 e Agosto de 2007) - como «eticamente reprovável, ainda que possível do ponto de vista legal». Ainda assim, a IGF decidiu encaminhar o caso para a Procuradoria-Geral da República, por ter «dúvidas quanto à legalidade» da situação.

Segundo o relatório preliminar da IGF, a que o SOL teve acesso, Mata da Costa, que era quadro da PT, foi nomeado para presidir aos CTT em Junho de 2005. Mas, em vez de se desligar desta empresa, fez um acordo de «suspensão do contrato de trabalho, embora estranhamente sem perda de remuneração»


COMENTÁRIO.


Admiitndo que este senhor pensasse que estava a fazer tudo dentro da legalidade, apesar de se ter desvinculado da PT, uma pessoa que ocupa uma posição de destaque numa grande empresa como é os CTT, tem que pensar que não tem ética este comportamento. Uma personagem com formação superior a quem é detectada uma situação destas, ao ver esta notícia o que pensará ele? Como estará a passar? Com que cara aparece aos flhos e à mulher, em suma, à família, em geral ?


JBS

É PRECISO REFLECTIR

TESTEMUNHO DE S. FRANCISCO DE ASSSIS
Gerações sucedem-se, séculos passam e a vida dos homens continua na mesma rota sem qualquer alteração, sem qualquer transformação.
Encontramo-nos hoje um impasse. Em algumas dezenas de anos, tudo se alterou no que tem a ver com as condições de sobrevivência da nossa espécie.
Tudo está por saber, no que tem a ver com a forma como vivem os homens: uns com os outros ou uns contra os outros?
A palavra de ordem da sociedade ocidental, sociedade baseada na competição conduzem a colectividade humana à catrastrofe.
Urge reflectir.

JBS

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

MUITO OBRIGADO ZÉ NEVES

AS PALAVRAS
Por Zé Neves


A ti poeta de doces
tesas palavras que falam mudo
aos gritos,

eu saúdo e felicito
tuas empresas poéticas sensíveis,

purezas da alma
que tocam a rebate
cordas líricas e levezas todas

que coração de poeta
contém dentro

onde o vate nasce de repente,
e
de caneta pinta o que lhe dá na "veneta".

Um abraço do José Neves

OBRIGADO MEU CARO ZÉ NEVES

Ele, sim, um poeta.

Zé Neves, para mim é, rigor, empenho, verdade, sinceridade, autenticidade, amizade e bola no pé esquerdo.

JBS

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FESTAS FELIZES

FESTAS FELIZES


É o meu voto sincero
Amigos
É isso que quero
Para todos
Quer para os de maior rendimentos
Quer para os de menores
Mas o fundamental
È haver sentimentos
De amor
E de querer
Só assim podemos entender
O que é sentir faltas
E necessidades
É verdade que a vida é tudo isso
Também
Ou seja…
É levar a amizade mais além
Por dever
Por querer
Por sentir
Por intuição
Porque só assim
Posso abrir o meu coração
A ti
Que nunca te vi
Ou a ti
Que vejo todos os dias

Sim, é para todos
Que desejo

FESTAS FEIZES


São os meus votos.


João Brito Sousa

PÕNCIO MONTEIRO

FALECEU.

O membro do Conselho Superior do FC Porto, e comentador na TVI, faleceu esta manhã, no Hospital Santo António, no Porto.

Pôncio Monteiro, membro do Conselho Superior do F. C. Porto, faleceu esta terça-feira na sequência de um AVC. O membro do Conselho Superior do FC Porto e comentador na TVI estava internado no Hospital de Santo António, no Porto, desde sexta-feira e acabou por não resistir à doença.
Pôncio Monteiro foi encontrado inanimado em sua casa, na sexta-feira, 17 de Dezembro, na sequência de um acidente vascular cerebral. Desde então, que estava internado na unidade hospitalar da invicta, mas acabou por não resitir.
Na quinta-feira, Pôncio Monteiro, de 70 anos, esteve na festa de Natal do FC Porto onde, de acordo com os relatos, se apresentou aparentemente bem de saúde. Recorde-se que, em 2006, Pôncio Monteiro teve de ser operado na sequência de um aneurisma cerebral.
Retirado do sapo.
JBS

domingo, 19 de dezembro de 2010

PALAVRAS DO ANDRÉ

Diz o cavalheiro,

"Não andamos distraídos com compras de Natal”

Desde que chegou ao FCPorto, o senhor André Villas Boas tem passado o seu tempo a dizer coisas que eu, pessoalmente, não percebo lá muito bem.

E gostava de perceber.

Será que é preciso ver como foi esse penalty aos 90 minutos?

Era bom que este senhor conhecesse o historial do clube que representa. Creio que o futebol é a área profissional do senhor. Não a respeitando não se respeita a si próprio.

Senhor André, tenha calma.

E BOM NATAL para si.

JBS


obs- Fui ver a história do penalty, que não era preciso, porque já se sabe como é:


No jornal "A BOLA"

"Em cima da hora,

um erro de Artur Soares Dias valeu o segundo golo ao FC Porto.

O árbitro de Braga assinalou grande penalidade a favor do FC Porto por pretensa mão de David Simão – o pacense cortou a bola com o pé, que levantou bastante – e Hulk fez o 2-0.

NO JORNAL "O JOGO"


"Já se jogava para lá dos 90’, quando é marcada uma falta dentro da grande área pacense. Artur Soares Dias entende que David Simão corta a bola com o braço, após livre apontado por Guarín.

As imagens não são esclarecedoras, ficando, no entanto, a impressão que o jogador do Paços efectua o corte com o pé.

Minutos depois, Walter aproveita um erro da defesa adversária e fecha as contas do jogo, confirmando a invencibilidade dos homens do norte.

A baixar de rendimento a olhos vistos, a verdade é que o FC Porto vai somando pontos. Por vezes com alguma sorte à mistura, a formação nortenha não complica e continua a mostrar níveis de eficácia avassaladores.

O Paços de Ferreira só se pode queixar dele próprio. Demasiadas oportunidades falhadas na segunda parte, quando a vantagem entre as duas equipas era de apenas um golo, acabaram por ditar a derrota. E quem não marca, sofre.

O senhor AVB comentou isto ? Se não, devia.

sábado, 18 de dezembro de 2010

A TERTÚLIA TODOS BEM

NA LEITARIA.
Por João Brito Sousa

Quando cheguei ao local dos nossos “meetings” às quintas o Artur estava a reler os seus apontamentos para a sessão de hoje, sorridente e, ao ver-me chegar, disse-me: hoje vou dar uma aula como fazia o velho Dr. Furtado nas aulas de História.
- Que grande seca, disse o Tomaz.
- Qual é o título, indagou o Pedro, que chegara entretanto.
- Vou falar das consequências da Revolução Francesa em Portugal.
- Muito bem, disse eu.
- Vous etes d´accord, perguntou o Artur
- Oui, disseram o Tomaz e o Pedro.
Ora vamos lá, disse o Artur. E começou a sua dissertação Após a revolução, os franceses, que foram atingidos nos seus bens e direitos, emigraram, procurando vários países para viver, não esquecendo que aí onde estivessem, poderiam proceder à restauração do seu Regime preferido, agora deposto.
Os primeiros a sair, ainda em 1789, ano da revolta, foram os aristocráticos ricos que tinham sido fiéis ao poder instalado e eram contra qualquer mudança, seguindo-se os sacerdotes em 1791, indignados com a perda de direitos que usufruíam e que deixaram de estar consignados na Constituição Civil do Clero e, mais tarde, em Agosto 1792, emigraram nobres, burgueses artífices e outros.
Um dos Países que os franceses procuraram para se instalar, foi Portugal, onde chegou a residir um número considerável de pessoas pertencendo às mais diversas profissões, como cabeleireiros, relojoeiros, tecelões e livreiros, sendo o trabalho destes últimos, livreiros e mercadores de livros, o que mais contribuiu para a difusão em Portugal das correntes do pensamento europeu, o que levou as autoridades portuguesas a tomar medidas, no sentido de isolar o nosso País da propaganda revolucionária, tal como sucedeu em Espanha.
Tal facto afectou de algum modo, os franceses residentes, tendo alguns saído de Portugal (e entrado outros), um pouco por acção do Intendente Geral da Polícia, Pina Manique, que criou o serviço de censura contra os livros vindo do exterior.
O Tomás pediu para intervir e disse:
- Aparentemente Portugal teve receio da cultura, uma vez que a revolução francesa resultou, em parte, das ideias Iluministas contidas na Enciclopédia, que Portugal parecia agora querer rejeitar e por outro lado, conforme disse o historiador francês Albert Mathieu, a revolução veio para a rua, porque a França precisava de ter à cabeça da Monarquia um Rei e havia apenas Luís XVI

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

SOLIDARIEDADE


QUERO APOIAR O TOMÉ BORGES.

SOLIDARIEDADE SIM …

Quero estar ao lado do Tomé Borges, do curso de serralheiros 1969 /70 da Escola Bordalo Pinheiro das Caldas da Rainha.

De acordo com o blogue da Escola Caldense, que visito por vezes, passo a citar:

“Hoje fui a uma festa de anos de um amigo dos tempos de Escola.Quem foi finalista em 1969/70 conhece bem o Tomé Borges.O facto não era muito relevante, não fosse o caso de este amigo dos “Serralheiros” de há quatro anos a esta parte, travar uma luta feroz pela sobrevivência, pois foi-lhe diagnosticado um tumor cerebral.Pois bem, o meu amigo Tomé, mandou às “malvas” os prognósticos mais pessimistas dos médicos e tem recuperado a olhos vistos.Para toda a malta que me tem perguntado pelo Tomé, aqui está ele na foto, já agora com a companhia dos amigos de infância.Em pé o Valter e eu (Zé Ventura). Sentados o Tomé e o Mário Morgado.Aproveito este espaço no blog para transmitir um recado que o Tomé me pediu.Podes dizer à “malta” que EU VOU VENCER.”

VAIS VENCER

Ao Tomé Borges


Caro Tomé, o caminho é em frente
A “malta” de Faro está ao teu lado
E um voto de melhoras cá da gente
Vai aí nestes versos embrulhado …

Saúde é aquilo que mais precisamos
Dinheiro, sim, para umas coisinhas
De que serve ter muito se o gastamos
Em medicamentos e outras mezinhas

O Coelho foi hoje, disse agora na TV
Com 66 anos de idade, jovem já se vê
Claro, isto um dia vai-nos acontecer …

Mas Tomé, és um serralheiro forte
Com um bocadinho de calma e sorte
Acredita meu amigo que vais vencer


Por João Brito Sousa

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A ACTVIDADE DA MENTE

A ACTIVIDADE DA MENTE
Por João Brito Sousa

OPINIÃO

Diz o meu amigo Semião mais ou menos isto: as células renovam-se consoante a actividade que lhe dermos, ou seja, pondo em prática uma actividade profissional ou amadora, é indiferente, mas estando nós em plena actuação, isso contribui para melhorar a saúde de cada um de nós. Penso que este é um aspecto correcto da humanidade; mas falta pensar no outro, nos velhos.

Com tamanha renovação das células, cérebro e por aí adiante, vamos chegar aos cem anos, novinhos, em folha. Mas teremos resolvido algum problema ou criado um problema? O mundo como está hoje não está capacitado para resolver os problemas da humanidade, porque um velho custa muito dinheiro sem perspectivas algumas. Porque a humanidade não passa de uma “canalhada” sem eira nem beira. Nunca Marks teve tanta razão como hoje, disse Saramago e eu estou de acordo.

O pior que há para a Humanidade é chegarmos a velhos, porque a sociedade não acolhe uma pessoa desprotegida, não tem simpatia por ele, malha-lhe no corpo. E se acontece alguma anomalia tipo Parkinson, com eu tenho, ou Alhzeimer como tem um amigo meu e muitos outros, então aqui não há células recolocadas ou rejuvenescidas que valham a pena.

Tudo o que nasce morre, dizia-me um amigo em tempos. a vida tem um ciclo. Não há nada a fazer, nasce-se e morre-se e sobre isto ninguém tem dúvidas. Quando chegar o teu minuto, vais mesmo, disse-me um dia o Miguel Damasceno. E eu acho que sim. As células, em bom ou mau estado, não resistem.

O problema que os cientistas deveriam ter em conta é defender a educação de um povo. Aqui está, em meu entender, a resolução do problema da vida. Com mais ou menos células rejuvenescidas. O grave problema da humanidade de hoje, é não querer admitir, melhor, não se poder meter na cabeça das pessoas que um dia vamos para o outro lado. É que, enquanto a coisa corre bem, ninguém se lembra que um dia vai embora, e esse esquecimento possibilita ao ser humano práticas de autênticos selvagens, de seres humanos maus, vigaristas e gatunos.

Os poderosos são aldrabões e o seu comportamento situa-se longe da ética, da verdade, da tolerância, da solidariedade e por aí fora. E isto não é porque as células estejam gastas.

As células renovadas não fazem mal nenhum; o que faz mal é o comportamento social daqueles que vigarizam e que se comportam como credores do respeito social e não têm direito a ele.

De que serve renovar as células aos “ladrões”?


jbritosousa@sapo.pt

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

ALÓ MARGELINO

VELHO AMIGO.

Viva.

Ainda não abri o teu mail, mas venho deixar-te umas palavras de amigo, não sei se posso, pois ando disperso por tanta coisa que me sinto baralhado. Tenho muitas saudades das nossas conversas , quer em África, quer em Albufeira.

Ainda estou um bocado adoentado mas cá vou andando.

Vou abrir o mail e já volto isto assim não tem jeito nenhum.

Até já.

JBS

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

AO JOAQUIM TARRETA


O JOAQUIM TARRETA



Homem magro e agricultor, que percebia,

De tudo o que era hortas, regas e gado.

Penso que era bom nos negócios que fazia

Porque os filhos também têm esse lado..



Recordar o PAI de amigos é respeitar

Imagens de saudade de tempos idos.

É um pouco da nossa vida prolongar

E reparar quantos anos temos já vividos.


Vinha dos Braciais p´ra Escola de bicicleta

E na horta já lá estava o Joaquim Tarreta

Na sua labuta como é típico do camponês.



Quero deixar aqui uma mensagem de amizade

Aos filhos Diogo, Reinaldo e Soledade

E trazer de volta a imagem do PAI a vocês três.



JBS



POESIA DE AMÉRICO DO VALE

UM PERCURSO DE VIDA



Em mil nove e trinta e seis
Numa noite fria e escura
Veio ao mundo como Deus o fez
Esta nobre criatura


Nasceu de família pobre
Que até contávamos tostões
Foi crescendo como pôde
Batendo com o cú nos torrões


Aos oito anos de idade
Tal e qual como os demais
Entrou na Universidade
No posto de ensino dos Braciais

Tirou o seu diploma
O que já não foi nada mau
E assim se fez um homem
Com o exame do segundo grau

E a luta começou
Porque a vida era bem dura
E logo o Pai o obrigou
A trabalhar na agricultura.

Os anos foram passando
Começou o bailarico
E a mim mesmo fui perguntando
Com qual será que eu fico

O destino estava marcado
E a isso eu não me iludo
Para lá fui sendo agarrado
Na Senhora da Saúde.

Com muito poucas ajudas
É a impressão com que fico
Eu era mais pobre que Judas
Mas com a fama de rico

colocado por
JBS

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O MEU AMIGO DI MAGALHÃES


MEU CARO DI,


Quanta honra ter-te aqui.

Di Magalhães,nasceu na cidade de Goiás em 1957, cidade Patrimônio Histórico da Humanidade, antiga capital do estado de Goiás, formado em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Goiás, na área de Pintura e Gravura. Reside em Curitiba, capital do Estado do Paraná desde 1990, onde tem seu atelier e também da Aulas de Desenho e Pintura na Fundação Cultural de Curitiba, trabalha com Cenários para teatro,pintura murais, e dedica também a parte de Gravuras como: serigrafia, litografia entre outras.
UM BOM NATAL
Para ti, ó meu ilustre amigo
Cujo "currriculla" conheci agora
Ó artista da vida estou contigo
Sempre e em qualquer hora
Preciso de conhecer pessoas
Desculpar-me-às a proximidade
Mas da vida quero as coisas boas
A começar por uma boa amizade
Na tua arte apenas reconheço
Virtudes; defeitos não os conheço
Mas para mim o fundamental
É que ao olhar as tuas telas
Fico com a impressão que elas
Dizem ser todos os dias NATAL
João Brito Sousa

ANOS 50; EMIGRAÇÃO

POESIA DE AMÉRICO RAMOS


VIAGEM PORTUGAL / PARIS


8 horas de táxi em Portugal, 11 horas de camião fechado em França, toda a Espanha foi percorrida a pé, gastei dois pares de sapatos e todo o dinheirinho que tinha.


FERIDA ABERTA


Esqueceu-me de esquecer
Minha maior aventura
Imagem duma tortura
Que verei até morrer
Viagem suicida…através
De horizontes sem fim
Quilómetros, léguas assim
Contaram meus pobres pés
Costa do sul fui a Nordeste
Como quem foge da peste,
Procurei um mundo humano
Escolhendo a vida à morte
A dar sorte a um tirano


AR

colocado por
JBS

SLBENFICA, O QUE SE PASSA

OPINIÃO
FIQUEI ENVERGONHADO.
Por João Brito Sousa
Mr Jorge de Jesus, o senhor tem de explicar porque razão o Benfica não quiz ganhar o jogo. Nunca se viu uma prestação desta natureza onde prevaleceu o não querer. Os jogadores não quiseram ganhar, porquê?
Claro que em futebol tudo pode acontecer, mas é meu parecer que o senhor falhou.
Porquê ?
O senhor, que arranjou aquele imbróglio de vender o passe do Quim e foi arranjar oito mhões e meio para o Roberto, brincou com os benfiquistas. Porque não teria perdido com a Académica, com o Nacionalnem com o Guimarães.
Preciso saber.
JBS

HAVERÁ NATAL?


AINDA HAVERÁ NATAL?
Por João Brito Sousa

Não vejo nas pessoas o mesmo sorriso de outrora em que havia Natal. O Natal, seja a comemoração de alguma coisa ou não, era uma altura do ano em que nós éramos mesmo amigos. Quando se dizia, um BOM NATAL para ti, a frase levava força e no seu interior, continha uma grande dose de humanismo, de verdade, de amizade e de honestidade. Hoje parece-me que as coisas são diferentes, melhor, estão diferentes. Hoje de manhã foi assaltada uma ourivesaria, há dias foram bombas de gasolina e a questão do deficit continua na ordem do dia há mais de um ano, Efectivamente, os discursos políticos com especial incidência acerca da Economia do País, continuam a ocupar dois ou três canais de televisão durante a semana, mais o Prós e Contras à segunda feira, de tal modo que já deviam ter passado pelos écrans de televisão todos os economistas do País. E com notícias tristes para a população mais desfavorecida e para os reformados. Que é o que acontece quando o Governo diz que vai baixar os salários dos trabalhadores no activo e dos pensionistas e que o custo dos produtos de primeira necessidade vão aumentar, o que diminui o poder de compra.
Não vai haver Natal assim.
Ou poderá haver.
Quando digo que poderá haver Natal, isso tem a ver, com notícias que nos deixam satisfeitos e alegres, mesmo que sejam poucas. O que trago aqui hoje a cheirar a Natal é a notícia do prémio em forma de bolsa, durante um período de três anos, conseguido por Luísa Figueiredo, investigadora do Instituto de Medicina Legal de Lisboa, que foi atribuído pela Organização Europeia de Biologia Molecular, passando a investigadora a integrar uma rede de jovens cientistas que se solidarizam entre si nos casos a investigar, para conseguir melhores resultados em favor de nós todos. E se dissermos ainda que, nesse grupo, já constam dois investigadores portugueses, há mais hipóteses de haver Natal.
Que haverá sim, se nós quisermos.
Porque afinal, temos entre nós pessoas inteligentes, de tão boa qualidade intelectual, como o que de melhor há o mundo e, com a mais valia significativa de não serem egoístas e de se colocarem à disposição dos outros. Isto é solidariedade, Que é o que não têm os nossos governantes, como por exemplo o antigo governador do Banco de Portugal, que auferia dos maiores dos salários do mundo na sua posição e, quando lhe perguntaram o que é que o Governo devia fazer, respondeu que o Governo teria inevitavelmente de baixar os salários … dos outros. Não o seu de Governador.
Isto é injusto.
Por isso tenho dúvidas que haja Natal. Porque só haverá Natal se for para todos.
É esse o meu desejo.
E a minha dúvida também.
De qualquer maneira, aconteça o que acontecer, deixo a todos votos de BOM NATAL.


Jbritosousa@sapo.pt

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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

100 ANOS DE REPUBLICA

100 ANOS DE REPÚBLICA
Por João Brito Sousa


A propósito da apresentação da obra, 100 Anos de República – 100 Personalidades, da autoria do Prof. António Rosa Mendes e do jornalista escritor Neto Gomes, no Salão Nobre do Governo Civil, com a presença de altas individualidades da região, ocorre - me dizer que:

No dia 5 de Outubro de 1910 - uma quarta feira – as comunicações telegráficas entre Faro e Lisboa ficaram interrompidas, donde ignorar-se na capital algarvia o que realmente ocorria na capital do País.

A cidade não deixou porém de fervilhar de boatos. Os mais curiosos acudiram à estação dos comboios, na esperança de obter notícias frescas por algum passageiro. Em vão, contudo.

O que mas lograram saber foi que a partir de Vendas Novas, a circulação ferroviária estava cortada, pelo que os comboios que chegavam a Faro eram provenientes de Beja.

Era já noite quando, enfim, se ficou a conhecer com alguma segurança a proclamação da República em Lisboa. Muito povo acudiu então à Pr, de D. Francisco Gomes, a Praça de Faro, como era mais designada (hoje também Jardim Manuel Bívat)

À frente dos manifestantes, segundo o articulista do Província do Algarve, encontrava-se “o entusiasta republicano” operário João Henrique, brandindo um a bandeira vermelha e verde que intentou arvorar na fachada do Edifício do Governo Civil, sito na extremidade sul da praça, incrustado na muralha e contíguo ao magnífico Arco da Vila, erguido nos inícios do século XIX, segundo projectos do arquitecto italiano FABRI.


(de Roteiros Republicanos)


jbritosousa@sapo.pt

domingo, 5 de dezembro de 2010

CARTA A UM AMIGO

CARO MF

MEU VELHO

A TUA SAUDADE


Obrigado, pela tua “SAUDADE”
Que é um tema lindíssimo
Gostei, sinceramente
Da tua ideia,
Do que fizeste
Das palavras que me disseste
Que me fizeram feliz
Por isso te agradeço
A atitude
Humana
Se calhar foi Jesus Cristo
Que quis…
Era bom que fosse ELE
Porque sabes meu amigo
Tenho momentos de indiferença
Talvez me falte a crença
Eu sei lá…
Mas … é verdade
Que li na tua mensagem
Haver uma certa vontade
De reatar…
Pareceu-me isso…
Deixa lá, eu também sinto issso…
Mas, se fosse possível
O que eu gostava
Era de voltar ao António
Ao caril de frango
António … mais
Mas deixemos isso
Agora é NATAL
E ainda estamos aqui
Não sei se por bem se por mal
Mas, no fundo
Com esta lenga lenga toda
Queria deixar-te um abraço
De amigo

E tudo o que se passou
Lá vai, lá vai

Um Bom Natal para ti meu AMIGO.

jbritosousa@sapo.pt

ARTIGO DE LUÍS FILIPE MENEZES

CRÓNICA DO PORTO AO DOMINGO
Por João Brito Sousa

(retirado do JN)


A "ROLETA RUSSA" EUROPEIA


O Governo espanhol, após ter apresentado o seu orçamento de supercontenção, já depois do pacote de medidas que consubstanciaram a primeira abordagem de cortes anti-sociais do final da Primavera passada, anunciou ontem novas iniciativas: privatização parcial dos aeroportos nacionais e das lotarias e apostas do Estado!? Com isto prevê arrecadar mais 14 mil milhões de euros de receitas extraordinárias. Anunciou ainda o corte da ajuda que ainda era dada, no valor de 426 euros, aos desempregados de longa duração. Em Portugal, correm rumores sobre medidas políticas que irão complementar o "pacotão" financeiro recém-aprovado. Fala-se, entre outras, em alterações liberalizantes da legislação laboral e na privatização do sector dos transportes.
Curiosamente, sempre que uma decisão deste tipo é tornada pública ou oficializada, aparece a terreiro um qualquer comissário europeu - todos iguais, todos com nomes esquisitos, todos irrelevantes, todos sem direito a cortes no vencimento - a aplaudir tão "corajosas" iniciativas.
Este quadro é aterrador. Aterrador, não porque nos pede sacrifícios, mas porque os pede a troco de uma mensagem sem esperança. Pior. Transmitindo uma certeza. Tratam-se sempre de um somatório de decisões estereotipadas, sem nexo sequencial, avulsas. Fica-se com a certeza que resultam do trabalho diário num pequeno-almoço de aflição.
Imagino todos os dias Zapatero, Sócrates e outros, entre um "croissant" e uns flocos com leite - trata-se de gente muito atlética, corredores de maratona, regrados na higiene alimentar -, a porem o dedo na fronte, franzirem a testa, iluminarem o olhar e afirmarem: "Tive uma ideia"... "essa malta dos mercados não nos deixa a perna, os juros não param de subir. Se não queremos o FMI e gramar com o Borges a mandar em nós, temos de tomar mais medidas. Depressa: Hoje. Já. O que há ainda por aí para vender? Onde podemos cortar mais uns tostões nesse regabofe do Estado social?".
Ao lado, há sempre um pobre e triste Teixeira dos Santos para encontrar mais uma empresa esquecida para vender a pataco, mais um fundo de pensões gerido por um gestor benévolo e colaborante que, com vantagens, o oferece ao Estado, mais um subsídio de um qualquer grupo dito favorecido. Até chegar à Lotaria Nacional! Essa, Zapatero, é de mestre! Só mesmo um socialista modernaço se lembraria dessa! Genial.
José Sócrates tem de ter o mesmo tipo de imaginação talentosa. Com os diabos, se o Paulo Bento deu quatro à Espanha, não é altura do nosso primeiro cobrar ao mesmo nível, mostrando que não fica atrás de Zapatero.
Por exemplo, recuperar Olivença e vendê-la à Merkel.
Privatizar os estuários do Douro e Tejo e o parque da Peneda-Gerês. Poluídos e ardido não têm servidão pública imprescindível. Talvez o Chávez os queira para treinar o exército e armada para a invasão americana.
Nacionalizar e vender os quartéis de bombeiros. Tanto mármore esbanjado. É seguro que o nosso amigo Kadhafi o compra para um daqueles palácios estúpidos e sumptuosos que passa a vida a construir.
E taxar a sopa dos pobres? Não era má ideia. Não há nenhum motivo para que quem tem fome não pague qualquer coisinha para a malta. Já agora com um "ivazinho" mínimo. Talvez 6%! Temos todos de ajudar!
Isto, por agora ainda é paródia. Mas se não invertermos o rumo acabaremos rapidamente em algo semelhante. E nessa altura será a própria essência do regime que estará a ser questionada.
Mas o que já se vê é chocante. Porque é anárquico, porque é casuístico, porque manda às malvas todos os compromissos eleitorais - afirmados livremente e no conhecimento do essencial da realidade, porque abdica de toda e qualquer coerência ideológica que identifique o que se faz com qualquer tipo de referência partidária.
É como comprar um bilhete para o fim do Mundo. Sem saber onde ele fica, quando se lá chega, o que lá se vai encontrar.
No meio disto as frases feitas do costume: "Temos de tomar todas as medidas para que não venha o lobo mau do FMI. Era um desastre sair do euro. Era uma catástrofe colocar em causa o projecto europeu", etc.. Caricato!
Talvez fosse dramático o falhanço da Europa e do euro, mas é seguramente degradante, imprevisivelmente assustador, continuar a acreditar nesta Europa de Zapatero, Sócrates, Sarkozy ou Merkel.
É mau ser comandado formalmente pelo FMI, mas é um horror sê-lo aos bochechos, aos empurrões, informalmente, por controlo remoto, como está acontecer agora.
A Europa precisa rapidamente de um novo destino. Portugal também. Isso pressupõe a democracia a funcionar: eleições, partidos, programas claros para cumprir, ideologia clara.
Pressupõe saber-se quem manda na Europa. Está na altura de alguém mandar e para isso tem de ser eleito por todos os europeus. Está na altura de correr com essa burocracia cara e medíocre que todos os dias sai do nevoeiro de Bruxelas para nos chamar burros a todos. Está na altura da Europa ser digna de homens como Khol, Miterrand e Delors.
Terça-feira faz anos um homem, português, com ideias claras sobre tudo isto. Um homem que sabe que austeridade e sacrifícios só se exercem com resultados se tiverem como base um discurso global inteligível.
Um homem que sobre estes temas anda a pregar no deserto há muitos anos. Parabéns, dr. Mário Soares. E veja lá se dá uma mãozinha a esta gente desnorteada.
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JBS

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

NASCER

GOSTAMOS MUITO,


Quando nascem os nossos filhos ficamos radiantes, porque não temos noção nenhuma daquilo que nos espera. A vida, ilude-nos porque a realidade é bem dura.

JBS

MORREU ERNÂNI LOPES

ERNÀNI LOPES

O economista e antigo ministro das Finanças Ernâni Lopes morreu hoje, aos 68 anos, disse à Lusa fonte da família.
Ernâni Lopes, que admitiu em 2006 sofrer de linfoma, era atualmente diretor e professor do Instituto de Estudos Europeus da Universidade Católica e sócio-gerente da consultora SaeR, mas ficou conhecido dos portugueses pela sua passagem pelo Governo do bloco central liderado por Mário Soares (1983 a 1985), onde desempenhou o cargo de ministro das Finanças.
A difícil situação económica e financeira que a economia portuguesa vivia na altura, com um endividamento face ao exterior a atingir um dos valores mais altos, originou a intervenção do Fundo Monetário Internacional, levando o então ministro Ernâni Lopes a aplicar um plano de austeridade.
Currículo de Ernâni Lopes
Nascido em Lisboa em 1941, Ernâni Rodrigues Lopes licenciou-se em 1964 em Economia, pelo ISCEF, da Universidade Técnica de Lisboa. Cumpriu o serviço militar na Armada, entre 1964 e 1967, como oficial da Reserva Naval. De 1966 a 1974 foi assistente e encarregado de curso das cadeiras do 2.º Grupo de Economia no ISCEF. Em 1982 efetuou o doutoramento em Economia pela Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa.
Na carreira académica, Ernâni Lopes foi director e professor do Instituto de Estudos Europeus da Universidade Católica Portuguesa desde 1980. A partir de 1996, foi professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Entre 1980 e 2003 foi conferencista no Curso de Defesa Nacional do IDN - Instituto da Defesa Nacional. De 1987 a 2002, foi igualmente professor Coordenador da Área de Economia e membro do Conselho Pedagógico do Curso Avançado de Gestão Bancária (CAGB) do IFB - Instituto de Formação Bancária.
De 1991 a 2003, Ernâni Lopes foi presidente do Conselho Científico do ISGB - Instituto Superior de Gestão Bancária. Entre 2001 e 2005 foi presidente do Conselho de Administração do IEA - Instituto de Estudos Avançados do IESC - Instituto de Estudos Superiores de Contabilidade.
Foi conferencista em vários cursos superiores de formação militar, designadamente no Curso Superior de Comando e Direção e no Curso de Estado-Maior (IAEM - Instituto de Altos Estudos Militares), no Curso Superior de Guerra Aérea (IAEFA - Instituto de Altos Estudos da Força Aérea) e no Curso Superior Naval de Guerra (ISNG - Instituto Superior Naval de Guerra).
Três anos depois de se ter licenciado, Ernâni Lopes foi assistente-técnico do Serviço de Estatística e Estudos Económicos do Banco de Portugal. Em 1974, assumiu a Direção do Serviços de Estatística e Estudos Económicos do Banco de Portugal, funções que desempenhou até 1975. Entre 1975 e 1979, foi embaixador de Portugal em Bona, seguindo como embaixador para a chefia da Missão de Portugal junto das Comunidades Europeias até 1983.
No IX Governo Constitucional, entre 1983 e 1985, foi ministro das Finanças e do Plano. De 1985 a 1989, foi consultor económico do Banco de Portugal.
(retirado do EXPRESSO)
JBS

POEMA

Criança pássaro que voa


Criança, pássaro que voa
Nas asas soltas ao vento
És barco sem rumo, sem proa
Liberta, no pensamento.

O Homem fez-te sofrer
Por erros mal intencionados
É a tua esperança a morrer
Nos teus sonhos amedrontados.

O teu olhar está marcado
Pela dor de quem é humilhado
Numa guerra por entender de ódio e ambição.

Sufocas uma infância oprimida
Numa violência premeditada e desmedida
Que endurece o teu coração.

AS

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

MENSAGEM DE D. DUARTE PIO

EM 01.12.2010

Na perspectiva histórica de um País com perto de 900 anos, o penosocaminhar numa crise comparável à vivida nos tempos da I Repúblicacujo centenário este ano faustosamente se comemorou, permite-nosretirar diversas conclusões.Comecemos pela circunstância de a República, fundada pela força quederrubou um Regime Democrático, nunca, até aos nossos dias, haversido legitimada pelo voto popular.Significativo é, também, o facto de o regime republicano, nas suasvárias expressões, não ter tido capacidade para resolver nenhum dosproblemas de que acusava a Monarquia e o facto de que as Democraciasmais desenvolvidas e estáveis da Europa serem Monarquias.As nossas três Repúblicas do séc. XX nasceram de três golpesmilitares após os quais os governantes se lançaram a reorganizar asociedade, com os resultados que agora estão à vista.
Como herdeiro dos reis de Portugal, eu represento um outro princípio,o princípio da liberdade e não o da coerção. Chegou a hora de asociedade livremente dizer que Estado quer. Em vários reinos do Norteda Europa ouvi destacados políticos afirmarem que "vivemos emRepública, mas o nosso Rei é o melhor defensor da nossa República".Deixo aqui uma mensagem aos monárquicos, aos convictos que, hoje, sãoa minoria mas, segundo as sondagens, serão a maioria no futuro que se aproxima.
Quero lembrar que essas sondagens chegam a referir 20%, 30% ou 40% demonárquicos, conforme as perguntas são feitas, percentagens tanto maisvaliosas quanto resultam da escolha de pessoas livres e não depropagandas de partidos ou de movimentos sem transparência.Quero agradecer-vos a generosidade, o entusiasmo, e a dedicaçãoquando içam nas ruas a bandeira das Quinas com a Coroa e querodizer-vos que continuarei a acompanhá-los, como sucedeu no 5 deOutubro em Guimarães, o dia da independência nacional.A situação humilhante em que a Nação se encontra perante nós própriose a comunidade internacional obriga-nos a reflectir sobre novosmodelos de desenvolvimento económico e de vida em sociedade,inspirados no bem comum.
Com efeito, a expectativa inicial do projecto europeu que ageneralidade dos membros abraçou e que se assumiu, na sua origem,como um projecto de cooperação entre Estados - com os mais ricos aajudarem os mais pobres – corre o risco de passar, rapidamente,de miragem a tragédia, com os mais fortes a ditarem regras e a imporsanções aos mais vulneráveis.Neste contexto de incerteza e preocupação, são, por isso, cada vezmais as vozes autorizadas que preconizam a necessidade da reforma domodelo de desenvolvimento económico global. A reactivação estratégicade uma agricultura sustentável e ecologicamente equilibrada éfundamental para enfrentarmos com segurança os desafios actuais, comohá pouco tempo lembrou o Papa Bento XVI .Precisamos de um novo modelo para conseguir maior felicidade ebem-estar com menor desperdício de recursos, que deverão ser melhor emais justamente partilhados, para que a ninguém falte o essencial.Havendo tantas necessidades de apoio às populações seria desejáveldinamizar as antigas tradições de voluntariado, recorrendo também aosserviços dos beneficiários de subsídios do Estado, como condição parareceberem esses subsídios.
Receber subsídios sem dar a suacontribuição para a sociedade equivale a receber esmolas, o que não ébom .Portugal não pode cair no desânimo a que nos conduzem os constantes econfusos acontecimentos políticos nacionais amplamente noticiados.É fundamental acreditar no Futuro e partilhar Esperança, nunca nosesquecendo de onde viemos e para onde queremos ir.Para isso há que cultivar os exemplos de competência, seriedade ecoragem na defesa de ideais, combatendo a falta de autenticidade que,infelizmente, constitui uma das mais comuns e perversascaracterísticas do nosso tempo.Quem está na Política deve ter como primeiro e último objectivoSERVIR a Pátria e, em particular, permitir a valorização dos maisdesfavorecidos.E para esta valorização ser possível, teremos de repensar todo onosso sistema educativo, do pré-primário ao superior, adaptando oscursos às necessidades profissionais actuais e futuras e criando -com suporte da rede de ensino privado e cooperativo - condições àsfamílias com menos recursos para poderem escolher os estabelecimentosque gostariam que os seus filhos frequentassem, sem que tal venha aimplicar aumento de encargos para o Estado.Tenho visitado muitas escolas onde me explicam que os programas sãodesajustados às realidades actuais e às saídas profissionais, eparticularmente aos jovens com problemas de adaptação. O “Cheque Ensino” seria uma solução para estes problemas,permitindo às famílias escolher a oferta escolar mais adaptada àsnecessidades dos seus filhos, evitando a discriminação económicaactual e promovendo a qualidade do ensino através de uma saudávelconcorrência…Só desta forma conseguiremos melhorar efectivamente o nível médiocultural, académico e profissional da população com vista aoprogressivo desenvolvimento e engrandecimento do País e não com fimexclusivamente estatístico.Na sua longa História, Portugal foi grande quando se lhe depararamdesafios que envolveram projectos galvanizadores de verdadeiradimensão nacional. Nessas alturas, os portugueses sempre souberamresponder com criatividade, entusiasmo e coragem.Hoje, é no Mar e na Lusofonia que a nossa atenção deve ser focadacomo áreas de eleição para realizar um projecto de futuro para o Paíse para a Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa.
Afinal,são estas duas vertentes que, desde o início da Expansão MarítimaPortuguesa, com períodos de maior ou menor brilho, maior ou menorenvolvimento, têm vindo a constituir o nosso Desígnio.O prestigiado Jean Ziegler, meu professor em Genebra, ensinava queexistem dois caminhos para desenvolver os povos. O primeiro começavapela educação profissional, académica e ética da população , que iriadesenvolver o país e conduzi-lo ao enriquecimento. O segundo caminhoconsistia em injectar dinheiro estrangeiro na economia. Osgovernantes criariam grandes infra-estruturas, enriquecendo-se algunsdeles no processo, e a população compraria bens de consumo importados,enriquecendo o comércio.
Mas no fim, essa nação estaria endividada e aclasse média empobrecida porque as capacidades de produção teriamdiminuído.Infelizmente é esta a nossa realidade recente.Deixo para os especialistas apontarem os factores da crise que nosfustiga, fazerem os diagnósticos acertados, apontarem as vias desolução. Mas não posso deixar de dizer que é urgente arrepiarmos ocaminho que nos trouxe à gravíssima crise económica e financeira queatravessamos, como venho denunciando desde há anos.Foi justamente neste sentido que, este ano, pela segunda vez,promovi, no âmbito da Comissão D. Carlos 100 Anos, a organização doCongresso “Mares da Lusofonia”que permitiu umaparticipada reflexão, com representantes de todos os Países da CPLPpresentes, acerca da valia dos mares e das Plataformas Continentaisdos países lusófonos nas vertentes estratégica, de segurança,jurídica, ambiental, científica, tecnológica e económica.A intensificação do intercâmbio de conhecimentos da sociedade civil eo fortalecimento das relações afectivas entre os nossos paísescontribuirá decisivamente para a supressão das barreiras que aindaexistem.
Recentemente visitei o Brasil, pátria de minha Mãe, onde, emBrasília, tive a feliz oportunidade de contactar alguns membros doseu Governo.Transmiti os meus sinceros votos de sucesso à recém-eleita PresidenteDilma Russef .Percebi que lá existe uma grande abertura à ideia de uma futuraConfederação de Estados Lusófonos, que muito beneficiaria todos osseus membros e cuja adesão não comprometeria as alianças regionaisexistentes. O facto do Reino Unido pertencer à Commonwealth nãoprejudica a sua participação na União Europeia mas valoriza-a .Ainda sobre a importância da afectividade que naturalmente se cultivana Comunidade Lusófona, virá a propósito salientar a decisão doGoverno de Timor – país a que me ligam relações de profundaamizade – quando, à semanas, declarou o seu auxílio a Portugalna compra de parte da nossa dívida pública, num gesto de fraternalamizade. Do mesmo modo, tenho indicações de que muito nosbeneficiaria negociar com o Brasil um empréstimo para resolver acrise da dívida pública soberana em melhores condições do que com oFMI ou a Europa.Para concluir, gostaria de transmitir a todos os portugueses umamensagem de ânimo:Não vos deixeis abater pela situação de dificuldade económica e crisemoral que actualmente nos invade.Lembrai-vos que tivemos momentos bem mais graves na nossa História emque a perenidade da Instituição Real foi suporte decisivo para arecuperação conseguida.A dinastia, baseada na família, oferece o referencial de continuidadede que Portugal está carente há cem anos.
Viva Portugal !
(Recebido por email)
JBS

AO JOSÉ DIAS RAFAEL

De MAR E GUERRA.
Quero deixar um abraço a este amigo que sei tem perguntado por mim. Cá estou, vivendo da minha reforma e em companhia, escrevendo crónicas para os jornais, escrevendo livros em verso e em prosa.
Mas tenho saudades da nossa escola primária.
A professora era nossa amiga.
E a malta. Lembro-me quando o Júlio, o irmão do António, do João e da Antonieta, estreou u caderno e deu um erro no ditado. Escreveu fio com u, ou seja, fiu
Lembro-me do Gabriel e do Jorinho, irmão da Fernanda Custoidinho.Velha malta.
Do Bernardo Estanco quando ele chegou de Marrocos, sem boina na cabeça. Foi um sucesso. Era parceiro de carteira do puto Diogo Tarreta, talvez o cérebro mais brilhante da Escola.
Da minha classe eram o Heliodoro, o Zé Gabadinho, o Custódio do Clemente, o João Silvino e a Maria de Jesus.
Com o Zé Rafael andavam o meu primo Carlos Louro, o Júlio e o António Vitorino Adília Guerreiro.
Recordar ainda os Opel Rekord e Ford Taunus desenhados pelos Leonardo e Zé Elias.
Ao Zé Rafael, que motivou esta crónica, deixo um grande abraço. E aos outros todos também.
E VOTOS DE BOM NATAL
JOÃO

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A MINHA PRENDA DE NATAL

A MINHA PRENDA DE NATAL
Por João Brito Sousa

Éramos muito amigos e passamos muitos momentos de amena cavaqueira. Trabalhávamos na mesma empresa em secções diferentes e foi aí que nos conhecemos. Andávamos quase sempre juntos, pelo menos, quando podámos. E ríamo-nos muito com situações acriançadas que criávamos..O MF era um amigo de eleição. Jogava bem à bola, foi representar a empresa num jogo em Londres, era um senhor. Uma vez fomos ver o filme o Leão da Estrela no cinema Condes e andamos quinze dias seguidos a rir. Ele continuou na empresa enquanto eu segui para outras paragens. Muitos anos depois senti saudades desses tempos e liguei-lhe. Foi óptimo voltar a reviver uma amigo. Recordámos os nossos almoços à quinta feira no António, o celebérrimo caril de frango, que nunca comi melhor. E recordamos outras coisas. Telefonei outra vez e outra e outra até que um dia não nos entendemos por motivos que não os trago para aqui. Fiquei magoado comigo e com o meu amigo. A fim de uns tempos voltei a falar-lhe. Senti frieza na recepção. Compreendi. Mas há poucos dias o meu amigo enviou-me o mail cujo conteúdo vai a seguir.


fernando pessoa


"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,
das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que partilhámos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das
vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...
do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.

Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja
pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.

Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas
que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto
se tornar cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e
perguntarão:
Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!

- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons
anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto...
reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo.
E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos.
Então, faremos promessas de nos encontrarmos mais vezes
daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a
sua vida isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não
deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de
grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem
morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem
todos os meus amigos!"




Foi a minha prenda de Natal.

Bom Natal para todos.

João Brito Sousa

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A FÉ DOS HOMENS

A FÉ DOS HOMENS
Por Rui Humberto


“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.”
E assim afirmo:
Deus continua a querer, o homem já não sonha e a obra já não nasce.

É verdade, Deus continua a querer, e por Deus não entendo aquele Ser intocável e inatingível que devemos temer e venerar, entendo-o como a Humanidade no seu todo, e cada um de nós enquanto indivíduos.
Indivíduos que vivem em sociedade, em família, que convivem com amigos, com conhecidos, com menos conhecidos com …
E contra mim falo, por vezes, a maior parte das vezes, não olhamos para o nosso lado, afastamos o olhar e afastamo-nos, é mais cómodo, mais “barato”. Sentimo-nos muito mais confortáveis no nosso egocentrismo e egoísmo barato, e muitas das vezes nem para nós próprios somos bons.
Perdemos o melhor da vida: a partilha.
A partilha de saberes e de experiências e muitas vezes do pouco ou do muito que temos. Cada vez mais é cada um por si e Deus por todos. Ninguém é generoso e com generoso não quero dizer esbanjador, quero dizer capaz de oferecer uma refeição a um desconhecido que não come há dias não olhando à cor, credo, raça, saber, género, idade, estatuto ou aspecto, mas vendo um Ser
Humano que merece comer metade do meu único pão.
Mas, ainda é mais barato distribuir um sorriso, uma palavra de ânimo, uma carícia, ainda que platónica, ou um elogio.
E isto é parte do meu sonho, não desiludir aqueles que me rodeiam, os meus filhos e a minha mulher, os meus pais, amigos e conhecidos. Não é tarefa fácil mas é deveras gratificante.

No entanto o Homem já não sonha. É mais barato, mais cómodo e mais seguro, sem riscos ou custos. E contra mim falo, por vezes baixo os braços, ou melhor, obrigam-me a baixar os braços, mas luto, com as forças físicas que já não tenho. Luto e continuo a sonhar. Os moinhos de vento existem e movem-se, movem-nos e movem a Humanidade e a sociedade. Temos é que manter a fé e não desistir perante a adversidade.
Quero que o homem volte a sonhar.

Estes poucos dizeres são o deixo por ora e espero com eles contribuir para que a Obra nasça.
Qualquer que ela seja, grande, pequena, assim, assim. Aqui deixo a minha disponibilidade. E é o somatório das nossas pequenas disponibilidades que faremos pequenas grandes obras. Não tenham dúvidas.
Sobre isto eu não tenho e não tenham dúvidas.

rhpositivo@yahoo.co

domingo, 28 de novembro de 2010

ENGº JOÃO PAULO SOUSA

HISTÓRIA DE UM PORTUGÊS DE MÉRITO


JOÃO PAULO SOUSA, nasceu na Senhora da Saúde, freguesia de S. Pedro, distrito e concelho de FARO. Frequentou a Escola Tomaz Cabreira onde fez o Curso de Formação de Serralheiros, com o Mestre Mendonça, onde aprendeu a trabalhar nas frezadoras, tornos, furadoras e outras máquinas.

Esta formação escolar foi muito importante para conseguir obter a posição que hoje ocupa na USNAVY, como principal responsável no sistema de travagem dos aviões que aterram nos porta aviões.

No exame de acesso, foram-lhe colocadas diversas peças para que reconstruísse determinado objecto. Metidas mãos à obra o Engº João Paulo detectou a falta de um parafuso. Foi ao torrno e fez um. Os outros não sabiam fazer, quase todos americanos.

No fim do exame, o examinador perguntou-lhe:- e o parafuso? Fiz no torno, respondeu o João Paulo. Quem te ensinou? Mestre Mendonça in Faro´s school.

APROVADO, disse o exaninador.

Este pormenor da vida do Engº João Paulo, depois de melhorada, vai ser objecto de um programa na rádio LAGOA, da autoria do Dr. Varela Pires, GRANDES PORTUGUESES, lá fora.

O Engº João Paulo, disse sim.

Votos de Bom Natal para todos. são os votos do

JBS

sábado, 27 de novembro de 2010

ENTREI

NOS CONFRADES DA POESIA COM ESTE POEMA,


VEJO-A EM TI

Nada entendo do que me queres dizer
Sorriste-me, talvez a querer dizer sim
Mas quem és; o que andas aqui a fazer
Na primeira vez que te vejo fico assim

Serás tu a vida? não entendo o teu olhar
E receio perder-me na tua voz melodiosa
Será que me olhas quando estás a olhar
Ou será outro motivo, mulher bondosa

Noto em ti um carisma multifacetado
E a tua presença é muito do meu agrado
Mas onde estou, que faço eu ao pé de ti?

Não sei se sonho ou se és tu que aí estás
Se trazes a felicidade não quero que vás
Porque é isso que procuro e vejo-a em ti.


João Brito Sousa

COMENTÁRIO NO BLOGUE DE DIMAGALHÃES

http://dimagalhaesartevida.blogspot.com

MEU CARO DIMAGALHÃES

Olhando seu blogue percebo melhor aquele poeta português, de nome António Aleixo, analfabeto, que escreveu.

Ser artista é ser alguém
Que belo que é ser artista
È ver as coisas mais além
Do que alcança a nossa vista

Efectivamente, meu caro Di, o seu é um trabalho de ,mérito

PELO QUE VI

Magalhães, você é mesmo um valor
Esteticamente falando, obviamente
Porque os seus trabalhos, sem favor
Agarram e prendem a atenção da gente

Pelo que vi, parece-me um cavalheiro
E assim, nestes versos que lhe envio
Deixo-lhe os cumprimentos, primeiro
E só depois lhe digo que muito aprecio

A sua arte, resultante do enorme talento
E sobretudo desse grande conhecimento
Que o senhor possui e traz dentro de si

Arte não está ao alcance de um qualquer
Está no coração e na alma de cada ser
E dentro do senhor, sim, está pelo que vi

Aceite um abraço do

João Brito Sousa
http://bracosaoalto.blogspot.com/
jbritosousa@sapo.pt

AOS MEUS AMIGOS

UM DIA A MAIORIA DE NÓS VAI SEPARAR-SE ...

Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre... Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...
Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo... Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!!
Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo.
E entre lágrima nos abraçaremos... Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado...
E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!

AOS MEUS AMIGOS

UM POEMA DE FERNANDO PESSOA


"Um dia a maioria de nós irá separar-se.Sentiremos saudades de todas as conversas atiradas fora,das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, dasvésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim...do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje já não tenho tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, sejapelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...Aí, os dias vão passar, meses... anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias eperguntarão:Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!
Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias eperguntarão:Quem são aquelas pessoas?
Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!

- Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito.Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

enviado por Mário Fitas

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

NO CAFÉ DOS VELHOS

(ESBOÇO DE ROMANCE)

NO CAFÉ DOS VELHOS

I
Era na rua Direita na Costa da Caparica, na que vai para a praia, que, no primeiro café à esquerda, se juntavam o Dr. Ventinho e mais uns quantos, formando uma espécie de tertúlia e digo espécie, porquanto apenas o Ventinho era possuidor de uma bagagem invulgar. Os outros nem por isso. Mas sabiam ouvir, uma particularidade interessante e cada vez menos usual. E que conta muito.
Ventinho desempenhara na vila a sua profissão de médico, era muito conceituado, um homem daqueles a que se pode chamar um homem bom. Mas era sobretudo um homem da cultura, patriótico quanto baste, conhecedor dos princípios e valores por que se deve reger a sociedade, um estilo eticamente correcto, acompanhava-o sempre um sorriso, os seus bons dias dados à população transmitiam uma corrente de grande harmonia social, o que levava as pessoas a terem pelo facultativo uma grande dose de amizade.
Era ainda poeta e fazia sonetos profundos. E conseguia sonhar escrevendo os seus poemas. Sobretudo poemas de amor e com muito amor. Era, não parecendo, um apaixonado da vida, apesar de possuir um ar melancólico. E, tal como Saramago, sabia que hoje estamos e amanhã podemos não estar.
A boa relação entre o Dr. Ventinho e os pescadores, respectivos familiares ou outros, começava no consultório do médico, onde, com uma paciência infinita, se inteirava dos males da clientela, jovem ou adulta. A simpatia de Ventinho era natural, tudo espontâneo, de tal modo que quando se soube do seu falecimento, toda a vila chorou, porque tinha morrido um homem bom.
Certa vez que entrei no acima citado café, o grupo estava reunido e falava de História Universal, assunto que o Dr. Ventinho adorava abordar. Além de História, Ventinho adorava também Literatura e falava dos autores clássicos com a propósito e sabedoria Prosa ou poesia, tanto fazia, pois a vida para Ventinho era estudar. Mas isto tudo depois da Medicina, que ele exercia com uma devoção enorme, quase paixão.
Eu conhecia Ventinho desde uma vez que precisei dos seus serviços. Ficámos bons conhecidos, quase amigos e cumprimentava-o sempre, quando me cruzava com ele na rua que ia dar á praia. Ventinho, que usava chapéu, um palhinhas no Verão e um de feltro lá pelos Invernos, balbuciava bons dias ou boas tardes e levava as mãos ao alto do cocuruto, simulando tirar o chapéu. Era um cavalheiro.
Quando entrei no café cumprimentei os presentes, especialmente Ventinho, que era o único que eu conhecia e recebi dele a respectiva contrapartida. Ia com um amigo e sentámo-nos numa mesa ao lado, e às tantas diz-me o meu amigo.
- Conheces o sujeito que está a falar?

(Cont)
João Brito Sousa

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

FORAM DOIS DOS NOSSOS

RECORDANDO


ZÉ RAIMUNDO E VITORIANO

FALECERAM

O VITORIANO era um amigo mas não é da minha geração. Bom amigo. Paz à sua alma.

ZÉ RAIMUNDO

É do meu tempo. Jogou à bola comigo e recordo sempre um jogo no campo do Martinho contra uns tipos de Faro. Ganhamos 3 /1 e o Zé Raimundo jogou à campeão. Era um defesa esquerdo de grande qualidade. Ia a todas. Alinhamos com Adelino Simão, Aníbal, Agostinho, Zé Marques e Raimundo. João e Cabo Santos. Henrique Rosa, Manuel, Renato e Rosendo.

Fizemos uma grande exibição.

A maior homenagem que posso ter feito ao Zé Raimundo foi colocá-lo no meu romance "COMO SE GOSTASSSE", já na última página, a minha personagem aparece na venda do Zé Raimundo e pergunta por alojamento. O Zé foi mostrar e perguntou à minha personagem: Gosta. E Lázaro, a minha persnagem,disse, sim, COMO SE GOSTASSE.

Há-de chegar a minha vez. Até lá.

Estou convosco.

Ab.

João

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A VIDA NA TV

AGORA, todos sabem tudo.

Ainda estou incredulo quanto ao que se passa na TV, acerca do que vai pelo mundo, para usar uma expressão antiga.

O que me espanta é ninguém ter previsto nada daquilo que se diz agora, ou seja, que vem aí uma catastrofe

Mas onde é que andaram estes cavalheiros que agora se mostram muito preocupados? Será que o mundo vai acabar ...

JBS

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A PRIMEIRA PÁGINA DO MEU QUINTO ROMANCE

FUI EU QUE ESCREVI MAS ACHO LINDO.

SEM TÍTULO, AINDA

São 7 horas e vinte minutos da tarde e vou começar o meu quinto romance. Sei apenas que já comecei a escrever. E agora não há hipótese de voltar para trás.. Falar de quê? Zero de ideias e quero escrever trezentas páginas. Uma por dia e no dia dos meus anos a obra vai chegar ao fim. Não tenho dúvidas nenhumas. E mais, até o posso acabar antes. Quando estou de maré escrevo com bastante fluidez até. Sou uma espécie de Torga nas fragas; aqui a poesia brota, costumava dizer esse “velho” combatente das letras, homem admirável que nunca se vergou, nem perante a vida nem perante nada, Torga é um exemplo a seguir, homem do norte do País, que discutiu a vida com a vida, numa luta incessante de desafio permanente, palmo a palmo, procurando os melhores argumentos para vencer, venceu umas vezes e perdeu outras, mas não se aguentou no último combate, aquele onde todos perdemos.
A vida não agradou a Torga, como não agradou a Raul Brandão, como penso não terá agradado nunca a ninguém. Insisto nisto porque entendo ser este o ângulo certo para a apreciar. A vida terá que ser vista por esta janela, pois estou convencido que muitas arbitrariedades que se têm processado seriam facilmente evitáveis. O verdadeiro valor da vida é precisamente não ter valor nenhum, na opinião de Torga.. Porque pode acabar de um momento para o outro sem se justificar e sem ter um pouco de sensibilidade para adiar essa momento. e sem respeito por um projecto que tínhamos começado, com todo o empenho e dedicação. Mas se ela quiser nada disto chega ao fim; nem projecto, nem empenho, nem vitória, nem nós, nem nada. Ela, a vida, é que é a mais forte. Devíamos todos saber disto porque estou convencido que nos tornaríamos mais humildes. E fazendo aquilo que mais gostamos poderíamos ter a esperança de ser felizes.
Eu, por exemplo gosto de escrever e procuro a felicidade por essa via. Haverá outras vias mas a minha, aquela onde me sinto melhor, é na convivência com o teclado. Num certo sentido, diria, que a minha forma de escrever ou aquilo que escrevo vai na direcção daquilo que eu gosto de ler. Escrevo e gosto do que escrevo. Mas diria que aprecio um romance simples, que fale das coisas simples da vida, porque a vida é o meu lema e entendo que deverá ser simples e se não for, temos a obrigação de a tornar simples. De forma a torná-la mais saborosa. No fundo, o que se pretende é vivermos uma vida próxima da vida e viver de bem com ela. Sorrir para ela. A vida vive-se levando-lhe emoções através das palavras. Mas precisamos de saber lidar com ela, de a saber ler, mais no sentido de a saber interpretar, mais de a perceber, que ao fim e ao cabo é tão difícil como a saber escrever. Eu disse sabê-la ler, entendido. Porque eu por mim procuro entendê-la saber escrever, luto por isso e sei que é um objectivo nunca conseguido. O escritor quer sempre mais, anseia, procura, despe-se de tudo para fazer o melhor. Ele e a noite debatem-se por uma conclusão. Victor Hugo começava a escrita da vida às oito da manhã, Teixeira de Pascoaes também escrevia de manhã, António Lobo Antunes iniciava os trabalhos às duas da tarde e Miguel Sousa Tavares ligava bem com a noite. Todos grandes talentos, grandes mestres.
Comecei a escrever por influência da professora primária. Senti que tinha jeito, ou julguei que tinha ou pensei que tinha e meti-me à estrada. Tive os meus mestres e descobri com Vergílio Ferreira que o escritor terá como missão fazer tocar a mensagem no coração do leitor, tinha que o pôr pensar, teria que o motivar para a vida, para a luta, para o desafio, para a vitória possível, porque a vitória total não existe, o que é isso de vitória, não há vitórias, há a ética, sim, esse talvez que possa conduzir a um estatuto de honra, de seriedade, de dignidade, dessas coisas todas que tornam um homem livre e decidido, frontal e ganhador, dos que arriscam. O escritor sabe disso e é dele a obrigação de estudar a matéria e ensinar. Não, não vou por aí, diz o poeta.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

OPINIÃO

FCPORTO 5 / SLBENFICA 0

O Campeão está encontrado, disse ...

O QUE É UM CAMPEÃO ?


Em futebol, não se é campeão por se ganhar 5/0 a um adversário. Um campeão é aquela instituição que, se ganhar por tal margem, não faz gaudio disso. Campeão é outra coisa, é a instituição que respeita os adversários e que tem uma postura, não direi irrepensível, mas digna.

Instituição digna é uma institução que tem nos seus corpos gerentes uma conduta diária e permanente que é reconhecida por todos como exemplar.

Uma instituição campeã não deixa que um dos seus corpos gerentes se deixe fotografar com o treinador da equipa adversária para ...

Uma instituição campeã não homenageia árbitros que prejudicam adversários em jornadas seguintes.

Uma instituição campeã apresenta indicadores de nobreza e não de dúvidas como consta no DN.

Uma instituição campeã educa os seus atletas não os defende quando els prevaricam.

Uma instituição campeã dá o exemplo, não atira pedras.

Esse campeão que dizem estar encontrado não tem postura de campeão.

É o que eu penso.


JBS

POEMA

COMEÇAR


Começar, seja ele o que for, é começar
É um trabalho que se vai iniciar agora
É ir por essa estrada nova e caminhar
E não desistir nunca até chegar a hora

Em que se vê luz no trabalho começado
Que nos faz vibrar e dá vida ao coração
Trabalho que começo nunca está acabado
Há sempre na alma do artista insatisfação

Por isso estou sempre começando a fazer
Qualquer coisa que me dê alegria e prazer
Mas a minha obra está sempre a começar.

Quero sempre melhorada a última que fiz
E oiço sempre o coração que me fala e diz
Que na verdade estamos sempre a começar …


João Brito Sousa

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

CONVERSAS EM FAMÍLIA

COVERSAS EM FAMÍLIA
António Lobo Antunes


Acabei agora mesmo o segundo borrão do penúltimo capítulo do livro que estou a escrever. Se as coisas correrem normalmente em outubro ficará completo. E depois, claro, falta fazer tudo. Passei o verão inteiro nisto, quase não saí da mesa e sinto-me cansado e tonto. Ando com ele, a mata-cavalos, desde o dia 2 de Março, sem contar os quatro ou cinco meses anteriores de espera, anotações ocasionais, esboços de uma linha em que gastava horas, como gastei horas, de cotovelos no tampo e mãos nas bochechas, sem pensar, a esvaziar-me para o receber. A minha maneira de trabalhar mudou muito ao longo dos anos. Não faço um plano, começo praticamente sem nada, tacteio, às cegas, num nevoeiro interior, quando julgo haver encontrado uma direcção o livro muda, há dias em que consigo meia dúzia de linhas, dias em que consigo meia página, aí a partir da primeira metade as palavras começam a andar mais depressa e eu atrás delas, com a sensação de pegar na ponta da trela de um cão mais forte do que eu, que não cessa de puxar-me e me desequilibrar. Não entendo peva do mistério da criação, ignoro em absoluto de onde o material me vem. O meu problema, ao ler as primeiras versões, é tentar dar-me conta das possibilidades internas do texto e se vale a pena estruturá-lo
(tentar estruturá-lo)
ou não. Nunca tenho a certeza, vou progredindo através de versões sucessivas, parece-me ser água entornada buscando o seu caminho numa frincha do soalho. Vejo os livros libertos de mim, com uma lógica interna que é apenas sua, possuindo uma temperatura e uma densidade que escapam aos meus mecanismos lógicos, aos meus desejos, à minha vontade. Afigura-se-me óbvio que não são meus e, para ser inteiramente honesto, deviam ser publicados sem nome de autor. E depois o medo de rapar o fundo ao tacho, de a fonte ter secado, de não haver mais nada em mim e a minha vida ficar desprovida de nexo. O que faria eu se não escrevesse? Gostei de ser médico, há alturas em que a Medicina me dá saudade mas julgo que seria extremamente difícil voltar a confrontar-me com o sofrimento alheio e somá-lo ao que trago. De cada vez que vou a um hospital comovo-me, as salas de espera das consultas doem-me, as enfermarias doem-me, a minha incompreensão perante a morte dói-me. Ninguém foi feito para morrer e vi morrer bastante gente. Demasiada gente. Do António, daqui a uns tempos, ficará uma casa de palavras, sem a minha cara lá dentro. Resta-me esperar que seja habitável para os que entrem. A gente pensa que escreve para a eternidade mas pouquíssimas obras sobrevivem aos seus supostos autores. Por exemplo, de milhares de escritores franceses do século XX quantos resistem ainda? Dois: Céline e Proust. Tudo o mais desapareceu ou está desaparecendo inelutavelmente. Por exemplo, trezentos e tal anos após a morte de Shakespeare, quantos dramaturgos continuam a ser representados? Ibsen, Strindberg, Checov e é quase tudo. Dos americanos do mesmo século XX apenas Tennessee Williams resiste. As dúzias e dúzias de outros, alguns tão renomados (Arthur Miller, Thornton Wilder, Lillian Hellman, Saroyan, Albee, etc.) não cessam de desbotar-se a caminho de uma extinção inevitável. A mesma coisa com a Poesia, o Romance, o Ensaio, para falar nessas divisões absurdas. O grande crítico T. S. Eliot desapareceu, o grande poeta T. S. Eliot esfarela-se a olhos vistos. O tempo elimina quase tudo, fica uma areiazinha de frases. Se calhar de Chesterton e Bernard Shaw sobrará apenas um
Shaw
- Olhando para si até parece que há fome em Londres
ao que Shaw respondeu
- E olhando para si até parece que foi você que a causou.
No outro dia pus-me a olhar os livros na estante do meu pai: dúzias de nomes esquecidos. Do seu querido Oscar Wilde talvez dure uma ou outra piada, como resposta, à saída do clube, a um chato que lhe perguntava para que lado ia:
- Para o outro
respondeu Wilde que, moribundo, informou os amigos
- Entre mim e este papel de parede há uma luta terrível: um de nós vai morrer
e tenho pena, porque foi um dos primeiros escritores que amei. Tive aqui um francês que anda às voltas com uma obra acerca de mim: a cada autor que eu citava a quase invariável resposta era
- Mas já ninguém o lê
e citava autores de que gosto, que foram ou continuam a ser importantes para o meu critério, ele a insistir
- Mas já ninguém o lê
e eu tristíssimo, porque esta segunda morte, a daquilo que dedicaram a vida, é bem mais horrível que a primeira. Autores de mão segura, não borra-botas, e aí a gente procura-lhes os livros e, desalentadamente, compreende. A imortalidade, em Arte, é difícil de prever. Régio e Nemésio nasceram em 1901, há cinquenta anos Régio era imensamente popular, Nemésio conhecido pelas suas conversas na televisão. Quem imaginava, na altura, que a poesia de Régio ia sumir-se num rufo e a de Nemésio se mantém sem uma prega, e cresce? Eu penso: João Cabral de Melo Neto vai permanecer. E a seguir penso: quem sabe se não estou enganado? Os critérios de avaliação serão completamente diversos, os motivos que levam as pessoas a aderir a uma obra também, o movimento do gosto incessante. Bach levou cento e cinquenta anos esquecido até ser adoptado pelos românticos. Mas será isto importante, será isto realmente importante? Até que ponto todos os livros, de todos os autores, não formam um único, imenso livro, que principiou a ser escrito muito antes de nós e prosseguirá sem fim, interminável? Perguntas, perguntas. No fundo não me interessam muito: o que eu desejaria era deixar, mais ou menos acabada, a minha casa de palavras, por definição para sempre incompleta. E que o leitor se sentisse justificado e feliz lá dentro, rodeado de vozes que breve diálogo entre ambos, quando o enorme e gordíssimo Chesterton disse ao magro
Shaw
- Olhando para si até parece que há fome em Londres
ao que Shaw respondeu
- E olhando para si até parece que foi você que a causou.
No outro dia pus-me a olhar os livros na estante do meu pai: dúzias de nomes esquecidos. Do seu querido Oscar Wilde talvez dure uma ou outra piada, como resposta, à saída do clube, a um chato que lhe perguntava para que lado ia:
- Para o outro
respondeu Wilde que, moribundo, informou os amigos
- Entre mim e este papel de parede há uma luta terrível: um de nós vai morrer
e tenho pena, porque foi um dos primeiros escritores que amei. Tive aqui um francês que anda às voltas com uma obra acerca de mim: a cada autor que eu citava a quase invariável resposta era
- Mas já ninguém o lê
e citava autores de que gosto, que foram ou continuam a ser importantes para o meu critério, ele a insistir
- Mas já ninguém o lê
e eu tristíssimo, porque esta segunda morte, a daquilo que dedicaram a vida, é bem mais horrível que a primeira. Autores de mão segura, não borra-botas, e aí a gente procura-lhes os livros e, desalentadamente, compreende. A imortalidade, em Arte, é difícil de prever. Régio e Nemésio nasceram em 1901, há cinquenta anos Régio era imensamente popular, Nemésio conhecido pelas suas conversas na televisão. Quem imaginava, na altura, que a poesia de Régio ia sumir-se num rufo e a de Nemésio se mantém sem uma prega, e cresce? Eu penso: João Cabral de Melo Neto vai permanecer. E a seguir penso: quem sabe se não estou enganado? Os critérios de avaliação serão completamente diversos, os motivos que levam as pessoas a aderir a uma obra também, o movimento do gosto incessante. Bach levou cento e cinquenta anos esquecido até ser adoptado pelos românticos. Mas será isto importante, será isto realmente importante? Até que ponto todos os livros, de todos os autores, não formam um único, imenso livro, que principiou a ser escrito muito antes de nós e prosseguirá sem fim, interminável? Perguntas, perguntas. No fundo não me interessam muito: o que eu desejaria era deixar, mais ou menos acabada, a minha casa de palavras, por definição para sempre incompleta. E que o leitor se sentisse justificado e feliz lá dentro, rodeado de vozes que

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

NÃO TENHAS PRESSA MAS NÃO PERCAS TEMPO

NÃO TENHAS PRESSA MAS NÃO PERCAS TEMPO.
Por João Brito Sousa

Acho que é uma realidade. A pressa não nos deixa raciocinar e pode trazer-nos problemas sérios. É evidente que numa situação delicada eu tenho de tomar uma decisão tão rápida quanto possível, mas acertada. E o problema está aqui, nessa questão de não perder tempo, porque a margem de decisão é pequena e tenho que decidir acertadamente.
Afinal quais são as ferramentas que devo dispor para resolver a situação a contento. Estamos sós: eu e o problema a resolver. E é urgente resolvê-lo. Há um minuto atrás era tarde.

Afinal como é?

Sabemos que a pressa e o raciocínio não se dão bem, são mesmo incompatíveis, o povo até costuma dizer: depressa e bem não há quem. Mas não te demores… diz a frase. De qualquer maneira é de salientar que quem tem pressa de fazer alguma coisa é porque entendeu que não a deve demorar.

Os discursos mais claros não podem ser feitos de termos obscuros porque assim não seriam claros diz Paul Valery. Efectivamente os discursos sociais, políticos /económicos e outros, devem ser escritos em termos claros, para não se perder tempo.

A frase é de Saramago e não sei se era isto que ele quereria dizer.

A decisão tem que ser tomada conscientemente dentro da disponibilidade de tempo existente. Não serve de nada correr; O importante é partir no momento próprio. Baseando-se na experiência. Quando nós começamos não sabemos nada. Aprendemos com as experiências e sobretudo com os erros.

A pressa gera o erro em todas as coisas. A rapidez é uma virtude que gera um vício que é a pressa.

É preciso ponderar.

Penso eu

jbritosousa@sapo.pt

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

VOU FALAR DE LITERATURA NO

joaobritosousa-oescrevedor.blogspot.com/

Aqui falarei de outros assuntos como este poema a um amigo.


POEMA A UM AMIGO


Zeca,
A partir de hoje és o meu grande amigo
O Zeca dos barcos, pode ser?
Não leves a mal esta alcunha
Porque só a um grande artista como tu
Ela se punha
Zeca dos Barcos, o artista de Olhão
Que com a faca, a cortiça e a cola
Faz trabalhos extraordinários
E não fez nem um nem dois
Fez vários
Eu não me esqueço
Que tu és um homem de bem
Sincero, amigo e respeitador
E um homem de muito valor
Por uma questão simplesmente
És amigo de toda a gente
Que te saiba merecer
E tenha saber
Para contigo dialogar
E te saiba respeitar

E eu sei.

João Brito Sousa

domingo, 17 de outubro de 2010

O DESEMPREGO

A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO PAÍS

Nunca fomos um País rico.

Fizemos coisas interessantes durante a nossa existência, mas não pudemos fazer muita coisa porque somos um País pequeno, quer em superfície quer em população.
Os nossos recursos são limitados.
Do Correio da Manhã retiro que em Portugal, hoje, h´mais de 45 464 desempregados, o que é um drama.
O desemprego não pára de aumentar e nem o Governo faz já previsões optimistas quanto à sua evolução. Em Setembro, o número de inscritos nos Centros de Emprego do País aumentou em 45 464 indivíduos, em relação ao mesmo mês do ano anterior, e em 6166 pessoas em relação a Agosto. Dados que levaram o Executivo a prever que a taxa de desemprego se fixe nos 10,6% no final do ano.
CM

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

ENTREVISTA DE RUI MOREIRA AO I EM 15.10.2010

OPINIÃO


RETIREI DA ENTREVISTA.

" Rui Moreira, adepto que do FC Porto que abandonou em directo o Trio de Ataque, da RTPN, diz que António-Pedro Vasconcelos é o porta-voz do Benfica e recusa ser carrasco ou testemunha em "tribunais de opinião pública".

O ex-comentador defende Pinto da Costa e critica Luís Filipe Vieira por incitar à violência."

CARO Dr. RUI MOREIRA,


Defender PC e criticar LFV por incitar à violência, não é uma atitude justa, porque nese momento quem esá a incitar à violência, parece-me ser o senhor.

JBS

CONTA SÓ CONTIGO


CONTA SÓ CONTIGO
Por João Brito Sousa


Passear pelos jardins floridos proporciona-mos um agradável contacto com a natureza, que em certas circunstâncias nos prendem. Ás vezes somos capazes de estar horas e horas a contemplar o garrido das flores, o trabalho das abelhas e até a forma como o cão que chegou se posiciona.

Somos muitos mas no fundo somos poucos. Em frente às flores o nosso espírito liberta-se e expande-se, a alma inebria-se e o coração alegra-se. Até parecemos felizes nessa condição de estarmos perante a natureza.

Aparentemente sós.

Mas não estamos verdadeiramente sós porque o que a vista alcança nesse momento transporta-nos para outros mundos que não conhecemos mas gostaríamos de conhecer. Como será o mundo das flores? E o das abelhas? E o do cão que chega e zás…

Aqui não dependemos de ninguém, apenas estamos na dependência da nossa imaginação, se ela nos agradar. Se não houver essa componente do agradar não estamos bem, porque há algo que nos incomoda.

A vida é feita de coisas boas e coisas menos boas. Temos que ser nós a tornar as menos boas em boas se soubermos, claro. Todo o percurso de vida de cada um é um caso particular que temos entre mãos para resolver..

É evidente que fazemos parte de um colectivo, que nem sempre nos traz a felicidade porquanto dependemos dele e assim perdemos a liberdade. E a vida é para se viver livremente.

Ao encontrarmo-nos diante de mulheres ou de homens respectivamente, se a situação gerar dependência, avilta, quer essa dependência tenha a forma de submissão quer de autoridade. Porquê estes homens entre mim e a natureza? Viver no meio dos homens como no vagão de Saint-Etienne a Puy, é difícil.

Sobretudo nunca permitir-se desejar a amizade. Tudo se paga. Conta só contigo, diz Simone Weill.

Será?


jbritosousa@sapo.pt

terça-feira, 12 de outubro de 2010

DAR SIGNIFICADO AO TEMPO

Aquilino Ribeiro é que dizia, roubem-me tudo menos o tempo.

O tempo é indispensável a quem dele precisa para efectuar um determinado trabalho, que pode ou não traduzir-se numa profissão. Estes textos que faço, não se enquadram na definição de profissão, porque são crónicas avulso que quero publicar mais tarde, mas que por agora são textos/treino.

A vida pessoal precisa de tempo amanhã, depois e depois. Sem tempo útil disponível não há obra realizada ou em fase de realização.

Temos que nos render ao seu significado e atribuir-lhe o significado que ele realmente possui: o de indispensável à vida e ao trabalho.

O tempo é hoje amanhã e depois. Ontem já não é mais. Já foi.

Um dos prazeres humanos menos observados é o de preparar acontecimentos à distância, de organizar um grupo de acontecimentos que tenham uma construção, uma lógica, um começo e um fim, diz Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver'.

Viver é ocupar o tempo da melhor maneira possível e com utilidade. Ocupar o tempo no vazio é uma atitude difícil mas há quem o faça e o saiba fazer.

Aqueles que gastam mal o seu tempo são os que não lhe atribuíram verdadeiro significado. Só os operários sabem e conhecem o verdadeiro significado do tempo e fazem-se pagar por ele.

Perder tempo na aprendizagem de coisas que não interessam priva-nos de aprender coisas interessantes, eis o verdadeiro significado do tempo.


O tempo na óptica da disponibilidade é indiscutivelmente precioso e deve ser bem gerido porque este minuto que está a passar agora não voltará mais. As pessoas, hoje em dia, gastam ¾ do dia a ocupar-se do trabalho remunerado e por norma descansam pouco.

È preciso ter em atenção que a saúde está primeiro. E que a vida é curta, pelo que deveremos aplicar o tempo com sucesso, sucesso este que, por sua vez vem dignificar a utilização do tempo consumido.

Penso eu.

jbritosousa@sapo.pt

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

ALGUMAS NOTAS

A GUERRA DOS LAVAGANTES.


Aqui há uns dias atrás vi um programa de televisão, Canal 2, em que dois lavagantes, ou mais, entravam em despique sem se saber porquê sem que nenhuma razão aparente fosse visível.

Aquilo deu-me que pensar, até porque já tinha verificado outras situações semelhantes sem razão para tal.

Convenci-me que a vida é briga.

O que é injusto, porque a briga é uma luta desigual cujo desfecho é sempre favorável aos mais fortes.

Com os homens é a mesma coisa, infelizmente.

A vida é um salve-se quem puder. Indiscutivelmente. Podemos andar a remar contra a maré que nada se consegue. As pessoas fazem da razão que querem ter mas que muitas vezes não possuem um cavalo de batalha. È o quero, posso e mando.

Os amigos acabaram ou estão em vias de extinção. São pessoas que andam por aí. E às vezes enganam-nos. Há na vida alguns momentos. Nada mais.

Se não desejas estar na frente, comporta-te como se estivesses atrás .

È um texto Judaico de grande dificuldade de execução. Não há tolerância, convocam-se os amigos para a maledicência, ninguém se olha ao espelho, o mal está nos outros e assim por diante.

Penso que em primeiro lugar as pessoas precisam de ouvir e não julgar precipitadamente. Mas atacam. Forte e feio.

E dizem coisas sem jeito nem trambelho.

A SOLUÇÃO É ESTAR PREPARADO.

JBS

terça-feira, 21 de setembro de 2010

UM BELO TEXTO

Uma Vida Exterior Simples e Modesta Só Pode Fazer Bem

Uma vida exterior simples e modesta só pode fazer bem, tanto ao corpo como ao espírito. Não creio de modo algum na liberdade do ser humano, no sentido filosófico. Cada um age não só sob pressão exterior como também de acordo com a sua necessidade interior. O pensamento de Schopenhauer: «O homem pode, na verdade, fazer o que quiser, mas não pode querer o que quer», impressionou-me vivamente desde a juventude e tem sido para mim um consolo constante e uma fonte inesgotável de tolerância. Esse conhecimento suaviza benéficamente o sentimento de responsabilidade levemente inibitório e faz com que não tomemos demasiado a sério, para nós e para os outros, uma concepção de vida que justifica de modo especial a existência do humor.
Do ponto de vista objectivo, pareceu-me sempre desprovido de senso querer-se indagar sobre o sentido ou a finalidade da própria existência ou da existência da criação. E, no entanto, cada homem tem certos ideais, que o orientam nos seus esforços e juízos. Neste sentido o bem-estar e a felicidade nunca me pareceram um fim em si (chamo a esta base ética o ideal da vara de porcos). Os ideais que me iluminavam e me encheram incessantemente de alegre coragem de viver foram sempre a bondade, a beleza e a verdade. Sem o sentimento de harmonia com aqueles que têm as mesmas convicções, sem a indagação daquilo que é objectivo e eternamente inatingível no campo da arte e da investigação científica, a vida ter-me-ia parecido vazia. Os fins banais do esforço humano: propriedade, êxito exterior e luxo pareceram-me desprezíveis desde jovem.

Albert Einstein, in 'Como Vejo o Mundo'
colocado por JBS