terça-feira, 16 de outubro de 2007

A FRASE DE HOJE



Muitas vezes há mais bom senso numa única pessoa do que numa multidão”...
QUEM FOI ?...

Fedro (30/15 a.C.44/50 d.C.) foi um fabulista romano nascido na Macedônia, Grécia. Filho de escravos, provavelmente foi alforriado pelo imperador romano Augusto.

A fábula, por ser uma pequena narrativa, serve para ilustrar algum vício ou alguma virtude e termina, invariavelmente, com uma lição de moral. A grande maioria das fábulas retratam personagens como animais ou criaturas imaginárias (criaturas fabulosas), que representam de forma alegórica os traços de caráter (negativos e positivos), de seres humanos.

Coube a Fedro (15 a.C. - 50 a.C.), escravo alforriado do Imperador Augusto, quando se iniciou na literatura, enriquecer estilisticamente muitas fábulas de Esopo, todas não escritas, mas transmitidas oralmente, isto é, serviam de aprendizagem, fixação e memorização dos valores morais do grupo social. Deste modo, Fedro, como introdutor da fábula na literatura latina, redigia suas fábulas, normalmente sérias ou satíricas, tratando das injustiças, dos males sociais e políticos, expressando as atitudes dos fortes e oprimidos, mas ocasionalmente breves e divertidas, explicando-nos, todavia, porque teve tanto sucesso, séculos depois, pela sua simplicidade, na Idade Média.


Fabulista da época dos Imperadores Tibério e Calígula, nos primeiros séculos da era cristã, e seguidor de Esopo, Fedro fez a sátira dos costumes e personagens da época. Por isso, com o grande incômodo que causaram as suas críticas, acabou sendo exilado. Nesta época, com a morte de Augusto, em 14 a.d, a Monarquia tornou-se um verdadeiro despotismo, sufocando toda a aspiração de literatura e de independência.


Em literatura, tudo o que era espontâneo se considerava medíocre. Foi o único poeta do império de Tibério. Publicou cinco livros de fábulas esópicas, com prováveis alusões aos acontecimentos de sua vida.

No período monárquico, a sociedade romana estava dividida praticamente em três classes: Patrícios, Plebeus e, a classe da qual Fedro deve sua origem, os Escravos, compreendia a população recrutada entre os derrotados de guerra, considerados instrumentos de trabalho, sem nenhum direito político.


Na fábula "O lobo e o cordeiro", Fedro deve ter se baseado nesses acontecimentos de sua época para, ao final, como lição de moral dizer que "esta fábula foi escrita por causa daqueles homens que oprimem os inocentes com pretextos falsos".

O MEU COMENTÁRIO

Fedro é um homem que escreveu sobre fábulas, que são trabalhos escritos que versam acontecimentos por hipóteses.

Quanto à frase apresentada eu concordo com ela, porque não é líquido que muitos a pensar sobre determinado assunto o pensem da mesma maneira.

Em Roma dizia-se: CADA CABEÇA SUA SENTENÇA , portanto concordo com conteúdo da frase.

João Brito Sousa

2 comentários:

  1. Bom Senso

    O amigo Fedro sacou de uma afirmação que me parece mais de lisonja para com alguém do que folosofica e sensatamente amadurecida.
    Bom Senso, será definido como o modo de pensar ou de interagir em conformidade com a generalidade do pensamento ou de atitudes de uma comunidade. Bom Senso, dir-se-á que não existe quando a atitude ou a expressão de ideias contraria a corrente dominante.
    Bom Senso, será o comportamento de acordo com o senso comum.
    Bom Senso, para encontrá-lo é imprescindível existir um termo de comparação.

    Tentar encontrar Bom Senso no comportamento de uma multidão é quase como procurar agulha em palheiro, isto porque, para se aferir da existência de Bom Senso num movimento de uma multidão é necessário ter termo de comparação com o comportamento de uma outra multidão em circunstâncias semelhantes.

    A Revolução Francesa foi levada a cabo com Bom Senso?
    O regicidio de 1910 foi um acto de Bom Senso?
    A Revolução dos Cravos terá sido um movimento de Bom Senso?

    Por todo o exposto me parece lícito concluir que se torna muito difícil falar de Bom Senso no comportamento duma multidão. Tanto mais que a multidão age por influência de individualidades; é levada pelas ideias de um bom "leader".

    Daí que "há sempre mais Bom Senso numa só pessoa do que numa multidão...". É evidente!

    Por ser tão evidente, Fedro só poderá ter tido uma tirada daquelas para bajular o individuo que o alforriou. Foi, certamente, um homem de Bom Senso aquele que teve a feliz ideia de o libertar do jugo da escravidão!

    Haja sempre Bom Senso! Sempre! O que quer que isso seja!
    Em todos os comportamentos, indiduais ou colectivos.

    Arnaldo silva
    Felizmente reformado

    ResponderEliminar
  2. PORTO, 2007.10.17

    Hello,

    O Regicídio é de 1908.
    Aí vai um abraço do

    JBS

    ResponderEliminar