domingo, 4 de novembro de 2007

CRÓNICA DE DOMINGO (4/11)

(sítio da areia)
Esta crónica, é dedicada ao António Viegas do sítio da Areia, um trabalhador incansável e vencedor e sobretudo um homem de grandes qualidades humanas.

Seja rico ou seja pobre
Ao Viegas isso não interessa
A sua alma grande e nobre
É na honradez que começa.

Homem amigo do seu amigo
Que não atira a toalha ao chão
Para ti e para quem está contigo
Aí vai um abraço de irmão.

Brito de Sousa

CRÓNICA PROPRIAMENTE DITA

Faz hoje 35 anos que nasceu o futebolista Luís Figo.

Todos os dias morrem pessoas, milhares, talvez milhões de pessoas e todos os dias nascem milhares, talvez milhões de pessoas. Não se percebe muito bem porque é que as pessoas nascem atendendo à falta de recursos disponíveis. Estou convencido que ninguém pensou nisso a sério, e era uma questão que exige que se devesse pensar.. Mas porque é que se nasce?.. Depois do nascimento qual é o apoio que dispomos, podemos contar com o quê?....

Do ponto de vista de companhia em favor dos Pais, pelo que se vê, os filhos desligam-se da situação, transferindo-os da sua residência para um Lar de idosos a troco do pagamento de uma verba em dinheiro.

Depois fazem, o especial favor de ir visitar os Pais ao domingo

Por aqui, os filhos não seriam de todo necessário.. Nos tempos que correm, a vida não está muito facilitada para os filhos, por uma simples razão; não há trabalho.. e o que existe não dá garantia de segurança. E é como se não existisse.

.A humanidade não é solidária, não ajuda e escorraça. O ensino, aparentemente, é um negócio e não está direccionado para preparar técnicos, mas para encher os bolsos de alguns. Preocupo-me com isso. Sinto-me mal porque somos tão sacanas uns para os outros.

Apetecia-me desistir de pensar nesta e noutras coisas. Num certo sentido é o que faço, alheio-me destas merdas todas e depois venho para a praça pública e digo: “sou feliz..” .No fundo acabo por ser um sacana igual aos outros. E viro-me para a poesia; só ela me pode ajudar.

Aí vai TORGA

HOROSCÓPIO

Conjugaram-se mal os astros da fortuna,
O nome rico da fatalidade.
E com eles desavindos
Na consciência,
Quem pode ser feliz?
Quem vai alegre e chega o fim sereno?
Tolhido de antemão,
O coração
Em todos os tamanhos é pequeno.
Ditosos
Os que não sabem
De harmonias celestes
Reflectidas na terra.
Que nascem como os dias,
E, como eles, decorrem
Naturalmente.
E que à tardinha morrem
Sem negruras de angústia no poente.



Um domingo feliz para todos, são os votos do

João Brito Sousa

1 comentário:

  1. Meu Caro Amigo:

    Ao visitar o seu Blog tenho sempre uma atitude parecida com aquela que naturalmente adopto quando vou ao cinema. Sento-me sossegado e fico muitíssimo atento para conseguir interiorizar todos os pequenos e grandes pormenores do filme (argumento, música, silêncios, imagens, cor, efeitos especiais, particularidades curiosas, etc.)...

    A sua crónica é interessantíssima… Tem os condimentos todos para que se leia mais do que uma vez (foi o que fiz)… Há uma homenagem, há um poema seu, há poesia de Torga e há a forma “descomplexada” de expor as suas ideias, contagiando e fazendo pensar na vida…

    Parabéns!...

    Um abraço

    Roberto Afonso

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