(alunos da escola comercial e industrial)
Frequentei a Escola Comercial e Industrial de Faro, ensino técnico profissional, década de 50. O ensino desse tempo, aparentemente, parecia não valer nada, mas hoje verifico que valia muito, porque nos deu a todos, uma boa preparação e condições para singrar na vida, tendo alguns de nós ocupado lugares de destaque na cena empresarial, pública ou privada, do País.
Frequentei a Escola Comercial e Industrial de Faro, ensino técnico profissional, década de 50. O ensino desse tempo, aparentemente, parecia não valer nada, mas hoje verifico que valia muito, porque nos deu a todos, uma boa preparação e condições para singrar na vida, tendo alguns de nós ocupado lugares de destaque na cena empresarial, pública ou privada, do País.
Houve bons alunos no meu tempo, uns que se revelaram como tal logo nessa fase da carreira académica do ensino secundário e outros houve que se vieram a revelar mais tarde, já nas Universidades ou nos Institutos Superiores.
Nesses anos cinquenta, foi quando a malta do campo, os "montanheiros", apareceram quase em massa na montra do ensino secundário na cidade. Vinham de boínas na cabeça e calçavam botas cardadas, com brochas, que, na passada, ao pisar o chão, até faiscavam na calçada. E eram conhecidos `a distância...
Mas a matéria prima era boa e é interessante, até, verificar, que esses alunos se adaptaram facilmente `a cidade, deram cartas, fizeram o curso na escola com boas notas e entraram nas Universidades e nos Institutos Superiores E mais, além da componente académica ainda lhes sobrou tempo para a prática desportiva, acumulando os dois aspectos, como são os casos do Prof. Aníbal Cavaco Silva, de Boliqueime, bom aluno no secundário e muito bom no ensino superior, economista, Presidente da República e campeão nacional dos 110 metros barreiras; José Pinto Faria de Santa Bárbara de Nexe, engenheiro e campeão nacional de Judo, Alfredo Teixeira, das Fontainhas, licenciado em Contabilidade e empresário de sucesso no campo da moda e campeão nacional dos quatrocentos metros barreiras, Rogério Seromenho da Conceição de Faro e campeão nacional do triplo salto.
Academicamente, os montanheiros destacaram-se ainda com um outro muito bom resultado desse ensino técnico profissional, na pessoa do aluno ANTÓNO MARIA PINTO DE BRITO AFONSO, que faz parte do corpo do Almirantado da Armada portuguesa.Curiosamente todos estes alunos que referi são oriundos do campo, o que faz deles uns vencedores. Efectivamente os "Montanheiros" venceram.
Na minha opinião, sem rigor científico algum, apenas a olho nu, direi que o melhor aluno de todos os tempos da Escola Comercial e Industrial foi, salvo melhor opinião, o "montanheiro de Bordeira" o contra almirante Brito Afonso, cujo currícullum se adiciona.
António Maria Pinto de Brito Afonso
· Nasceu na freguesia de S. Bárbara de Nexe (Faro) em 1941· Ingressou na Escola Naval em 1960 onde se formou, no ramo de Engenharia, em 1964; complementarmente, está habilitado com os cursos de pós-graduação Geral (1973) e Superior (1993) do Instituto Superior Naval de Guerra .
· Em 1979 foi nomeado, após concurso, professor da Escola Naval, onde, para além da regência do 14° grupo de cadeiras, colaborou na reestruturação curricular dos cursos ali ministrados
· Desempenhou funções de chefia e direcção nos campos do projecto, produção e gestão de sistemas de navios e instalações industriais
· Entre 1998 e 2000, foi Administrador (com funções de Presidente do Conselho de Administração) do Arsenal do Alfeite
· Participou em diversos grupos de trabalho e comissões, designadamente nos campos da organização e da gestão técnica e logística da Marinha
· É autor de vários estudos, artigos e publicações, com incidência nas áreas da engenharia, da gestão e do ensino
Possui várias condecorações, incluindo três Medalhas de Serviços Distintos
Em segndo lugar, coloco o montanheiro das Figuras de Faro, o engenheiro ANSELMO FIRMINO DO CARMO e em terceiro o Gestor de empresas e montanheiro ARNALDO DOS SANTOS SILVA.
João Brito Sousa
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