POESIA
O POETA MANUEL MADEIRA
O POETA MANUEL MADEIRA
Natural de Messines e amigo pessoal do poeta Ramos Rosa, o poeta Manuel Madeira é notoriamente um homem da cultura e domina a teoria e a técnica da poesia.
Tenho à minha mão a sua obra “UM POUCO DE INFINITO EM TODA A PARTE” e só pelo titulo se vê que a direcção da sua poesia é difícil. Eu, que tenho alguma formação, deveria perceber onde o poeta quereria chegar com este título, mas tenho dificuldades em pegar nele e perceber o caminho.
O caminho será seguramente este, o seguido pelo poeta Manuel Madeira, porque é um homem galardoado e eu não sou. Mas será que assim a poesia preesta um serviço a todos.?
O caminho será seguramente este, o seguido pelo poeta Manuel Madeira, porque é um homem galardoado e eu não sou. Mas será que assim a poesia preesta um serviço a todos.?
Aí vai um pouco da sua poesia.
Não sei como se chamam
Nem eles sabem certamente o meu nome
Surgem em bandos guiados pelo instinto
E pela vista e o que ela ao longe alcança
Alguns são solitários e viajam sozinhos
Todos ostentam longas penas pretas e algumas amarelas
Prolongando as caudas e as asas que abertas abarcam
O espaço aparente que a lua à distância ocupa
Luzindo lampeiros devorando lampas
Há quem lhes chame apenas rabilongos
E os afugente como se afugentam demónios à solta
Nos quintais o nas hortas devorando frutos
Estão agora pousados nas figueiras férteis
Vorazes disputando aos donos a colheita.
Desconhecem a origem da propriedade privada
Preferindo o usufruto
Só os figos são deles
Exibidos nos papos
Como trofeus de audácia.
Eu faria assim...
NÃO SEI COMO SE CHAMAM
Eles e os outros e os tais...
Que andam por aí diariamente.
Não sei se são bestas se são bestiais
Ou se são humanos em forma de gente
Quem são eles afinal!...
Que malta é essa e para onde vão?
Andem por onde andar só fazem mal
Cada um deles é um ladrão...
Um Robim em grande estilo
Daqueles que fazem bem isto e aquilo
E quando acabam o trabalho reclamam...
Não sei como se chamam
Nem eles sabem certamente o meu nome
Surgem em bandos guiados pelo instinto
E pela vista e o que ela ao longe alcança
Alguns são solitários e viajam sozinhos
Todos ostentam longas penas pretas e algumas amarelas
Prolongando as caudas e as asas que abertas abarcam
O espaço aparente que a lua à distância ocupa
Luzindo lampeiros devorando lampas
Há quem lhes chame apenas rabilongos
E os afugente como se afugentam demónios à solta
Nos quintais o nas hortas devorando frutos
Estão agora pousados nas figueiras férteis
Vorazes disputando aos donos a colheita.
Desconhecem a origem da propriedade privada
Preferindo o usufruto
Só os figos são deles
Exibidos nos papos
Como trofeus de audácia.
Eu faria assim...
NÃO SEI COMO SE CHAMAM
Eles e os outros e os tais...
Que andam por aí diariamente.
Não sei se são bestas se são bestiais
Ou se são humanos em forma de gente
Quem são eles afinal!...
Que malta é essa e para onde vão?
Andem por onde andar só fazem mal
Cada um deles é um ladrão...
Um Robim em grande estilo
Daqueles que fazem bem isto e aquilo
E quando acabam o trabalho reclamam...
Será gente boa será gente má...
Seja o que for é o melhor que há
Sei tudo mas não como se chamam.
Seja o que for é o melhor que há
Sei tudo mas não como se chamam.
João Brito Sousa
Sem comentários:
Enviar um comentário