sexta-feira, 23 de novembro de 2007

BOA VIAGEM CARLINHOS

(no mar dos Açores)


Era assim que a D. Helena lá da primária te chamava, o CARLINHOS. E a tua Mãe também.

E igualmente todas as minhas tias e primas lá dos BRACIAIS que te desejam uma boa viagem para lá.

E o Diogo Tarreta, esposa e filho.. idem, uma boa viagem para o Carlinhos.

E nosso Carlos Alberto Diogo não dia faltar; telefonou-me e disse-me “uma boa viagem para o Russo”.

Os meus irmãos também, a mana Solange, a mana Katy e o mano Jack, desejam uma boa viagem para o CARLINHOS.

Meu velho, fui estar contigo ontem a ALMADA e levei-te um amigo, o teu compadre Firmino Cabrita e fui com ele comprar flores para ti, em nome de todos os teus amigos da escola, de quem eu passei em revista na minha memória, quando entreguei as flores `a tua mulher ou ao teu filho PAULO..

Penso que não recordei todos mas agora queria adicionar a essas flores que te oferecemos, os nomes de grandes amigos teus com o Armandinho Gonçalves, o Jorge Valente dos Santos, o Romualdo Cavaco, o Zé Gago, o Rabeca, o Gil Vieira, o João Silvino Gago, o Zé Rafael, o Jorge Custoidinho e Gabriel, o Zé Gabadinho, o Rosinha e se calhar mais cem ou duzentos amigos.

Todos certamente te desejam uma boa viagem...

E, neste soneto vai um abraço para ti,

Ó MEU AMIGO...

Carlinhos... brinquei todos os jogos de putos contigo...
E ganhavas sempre .... o que certamente foi merecido
Se ganhavas é porque eras melhor ó meu amigo
Apenas perdeste o único jogo que devias ter vencido.

Carlinhos... como disse o nosso DIOGO TARRETA
Estarás sempre connosco... na alameda ou no laranjal...
Ou noutro lugar .. e como homem de actuação correcta
Que foste... vais continuar conosco a bem ou a mal.

E daqui te envio, meu velho camarada e meu grande amigo
Um lamento sincero de não poder estar ainda aí contigo
Mas tem paciência espera aí uns tempinhos que eu já vou ..

E nunca te arrependas de nada do que por cá fizeste
Porque foste um homem, sério, honrado e que mantiveste
Sempre a tua dignidade e onde o deboche nunca entrou.


João Brito Sousa

1 comentário:

  1. Da vida…

    O amigo Russo, foi-se.
    Partiu para aquela última viagem que todos temos já marcada ainda que com a data de embarque em branco. As despedidas, quaisquer que sejam os motivos da partida, são sempre dolorosas. A despedida para a última viagem é mais dolorosa ainda. Dolorosa, por nos privar em definitivo do contacto com um amigo; dolorosa, porque a partida é para parte incerta, deixando-nos num permanente obscurantismo no que toca ao futuro do amigo que parte; dolorosa, porque, ainda que involuntariamente, faz tocar sempre a rebate, no mais íntimo do nosso subconsciente, o aviso de que a nossa partida também se fará um dia, lembrando que temos que deixar tudo o que nesta vida mais estimamos .

    É a vida!
    Inoperantes e impossibilitados de a alterar, no que ao seu fim se refere, resta-nos ir vendo a partida dos amigos ficando na expectativa de que a viagem os conduza a bom porto. Resta-nos igualmente a saudade e a recordação duma amizade, que não terminou, porque nós continuamos no comboio da vida, mas que quebrou um elo da sua cadeia.


    Que descanse em paz o amigo Russo!

    Arnaldo silva
    Felizmente reformado

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