quinta-feira, 29 de novembro de 2007

ALÓ GORJÕES


UM ABRAÇO PARA OS GORJÕES

E os meus parabéns ao ADOLFO PINTO CONTREIRAS, que fez anos no passado dia 27 do corrente.

Já atrasado mas com o todo o calor que a data requer, aí te envio o meu abraço de parabéns pelo aniversário, sobretudo agora, que já começamos a fazer muitos. Mas tu mereces que esse dia tenha sido de gratas recordações.

E espero que essas sensações se repitam por muitos anos, que sejam do teu agrado e que te proporcionem bons momentos de convívio com os teus amigos e familiares .

Dos Gorjões conheço pouco, fui lá uma vez ou duas, mas deu para ver as suas casas caiadas e ao longo da estrada. Nessa primeira vez que aí fui, penso que em Agosto, salvo o erro, estava um palco armado logo á entrada da aldeia, do lado direito quando se vai, local onde tudo indica se deveriam fazer alguns espectáculos ao ar livre.

Desses espectáculos do campesinato, os que mais me encantam e encantaram sempre, são esses espectáculos de cariz popular a que os algarvios chamam de “charolas”, esses grupos de cantares que o povo local não quer deixar perder.

Isto vem a propósito da escola de formação de cantares tradicionais que eu aplaudo e muito que existe nos Gorjões, onde se pode aprender a tocar as castanholas, os ferrinhos e o pandeiro, que juntamente com o acordeão, trazem às casas dos lavradores as melodias do Natal.

E no dia de Reis, lá estão eles na aldeia de Santa Barbara, no Rossio, para disputar a conquista do 1º lugar.

É um espectáculo único a não perder mesmo.

O grupo sobe ao palco, organizam-se, colocam-se nos respectivos lugares, o homem da apresentação dirige-se ao microfone, apresenta o grupo e anuncia a primeira música.

Os músicos preparam-se e o acordeonista rompe (chama-se romper quando o acordeón inicia o toque) com um pam pam.

Nesta altura, os castanholas, corpo direito, já estão com as mãos preparadas, a mão esquerda está um pouco acima da linha do umbigo e a mão direita mais ou menos na linha do ombro direito. Os pandeiros, corpo ligeiramente inclinado para a direita, trabalham (tocam) um pouco acima da linha da cabeça. A mão esquerda segura o instrumento e a direita rola sobre a pele de porco esticada. Os ferrinhos estão no fundo dos braços, a mão esquerda segura o triângulo de ferro, a que abre e fecha e a mão direita faz tim tim nos catetos.

Viva o grande castanholas do Patacão, Mestre Condinho.

E o Zé Cristina de Santa Bárbara de NEXE

O grande espectáculo vai arrancar. ..

Quem o ver nunca mais vai esquecer.

João Brito Sousa

Sem comentários:

Enviar um comentário