domingo, 18 de novembro de 2007

PORQUE HOJE É DOMINGO

(igreja açoriana)
Ao MÁRIO FITAS RALHETE,
Bom homem, católico convicto, praticante
e estudioso da doutrina de Cristo.


Se eu não conhecesse o Mário Fitas, quando um dia me viessem dizer que ele era todo devoto, servidor de Deus e confesso adepto da doutrina de Cristo, eu diria cá para mim: este Mário Fitas é um louco. Mas eu conheço o Mário Fitas que ainda por cima faz favor de ser meu amigo. E é verdade que ele, mais do que um seguidor e praticante ( frequenta à missa) da doutrina de Cristo, é um estudioso.

Num passado recente, eu também ia à Missa, gostava daquilo e sentia-me lá bem. Para mim, o que constava na Bíblia eram histórias bem contadas e melhor escritas ainda, que me deixavam deslumbrado e, se o Prior tinha boa voz e talento aquilo era uma maravilha.

Ora é aqui que eu me situo hoje.

Mas a leitura da Bíblia não me conduz a mais lado nenhum enquanto que ao meu amigo Mário Fitas, Cristo é a escada para se chegar a Deus, pela via do senhor Prior, que é quem capta as mentalidades.

O corre-me citar aqui e agora o Mestre Aquilino Ribeiro, pois é ele que diz em “O HOMEM QUE MATOU O DIABO”:- Ouça, Padre Augusto, o homem é religioso porque sofre; porque sofre e porque não compreende; mas, sobretudo porque sofre. E sendo assim as religiões só têm a ganhar se houver no mundo, fome , peste e guerra.. Quanto maior for o número dos oprimidos,... quanto mais o mal ande à solta, melhor vai para elas.

E, sobre os Padres, diz ele em “A VIA SINUOSA”, que são uma grandessíssima corja de calaceiros e de velhacos e só andam no mundo para sugar o sangue do pobre”.

Ele próprio, Aquilino, é filho do padre Joaquim Francisco Ribeiro, sendo até muito vulgar, nesse tempo, os padres terem filhos... o que não será uma atitude respeitável de todo.

O mundo está estranho, lá isso está. Mesmo tendo em consideração que, por morrer uma andorinha não acaba a primavera.

Mas a dúvida subsiste; para onde é que eu vou quando morrer?... E um padre pecador pode conduzir-me a Deus. E Deus existe?

João Brito Sousa.

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