(paisagem da esperança/Açores)
Da vida…
O amigo Russo, foi-se.
Da vida…
O amigo Russo, foi-se.
Partiu para aquela última viagem que todos temos já marcada ainda que com a data de embarque em branco. As despedidas, quaisquer que sejam os motivos da partida, são sempre dolorosas.
A despedida para a última viagem é mais dolorosa ainda. Dolorosa, por nos privar em definitivo do contacto com um amigo; dolorosa, porque a partida é para parte incerta, deixando-nos num permanente obscurantismo no que toca ao futuro do amigo que parte; dolorosa, porque, ainda que involuntariamente, faz tocar sempre a rebate, no mais íntimo do nosso subconsciente, o aviso de que a nossa partida também se fará um dia, lembrando que temos que deixar tudo o que nesta vida mais estimamos .
É a vida!
Inoperantes e impossibilitados de a alterar, no que ao seu fim se refere, resta-nos ir vendo a partida dos amigos ficando na expectativa de que a viagem os conduza a bom porto. Resta-nos igualmente a saudade e a recordação duma amizade, que não terminou, porque nós continuamos no comboio da vida, mas que quebrou um elo da sua cadeia.
Que descanse em paz o amigo Russo!
Arnaldo Silva
Felizmente reformado
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