(o escritor António Lobo Antunes)
È PRECISO ESTUDAR ANTÓNIO LOBO ANTUNES.
É um romancista português, nascido em Lisboa no dia 1 de Setembro de 1942 e proveniente de uma família da grande burguesia portuguesa. Licenciou-se em Medicina com especialização em Psiquiatria. Exerceu a profissão no Hospital Miguel Bombarda em Lisboa, dedicando-se desde 1985 exclusivamente à escrita.
A.L.Antunes é, decididamente um autor que exige muito de nós e que nos coloca problemas de nada fácil resolução. É ele que diz que começa a trabalhar às catorze e vai até às vinte e duas (respeitando as horas das refeições, obviamente), mas que às vezes tem de ir até ao hospital ver pessoas.... para não dar em maluco...
Como é que se pode classificar um homem que diz de si próprio o que vem no parágrafo anterior e o que vem nas frases seguintes?:
“.. Entendo tão pouco da vida e o pouco que entendo chegou, é claro, demasiado tarde, quando de pouco me serve. Deviam ter-me dado um folheto de instruções quando nasci, no género dos que acompanham as embalagens de medicamentos: indicações, contra-indicações, posologia, advertências, efeitos secundários. E em certos dias da semana, certos momentos, certas pessoas só podiam ser usados com receita médica. ...
“...tive que enterrar grandes valores para sobreviver. Foi difícil e talvez indigno mas não encontrei outra saída. Uma hipótese era a de aceitar a mentira e conviver com ela; outra era não pactuar. E as duas hipóteses eram particularmente dolorosas.. Entendo tão pouco de amor...”
Será LA um génio, um céptico, um excêntrico, um detentor de uma inteligência fora do normal, será que tem razão no que diz, será que para desfrutarmos da vida necessitaríamos de um folheto de instruções?...
Afinal, o que e que tem para nos dar Lobo Antunes?
João Brito Sousa
É um romancista português, nascido em Lisboa no dia 1 de Setembro de 1942 e proveniente de uma família da grande burguesia portuguesa. Licenciou-se em Medicina com especialização em Psiquiatria. Exerceu a profissão no Hospital Miguel Bombarda em Lisboa, dedicando-se desde 1985 exclusivamente à escrita.
A.L.Antunes é, decididamente um autor que exige muito de nós e que nos coloca problemas de nada fácil resolução. É ele que diz que começa a trabalhar às catorze e vai até às vinte e duas (respeitando as horas das refeições, obviamente), mas que às vezes tem de ir até ao hospital ver pessoas.... para não dar em maluco...
Como é que se pode classificar um homem que diz de si próprio o que vem no parágrafo anterior e o que vem nas frases seguintes?:
“.. Entendo tão pouco da vida e o pouco que entendo chegou, é claro, demasiado tarde, quando de pouco me serve. Deviam ter-me dado um folheto de instruções quando nasci, no género dos que acompanham as embalagens de medicamentos: indicações, contra-indicações, posologia, advertências, efeitos secundários. E em certos dias da semana, certos momentos, certas pessoas só podiam ser usados com receita médica. ...
“...tive que enterrar grandes valores para sobreviver. Foi difícil e talvez indigno mas não encontrei outra saída. Uma hipótese era a de aceitar a mentira e conviver com ela; outra era não pactuar. E as duas hipóteses eram particularmente dolorosas.. Entendo tão pouco de amor...”
Será LA um génio, um céptico, um excêntrico, um detentor de uma inteligência fora do normal, será que tem razão no que diz, será que para desfrutarmos da vida necessitaríamos de um folheto de instruções?...
Afinal, o que e que tem para nos dar Lobo Antunes?
João Brito Sousa
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