(ria formosa)
LOUCURAS OU QUASE...
Ainda não abri as persianas da janela do meu quarto de trabalho, mas já ouço o ruído dos automóveis que circulam na rua. A cidade já mexe. Medito um pouco e pergunto-me: mas mexer para quê? Onde é que se vai parar assim, a mexer tanto, pessoas a mexer, animais a mexer , tudo mexe mas para se chegar aonde?... Só o Robert é que sabe..
O Robert vive numa caravana em NICE, sofreu um acidente de viação agora e não faz nenhum. Ligo para o telemóvel do Robert, na expectativa que estivesse a pensar na maneira de resolver o problema da perna partida e de la assurance aussi, mas o Robert não quer saber de desgraças, trata-me por mon ami, diz que la vie est belle e canta-me o Et Mainenant do Gilbert Becaud. Está tudo doido e concluo que por aqui não me safo e despeço-me do Robert e digo au revoir Robert.
Entretanto, lembro-me que tenho um amigo também de nome Robert, em português Roberto, um homem de um talento artístico enorme, sobretudo na escrita de textos em prosa, fantásticos, e é interessantíssimo na poesia. É ele que canta e diz . Despedacei o meu coração, na cega ilusão de Amar.../Já nem encontro no Oceano nada que me apeteça.../Esforço-me em vão para me motivar../Pensei que seria nervosa depressão.../ Mas não!...
Espectacularmente belo... ele diz que não.
Recordo depois outro amigo, que tal como o anterior nunca o vi, este é o Coelho Proença de Olhão do BPA e da Escola Comercial, colega no 1º ano 4ª turma do Bartolo e do Zé Maganão, um camarada que entrou aqui no meu blogue a falar de futebol e a dizer-me, “eu também fui costoleta”, ah sim.. então se foste costeleta és meu amigo desde já ...porque ter sido colega de turma do Zé Maganão, hoje o Engº Zé Reis, vale mais do que ter sessenta mil contos no BANCO... a prazo, claro, apesar de dar no mesmo.
E é ao poeta Roberto Afonso que me dirijo e pergunto: Meu caro amigo, o que e é para ti a vida?.. no teu dia a dia ainda arranjas pessoas para gostar e cumprimentar....um poeta é sempre melhor do que os outros?... Porquê?... já sei a resposta do Roberto e ele vai dá-la aqui. Roberto não te esqueças que eu já vi a tua foto no blogue... com o teu irmão..mais pequeno....porra... afinal como é... não te falta nada. Eu se fosse a ti sorria..
E acabo esta crónica louca com aquele trabalho do velho Ranito, descrito pelo Manuel da Fonseca, em “O FOGO E AS CINZAS”, no conto “O Largo”, página 29. ... assim:
O velho Ranito, sai da venda rangendo os dentes, pequeno e fraco, transformado pelo vinho, entesa-se, ergue o cacete e, sem dobrar os joelhos, apenas com um golpe de pés pula para o ar e dá três cacetadas no pó do Largo antes de tocar de novo com os pés no chão e grita, estonteado:
- Se há para aí algum valente que salte para aqui!....
- Há?... fico à espera.
O Robert vive numa caravana em NICE, sofreu um acidente de viação agora e não faz nenhum. Ligo para o telemóvel do Robert, na expectativa que estivesse a pensar na maneira de resolver o problema da perna partida e de la assurance aussi, mas o Robert não quer saber de desgraças, trata-me por mon ami, diz que la vie est belle e canta-me o Et Mainenant do Gilbert Becaud. Está tudo doido e concluo que por aqui não me safo e despeço-me do Robert e digo au revoir Robert.
Entretanto, lembro-me que tenho um amigo também de nome Robert, em português Roberto, um homem de um talento artístico enorme, sobretudo na escrita de textos em prosa, fantásticos, e é interessantíssimo na poesia. É ele que canta e diz . Despedacei o meu coração, na cega ilusão de Amar.../Já nem encontro no Oceano nada que me apeteça.../Esforço-me em vão para me motivar../Pensei que seria nervosa depressão.../ Mas não!...
Espectacularmente belo... ele diz que não.
Recordo depois outro amigo, que tal como o anterior nunca o vi, este é o Coelho Proença de Olhão do BPA e da Escola Comercial, colega no 1º ano 4ª turma do Bartolo e do Zé Maganão, um camarada que entrou aqui no meu blogue a falar de futebol e a dizer-me, “eu também fui costoleta”, ah sim.. então se foste costeleta és meu amigo desde já ...porque ter sido colega de turma do Zé Maganão, hoje o Engº Zé Reis, vale mais do que ter sessenta mil contos no BANCO... a prazo, claro, apesar de dar no mesmo.
E é ao poeta Roberto Afonso que me dirijo e pergunto: Meu caro amigo, o que e é para ti a vida?.. no teu dia a dia ainda arranjas pessoas para gostar e cumprimentar....um poeta é sempre melhor do que os outros?... Porquê?... já sei a resposta do Roberto e ele vai dá-la aqui. Roberto não te esqueças que eu já vi a tua foto no blogue... com o teu irmão..mais pequeno....porra... afinal como é... não te falta nada. Eu se fosse a ti sorria..
E acabo esta crónica louca com aquele trabalho do velho Ranito, descrito pelo Manuel da Fonseca, em “O FOGO E AS CINZAS”, no conto “O Largo”, página 29. ... assim:
O velho Ranito, sai da venda rangendo os dentes, pequeno e fraco, transformado pelo vinho, entesa-se, ergue o cacete e, sem dobrar os joelhos, apenas com um golpe de pés pula para o ar e dá três cacetadas no pó do Largo antes de tocar de novo com os pés no chão e grita, estonteado:
- Se há para aí algum valente que salte para aqui!....
- Há?... fico à espera.
João Brito Sousa
A vida
ResponderEliminarA vida é uma maravilhosa empresa
Onde nunca é fácil cumprir o modelo de gestão
É caminho repleto do imprevisto, de alegria e de tristeza…
Não poderá faltar:
A fresca e doce expressão física do Amor
O colorido da liberdade e do fantasiar
A melodia da ilusão, do sonho, do empreender
O ácido fel da dura realidade
O mar revolto da mediocridade e da maldade…
Mas há em cada vida biliões de coisas boas
Que atenuam qualquer dissabor
Que nos fazem sorrir com confiança
Alimentando a chama de esperança
Que reside em cada coração
Transformando-a em força de viver…
É este o refrão em quase todas as pessoas…
Roberto Afonso