(parlamento)
ACONTECIMENTOS de 1911
1 - Leis Republicanas: Descanso semanal; Registo civil; Separação Estado/ Igreja; Criação do Escudo.
2 – 28 de Maio; eleições para a Constituinte
3 - 21 de Agosto; promulgação de nova CONSTITUIÇÃO.
4 - 24 de Agosto: MANUEL DE ARRIAGA Presidente da REPÚBLICA
1 - Leis Republicanas: Descanso semanal; Registo civil; Separação Estado/ Igreja; Criação do Escudo.
2 – 28 de Maio; eleições para a Constituinte
3 - 21 de Agosto; promulgação de nova CONSTITUIÇÃO.
4 - 24 de Agosto: MANUEL DE ARRIAGA Presidente da REPÚBLICA
A MODERNIZAÇÃO FALHADA
A REPUBLICA PROMETE RECUPERAR O ATRASO NACIONAL, MAS HÁ UM ABISMO ENTRE OS PROGRAMAS POLÍTICOS E A REALIDADE..
O novo poder diz querer Portugal tão avançado como a Europa além- Pirinéus, coisa que a Monarquia não teria querido ou sido capaz de fazer. Nos anos 10 não se vive porém qualquer explosão do desenvolvimento nem qualquer surto de progresso que não resulte da natural extensão do que já antes estava em curso..
Não se assiste sequer ao lançamento de um grande projecto de obras públicas (com excepção do fim do decénio do início da construção dos bairros sociais do Arco do Cego e da Ajuda, em Lisboa, mais por imposição do movimento operário do que por planificação governamental)
Liberais e crentes na iniciativa individual, os primeiros responsáveis defendem um Estado pouco interventor, razão porque não há projectos de equipamento público ou leis de segurança social. Depois interpõem-se as guerrilhas partidárias. E por fim surge a guerra. Não há pois tempo para pensar o desenvolvimento, entregue à acção espontânea da sociedade..
Para que se possa formar um corpo da aviação militar, por exemplo, os primeiros aparelhos são patrioticamente doados por jornais. O Século oferece um avião e o Comércio do Porto outro, com o qual se realiza em 1912 o primeiro voo na cidade nortenha. O directório do Partido Republicano Português contribui também com uma maquina voadora para a esquadrilha nacional..
No domínio dos transportes terrestres, a construção de novas vias férreas não atinge metade do que se fez na primeira década do século ( 331 quilómetros contra 702). A exploração da rede está na mão de diversas sociedades do Estado. A privada Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses (CP), que explora as vias de maior movimento (como as linhas do Norte, do Oeste, de Sintra e de Cascais), é de longe a empresa ferroviária mais importante do país.
Outro meio de transporte em rápido crescimento é o veículo motorizado. Ao longo destes dez anos, o número de automóveis em circulação nas deficientes estradas portuguesas aumenta seis vezes (surpreendentemente, o Porto é em 1912/13 a cidade europeia com maior índice de automóveis por mil habitantes). É uma actividade a exigir disciplina, publicando-se a sua primeira regulamentação em 1911, um conjunto de regras a que só mais tarde se chamará o Código da Estrada. Uma dessas regras obriga a circular pela esquerda.
João Brito Sousa
A REPUBLICA PROMETE RECUPERAR O ATRASO NACIONAL, MAS HÁ UM ABISMO ENTRE OS PROGRAMAS POLÍTICOS E A REALIDADE..
O novo poder diz querer Portugal tão avançado como a Europa além- Pirinéus, coisa que a Monarquia não teria querido ou sido capaz de fazer. Nos anos 10 não se vive porém qualquer explosão do desenvolvimento nem qualquer surto de progresso que não resulte da natural extensão do que já antes estava em curso..
Não se assiste sequer ao lançamento de um grande projecto de obras públicas (com excepção do fim do decénio do início da construção dos bairros sociais do Arco do Cego e da Ajuda, em Lisboa, mais por imposição do movimento operário do que por planificação governamental)
Liberais e crentes na iniciativa individual, os primeiros responsáveis defendem um Estado pouco interventor, razão porque não há projectos de equipamento público ou leis de segurança social. Depois interpõem-se as guerrilhas partidárias. E por fim surge a guerra. Não há pois tempo para pensar o desenvolvimento, entregue à acção espontânea da sociedade..
Para que se possa formar um corpo da aviação militar, por exemplo, os primeiros aparelhos são patrioticamente doados por jornais. O Século oferece um avião e o Comércio do Porto outro, com o qual se realiza em 1912 o primeiro voo na cidade nortenha. O directório do Partido Republicano Português contribui também com uma maquina voadora para a esquadrilha nacional..
No domínio dos transportes terrestres, a construção de novas vias férreas não atinge metade do que se fez na primeira década do século ( 331 quilómetros contra 702). A exploração da rede está na mão de diversas sociedades do Estado. A privada Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses (CP), que explora as vias de maior movimento (como as linhas do Norte, do Oeste, de Sintra e de Cascais), é de longe a empresa ferroviária mais importante do país.
Outro meio de transporte em rápido crescimento é o veículo motorizado. Ao longo destes dez anos, o número de automóveis em circulação nas deficientes estradas portuguesas aumenta seis vezes (surpreendentemente, o Porto é em 1912/13 a cidade europeia com maior índice de automóveis por mil habitantes). É uma actividade a exigir disciplina, publicando-se a sua primeira regulamentação em 1911, um conjunto de regras a que só mais tarde se chamará o Código da Estrada. Uma dessas regras obriga a circular pela esquerda.
João Brito Sousa
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