(casa da prima Maria Emília)
O QUE NÓS QUEREMOS
Para o meu amigo Francisco Paulo Afonso Viegas.
O QUICAS do 1º ano 1ª turma.
que ficava sentado à minha frente,
na sala de aula, fila do
meio e tinha como parceiro
O QUE NÓS QUEREMOS
Para o meu amigo Francisco Paulo Afonso Viegas.
O QUICAS do 1º ano 1ª turma.
que ficava sentado à minha frente,
na sala de aula, fila do
meio e tinha como parceiro
o Manuel Geraldes de Tavira.
Lembrei-me hoje do QUICA, um extraordinário aluno e um grande amigo que vejo muito poucas vezes. Esta crónica é para ele.
Eu penso que o que nós, população do mundo, em gral queremos, é estar bem ou sentirmo-nos bem.
De RAUL BRANDÃO , em "OS OPERÁRIOS" retiro este naco de prosa:
“ Milhões de seres humanos trabalham oito, dez ou doze horas diárias, em odiosas condições e troca de salário insuficiente.
Milhões de velhos, que durante uns vinte e cinco, trinta e quarenta anos, laboriosamente têm formado a riqueza pública e edificado fortunas particulares, estendem as mãos calosas e descarnadas aos transeuntes ou solicitam a sua entrada para os asilos.
Milhões de crianças, encantadoras e inocentes, precisam de alimento e da cultura indispensáveis...
Milhões de mulheres belas, feitas para provocar e gozar o amor, procuram no tráfico vergonhoso da sua carne o pão que lhes é necessário.
Milhões de seres vigorosos e belos em vão procuram trabalho, e, sem o encontrar morrem na miséria.
Milhões de jovens são arrastados aos campos, `a oficina, `a família, aos seus amores, na provisão de matanças incompreensíveis e criminosas.
Milhões de desgraçados, a quem a miséria, a ignorância e a opressão forçam fatalmente a infrigir a lei feita contra eles, gemem nos cárceres e nos presídios.
«Toda a pessoa inteligente e de coração deve querer que isto termine»..
Eu quero ...
João Brito Sousa
Lembrei-me hoje do QUICA, um extraordinário aluno e um grande amigo que vejo muito poucas vezes. Esta crónica é para ele.
Eu penso que o que nós, população do mundo, em gral queremos, é estar bem ou sentirmo-nos bem.
De RAUL BRANDÃO , em "OS OPERÁRIOS" retiro este naco de prosa:
“ Milhões de seres humanos trabalham oito, dez ou doze horas diárias, em odiosas condições e troca de salário insuficiente.
Milhões de velhos, que durante uns vinte e cinco, trinta e quarenta anos, laboriosamente têm formado a riqueza pública e edificado fortunas particulares, estendem as mãos calosas e descarnadas aos transeuntes ou solicitam a sua entrada para os asilos.
Milhões de crianças, encantadoras e inocentes, precisam de alimento e da cultura indispensáveis...
Milhões de mulheres belas, feitas para provocar e gozar o amor, procuram no tráfico vergonhoso da sua carne o pão que lhes é necessário.
Milhões de seres vigorosos e belos em vão procuram trabalho, e, sem o encontrar morrem na miséria.
Milhões de jovens são arrastados aos campos, `a oficina, `a família, aos seus amores, na provisão de matanças incompreensíveis e criminosas.
Milhões de desgraçados, a quem a miséria, a ignorância e a opressão forçam fatalmente a infrigir a lei feita contra eles, gemem nos cárceres e nos presídios.
«Toda a pessoa inteligente e de coração deve querer que isto termine»..
Eu quero ...
João Brito Sousa
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