sábado, 17 de novembro de 2007

COMENTÁRIO DE WASHINGTON

(estátua da liberdade em New York)
PORTO, 2007.11.17

CHEGOU DE WASHINGTON O

COMENTÁRIO DO AMIGO DIOGO TARRETA À MINHA CRÓNICA DAS 12 e 45.


Recordo perfeitamente o dia em que o General foi a Faro, foi numa tardequente em que o verão ja se fazia sentir.

Estava tudo preparado para que fosse "botar" discurso na praca dita nova, mas à ultima hora, devido a a grande multidão que se juntou para o ouvir e talvez aplaudir, foi desviado o seu cortejo para o jardim Manuel Bivar!

Eu nao o vi- estava na multidão da praça com os meus quinze anos vicosos e talvez inconscientes e de certeza não politicamente maduro. Foram meses que recordo bem e em casa falava-se disso. O meu pai, homem de não fazer ondas, inquietava-se sobre o que viria a seguir, mas sobreviveu pouco a esse tempo.

O que veio a seguir nós sabemos, mas perguntar se estamos melhor ou pior, é muito subjectivo.-

Hoje os portugueses continuam endividados como sempre e"vaidosos" e sem produzir nada a nao ser cimento armado, e este sobre o do dinheiro que veio e esta vindo da "bananeira" europa!aquela a que nos encostamos depois do Brasil e Africa terem ido a vida.
Sei que vou ser criticado mas apontem-me uma meia duzia de empresas produzindo algo; nao vendendo, nao prestando servicos, mas produzindo- e produzir e a palavra chave para que tudo melhor! produzimos vinho.

Mas isso chega!pergunto eu. Ai que vai cair o Carmo e a Trindade, aceito criticas....

Um abraço
Diogo

1 comentário:

  1. Olá, amigo Diogo!

    Não vai cair o Carmo nem a Trindade por se dizerem umas quantas verdades ou se emitirem umas críticas acertadas.

    É óbvio que haverá sempre umas vozes discordantes e prontas a cair em cima de quem tem a coragem de, publicamente, dizer que "o rei vai nu!

    Não se é, não se pode ser politicamente apelidado de fascista por criticar o que vai mal no reino da democracia. E, neste reino, amigo Diogo, muitas coisas vão mal, até mesmo de mal a pior!

    Portugal não produz NADA!
    Portugal e os portugueses estão de facto a viver com o "cacau" que cai da bananeira, chamada Europa.
    Não será culpa exclusiva do regime democrático aqui implantado há mais de trinta anos. Não será...

    Mas o que é um facto é que os actuais dirigentes políticos não conseguem conduzir este país para outro destinos que não seja uma colónia de férias da Europa. E, até nessa área, parece que estamos perdendo terreno para umas Turquias e Tunísias.

    O povo português é, de facto, um povo pouco talhado para iniciativas de produção. É mais do tipo "Maria vai com as outras".

    Dois exemplos: Conservas de peixe é o que está a dar, ali no pós guerra? Tivemos a maior quantidade de unidades produtivas em toda a Europa. De Matosinhos a Tavira proliferaram essas indústrias. Mas quando os franceses surgiram com a lata de abertura fácil, fomos perdendo força competitiva no estranjeiro e só se adoptou a nova embalagem quando mais de metade daquelas unidades haviam falido!
    Texteis? Ah! Com a nossa mão de obra "ao preço da chuva" isso é bom negócio! Surgiram, com a capacidade prória da prolifaração dos cogumelos, indústrias, umas maiores outras mais pequenas, por todo este país. Sem produzirmos algodão, fomos dos maiores produtores e exportadores de tecidos e confecções. Mas a actualização e modernização dos equipamentos produtivos não era coisa para preocupar os criativos portugueses!
    Havia que importá-los da Alemanha e do Japão. Caros, claro! Encarecendo e tornando menos competitivos os nossos artigos! Esse facto, conjugado com os inevitáveis conflitos laborais que a Democracia veio permitir, conduziu à falência total e completa de um sector produtivo que chegou a dar trabalho a mais de um terço da população produtiva deste país. Hoje começamos a vestirno-nos com confecções vindas de Espanha...

    Restam-nos umas empresas de prestação de Serviços e, o que está a dar no momento, as grandes superfícies de abastecimento, com as frutas vindas de todo o mundo, menos de Portugal, os electrodomésticos igualmente importados bem como a maioria dos consumíveis. Picanha do Brasil, vazia da Argentina ou da Irlanda, etc., etc., etc.

    E quando acabar o dinheirinho vindo da Europa e os polítios não puderem enveredar por megalómonas obras públicas - OTAs, TGVs, PONTEs sobre o Tejo - que vai ser de nós?

    Responda quem souber!
    Eu não quero responder. Tenho medo!

    arnaldo silva
    felizmente reformado

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