UM BOM NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO
HOJE, 24
PORTO, 2007.2.24
Pensava que hoje pudesse ser diferente. Admiti essa hipótese porque o movimento nas ruas tem sido grande, as lojas têm funcionado, há a agitação normal da época, parece-me haver um querer nas pessoas e continua aquela melhoria de disposição nesta quadra. Havia algumas possibilidades de, pegando-se nessa disponibilidade aparente, se poder começar uma vida nova.
Com a ajuda de todos.
Porque a embalagem para se conseguir outros padrões de vida tem que se vir buscar aqui. Poderia pensar-se em partir da estaca zero sim utilizando-se essa boa dose de boa vontade e de boa disposição. O homem bem disposto facilita a negociação. Porque ainda ontem me dizia BB “este ano foi um horror.”
E é pena que só disponibilizemos uma ínfima parcela do nosso tempo disponível para se pensar nisso. Eu conheço perfeitamente o ritmo galopante da vida. E seria bem mais agradável se fossemos educados com menos correrias. Mas não vejo hipóteses disso..
Dei uma volta pela imprensa de hoje e verifiquei que é igual a ontem e a outros dias. Milhares de armas em posse de civis não sei onde o que certamente não é sinónimo de paz nem de defesa. Mortes na estrada, muitas, segurança ou falta dela ou insegurança de pessoas, negócios sujos e roubalheira, firmas falidas em proveito de gerentes maus e vigaristas, banco milenium e registo contabilístico das perdas em offf shores e os duzentos milhões de euros desviados de um banco da nossa praça, a actuação da AASAE e da CMMVM perante tantas anormalidades, serviços de urgência a fechar na Saúde e centenas ou milhares de outras situações aqui não mencionadas a contribuir para que o estado de coisas em que vivemos se degrade cada vez mas.
Quando isto poda ser tudo mais simples se houvesse um sorriso franco e construtivo.
Todos os anos nesta altura do NATAL se diz que a conjuntura não nos é favorável, mas ninguém diz VAMOS DAR AS MÃOS.
DAR AS MÃOS e dar um pouco de conforto interior a nós próprios, que também precisamos disso. A vida deveria ser o tema central das nossa preocupações diárias, a nossa vida e a vida dos outros que, queiramos quer não, são vidas que se reflectem em nós. A nossa prioridade é estarmos bem e só estamos bem se os que nos rodeiam estiverem bem. E isso está nas nossas mãos resolver. E no nosso querer.
Também!...
João Brito SOUSA
PORTO, 2007.2.24
Pensava que hoje pudesse ser diferente. Admiti essa hipótese porque o movimento nas ruas tem sido grande, as lojas têm funcionado, há a agitação normal da época, parece-me haver um querer nas pessoas e continua aquela melhoria de disposição nesta quadra. Havia algumas possibilidades de, pegando-se nessa disponibilidade aparente, se poder começar uma vida nova.
Com a ajuda de todos.
Porque a embalagem para se conseguir outros padrões de vida tem que se vir buscar aqui. Poderia pensar-se em partir da estaca zero sim utilizando-se essa boa dose de boa vontade e de boa disposição. O homem bem disposto facilita a negociação. Porque ainda ontem me dizia BB “este ano foi um horror.”
E é pena que só disponibilizemos uma ínfima parcela do nosso tempo disponível para se pensar nisso. Eu conheço perfeitamente o ritmo galopante da vida. E seria bem mais agradável se fossemos educados com menos correrias. Mas não vejo hipóteses disso..
Dei uma volta pela imprensa de hoje e verifiquei que é igual a ontem e a outros dias. Milhares de armas em posse de civis não sei onde o que certamente não é sinónimo de paz nem de defesa. Mortes na estrada, muitas, segurança ou falta dela ou insegurança de pessoas, negócios sujos e roubalheira, firmas falidas em proveito de gerentes maus e vigaristas, banco milenium e registo contabilístico das perdas em offf shores e os duzentos milhões de euros desviados de um banco da nossa praça, a actuação da AASAE e da CMMVM perante tantas anormalidades, serviços de urgência a fechar na Saúde e centenas ou milhares de outras situações aqui não mencionadas a contribuir para que o estado de coisas em que vivemos se degrade cada vez mas.
Quando isto poda ser tudo mais simples se houvesse um sorriso franco e construtivo.
Todos os anos nesta altura do NATAL se diz que a conjuntura não nos é favorável, mas ninguém diz VAMOS DAR AS MÃOS.
DAR AS MÃOS e dar um pouco de conforto interior a nós próprios, que também precisamos disso. A vida deveria ser o tema central das nossa preocupações diárias, a nossa vida e a vida dos outros que, queiramos quer não, são vidas que se reflectem em nós. A nossa prioridade é estarmos bem e só estamos bem se os que nos rodeiam estiverem bem. E isso está nas nossas mãos resolver. E no nosso querer.
Também!...
João Brito SOUSA
Noite de Natal
ResponderEliminarMinha noite de Natal
De palácio vazio
Com ruas sem ninguém
O silêncio suprime melodias
Faltam olhares familiares
Alegria e comunhão estão ausentes
E as tradicionais iguarias
que hoje a mesa não tem…
Desejo alcançar a paz
Numa vaga de solidão
Olho as estrelas horas a fio
Num contacto pessoal
Falo-lhes de desilusão
De caminhos irregulares
Com estruturas mal assentes
Numa vida com difícil ritual
De que já não me sinto capaz…
Assim:
Enrolo-me no vento
À Lua me abraço
Beijo cada estrela
Todos os planetas afago
E adormeço sem querer…
De mim:
Ao acordar não haverá lamento
Saberei gerir este espaço
entre as cores e a tela
Será o preço que pago
Por não ter sabido escolher…
Roberto Afonso