"JOGO PERIGOSO" de Álvaro Magalhães
OPINIÃO
A obra acima citada, tem à entrada, um pequeno artigo - De dentro para dentro – da autoria do poeta Manuel António Pina, que tanto quanto me parece, em termos de adepto de futebol é sportinguista e é, quanto a mim, umapessoa credível no mundo da cultura portuguesa.
Isto, para dizer que o poeta Pina dá uma certa garantia à obra do escritor A. Magalhães.
No capítulo "COMO SER ADEPTO"
o autor vai buscar o exemplo de António Tabucchi, porque muda de equipa todos os anos, ficando eu sem saber, se é sua opinião ou não, que o adepto deve mudar de clube todos os anos. A minha opinião e o que conheço da realidade portuguesa é que todo o adepto é fiel a um único clube até ao fim.
A frase de T.S.Eliot,
"o futebol é um elemento fundamental da cultura contemporânea",
contida nesse capítulo, está perfeitamente actual e é de significado correctíssimo. Aceito-a, portanto.
Onde eu começo a não concordar, é quando, ainda na página 13, o autor diz: "É quase sempre decepcionante a percepção que a maioria dos intelectuais tem do futebol, apesar de o futebol ser o jogo mais parecido com o jogo supremo que é a vida.”
Como dizia o Humberto Madeira no TEATRO: Isto é areia de mais para a minha camioneta.
Mas a que propósito vêm parar aqui os intelectuais? Julgar-se - à o escritor Álvaro Magalhães um intelectual? Mas, mesmo que sim, será nessa qualidade que o escritor vai ao futebol? Eu entendo que não.
Vai ao futebol quem reconhece no jogo validade emotiva. E se a pessoa dormir melhor porque o seu clube ganhou o clássico do burgo, então, sente necessidade de ir e vai.
Não tem nada a ver com intelectuais. O futebol entende-se bem com quaisquer pessoas desde que falem a sua linguagem.
Quando o Eduardo Barroso, o Miguel Macedo e o Medeiros Ferreira discutem futebol às sete horas da tarde às segundas feira, não estão a fazê-lo na qualidade de intelectuais mas sim na qualidade de amantes do futebol, pessoas que gostam do futebol e são estudiosos do futebol.
Pode-se estudar o futebol em termos de melhorar a objectividade e concretização dessa actividade desportiva. Agora... investigar o futebol?:... não me parece.
Não percebo essa de o futebol ser o jogo mais parecido com o jogo supremo que é a vida ...
Que confusão do catano que para aqui vai... porra.
João Brito Sousa.
DEPOIS DE TER ESTE TEXTO PREPARADO, RECEBI DE UM AMIGO VIA E-MAIL, O SEGUINTE COMENTÁRIO.
“Bem João, não posso concordar contigo, lê com calma o que escreveste e conclui que foste ofensivo com o homem. Não conheço o Álvaro Magalhães, a não ser de nome, mas ele tem razaão quando diz que se quiseres lhe podes chamar um mau escritor, é a tua opinião, mas nunca que não é escritor. Mau ou bom ele é o que é. E o facto de ser portista, não abona nem a favor nem a desfavor dele. Tens de ser mais tolerante e a aceitar a opinião dos outros, ninguém é detentor da verdade, os que pensam assim, esses sim, são os ditadores.
Abraço amigo de um portista que conheces bem”
PS - Sobre este assunto, que vou responder, ponderadamente, apelo ao contributo de todos, desde que com argumentos válidos e responsáveis se disponham a pugnar pela honra das pessoa e das instituições. Porque há Instituições que ainda não são democráticas.
João Brito Sousa
DEPOIS DE TER ESTE TEXTO PREPARADO, RECEBI DE UM AMIGO VIA E-MAIL, O SEGUINTE COMENTÁRIO.
“Bem João, não posso concordar contigo, lê com calma o que escreveste e conclui que foste ofensivo com o homem. Não conheço o Álvaro Magalhães, a não ser de nome, mas ele tem razaão quando diz que se quiseres lhe podes chamar um mau escritor, é a tua opinião, mas nunca que não é escritor. Mau ou bom ele é o que é. E o facto de ser portista, não abona nem a favor nem a desfavor dele. Tens de ser mais tolerante e a aceitar a opinião dos outros, ninguém é detentor da verdade, os que pensam assim, esses sim, são os ditadores.
Abraço amigo de um portista que conheces bem”
PS - Sobre este assunto, que vou responder, ponderadamente, apelo ao contributo de todos, desde que com argumentos válidos e responsáveis se disponham a pugnar pela honra das pessoa e das instituições. Porque há Instituições que ainda não são democráticas.
João Brito Sousa
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