(casimiro de brito)
CASIMIRO DE BRITO.
Foi meu colega na Escola Comercial e Industrial de Faro. Se bem que mais velho do que eu e mais adiantado nos estudos, ainda acompanhei com ele num certo período da sua vida. Não conheci o seu valor como aluno, nem nunca supus que o Casimiro chegasse tão longe na poesia. Hoje é um valor seguro na cultura portuguesa. Seguem alguns dados pessoais.
Nasceu em Loulé, em 1938. Viveu a sua infância na região algarvia e frequentou a Escola Comercial de Faro. Depois de uma passagem por Londres, em 1958, fundou e dirigiu com António Ramos Rosa os Cadernos do Meio-Dia (1958-60), onde se revelaram os poetas do grupo Poesia 61.
Foi meu colega na Escola Comercial e Industrial de Faro. Se bem que mais velho do que eu e mais adiantado nos estudos, ainda acompanhei com ele num certo período da sua vida. Não conheci o seu valor como aluno, nem nunca supus que o Casimiro chegasse tão longe na poesia. Hoje é um valor seguro na cultura portuguesa. Seguem alguns dados pessoais.
Nasceu em Loulé, em 1938. Viveu a sua infância na região algarvia e frequentou a Escola Comercial de Faro. Depois de uma passagem por Londres, em 1958, fundou e dirigiu com António Ramos Rosa os Cadernos do Meio-Dia (1958-60), onde se revelaram os poetas do grupo Poesia 61.
Fixou-se em Lisboa em 1971, desempenhando funções no sector bancário, depois de ter vivido três anos na Alemanha.
Poeta, romancista e ensaísta, tem cerca de 40 livros publicados. Foi Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Escritores e é actualmente Presidente do Pen Club. Dedica-se hoje exclusivamente à escrita e continua a desenvolver uma intensa actividade como divulgador da poesia nacional e internacional. É co-director da revista luso-brasileira Columba e responsável pela colaboração portuguesa na revista internacional Serta.
Entre outros prémios, Casimiro de Brito recebeu o Grande Prémio de Poesia APE pelo livro Labyrinthus (1981) e o Prémio Internacional de Poesia Léopold Senghor (2002).
DO POEMA
O problema não é
meter o mundo no poema; alimentá-lo
de luz, planetas, vegetação. Nem
tão-pouco
enriquecê-lo, ornamentá-lo
com palavras delicadas, abertas
ao amor e à morte, ao sol, ao vício,
aos corpos nus dos amantes —
o problema é torná-lo habitável, indispensável
a quem seja mais pobre, a quem esteja
mais só
do que as palavras
acompanhadas
no poema.
Poeta, romancista e ensaísta, tem cerca de 40 livros publicados. Foi Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Escritores e é actualmente Presidente do Pen Club. Dedica-se hoje exclusivamente à escrita e continua a desenvolver uma intensa actividade como divulgador da poesia nacional e internacional. É co-director da revista luso-brasileira Columba e responsável pela colaboração portuguesa na revista internacional Serta.
Entre outros prémios, Casimiro de Brito recebeu o Grande Prémio de Poesia APE pelo livro Labyrinthus (1981) e o Prémio Internacional de Poesia Léopold Senghor (2002).
DO POEMA
O problema não é
meter o mundo no poema; alimentá-lo
de luz, planetas, vegetação. Nem
tão-pouco
enriquecê-lo, ornamentá-lo
com palavras delicadas, abertas
ao amor e à morte, ao sol, ao vício,
aos corpos nus dos amantes —
o problema é torná-lo habitável, indispensável
a quem seja mais pobre, a quem esteja
mais só
do que as palavras
acompanhadas
no poema.
João Brito Sousa
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