(militar na defesa do ultramar portugês)
CENAS EM TEMPO DE GUERRA
Por Diogo Tarreta
Foi no LUMEJE, pequena terra entre Luso e Teixeira de Sousa, junto ao caminhode ferro de Benguela, uma pequena avenida com uns 500 metros de comprido, não longe da estação do dito caminho de ferro, com as casas dos brancos em cada lado e lá atras, muito atrás as sanzalas indígenas.
Falava-se que se contrabandeavam diamantes, é possível, não dei por isso mas a área era rica e continua a ser rica nessas pedras mas, o que ai assisti nos primeiros dias da nossa estadia fez-me duvidar da verdadeira missão para que nos haviam doutrinado. E perguntei a mim mesmo, "QUE FAÇO EU AQUI" e, passo a descrever:
Por Diogo Tarreta
Foi no LUMEJE, pequena terra entre Luso e Teixeira de Sousa, junto ao caminhode ferro de Benguela, uma pequena avenida com uns 500 metros de comprido, não longe da estação do dito caminho de ferro, com as casas dos brancos em cada lado e lá atras, muito atrás as sanzalas indígenas.
Falava-se que se contrabandeavam diamantes, é possível, não dei por isso mas a área era rica e continua a ser rica nessas pedras mas, o que ai assisti nos primeiros dias da nossa estadia fez-me duvidar da verdadeira missão para que nos haviam doutrinado. E perguntei a mim mesmo, "QUE FAÇO EU AQUI" e, passo a descrever:
"Um português tinha o seu estabelecimento no extremo Este da dita avenida, não longe da estação do caminho de ferro e consistia na habitação e de um enorme armazém por detrás onde ia armazenando o que comprava o que era naquela época milho
E abastecia a população negra das suas necessidades onde avultava os tais panos de que fala o poeta e bicicletas que nunca mais esqueço que no dialecto local se chamavam CHINGAS
Ora acontece que logo nos primeiros dias de lá estar decidi comprar uma bicicleta e, lá fui ao português que, também fornecia o exercito de viveres e combustíveis.
E assisti á cena que segue.
Um homem negro, alto, forte entrou vergado no estabelecimento pelo peso de um alguidar enorme cheio de milho, mostrou-o ao português, que com um gesto lhe indicou o armazém, o sujeito voltou passado um minuto e o nosso português, esperto que nem um alho, estendeu-lhe 25 tostões, o homem reclamou no seu dialecto ao que o comerciante respondeu no mesmo mas de nada adiantou....ele mostrou-lhe o caminho da porta e para mim acabara de ser testemunha de uma atitude incorrecta.
MEU COMENTÁRIO
O português no estrangeiro, só tinha uma missão: ganhar dinheiro. Num certo sentido, o comerciante português, não prejudicava os locais que pagavam com géneros a presença dos portugueses nesses territórios. Não tenho a certeza se isto será bem assim.. O comerciante português prejudicou o habitante local?. Mas quem atira a primeira pedra...
Em princípio esta errado.. mas não estou à vontade.
João Brito Sousa
E abastecia a população negra das suas necessidades onde avultava os tais panos de que fala o poeta e bicicletas que nunca mais esqueço que no dialecto local se chamavam CHINGAS
Ora acontece que logo nos primeiros dias de lá estar decidi comprar uma bicicleta e, lá fui ao português que, também fornecia o exercito de viveres e combustíveis.
E assisti á cena que segue.
Um homem negro, alto, forte entrou vergado no estabelecimento pelo peso de um alguidar enorme cheio de milho, mostrou-o ao português, que com um gesto lhe indicou o armazém, o sujeito voltou passado um minuto e o nosso português, esperto que nem um alho, estendeu-lhe 25 tostões, o homem reclamou no seu dialecto ao que o comerciante respondeu no mesmo mas de nada adiantou....ele mostrou-lhe o caminho da porta e para mim acabara de ser testemunha de uma atitude incorrecta.
MEU COMENTÁRIO
O português no estrangeiro, só tinha uma missão: ganhar dinheiro. Num certo sentido, o comerciante português, não prejudicava os locais que pagavam com géneros a presença dos portugueses nesses territórios. Não tenho a certeza se isto será bem assim.. O comerciante português prejudicou o habitante local?. Mas quem atira a primeira pedra...
Em princípio esta errado.. mas não estou à vontade.
João Brito Sousa
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