terça-feira, 25 de dezembro de 2007

MINHA NOITE DE NATAL


MINHA NOITE DE NATAL
(poema de ROBERTO AFONSO)

Minha noite de Natal
De palácio vazio
Com ruas sem ninguém
O silêncio suprime melodias
Faltam olhares familiares
Alegria e comunhão estão ausentes
E as tradicionais iguarias
que hoje a mesa não tem…


Desejo alcançar a paz

Numa vaga de solidão
Olho as estrelas horas a fio
Num contacto pessoal
Falo-lhes de desilusão
De caminhos irregulares
Com estruturas mal assentes
Numa vida com difícil ritual

De que já não me sinto capaz…


Assim:Enrolo-me no vento
À Lua me abraço
Beijo cada estrela
Todos os planetas afago
E adormeço sem querer…

De mim:

Ao acordar não haverá lamento
Saberei gerir este espaço
entre as cores e a tela
Será o preço que pago
Por não ter sabido escolher…

Recolha de
João Brito Sousa

1 comentário:

  1. Natal, branco Natal!


    Natal, Branco Natal!
    Natal, Amor Universal!
    Os anjos tocam trombetas
    anunciando o Natal.
    Colhem flores de Amor.
    Espalham a cesta dos sininhos
    pelas vielas solitárias
    e acordam todos os meninos
    famintos de carinhos.
    Natal, Branco Natal!
    Natal, Amor Universal!
    Natal, Natal, Natal!
    Embrulhos, prendas, flores,
    música linda, angelical!
    Luzes e bolas de mil cores...
    Multidão anónima de gente
    a comprar o seu presente.
    Natal, Branco Natal!
    Natal, Amor Universal!
    Oh! Natal, Natal de Amor,
    que renasces como a flor
    em cada ano que passa!
    Natal de Paz e Harmonia;
    porquê Natal só um dia?
    Dêmos as mãos, todas as mãos
    num gesto de Amor total.
    Brote espontâneo dos nossos corações,
    em cada dia, um Novo Natal!
    E de discórdia à harmonia,
    façamos Natal, em cada dia.


    Manuela Mourisca Martins



    (Recolha de Roberto Afonso)

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