MINHA NOITE DE NATAL
(poema de ROBERTO AFONSO)
Minha noite de Natal
De palácio vazio
Com ruas sem ninguém
O silêncio suprime melodias
Faltam olhares familiares
Alegria e comunhão estão ausentes
E as tradicionais iguarias
que hoje a mesa não tem…
De palácio vazio
Com ruas sem ninguém
O silêncio suprime melodias
Faltam olhares familiares
Alegria e comunhão estão ausentes
E as tradicionais iguarias
que hoje a mesa não tem…
Desejo alcançar a paz
Numa vaga de solidão
Olho as estrelas horas a fio
Num contacto pessoal
Falo-lhes de desilusão
De caminhos irregulares
Com estruturas mal assentes
Numa vida com difícil ritual
Olho as estrelas horas a fio
Num contacto pessoal
Falo-lhes de desilusão
De caminhos irregulares
Com estruturas mal assentes
Numa vida com difícil ritual
De que já não me sinto capaz…
Assim:Enrolo-me no vento
À Lua me abraço
Beijo cada estrela
Todos os planetas afago
E adormeço sem querer…
De mim:
Ao acordar não haverá lamento
Saberei gerir este espaço
entre as cores e a tela
Será o preço que pago
Por não ter sabido escolher…
Recolha de
João Brito Sousa
Natal, branco Natal!
ResponderEliminarNatal, Branco Natal!
Natal, Amor Universal!
Os anjos tocam trombetas
anunciando o Natal.
Colhem flores de Amor.
Espalham a cesta dos sininhos
pelas vielas solitárias
e acordam todos os meninos
famintos de carinhos.
Natal, Branco Natal!
Natal, Amor Universal!
Natal, Natal, Natal!
Embrulhos, prendas, flores,
música linda, angelical!
Luzes e bolas de mil cores...
Multidão anónima de gente
a comprar o seu presente.
Natal, Branco Natal!
Natal, Amor Universal!
Oh! Natal, Natal de Amor,
que renasces como a flor
em cada ano que passa!
Natal de Paz e Harmonia;
porquê Natal só um dia?
Dêmos as mãos, todas as mãos
num gesto de Amor total.
Brote espontâneo dos nossos corações,
em cada dia, um Novo Natal!
E de discórdia à harmonia,
façamos Natal, em cada dia.
Manuela Mourisca Martins
(Recolha de Roberto Afonso)