quinta-feira, 13 de março de 2008

HISTÓRIA DA BEIRA ALTA


(museu dos BRANDÕES)
OS BRANDÕES

para o meu amigo JOÃO PATULEIA

Os Brandões são da Beira Alta.

Havia dois ramos dos Brandões: Os Brandões de Midões e os Brandões do Casal.

À volta de 1870, JOSÉ BRANDÃO, partiu da povoação da Aldeia Nova que fica mesmo em frente da antiga vila de Pombeiro da Beira, a cuja freguesia pertence e foi estabelecer-se com forja de ferreiro em Midões, onde casou com Maria Rosa, de ocupação doméstica..

Deste casamento parece que só houve dois filhos, um chamado de José Joaquim Brandão e outro de nome Manoel Rodrigues Brandão. Ambos aprenderam o ofício de serralheiro com o pai e trabalharam nele durante muito tempo..

O primeiro destes, o José Joaquim Brandão, apesar do fraco ofício que exercia, veio a casar em Midões com D. Tereza de Jesus da Silva Prata Veiga.

O segundo filho, Manoel Rodrigues Brandão casou com Antónia Rita, do Casal da Senhora, filha de José Rodrigues e de Josefa Maria, para casa de quem foram viver, uma pequena povoação junto da vila de Midões, no caminho que vai para Tábua.

Foram estes matrimónios bem distintos e, pelo andar do tempo, bem irredutíveis que deram origem a dois ramos da família dos Brandões. O ramo dos Brandões de Midões e o ramo dos Brandões do Casal., que desempenharam ambos um papel de muita nomeada nos anais da província da Beira Alta, onde foram muito discutidos, principalmente durante as lutas liberais em que tanto se envolveram.

O grupo dos Brandões de Midões, formado pelos descendentes de José Joaquim Brandão, que eram quatro filhos e três filhas, cresceu e multiplicou-se dando origem a novas gerações que se sucederam.

O mesmo aconteceu com o grupo dos Brandões do Casal, formados pelos descendentes de Manoel Rodrigues Brandão, que eram, como os de seu irmão José Joaquim quatro filhos e três filhas, que também deram origem a diferentes gerações.

Esta é a história dos Brandões do Casal da Senhora, cujo progenitor, o mencionado Manoel Rodrigues Brandão, veio a falecer pelas 9 horas da noite no dia 19 de Maio de 1861, com a idade de 86 anos. Antónia Rita morreu pelas 8 horas da manhã de 7 de Novembro de 1874, com a invejável idade de 97 anos. em seu perfeito juízo e deixou testamento.

A História não fala dos Brandões que ficaram em Pombeiro, porque estes não intervieram em lutas políticas, nem criaram ódios e nem lhes são atribuídos crimes. entregues ao labor dos campos, obscuros e ignorados, têm levado a vida tranquilamente, sem paixões nem sobressaltos.

Os cronistas e os novelistas não têm perdido tempo com este outro ramo dos Brandões, cujas ligações com os anteriores lhes são inteiramente desconhecidas. E se agora falo deles, é tão somente para mostrar que nem toda a família dos Brandões abandonou a terra dos e nascimento e nem toda foi acometida do vírus da política que arrastou os de Midões para o embate dos partidos e para o ódio das paixões.

O primeiro assento conhecido da família dos Brandões é o lugar de Aldeia – Nova, onde fixou residência noutro ponto, a três quilómetros de Pombeiro, na margem direita do rio Alva, na freguesia de S. Martinho, no lugar de Vale de Espinho que fica situado no alto de uma pequena eminência que de longe se avista..

Nesta povoação nasceu Bernardo Brandão, que, pela aproximação de datas devia ser irmão do serralheiro José Brandão, que, partindo da Aldeia Nova foi casar a Midões. Este Bernardo era conhecido como o patriarca dos Brandões do ramo de Pombeiro, foi casar a Priados, pequeno lugarejo da freguesia de Pombeiro, com Maria Luís, de cujo casamento nasceram três filhos.

E assim fica descrito a traços largos o ramo dos Brandões de Pombeiro.

Texto de
João brito Sousa

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