Por outras, palavras,
Txto de Manuel, António, Pina
Começou a campanha eleitoral. Não há ainda listas nem candidatos, mas o tiro de partida já foi dado; o IVA descerá 1%… a partir de Julho.
Se bem me lembro, ainda há 12 dias Sócrates dizia em Bruxelas que era "leviano e irresponsável" falar em baixar os impostos. Será que Sócrates, há 12 dias, ainda não tinha ideia nenhuma sobre o facto de o défice de 2007 ter ficado abaixo da meta dos 3,4% nem sobre os dados da economia relativos aos primeiros meses deste ano?
E por que é que, estando as contas públicas agora muito melhor do que estavam em 2005 (situação que justificou a quebra da promessa eleitoral de não aumentar os impostos), o IVA não desce desde já para os níveis de 2005?
É óbvio, no entanto, que descerá mais um pontito com o aproximar da data mágica ("Veremos para o ano", já foi dizendo Sócrates), e que, no OE de 2009, será provavelmente a vez do IRC e do IRS.
Entretanto, na Educação, na Saúde, na Justiça, as políticas tornar-se-ão, por suave milagre, mais dialogantes, a ministra da Educação adiará algumas medidas mais afrontosas (afinal de contas, os professores representam 140 mil votos) e sorrirá cada vez mais e o das Finanças descobrirá finalmente que a crise orçamental está ultrapassada.
O azar dos portugueses é não haver eleições todos os anos
Publicação de
João Brito Sousa
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