domingo, 2 de março de 2008

COMENTÁRIO TRANSFORMADO EM POST

(alunos da E.C.I.FARO)

PROFESSORES e FUNCIONÁRIS
por Arnaldo Silva

Não sou professor. Não fui professor. Levei meia vida a ser gestor empresarial.Como gestor, sempre defendi que, na hierarquia da Empresa, o capital humano era o que mais importava.

Assim sendo, havia que preservá-lo, educá-lo, formá-lo, adaptando-o às evoluções tecnológicas.

Remunerá-lo de acordo com os padrões do ramo industrial onde se inseria, mas privigiliando sempre as melhores capacidades e aptidões. Remunerar os que tiveram a infelicidade de nascer menos capazes ou menos dotados de acordo com as condições gerais do mercado, deverá ser o lema de quem tem que pagar salários.

Obviamente, o prestador do trabalho terá que entender que é necessário corresponder com o desempenho cabal das funções que aceitou desempenhar, sob pena de provocar a rotura da relação de trabalho.

Mas a rotina de comportamentos gera no ser humano o desinteresse, o negativismo, a falha de iniciativas.

Provoca um conformismo doentio que, na generalidade dos casos, conduz a comportamentos irresponsáveis. Por essa razão, na vida particular ou na profissional, é necessária a existência de incentivos que motivem e contribuam para o empenhamento permanente em cada tarefa que haja que levar a cabo.

Incentivos ou objectivos são, pois, atributos de uma vida conseguida.

A carreira profissional do funcionário público teve sempre, até há bem pouco tempo, um bem fraco incentivo: deixar decorrer os anos. As promoções eram "compulsivas" depois de ter passado um certo número de anos na mesma categoria e o posto de trabalho estava vitaliciamente assegurado.

Para quê, portanto, produzir mais ou melhor ?!

A carreira profissional do Professor, essa, era ainda mais limitada. Creio que se quedava por uns ajustes salariais, apelidados de diuturnidades, dependentes dos anos na profissão. Nada mais natural que o Professor se deixasse vitimar pela rotina e pela falta de objectivos, contribuindo para uma menos boa qualidade de ensino.Ora, a avaliação do trabalho desenvolvido por cada Professor pode vir a ser um motivo de estímulo para que ele se esforce na procura de uma melhor qualidade no acto de leccionar. Pode...

Porém, há que encontrar um método para medir essa qualidade, processo que não violente a personalidade de cada um, nos seus princípios, na sua consciência. Tudo leva a crer que o sistema em vias de implementação não será o mais adequado. Daí as manifestações em curso.

A propósito destas manifestações, venho catalogar de demasiado causticantes e exageradamente insultuosas as apreciações do amigo Adolfo. Aquela gente presta, e de que maneira! As leis do sistema democrático, transformam um partido maioritário no poder em governo autoritário, arrogante e inflexível; e não deixam outra margem de manobra à contestação de uma classe que se sente vitimada que não seja a manifestação de rua. E, nos tempos que correm, todos nós sabemos e conhecemos a real força dos media na formação das ideias, na expressão de sentimentos de massas, no influenciar de opiniões. Porquê, então, criticar, em termos tão desprezíveis, uma forma de manifestação que não é mais do que a correntemente utilizada por todos os elementos de qualquer quadrante da nossa sociedade?!

O amigo Adolfo exagerou. Demasida e desnecesáriamente!

Pela Reforma da Educação e pela dignificação do Professor!

arnaldo silva
felizmente reformado
Publicação de
João Brito Sousa

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