segunda-feira, 24 de março de 2008

FALAR DE EDUCAÇÃO


CRÓNICA DE WASHINGTON

Caro João.

Cito de memória:

"Na sociedade da abundância do estado providencia o herói e' o marginal, sinal evidente do nosso olhar e pensar da decadência actual."

Este e' o ultimo parágrafo da "Luta educativa, elucidativa II, do APC GORJOES.

Encerra a verdade "cancerígena "da nossa sociedade. O vitimizar do marginal - o estado providência, e' o mal de todos os males. Todos são culpados de todos os males que nos rodeiam - menos nós.!!

"O estado tem que fazer"!

"O estado tem que dar"

Mas quem e' o estado?...Um saco sem fundo de tesouros e moedas de ouro?...Ou somos nós? Os contribuintes!?

Para quando o pedir de responsabilidades?

Para quando o "EU" ser responsável pela minha velhice? O poupar hoje para ter amanha?

Para quando o "EU" ser responsável pelo produzir no meu posto de trabalho?

Para quando o "EU" ser responsável pela educação básica e comportamento dos meus filhos?

O amigo ADOLFO, agarrou o boi pelos cornos, chamou os bois pelos nomes, nada a acrescentar.

A luta continua...sim, mas os dados inverteram-se.
um abraço meu amigo....

DIOGO....ainda no activo


AGRESSÕE S NA ESCOLA
por arnaldo silva

Também vi o vídeo. Também ouço falar de muito mais agressões a Professores.Mas quase me apetece dizer, à boa maneira do calão português, "É bem feito!"Eu traduzo.

O pós Revolução que se viveu neste país, carreou uma alteração de comportamentos sociais, para os quais, em termos de educação, princípios e hábitos de convivência democrática, não estávamos preparados. Era inevitável e consequente. Mas o lado grave da questão é o de que, em termos de quem teve nas suas mãos o poder de providenciar educação, nada ter feito nesse sentido.

Ou, pior do que isso, agiu ao contrário, permitindo que se deixasse crescer toda uma juventude na presunção de que a sociedade só lhe conferia direitos, sem obrigações ou deveres para com terceiros.

Os jovens passaram a sentir que tinham todo o direito a queixarem-se do comportamento dos pais , por maus tratos domésticos se, face ao cometimento das diabruras próprias da idade, apanhassem o merecido e educador "tabefe", no preciso momento. E, espantemo-nos, ganhavam as acções!!

Na área do ensino primário (agora apelidado de básico), onde se tem a criança na idade adequada para se formar e aprender as regras básicas de convivência, "a menina dos cinco olhos" teve que ser jogada fora e a palmada correctora de conduta imprópria não pode mais ser aplicada, sob pena de se punir severamente o professor "agressor"!!! E nem o levantar da voz, para uma reprimenda mais séria, pode ser feito, pois logo se corre o risco de ser acusado de "usar de violência verbal"!!

Os meninos, na sagacidade que lhes é inata, cedo se aperceberam de que castigos não havia mais e que os seus actos, fossem quais fossem, apenas tinham como consequência uma chamada dos pais à Escola, para uma conversa com a Direcção. Os pais de hoje, que assim foram educados, não são mais capazes de chegar-se a uma Professora e dizer-lhe que "pode chegar-lhe a roupa ao pêlo, se o meu filho se portar mal" mas, bem ao contrário, a mensagem é a de que "se lhe tocar num cabelo, eu faço-lhe a folha!".

Resultado, os professores viram-se despojados de autoridade e de meios correctores, eficazes e eficientes, da má conduta dos meninos e, violentados, encontram-se vencidos.Os sociólogos, psicólogos e psicanalistas saberão o que estão a fazer quando defendem que a palmada (o castigo físico) é traumatizante para a criança, logo, proibitiva. Saberão?! É, pois, preferível deixar chegar as coisas a este estado?! Será possível educar sem o castigo físico?! Segundo aqueles peritos, parece que é preferível tentar educar, apanhando dos educandos e dos pais dos educandos.

Mudança dos tempos...

Arnaldo silva
Felizmente reformado

PS- A "menina" do vídeo, parece que vai ser "punida" (?!) com a transferência para outra Escola!!! Mandá-la para uma casa de correcção da conduta de menores seria muito traumatizante?!


Publicação de
João Brito Sousa

Sem comentários:

Enviar um comentário