(o escritor José Saramago)
O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO
José Saramago
É um livro muito interessante de ler, tendo sido considerado por alguns como uma obra contra a Igreja mas não é. O livro narra vida de Jesus desde o nascimento até à sua crucificação na cruz, sendo o episódio mais hilariante aquele em que José ouve os soldados romanos a comentar uns para os outros que Herodes, o Governador, ia publicar a lei que visava degolar todas as crianças até quatro anos, porque nesta faixa etária encontrava-se Jesus que seria eliminado.
Ao ouvir isto, José, atravessa a cidade até chegar a sua casa para fugir com a mulher e o filho. Não é apenas uma crítica à religião mas põe-na em dúvida. É uma obra que tem uma componente humana muito forte, que foi buscar à figura de Jesus Cristo toda a sua humanização.
O EVANGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO
José Saramago
É um livro muito interessante de ler, tendo sido considerado por alguns como uma obra contra a Igreja mas não é. O livro narra vida de Jesus desde o nascimento até à sua crucificação na cruz, sendo o episódio mais hilariante aquele em que José ouve os soldados romanos a comentar uns para os outros que Herodes, o Governador, ia publicar a lei que visava degolar todas as crianças até quatro anos, porque nesta faixa etária encontrava-se Jesus que seria eliminado.
Ao ouvir isto, José, atravessa a cidade até chegar a sua casa para fugir com a mulher e o filho. Não é apenas uma crítica à religião mas põe-na em dúvida. É uma obra que tem uma componente humana muito forte, que foi buscar à figura de Jesus Cristo toda a sua humanização.
Todo o primeiro capítulo do livro é uma descrição detalhada de uma gravura medieval que representa a cena da Paixão de Jesus Cristo. De forma abrupta, o leitor é, então, lançado à narração de uma história. A vida de Cristo é contada. O leitor está diante, então, de uma nova versão do mesmo acontecimento com os mesmos personagens. E esses acontecimentos são vistos à luz do presente e preenchido de realidade humana. A humanização de Jesus Cristo é construída ao longo do texto também pela omissão dos episódios biográficos em que ele foi descrito como ser eleito, capaz de dar vida.
Até o desfecho da história marca essa humanidade: a narração termina com a morte de Jesus, ele não a supera como na história tradicional.
Mas tudo é história e o narrador tem consciência que sua narrativa é "uma memória inventiva" e que "tudo é o que dissermos que foi". É a ironia revelada não só no distanciamento em relação ao passado como também no pacto que ele faz com seu leitor ao longo do texto.
Trata-se de uma excelente obra literária.
Trata-se de uma excelente obra literária.
PUBLICADO POR
João brito SOUSA
Sem comentários:
Enviar um comentário