
CADA OVELHA BUSCA A SUA PARELHA....
a todos os vagabundos....
Quando era puto, gostava muito de ver aquilo...
O Venceslau atrás a conduzir o rebanho mais o cão.
Eh ovelha ai ó.... e lá ia uma pedrada de meio quilo
Para levar o gado ao caminho e a pastar na região..
Ao sábado não havia rebanho ... ia ao cinema
Ele que não sabia ler nem escrever... só via...
O Cantinflas e o Errol Flyn.. qual é o problema
Cenas cómicas e de porrada que diz que percebia.
Ó rebanho da minha aldeia que às tardes passavas...
E eu à janela via-te ó Venceslau quando atiravas
Com a funda ao gado e lá fazias com que a ovelha
Voltasse à ordem e ao rebanho... e lá ia ela
Ah como eu gostava de voltar à minha janela
E levar-te amor como o pastor leva a ovelha.
João Brito Sousa
Quando era puto, gostava muito de ver aquilo...
O Venceslau atrás a conduzir o rebanho mais o cão.
Eh ovelha ai ó.... e lá ia uma pedrada de meio quilo
Para levar o gado ao caminho e a pastar na região..
Ao sábado não havia rebanho ... ia ao cinema
Ele que não sabia ler nem escrever... só via...
O Cantinflas e o Errol Flyn.. qual é o problema
Cenas cómicas e de porrada que diz que percebia.
Ó rebanho da minha aldeia que às tardes passavas...
E eu à janela via-te ó Venceslau quando atiravas
Com a funda ao gado e lá fazias com que a ovelha
Voltasse à ordem e ao rebanho... e lá ia ela
Ah como eu gostava de voltar à minha janela
E levar-te amor como o pastor leva a ovelha.
João Brito Sousa
Um bom e bonito soneto rematado com um lindo e forte lirismo poético.
ResponderEliminarSó dois reparos; rimar "aquilo" com "quilo" e "passavas" com "atiravas" retira brilho ao poema por serem rimas pobres e cacofónicas. Coisas da inspiração repentina que um curto tempo de "pousio" remediava certamente.
Também o verso " cenas cómicas e de porrada que diz que percebia" o "e de" logo seguido de "que diz que", faz perder o ritmo e soa cacofonicamente. Eu poria em vez de "aquilo" ouvi-lo. No verso citado poria "de cenas cómicas e porrada ele bem percebia".Isto, claro, dentro da estrutura geral do teu presente soneto, mantendo-a.
Como já uma vez pedíste um comentário sobre um teu soneto e como fiquei francamente encantado com o poético lirismo bucólico deste, atrevi-me estes reparos. Espero não leves a mal e se te ajudar algo fico contente.
Um abraço do Adolfo.
Isso passa
ResponderEliminarIde vazar que isso passa
Afasta a flatulência
Verborreia dessa, maça
Já não há paciência
Faz riso certos senhores
Acharem-se imaculados
Poupam os seus louvores
A ícones já valorados
Deixemos as mesquinhices
Plante as árvores quem souber
Imperfeições artífices
É natural acontecer
Emitam algo de novo
Fujam da aristocracia
É puro o entender do povo
Voando numa poesia
Roberto Afonso