segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

CRÓNICA DAS OITO E QUATRO

(gosto disto)

DAQUI DO MEU POISO

Apetece-me falar de coisas sem sentido, de coisas sem pés nem cabeça, para agitar o meu estado de alma, um pouco a necessitar de renovação. Não sou o homem forte que às vezes pensava que era. Mas afinal que é isso ser um homem forte?!.. ..

Só a moral pode dar força ao homem. Mesmo assim muita moral deve chatear; o homem deve encontrar o equilíbrio dentro de si. Para o homem o seu mundo é ele. E já não é pouco. Como dizia Fernando Pessoa, cada um de nós somos uma grande empresa que devemos gerir o melhor que podemos e sabemos..
Andamos todos por aqui, em sobressaltos, umas vezes bem outras não, eu, por exemplo, tenho uma filha doente bipolar, que não me deixa sossegado um minuto. Mas tenho de sossegar. Mesmo nos momentos mais difíceis será sempre a minha querida filha..

Procuro paz e tranquilidade dentro da minha desorganização. Não sou um homem fácil de aturar. Sempre à procura de coisas e objectivos e canso-me à procura disso tudo. Não encontro nada. Ah... encontrei há muitos anos uma nota de cinquenta escudos e dei-a ao meu padrasto e fiquei todo contente. Nunca vi nada mais trágico do que esta de ficar contente com o dinheiro dos outros..
Dinheiro é com o Larindas lá nos States e pensar eu que o português mais rico a viver na América era o Felício do Joaquim Mestre lá da Senhora da Saúde. Não é, mas é o costeleta do Poço Longo. E é nesta altura que me vem à memória o Xavier, um lá da Escola que trabalhou no BNU em Faro e reformou-se de lá. É do tempo do César que casou com uma filha do Farrobinha das Pontes de Marchil. .
Chamavam-lhe o Puskas porque no futebol era um goleador. E depois quando está de maré, conta cenas giras. Diz que faz versos mas que não é poeta. Olha para estes versos que eu fiz. E declama. Neste sofá estou sentado, Com um copo de Wisky na mão, Tanto que me tenho lembrado, Dos temos que já lá vão....E depois desaparece. Diz que vai à procura do tempo.
E eu vou à procura do pequeno almoço. Que é mais palpável. O resto é...

Bom dia Luís PACHECO, como vão as coisas por aí.

Da notícias. E até lá, aí vai para todos um abraço do

João Brito Sousa

1 comentário:

  1. Às oito e quatro

    Às oito, na nossa situação e na na nossa idade, soa-me a horas um tanto impróprias para se estar já dedilhando no teclado do computador, forçando a massa encefálica a concentrar-se para conceber tema e gerar energia para debitar prosa.

    Às oito, ainda não houve contacto com o mundo exterior, logo, apenas pode sair matéria provinda do nosso interior, manifestações do nosso íntimo, sentimentos expontâneos, ainda não filtrados nem condicionados pelos factores exógenos que diariamente vão formando o nosso estado de espírito.

    Às oito, a força da tal moral que pode e deve dar força ao Homem, estará muito debilitada pela força dos sentimentos que despertaram durante o sossego da noite, na ausência dos componentes que o bulício do frenesim da vida diária forçosamente vai moldando.

    Às oito, portanto, só poderia ter saído uma crónica como a que ora foi dada à estampa, um tanto fora das que habitualmente vamos lendo por aqui. Náo é o caso de não se entender plausível que neste sítio não possam surgir manifestações de estados de espírito! Nada disso! O caso é apenas e tão só o da preocupação de um amigo ao sentir que o seu amigo possa estar passando por momentos máis débeis da força da sua moral. Se é o caso - espero bem que o não seja! - aguenta o barco, procura diversidade de contactos, parte para outra!

    Nada de se agarrar a um único estado de alma! Hoje é um dia que antecede o de amanhã e esse tem também que ser vivido. Há que sossegar!

    Força amigo!

    Arnaldo silva
    Felizmente reformado

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