terça-feira, 8 de janeiro de 2008

A MATANÇA DO PORCO NO PATACÃO

(estrada nacional 125)

A MATANÇA DO PORCO NO PATACÃO
por JOÃO PATULEIA.


Era normalmente por altura do NATAL, uma semana antes talvez, quase toda as gentes do campo matava seu porco. Na minha casa era costume também matar-se o porco por essa altura..

Os preparativos esses, começavam uma semana antes com a apanha dos tojos, íamos aos matos apanhá-lo, é «uma planta com bicos». e preparavam-se os alguidares para a carne, tripas e banhas. Também se cozia o pão, que nessa semana era mais acrescentado.

No dia aprazado, que normalmente era ao Domingo, começa-se cedo azáfama, trazia-se o caixote aonde era morto o porco e as respectivas facas, aonde havia uma só para matar ,chamava-se o punhal e trazia-se a panela para apanhar o sangue:

Os convidados começam a chegar, eram alguns amigos mais chegados. Solta-se o animal e então começam logo os cálculos do peso do porco, enquanto é servido uns copos de aguardente e bolinhos.

Depois de morto o animal é chamuscado com os tojos que é esfregado para limpar o pelo e então é aberto, todo esse serviço é feito pelo matador, enquanto os assistentes comentam, deve ser uma bela carne ,vai dar um bom presunto e umas boas chouriças

Na cozinha já está a confeccionar o almoço que vai ser bacalhau com batatas e couve flor, e já está ao fogo o sangue que é cozido e servido tipo salada. Acabou a limpeza do animal e vai para a balança, quase todos acertam no peso mais ou menos mas á um que diz que acertou no exacto «começa uma discussão amigável» já juntam todos para o almoço ;

Todo o dia a comer beber e conversar, no entanto as mulheres vão tratar de arranjar as tripas para encher de carne fazendo assim as chouriças, enquanto já prepara o jantar que se chama a cachola «carne cozida com fígado e batatas»

Entretanto os miúdos preparam a bexiga para fazer uma bola .....

No Patacão havia grandes matadores como o Américo Patuleia, o João Patuleia que foi quem escreveu esta crónica, Luís Alcantarilha, Pai e Filho e o Zé da Cova
JBS

6 comentários:

  1. Estou na dúvida!!!
    Será que o autor desta crónica é o João Patuleia que comigo jogou futebol júnior no Farense nos finais dos anos sessenta?
    Sei que o Patuleia morava no Patacão,e foi pessoa que nunca mais vi.
    Em caso afirmativo,fica um apertado abraço.

    AGabadinho

    ResponderEliminar
  2. È ele mesmo.

    Obrigado pela visita.

    Cumprimentos do

    João Brito Sousa

    ResponderEliminar
  3. SÓ AGABADINHO NÃO CHEGO LÁ:

    MAS EU SOU DO TEMPO DO SANTARITA,PEDRO, LIONEL, SILVÉRIO ALEMÃO,ZÉ DA MINA,BAIÃO, ANDRÉ,SEQUEIRA,GUEIOMAR ENTRE OUTROS
    UM ABRAÇO E UM BOM ANO

    JOÃO PATULEIA

    ResponderEliminar
  4. Boa Tarde.

    É essa a nossa geração !!!
    Indicaste a equipa quase completa!Faltam poucos, recordo apenas o Jorge que jogava a extremo esquerdo,lembras-te?
    Toda essa juventude era treinada,como sabes, pelo saudoso Zé Santinhos.

    Um Abraço e Bom 2008
    AG

    ResponderEliminar
  5. Apreensão

    Entrei por um segundo
    Nesta página exemplar
    Quis recolher no fundo
    Força para trabalhar

    Hoje estamos a nove
    Não dá sinal de escrita
    É da água que chove?
    Apreensão suscita...

    Roberto Afonso

    ResponderEliminar
  6. Costeleta faz ressalto

    Bom, não há preocupação
    Fora nos Braços ao Alto
    Cultivando nova paixão…
    Costeleta faz ressalto…

    Roberto Afonso

    ResponderEliminar