(escola bernardo de passos)
POETAS DA MINHA TERRA...
BERNARDO DE PASSOS
Nasceu em S.Bras de Alportel em 29 de Outubro e faleceu em Faro a 2 de Junho de 1930.
Filho de jornalista e republicano desde a infância, assim se pode dizer, como também do mesmo modo se poderá dizer que foi poeta quando descobriu a veia, por volta dos nove anos.
A obra de Bernardo de Passos, pouco extensa, é toda ela de expressão lírica. O que o poeta escreveu é reflexo da sua vida interior, o espelho de muita sensibilidade e deu uma consciência.
O seu amor ao Belo, da sua ternura pelo fraco, pelo desvalido, pelo pobre, pelo desamparado.
Deste modo a sua bondade, a ternura, a delicadeza, a timidez, o sorriso, são as notas dominantes do seu lirismo.
SONETO
Tão triste eu ando já, e descontente,
Que meus olhos de todo se fecharam
A visão radiosa que sonharam...
Um lar, um ninho e um amor ardente....
Gastei a mocidade loucamente,
E a alma, ou a perdi ou má levaram,
Enquanto a delirar juntos andaram
Cantando amores, coração e mente...
E andando assim da Fé apartado,
E tão sozinho nesta solidão
De quem descrente vive do que amou.
Sou qual um túmulo vazio e abandonado,
Só encerrando a mesma escuridão...
Sepulcro de mim próprio, eis o que sou.
BERNARDO DE PASSOS
Nasceu em S.Bras de Alportel em 29 de Outubro e faleceu em Faro a 2 de Junho de 1930.
Filho de jornalista e republicano desde a infância, assim se pode dizer, como também do mesmo modo se poderá dizer que foi poeta quando descobriu a veia, por volta dos nove anos.
A obra de Bernardo de Passos, pouco extensa, é toda ela de expressão lírica. O que o poeta escreveu é reflexo da sua vida interior, o espelho de muita sensibilidade e deu uma consciência.
O seu amor ao Belo, da sua ternura pelo fraco, pelo desvalido, pelo pobre, pelo desamparado.
Deste modo a sua bondade, a ternura, a delicadeza, a timidez, o sorriso, são as notas dominantes do seu lirismo.
SONETO
Tão triste eu ando já, e descontente,
Que meus olhos de todo se fecharam
A visão radiosa que sonharam...
Um lar, um ninho e um amor ardente....
Gastei a mocidade loucamente,
E a alma, ou a perdi ou má levaram,
Enquanto a delirar juntos andaram
Cantando amores, coração e mente...
E andando assim da Fé apartado,
E tão sozinho nesta solidão
De quem descrente vive do que amou.
Sou qual um túmulo vazio e abandonado,
Só encerrando a mesma escuridão...
Sepulcro de mim próprio, eis o que sou.
Recolha de João Brito Sousa
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