segunda-feira, 10 de setembro de 2007

ESCOLA COMERCIAL E INDUSTRIAL ( II )

(arco do repouso)
Esta crónica é para o
amigo JOAQUIM BORREGO


QUANDO eu cheguei à Escola em 52, a sua equipa de futebol, jogava nos campeonatos da Mocidade Portuguesa e tinha grandes jogadores, como o Poeira, o Parra e o Nuno que integraram a selecção Nacional de juniores.

Estes três jogadores, jogaram todos na segunda divisão, no Olhanense, nomeadamente e o Poeira ainda jogou noutros clubes, inclusive no Farense.

A equipa de futebol de 52 era: Malaia, Honorato, Caronho e Pinto Faria. Zeca Bastos e Julião. Júlio Piloto, Eugénio, Jacinto Ferreira, Xavier e Queixinho

Havia mais jogadores como o Pires da Cruz, o Zé Félix e mais outros.

No andebol a equipa era quase a mesma... Era assim: Palminha, Caronho Julião ? ? ?

O grande timoneiro desta grande nau era o professor de ginástica, o Professor Américo que era um gentleman e muito amigo da malta toda. O jogo começava logo no primeiro ano; era o Hóquei palmadinha, que era jogado com as mãos..

A Escola Comercial e Industrial foi uma boa base de lançamento para as nossas vidas. E houve lá bons alunos que hoje estão aí muito bem colocados na vida. Desde Gestores, Economistas, Bancários, Advogados, Engenheiros e por ai fora... Uma coisa interessante; todos nós nos empregámos sem grandes dificuldades .

Os melhores amigos que eu tenho advêm dos tempos da escola. Às vezes ainda nos encontramos por aí, sobretudo no almoço anual e isso dá para matar saudades. Juntam-nos e professores e alunos.

Dos professores nunca é demais falar deles, porque foram todos eles nossos grandes amigos. Quem andou no comércio não poderá esquecer nunca as aulas do professor Américo da Ginástica, do Zé da Uva e do Mestre Carolino.

Uma vez, encontrei o Mestre no Banco, ao balcão e, entabulei conversa com ele. Que não estava a ver quem eu era, disse, mas às tantas, fez-se luz. Algum trejeito que eu dei e logo o Mestre ... olhe agora é que eu o estou a conhecer.

Tentar tirar qualquer dúvida com o Mestre Carolino era complicado. Tal como era com o Dr Uva. Já contei aqui aquela cena do Quinta Nova com o Uva. Senhor Doutor, tenho aqui uma dúvida, disse o aluno. E o velho... uma dúvida?... e nisto, meio exaltado, dá um murro na secretária, num envelope que estava por cima dos óculos que ali havia há pouco colocado por baixo. Pois os óculos acabaram-se logo ali... tal foi a obra de Mestre Zé da Uva...

Com Mestre Carolino era a mesma coisa: Senhor Mestre tenho uma dúvida. E o Mestre implacável: pergunte `a máquina, dizia.

Bons tempos esses, apesar de tudo.

João Brito Sousa

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