GUERRA E... HERÓIS DE GUERRA...
Acerca do meu post “POESIA NA GUERRA DA GUINÉ”, aqui colocado no passado dia 8 Setembro, o Adolfo Pinto Contreiras, comentou o meu post, nos seguintes termos:
JOÃO,
Exactamente pelos motivos que agora evocas também eu considerei(está preto no branco no meu livro de 2003,"O Esquadrão 149, A Guerra e os Dias)os meus camaradas de guerra como heróis.Foi contra esse ponto de vista que opinaste e de tal modo que pensei que tinhas um pensamento estruturado contra a guerra tal como um pacifista ou religioso fundamentalista(quero dizer com fundamento filosófico).
Acerca do meu post “POESIA NA GUERRA DA GUINÉ”, aqui colocado no passado dia 8 Setembro, o Adolfo Pinto Contreiras, comentou o meu post, nos seguintes termos:
JOÃO,
Exactamente pelos motivos que agora evocas também eu considerei(está preto no branco no meu livro de 2003,"O Esquadrão 149, A Guerra e os Dias)os meus camaradas de guerra como heróis.Foi contra esse ponto de vista que opinaste e de tal modo que pensei que tinhas um pensamento estruturado contra a guerra tal como um pacifista ou religioso fundamentalista(quero dizer com fundamento filosófico).
Era respeitável.Mas no teu comentário de Maio tudo o menos que fizeste foi passar a mão pelo pelo da palavra herói, pelo contrário cortáste-lhe a cabeça, braços e pernas duma penada.Os teus heróis,tal como os meus,provém duma actitude de guerra, contudo ns altura tanbém disseste:-"O orgulho perante uma situação de guerra não é muito normal,porquanto a actitude guerreira não colhe no sentido humano da vida.
"Por fim rematas com:-"A guerra não é um produto da minha paixão.Sou contra.Sou mais pela solidariedade."-Todos somos contra a guerra e pela solidariedade o problema é que também somos todos mais solidários com uns do que com outros.Um abraço do Adolfo
A MINHA RESPOSTA FOI:
Para responder cabalmente ao teu comentário sobre o meu post “A POESIA DA GUERRA NA GUINÉ”, dividi-o em sete pontos.
O que se passa aqui, no fundo, é saber se “UM HOMEM MOBILIZADO PARA A GUERRA E MATA ... PODERÁ SER TIDO COMO UM HERÓI?....
Teremos que começar por dizer que, este militar, no cenário em discussão, se não matar pode morrer. . Portanto o militar em questão tem de matar para sobreviver. No fundo ele não vai à guerra para matar... vai para vencer uma guerra e isso só se consegue matando.
Assim sendo, o acto de matar não é deliberado nem cruel. É uma atitude de defesa o que a torna como normal.
O herói vem de seguida se as em que aluta se desenrolou são abissalmente diferenciadas. Condições. Isso acontece na guerrilha, uma guerra surpresa com muitos qui pró quos...
Passemos à análise, ponto por ponto.
1) Exactamente pelos motivos que agora evocas também eu considerei(está preto no branco no meu livro de 2003,"O Esquadrão 149, A Guerra e os Dias)os meus camaradas de guerra como heróis.
Resposta - Concordo.
A MINHA RESPOSTA FOI:
Para responder cabalmente ao teu comentário sobre o meu post “A POESIA DA GUERRA NA GUINÉ”, dividi-o em sete pontos.
O que se passa aqui, no fundo, é saber se “UM HOMEM MOBILIZADO PARA A GUERRA E MATA ... PODERÁ SER TIDO COMO UM HERÓI?....
Teremos que começar por dizer que, este militar, no cenário em discussão, se não matar pode morrer. . Portanto o militar em questão tem de matar para sobreviver. No fundo ele não vai à guerra para matar... vai para vencer uma guerra e isso só se consegue matando.
Assim sendo, o acto de matar não é deliberado nem cruel. É uma atitude de defesa o que a torna como normal.
O herói vem de seguida se as em que aluta se desenrolou são abissalmente diferenciadas. Condições. Isso acontece na guerrilha, uma guerra surpresa com muitos qui pró quos...
Passemos à análise, ponto por ponto.
1) Exactamente pelos motivos que agora evocas também eu considerei(está preto no branco no meu livro de 2003,"O Esquadrão 149, A Guerra e os Dias)os meus camaradas de guerra como heróis.
Resposta - Concordo.
2) Foi contra esse ponto de vista que opinaste e de tal modo que pensei que tinhas um pensamento estruturado contra a guerra tal como um pacifista ou religioso fundamentalista(quero dizer com fundamento filosófico).Era respeitável.
Resposta: Se opinei contra, foi no sentido pacifista do termo, como dizes, porque entendo que a guerra não deveria ter lugar e, consequentemente os heróis também não. Mas a guerra existe; logo há a possibilidade de haver heróis.
3) Mas no teu comentário de Maio tudo o menos que fizeste foi passar a mão pelo pelo da palavra herói, pelo contrário cortáste-lhe a cabeça, braços e pernas duma penada.
3) Mas no teu comentário de Maio tudo o menos que fizeste foi passar a mão pelo pelo da palavra herói, pelo contrário cortáste-lhe a cabeça, braços e pernas duma penada.
Resposta: Aceito mas peço-te e aceites isso na óptica de que o óptimo era não haver guerras ...
4) Os teus heróis, tal como os meus, provém duma atitude de guerra..
Resposta: Sim
5) contudo na altura também disseste:- "O orgulho perante uma situação de guerra não é muito normal, porquanto a atitude guerreira não colhe no sentido humano da vida."
4) Os teus heróis, tal como os meus, provém duma atitude de guerra..
Resposta: Sim
5) contudo na altura também disseste:- "O orgulho perante uma situação de guerra não é muito normal, porquanto a atitude guerreira não colhe no sentido humano da vida."
Resposta: Eu quis dizer que tenho dificuldade em considerar-me orgulhoso por vencer uma guerra, se bem que a malta de La Lys se tivesse sentido orgulhosa disso. Eu penso que teria dificuldades... mas aceito...
6) Por fim rematas com:- "A guerra não é um produto da minha paixão. Sou contra. Sou mais pela solidariedade."-
6) Por fim rematas com:- "A guerra não é um produto da minha paixão. Sou contra. Sou mais pela solidariedade."-
Resposta: MANTENHO
7) Todos somos contra a guerra e pela solidariedade o problema é que também somos todos mais solidários com uns do que com outros.
7) Todos somos contra a guerra e pela solidariedade o problema é que também somos todos mais solidários com uns do que com outros.
Resposta: Correctíssimo.
Gostei dos teus argumentos. Aceita um abraço do
João Brito Sousa
Gostei dos teus argumentos. Aceita um abraço do
João Brito Sousa
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