A ESCOLA COMERCIAL E INDUSTRIAL
È a minha grande referência.
A minha estadia na Escola (1952/61), sita paredes meias com a Alameda João de Deus, foi precisamente à João de Deus, que em Coimbra., levou dez anos a tirar um curso, cujo duração efectiva era apenas de cinco.
Falar da Escola Comercial e Industrial é falar de grande parte da minha vida, ou de quase toda.
A Escola Comercial e Industrial é uma saudade.
Começar por onde?
Por relembrar aquela jogada genial do João Cuco, que num jogo treino de andebol, no átrio da Escola, quando o professor de ginástica apitou para iniciar o treino, o João fez este trabalho maravilhoso: agachou-se, apanhou a bola com a mão esquerda, prendeu-a à mão, levantou o tronco, ensaiou o movimento para trás do braço esquerdo com a bola segura e atirou a bola para Alameda João de Deus.
Mais harmonioso movimento de braço e tronco nunca foi visto em lugar nenhum do Universo..
De tal forma que o jogo treino acabou logo ali. Mais beleza para quê?
Ou começar por referenciar, aquela defesa que eu fiz no campeonato inter turmas de andebol, estava eu no 2º quarta do Curso Geral de Comércio, era o keeper e defrontámos a equipa do Vicente, da Industria, parece-me, um que diziam namorava a Lita e era jogador da equipa representativa da Escola nos campeonatos da Mocidade Portuguesa.
Às tantas o Vicente entra na área com a bola controlada e, em salto no ar, mandou a bola de raiva (estávamos zero a zero) para o meu lado direito, próximo do poste, a bater um palmo antes do risco de baliza (os entendidos sabem que é jogada fatal) e eu, keeper anónimo, desconhecido no mundo inteiro, em voo decidido, qual falcão a cortar os ares, evitei que a bola entrasse na baliza.
Simplesmente genial.
Ou começar por referir as cenas de porrada que havia no recreio entre o Nogueira e o Zé Filipe de Olhão, entre o Reinaldo Neto de Estoi e o Zé Pedro Soares da Fuzeta, entre mim e o Rodrigues de Olhão, entre o Alfredo Teixeira e o Guy... ambos de Albufeira, o Ferro e o Salsinha...e outros...
Que combates extraordinários.!...
A Escola no meu tempo também era isto.
Aliás quem tiver dúvidas acerca do que acabo de dizer, é ler o Dr. Daniel Sampaio em “Voltei à Escola”, onde o professor fala de muitas coisas comuns e do Dr. Raimundo, o professor de Geografia a quem a malta chamava o Ratimundo.
Alcunhas aos professores, sim, também fizemos isso, obrigado.
Ao Dr. Rebelo da Silva, de Inglês alcunhamo-lo de ”O Fonética”, pois dizia ele que Inglês só a partir da fonética. Hoje. à distância, direi que era um homem sem qualquer aptência para lidar com jovens rebeldes.
Aliás foi na aula dele, que o Macedo e o Edménio levaram a pistola de plástico, numa brincadeira de ameaça de morte, que deu brado na Escola..
Mais coisas:
Na aula do Dr. Cruz, aula mista de inglês, a lição era Correios e selos de correio, que se colocavam no canto superior direito do envelope... a malta lia ... I put the stamp in the corner…. e o Cruz corrigia…I put the stamp in the cóna,.. não dava mesmo.. risada de morte...
Quando eu dei um track na aula de Física, creio que com a Nariguda, e ... fazendo-me de espantado... olhei para trás e o Zé Lúcio Beatriz Dias foi para a rua
Quando na aula do Zè Uva, um aluno deixou cair a caneta, e o velho disse: você aí, abaixe-se, apanhe a caneta, em frente marche, esquerda volver, alto, abra a janela, estique o braço, abra a mão...
Ou quando o Zé Vitorino se dirigia ao Dr. Passos e perguntava-lhe: senhor Doutor, esta palavra lê-se tomorrow ou tomórrow?...
Ou quando o Daniel de Almancil chamou de atletista afanado ao Firmino Cabrita por ter feito o quarto lugar numa prova de atletismo, no Liceu contra o campeão daquele tempo, o Negrão Belo..
Tanta coisa....
(continua)
João Brito Sousa
È a minha grande referência.
A minha estadia na Escola (1952/61), sita paredes meias com a Alameda João de Deus, foi precisamente à João de Deus, que em Coimbra., levou dez anos a tirar um curso, cujo duração efectiva era apenas de cinco.
Falar da Escola Comercial e Industrial é falar de grande parte da minha vida, ou de quase toda.
A Escola Comercial e Industrial é uma saudade.
Começar por onde?
Por relembrar aquela jogada genial do João Cuco, que num jogo treino de andebol, no átrio da Escola, quando o professor de ginástica apitou para iniciar o treino, o João fez este trabalho maravilhoso: agachou-se, apanhou a bola com a mão esquerda, prendeu-a à mão, levantou o tronco, ensaiou o movimento para trás do braço esquerdo com a bola segura e atirou a bola para Alameda João de Deus.
Mais harmonioso movimento de braço e tronco nunca foi visto em lugar nenhum do Universo..
De tal forma que o jogo treino acabou logo ali. Mais beleza para quê?
Ou começar por referenciar, aquela defesa que eu fiz no campeonato inter turmas de andebol, estava eu no 2º quarta do Curso Geral de Comércio, era o keeper e defrontámos a equipa do Vicente, da Industria, parece-me, um que diziam namorava a Lita e era jogador da equipa representativa da Escola nos campeonatos da Mocidade Portuguesa.
Às tantas o Vicente entra na área com a bola controlada e, em salto no ar, mandou a bola de raiva (estávamos zero a zero) para o meu lado direito, próximo do poste, a bater um palmo antes do risco de baliza (os entendidos sabem que é jogada fatal) e eu, keeper anónimo, desconhecido no mundo inteiro, em voo decidido, qual falcão a cortar os ares, evitei que a bola entrasse na baliza.
Simplesmente genial.
Ou começar por referir as cenas de porrada que havia no recreio entre o Nogueira e o Zé Filipe de Olhão, entre o Reinaldo Neto de Estoi e o Zé Pedro Soares da Fuzeta, entre mim e o Rodrigues de Olhão, entre o Alfredo Teixeira e o Guy... ambos de Albufeira, o Ferro e o Salsinha...e outros...
Que combates extraordinários.!...
A Escola no meu tempo também era isto.
Aliás quem tiver dúvidas acerca do que acabo de dizer, é ler o Dr. Daniel Sampaio em “Voltei à Escola”, onde o professor fala de muitas coisas comuns e do Dr. Raimundo, o professor de Geografia a quem a malta chamava o Ratimundo.
Alcunhas aos professores, sim, também fizemos isso, obrigado.
Ao Dr. Rebelo da Silva, de Inglês alcunhamo-lo de ”O Fonética”, pois dizia ele que Inglês só a partir da fonética. Hoje. à distância, direi que era um homem sem qualquer aptência para lidar com jovens rebeldes.
Aliás foi na aula dele, que o Macedo e o Edménio levaram a pistola de plástico, numa brincadeira de ameaça de morte, que deu brado na Escola..
Mais coisas:
Na aula do Dr. Cruz, aula mista de inglês, a lição era Correios e selos de correio, que se colocavam no canto superior direito do envelope... a malta lia ... I put the stamp in the corner…. e o Cruz corrigia…I put the stamp in the cóna,.. não dava mesmo.. risada de morte...
Quando eu dei um track na aula de Física, creio que com a Nariguda, e ... fazendo-me de espantado... olhei para trás e o Zé Lúcio Beatriz Dias foi para a rua
Quando na aula do Zè Uva, um aluno deixou cair a caneta, e o velho disse: você aí, abaixe-se, apanhe a caneta, em frente marche, esquerda volver, alto, abra a janela, estique o braço, abra a mão...
Ou quando o Zé Vitorino se dirigia ao Dr. Passos e perguntava-lhe: senhor Doutor, esta palavra lê-se tomorrow ou tomórrow?...
Ou quando o Daniel de Almancil chamou de atletista afanado ao Firmino Cabrita por ter feito o quarto lugar numa prova de atletismo, no Liceu contra o campeão daquele tempo, o Negrão Belo..
Tanta coisa....
(continua)
João Brito Sousa
olá, estou a fazer um trabalho sobre um torno da escola tomás cabreira. gostaria de saber se durante os seus estudos teve aulas na oficina de serralharia. como não consegui encontrar o seu email, aqui envio o meu: flavdebrito@hotmail.com
ResponderEliminarpor favor contacte-me pois eu agradecia muito que me pudesse dar algumas informações
Flávia