(o corrdinho em S. Braz de ALPORTEL)
“O COSTELETA JOSÉ ALEIXO SALVADOR”
Já não me lembro como é que o Aleixo me surgiu. Lembro-me do Zé Aleixo aí pelo terceiro ano. Mas isso é de somenos porque somos bons amigos. E o Aleixo conhece bem os meus amigos todos (lá da escola) e a recíproca também é verdadeira.
Fomos parceiros de carteira na aula da Irene Jacinto a Português. Íamos com o João Coelho Pencarinha o Colégio de S.Pedro, ver as moças. E quando o Vieguinhas ia buscar a bicicleta à caserna e passava pelo átrio da Escola era ver o ALEIXO a agarrar a bicicleta do Viegas pela grelha, enquanto este dava os celebérrimos “couces” obrigando o ALEIXO a largar a grelha.
O ZÉ ALEIXO é casado com a EMDUNDA, minha colega na Escola Comercial e no Magistério, a quem aproveito para saudar e eu estive lá no casamento deles. Festa bonita como o casal merece.
E ambos fizeram uma brilhante carreira na banca comercial..
Mas, aí por volta do 5º ano, o ALEIXO mandou lixar a malta. Apareceu por lá o Zé Cristo, vindo de Silves e aquilo foi amor à primeira vista. Andavam sempre juntos; pareciam duas p....
O camarada ALEIXO mandou uma história girissima, passada com o Manel de Odemira, esse mesmo que andava sempre a cantar as canções do Trio, marcou um golo na própria baliza quando jogava nos juniores do FARENSE.
Um muito obrigado ao ZÉ ALEIXO por me ter enviado a historia que aí vai.
O MANEL DE ODEMIRA E A BICICLETA DO ALEIXO
Hoje estive ao dar uma "olhada" ao que se passou no teu blog durante a semana passada e despertou-me a curiosidade acerca do diálogo estabalecido com o nosso antigo colega de escola, o Coelho Proença, não só por dele também não me lembrar mas sobretudo por outras coisas me trazer à memória, e boa foi essa história do 'paposseco' com manteiga, realmente é para sempre recordar.
Lembro-me que a dada altura, em S.Brás no Banco do Algarve, havia um funcionário que conhecia de vista por ter andado na escola, mas também já não me lembro dele. O gerente era o Delfim, e o caixa o Eusébio.Agora, a história que tenho para contar. Ai vai.
Durante quatro anos vim de S.Brás para Faro numa camioneta alugada ao Santos, em S.Brás chamavam-lhe a camioneta dos estudantes, poupava-se metade do preço em relação à da carreira.
Uma viagem na carreira custava 5$00, o que era bastante caro, pois um café custava 80 centavos.Entretanto, a dada altura, não me lembro porquê, acabou o aluguer. Um problema, dez escudos diários não era suportável, então em alternativa tive de fazer a deslocação de bicicleta.
No trajecto para Faro, meio caminho era a descer e o outro meio era recta pelas campinas, pouco custava. Pior era para S.Brás, pois a partir do Coiro da Burra era só subir. O meu pai dava-me diariamente 25 tostões para fazer a subida na carreira.
Todos os dias guardava a bicicleta na garagem do Santos, porque se a deixasse na escola não parava no sítio, havia malta que não tendo aulas aproveitava para dar umas voltas pela cidade.
Um deles era o Manuel Nobre Guerreiro, alentejano 'porreiro' de Saboia, que foi meu parceiro e estava hospedado em Faro.
No 5º. ano tinha uma aula semanal de contabilidade, que terminava às 7 horas. A última carreira para S.Brás era às 7 e 15, já noite. Nesses dias trazia a bicicleta para perto da escola, deixando-a encostada num passeio, numa das ruas circundantes, para que ninguém soubesse onde estava, especialmente o nosso amigo Manel, que nessa altura não era do meu ano, e sabendo que eu tinha aquela aula e trazia a bicicleta, corria as redondezas à sua procura, e por vária vezes a encontrava e de andar se fartava.
Mas quando da aula saía a bicicleta lá estava, e normalmante por nada de anormal dava
Naqueles dias saía da aula e, ou ía rapidamente apanhar a camioneta no Largo de S.Pedro, que no tejadilho as bicicletas dos passageiros transportava, ou ia de bicicleta até S.Brás, o que era uma grande estafa.
Um dia tinha mal gasto o dinheiro da camioneta, pego na bicicleta para ir para S.Brás e mal dou a primeira pedalada a corrente salta. Desmonto para pôr a corrente e muito frouxa verifico que ela estava.
O Manel, com tanto andar tinha-a alargado. Novamente colocava a corrente, dava uma pedalada e ela saltava. Por várias vezes isso aconteceu. Pois bem, a bicicleta estava partida, a camioneta tinha partido, o dinheiro do bilhete também tinha partido, as casas de bicicletas estavam fechads, não tinha outro remédio - com a máquina a reboque lá vou a pé 17 Kilómetros! Cheguei às onze e tal a S.Brás, com a família desesperada à minha procura, e lá arranjei uma boa desculpa para não culpar o amigo Manel.
Histórias da Escola e da vida.
Aproveito para desejar uma grande vitória ao Benfica na próxima terça-feira.
Com um abraço do
SALVADOR